Na
Questão Nº 932, de “O Livro dos Espíritos”, temos:
Por que, neste mundo, os maus exercem
geralmente maior influência sobre os bons?
Resposta:“Pela fraqueza dos bons. Os maus são
intrigantes e audaciosos; os bons são tímidos. Estes, quando quiserem,
assumirão a predominância.”
O
pastor norte-americano Martin Luther King Jr.
foi uma das maiores personalidades da história da humanidade. Lutou com grande
coragem contra a desigualdade racial conscientizando as pessoas com os seus discursos
e através dos protestos que convocava. Em 1964 recebeu o prêmio Nobel da Paz
pelos seus grandes feitos.
Seus primeiros estudos foram em escolas
públicas segregadas, tendo se graduado no prestigioso Morehouse College, em
1948. Formou-se em teologia no Seminário Teológico Crozer e, em 1955,
concluiu o doutorado em filosofia pela Universidade de Boston. Lá conheceu a
que seria sua futura esposa, Coretta Scott, com quem teve quatro filhos.
Em 1955, coordenou um boicote aos
ônibus da cidade de Montgomery. Os líderes negros da cidade decidiram boicotar
o transporte após
a prisão de uma mulher negra (Rosa Parks) que se recusou a ceder o lugar para uma passageira
branca. Por causa do protesto, King foi preso e recebeu ameaças de morte.
Após tantos protestos, a Suprema Corte
decidiu tornar ilegal o transporte público separatista. Esta decisão deu
vitória ao protesto e King foi considerado um líder respeitado. Por causa disto, em 1957, tornou-se presidente
da Conferência de Lideranças Cristãs do Sul, intensificando
sua atuação como defensor dos direitos civis por vias pacíficas.
Seus ideais de justiça,
não-violência e amor ao próximo eram inspirados em outro grande mestre: Mahatma
Gandhi.
Em
1959, King voltou para Atlanta para se tornar vice-pastor na igreja de seu pai.
Nos anos seguintes, participou de inúmeros protestos, marchas e passeatas,
sempre lutando pelas liberdades civis dos negros.
Alguns
dos protestos de King:
* Campanha a favor dos direitos civis no Alabama;
* Realização de um censo para aprovar o voto dos
negros;
* Luta para melhorar a
educação e a moradia dos negros nos estados do sul;
* Luta contra a discriminação racial
King
chegou a ser preso e torturado várias vezes, e sua casa foi atacada com bombas.
Em
1963, conseguiu que mais de 200.000 pessoas marchassem pelo fim da segregação
racial. Nesta ocasião, proferiu seu discurso mais conhecido, "Eu
Tenho um Sonho"(“I have a dream”),
no Lincoln Memorial, em Washington. Numa parte do discurso, ele disse: "Eu
tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados pelo caráter, e não pela
cor da pele."
Assistam
um trecho do discurso:
King não foi somente um defensor dos
direitos dos negros. Ele também defendia as mulheres.
Contudo, em 1965, ele começou a
criticar a participação dos EUA na Guerra do Vietnã , e sua influência entre
os negros começava a incomodar a muitos. Foi então que, no dia 4 de abril de
1968, ele foi assassinado. Mas até hoje é lembrado, discutido e estudado nas
escolas.
Nos EUA existe um feriado para
relembrar seus feitos e suas lutas.
Frases de Martin Luther King Jr.:
* “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o
silêncio dos bons”.
* “Pouca coisa é necessária para transformar
inteiramente uma vida: amor no coração e sorriso nos lábios”.
* “Eu também sou vítima de sonhos adiados, de
esperanças dilaceradas, mas, apesar disso, eu ainda tenho um sonho, porque a
gente não pode desistir da vida”.
* “Quem aceita o mal sem protestar, coopera
realmente com ele".
O excelente
filme “ Selma – Uma Luta Pela Igualdade”,
venceu o Oscar 2015 e o Globo de Ouro, ambos na categoria de Melhor Canção
Original (“Glory”), e foi indicado ao Oscar de Melhor Filme. Estreou nos
cinemas do Brasil em 05 de Fevereiro de 2015 (Lamentavelmente, em pouquíssimas
salas). Conta a história da famosa Marcha pelos Direitos Civis, liderada por
King, entre as cidades de Selma e Montgomery, no Alabama. O movimento tornou-se
um dos mais importantes dos Estados Unidos, garantindo o direito ao voto para
os negros. Essa marcha ficou marcada pela brutalidade da polícia,
forçando o então presidente dos EUA, Lyndon B. Johnson, a assinar a Lei que
permitia o voto dos negros no mesmo ano. Sem direito a voto, além de não
participarem das eleições, os negros também não podiam participar do corpo de
jurados nos julgamentos, o que sempre tornavam impunes os crimes praticados por
brancos contra negros, além de muitos negros serem condenados injustamente.
Fonte da imagem: http://www.thewomenseye.com/2011/06/01/mary-skinner-world-war-l-documentary-irena-sendler/
Fábio José Lourenço Bezerra
De
tempos em tempos, encarnam na Terra Espíritos abnegados, de grande envergadura
moral, que causam grande admiração por sua coragem e persistência no bem. Muitos
deles arriscando a própria vida. Madre Teresa de Calcutá, Mahatma
Gandhi, Martin Luther King Jr., Chico Xavier, Irmã Dulce e Dom
Hélder Câmara são alguns exemplos recentes destes Espíritos, cuja
missão é nos inspirar a seguir, cada vez mais, a recomendação de Jesus
de Nazaré:“Ama a teu próximo como a ti mesmo”.
Um
destes grandes Espíritos que passaram por esse nosso planeta de provas e
expiações, e cuja vida era até algum tempo atrás pouco conhecida, chama-se Irena
Sendler.
Sobre
a admirável vida de Irena Sendler reproduzimos, na íntegra, o artigo de Lia
Diskin, Co-fundadora da Associação Palas Athena, coordenadora do Comitê
Paulista para a Década da Cultura de Paz – da UNESCO. Foi publicado na Revista
18, do Centro da Cultura Judaica de São Paulo, edição set/out/nov. de 2008.
“A Mãe do Gueto de Varsóvia – Irena Sendler
O que leva uma pessoa a
pôr em risco sua própria vida para salvar outras? Mesmo quando não tem com elas
vínculos nem partilha de sua identidade, ideologia ou religião? Estas são as perguntas
que teimam na minha mente após saber dos feitos de Irena Sendler.
A conheci quando já não era possível
conhecê-la. Em 13 de maio de 2008 foi publicada uma breve nota de 11 linhas em
O Estado de São Paulo: “Morreu ontem em Varsóvia, aos 98 anos, Irena Sendler,
que salvou milhares de crianças judias durante a ocupação nazista da Polônia.
Entre 1940 e 1943 Irena, que era assistente social, tirou 2500 crianças do
Gueto de Varsóvia. Ela chegou a ser presa e torturada pela Gestapo em 1943, mas
nunca revelou os nomes das crianças que salvou”.
No mesmo dia iniciei uma busca desesperada na
internet, com o sentimento de haver perdido algo de muito precioso e singular.
Perguntei a meus colegas e alunos se sabiam dela, se tinham livros ou
documentos, relatos de testemunhas, crônicas de jornal. Ninguém lera, ninguém
ouvira a seu respeito. Mas como, em um mundo que corre atrás de celebridades,
que sabe o número do sapato desta ou daquela atriz, que esmiúça a intimidade de
futebolistas, políticos, empresários, que sabe onde e com quem janta uma top
model – como pode ter passado despercebida a trajetória de uma mulher que, nas
palavras do rabino Michael Schudrich, “não somente salvou as crianças judias,
mas também salvou a alma da Europa”?
Em 1965 Irena Sendler foi agraciada com a
medalha “Justos entre as Nações do Mundo”, outorgada pelo Instituto Yod Vashem
a não judeus que salvaram e protegeram judeus durante as atrocidades nazistas
da II Guerra Mundial. Essa honraria ela não pode receber porque os líderes comunistas
que governavam a Polônia de então proibiram sua saída do país. Recém em 1983, quando
reiterada a distinção pela Suprema Corte de Israel, é que foi ao encontro das
homenagens oferecidas em Jerusalém na Autarquia Nacional para Recordação dos
Mártires e Heróis do Holocausto.
Contudo, sua vida e inusitada coragem
emergiram do silêncio em setembro de 1999 pela curiosidade e criatividade de
quatro jovens americanas que, instigadas pelo Prof. Norm Conard, começaram a
pesquisar sua história. Na região rural do Kansas, na escola secundária
protestante de Uniontown, o Prof. Conrad propôs a seus alunos que para celebrar
o Dia Nacional da História criassem um projeto original, que fosse além das
fronteiras e das personagens conhecidas, dos fatos já explorados. Apenas como
sugestão mostrou um recorte do jornal News and World Report, cujo título era
“Outros Schindlers”, e que mencionava Irena Sendler. Entre os alunos, quatro estudantes
prontificaram-se a realizar a pesquisa, mas nunca imaginaram que esta as
levaria a encontrar a própria Irena, viva, com 90 anos, morando ainda na
Polônia. Estabeleceram contato, enviaram e recebera m cartas, fotos,
informações, documentos. Acabaram por escrever uma peça de teatro intitulada A
Vida num Pote de Vidro, que apresentaram na própria escola em fevereiro de
2000. A comunidade toda envolveu-se no sucesso e logo chegaram convites de
igrejas, sinagogas, centros culturais. A peça atravessou o país, alcançou o
Canadá, a Europa e, finalmente, a própria Polônia. Já foi encenada mais de 300
vezes e hoje está disponível em DVD.
Para termos uma dimensão do valor desse
resgate, e do impacto que provocaram as experiências vividas por Irena Sendler,
basta dizer que até 2001, quando aconteceu o primeiro encontro das alunas da Uniontown com sua heroína na
Polônia, havia apenas uma página sobre ela na internet, quando hoje podemos
encontrar mais de 90.000 citações. Elas revelam a abnegação e destemor de uma
jovem polonesa, cristã, que sobrepujou as ameaças ao seu instinto de
sobrevivência e nos legou a mais alta realização de um ser humano: o amor
incondicional.
Irena nasceu em 15 de fevereiro de 1910 nos
subúrbios de Varsóvia, onde seu pai, na condição de médico, clinicava e atendia
comunidades carentes. Dele aprendeu o sentido da solidariedade e o senso de
responsabilidade profissional: quando a epidemia de tifo irrompeu em 1917 ele
foi o único médico a permanecer na área infectada, o que o levou ao contágio e
conseqüente morte.
Na década de 30 Irena
ingressou na Universidade de Varsóvia, formou-se em Assistência Social e tomou
contato com sentimentos e atitudes anti-semitas por parte dos estudantes, com
quem manteve franca oposição. Já diplomada, ingressou no Departamento de Bem
Estar Social, atendendo os refeitórios populares que acolhiam órfãos, anciãos e
os pobres. Sua vocação ultrapassou a vocação de servidora pública –
providenciava roupas, medicamentos e dinheiro para os necessitados, e os
distribuía entre católicos e judeus indistintamente.
Em 1939 as tropas nazistas invadiram a Polônia
e em outubro de 1940 criou-se em Varsóvia o “bairro judeu”, onde foram
confinados todos os judeus da cidade. Em pouco mais de duas semanas a população
dessa área passou de 160.000 pessoas para 400.000. Em 15 de novembro desse
mesmo ano o governador alemão de Varsóvia, Hans Frank, criou oficialmente o
gueto, que foi logo murado tornando-se o palco de crueldades inomináveis,
sistemáticas e consecutivas visando um único propósito: o extermínio dos
judeus. Também foi palco das ações heróicas de Irena, cuja indignação encarnou
o voto de resistir à barbárie sabotando uma e outra vez – 2500 vezes! – o plano
da “solução final”.
Como assistente social dos serviços públicos
ela tinha autorização para entrar no gueto com um passe especial, o que lhe
permitia livre trânsito, conhecimento da situação e, sobretudo, contrabandear
comida, medicamentos e roupas. O racionamento de alimentos chegou a limites insuportáveis
e as pessoas começaram a morrer de fome. No arquivo elaborado pelo historiador Emmanuel
Ringelblum, resgatado depois da guerra entre as ruínas do gueto, lê-se: “Viver
sem pão, sem nenhuma colher de comida quente durante anos atua como choque
sobre a psique humana. Muitos, esgotadíssimos, foram acometidos de total
apatia. Permaneciam deitados até que perdessem a força de se levantar. (...)
Entre esses havia famílias inteiras com dez a doze pessoas. Permaneciam
estendidos, imóveis, os rostos pálidos, olhares ardentes, engolindo saliva.
Para eles tudo se
tornava indiferente. Queriam apenas uma coisa, sentiam apenas um desejo: o de
conseguirem um pedacinho de pão”.
Irena percebeu que seus esforços para mitigar
o sofrimento só conseguiam prolongá-lo. Decidiu então iniciar a retirada de
crianças de dentro do gueto – ao menos elas precisavam ter uma chance.
Extra-muros trabalhava a resistência do Zegota,
uma organização clandestina, na qual assumiu a coordenação da Divisão das
Crianças, cuja missão era, primeiramente, encontrar instituições de amparo,
conventos e casas de família dispostos a correr o risco de abrigar as crianças
que fossem resgatadas e, depois, obter documentos falsos para elas.
Antes, porém, era necessário convencer as
mães, pais ou parentes que entregassem seus filhos a uma desconhecida. Muitos
perguntavam, em desespero, por que deviam confiar nela. “Vocês não têm de confiar
em mim”, respondia. “Mas não há mais o que fazer”. As informações em Varsóvia, fora
e dentro do gueto, corriam à solta. No segundo semestre de 1941 já estavam em
operação as deportações e traslados de milhares de judeus em vagões de gado,
que levavam às câmaras de gás em Treblinka, aos fuzilamentos em massa, aos
cemitérios a céu aberto repletos de moribundos... O abominável não deixava
alternativa!
Planejamento coordenado, método e capacidade
de descobrir vantagens nos recursos mais improváveis foram as vias que Irena
encontrou para a escalada de resgates usando:
1) Túneis subterrâneos
que levavam para fora, onde guardas poloneses haviam sido subornados para que “fechassem
os olhos”. Pedia-se aos pais que vestissem as crianças com suas melhores
roupas.
2) Crianças pequenas
eram sedadas e levadas em malas, caixões de defunto, caixotes de ferramentas,
baús ou similares.
3) Devido às freqüentes
epidemias, e ao medo que os alemães tinham de se aproximar dos doentes, as
crianças que conseguissem fingir uma doença, ou que estivessem realmente muito
doentes, podiam ser retiradas numa ambulância.
4) Os carros e ambulâncias
levaram um cão treinado para latir quando o veículo estivesse parado, assim o eventual
choro de uma cri ança escondida não seria percebido pelo guarda que parasse o
carro na saída do gueto.
Desse modo, durante um
ano e meio de articulações clandestinas, foram salvas 2.500 vidas. Em 22 de
julho de 1942 teve início a expulsão em massa dos habitantes do gueto de
Varsóvia para os campos de extermínio de Treblinka. Em outubro desse ano o
general da SS Jürgen Stroop informou a seu superior Friedrich Krüger que um
total de 310.332 judeus do gueto tinham sido “transferidos”. Sobraram apenas
65.000 habitantes, considerados indispensáveis como escravos nas fábricas e
oficinas da Varsóvia ocupada.
Em 20 de outubro de 1943 as atividades de
Irena Sendler foram descobertas pela Gestapo, que a levou à prisão de Pawiak,
onde foi brutalmente torturada, tendo pernas e pés quebrados a pauladas – mas
ela não revelou nomes, nem de seus companheiros do Zegota, nem das crianças que
havia salvado. Foi sentenciada à morte. Os membros da Zegota agiram rápido:
subornaram os responsáveis pela execução e no dia seguinte o nome de Irena
Sendler integrava a lista dos poloneses executados. Sob a proteção de um
pseudônimo, viveu escondida até o final da guerra – exatamente como as crianças
que havia salvo.
Acabado o inferno, Irena desenterrou dois
frascos de vidro que escondera no jardim de uma vizinha. Eles continham a lista
dos verdadeiros nomes das crianças junto aos inventados nos documentos falsos.
Era seu propósito que um dia as crianças pudessem retornar às suas famílias naturais
e recuperar sua identidade judaica. Contudo, quase não havia sobreviventes – o heróico
levante do gueto de Varsóvia consumira seus últimos habitantes. Constituído
então o comitê de salvamento dos judeus sobreviventes, entregou os frascos de
vidro a seu primeiro presidente, o Dr. Adolf Berman.
Em 1991 foi reconhecida como cidadã honraria
do Estado de Israel; em novembro de 2003 recebeu a mais alta condecoração
polonesa: a Ordem da Águia Branca e também o Prêmio Jan Karski “Pela Coragem e
Coração”. Foi indicada pelo governo da Polônia, em 2007, como candidata ao
Prêmio Nobel da Paz; também nesse ano o Senado da República da Polônia, em
resolução especial, homenageou Irena Sendler e o Conselho de Ajuda aos Judeus.
Ainda em 2007 foi condecorada com a Ordem do Sorriso – a mais importante
distinção concedida por crianças de todo o mundo.
Nunca considerou a si própria, nem permitiu
que a investissem na condição de heroína. Em todas as entrevistas e homenagens
ressaltou que trabalhava em equipe, que sem seus companheiros de resistência
não teria sido possível tamanha ousadia. Em resposta ao convite para uma
reunião em sua homenagem, respondeu: “A justificação para minha vida não são
honrarias, mas sim a vida de cada uma das crianças salvas pela minha ajuda e a
ajuda de incríveis mensageiros secretos que não vivem mais”.
Nenhuma honraria seria
capaz de enaltecê-la o suficiente, e sem dúvida não precisou de reconhecimentos
para validar sua coragem e amor. Somos nós que precisamos oferecer admiração e
gratidão, pois no espelho de Irena Sendler, a despeito de todos os horrores de
seu tempo, fica enaltecida a nossa própria humanidade.
Lia
Diskin – Co-fundadora da Associação Palas Athena,
coordenadora do Comitê Paulista para a Década da Cultura de Paz – um programa
da UNESCO. Recebeu da UNESCO o Diploma de Reconhecimento por sua contribuição
na área de Direitos Humanos e Cultura de Paz durante as comemorações dos 60
anos da UNESCO.”
Em 2008, foiproduzido
o filme“O Corajoso Coração de Irena Sendler”que retrata os fatos mais importantes de sua luta.
A atriz que fez o papel de Irena, Anna Paquin,
foi indicada aoGlobo
de Ourode 2010. Assista abaixo o trailer do filme:
REFERÊNCIA:
DISKIN, Lia. A mãe do Gueto de Varsóvia – Irena Sendler
. Revista 18, Centro da Cultura Judaica de São Paulo, edição set/out/nov.
de 2008.