quinta-feira, 23 de abril de 2015

MARTIN LUTHER KING JR: UM GRANDE ESPÍRITO QUE LUTOU PELA IGUALDADE ENTRE OS HOMENS



Fábio José Lourenço Bezerra

Na Questão Nº 932, de “O Livro dos Espíritos”, temos:
Por que, neste mundo, os maus exercem geralmente maior influência sobre os bons?
Resposta: “Pela fraqueza dos bons. Os maus são intrigantes e audaciosos; os bons são tímidos. Estes, quando quiserem, assumirão a predominância.”

O pastor norte-americano Martin Luther King Jr. foi uma das maiores personalidades da história da humanidade. Lutou com grande coragem contra a desigualdade racial conscientizando as pessoas com os seus discursos e através dos protestos que convocava. Em 1964 recebeu o prêmio Nobel da Paz pelos seus grandes feitos.

 Seus primeiros estudos foram em escolas públicas segregadas, tendo se graduado no prestigioso Morehouse College, em 1948. Formou-se em teologia no Seminário Teológico Crozer e, em 1955, concluiu o doutorado em filosofia pela Universidade de Boston. Lá conheceu a que seria sua futura esposa, Coretta Scott, com quem teve quatro filhos.

Em 1955, coordenou um boicote aos ônibus da cidade de Montgomery. Os líderes negros da cidade decidiram boicotar o transporte após a prisão de uma mulher negra (Rosa Parks) que se recusou a ceder o lugar para uma passageira branca. Por causa do protesto, King foi preso e recebeu ameaças de morte.

Após tantos protestos, a Suprema Corte decidiu tornar ilegal o transporte público separatista. Esta decisão deu vitória ao protesto e King foi considerado um líder respeitado.  Por causa disto, em 1957, tornou-se presidente da Conferência de Lideranças Cristãs do Sul, intensificando sua atuação como defensor dos direitos civis por vias pacíficas.

Seus ideais de justiça, não-violência e amor ao próximo eram inspirados em outro grande mestre: Mahatma Gandhi.

Em 1959, King voltou para Atlanta para se tornar vice-pastor na igreja de seu pai. Nos anos seguintes, participou de inúmeros protestos, marchas e passeatas, sempre lutando pelas liberdades civis dos negros.

Alguns dos protestos de King:
* Campanha a favor dos direitos civis no Alabama;
* Realização de um censo para aprovar o voto dos negros;
* Luta para melhorar a educação e a moradia dos negros nos estados do sul;
* Luta contra a discriminação racial

King chegou a ser preso e torturado várias vezes, e sua casa foi atacada com bombas.

Em 1963, conseguiu que mais de 200.000 pessoas marchassem pelo fim da segregação racial. Nesta ocasião, proferiu seu discurso mais conhecido, "Eu Tenho um Sonho" (“I have a dream”), no Lincoln Memorial, em Washington. Numa parte do discurso, ele disse: "Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados pelo caráter, e não pela cor da pele."

Assistam um trecho do discurso:



King não foi somente um defensor dos direitos dos negros. Ele também defendia as mulheres.

Contudo, em 1965, ele começou a criticar a participação dos EUA na Guerra do Vietnã , e sua influência entre os negros começava a incomodar a muitos. Foi então que, no dia 4 de abril de 1968, ele foi assassinado. Mas até hoje é lembrado, discutido e estudado nas escolas.

Nos EUA existe um feriado para relembrar seus feitos e suas lutas.

Frases de Martin Luther King Jr.:

* “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”.
* “Pouca coisa é necessária para transformar inteiramente uma vida: amor no coração e sorriso nos lábios”.
* “Eu também sou vítima de sonhos adiados, de esperanças dilaceradas, mas, apesar disso, eu ainda tenho um sonho, porque a gente não pode desistir da vida”.
* “Quem aceita o mal sem protestar, coopera realmente com ele".

O excelente filme  “ Selma – Uma Luta Pela Igualdade”, venceu o Oscar 2015 e o Globo de Ouro, ambos na categoria de Melhor Canção Original (“Glory”), e foi indicado ao Oscar de Melhor Filme. Estreou nos cinemas do Brasil em 05 de Fevereiro de 2015 (Lamentavelmente, em pouquíssimas salas). Conta a história da famosa Marcha pelos Direitos Civis, liderada por King, entre as cidades de Selma e Montgomery, no Alabama. O movimento tornou-se um dos mais importantes dos Estados Unidos, garantindo o direito ao voto para os negros. Essa marcha ficou marcada pela brutalidade da polícia, forçando o então presidente dos EUA, Lyndon B. Johnson, a assinar a Lei que permitia o voto dos negros no mesmo ano. Sem direito a voto, além de não participarem das eleições, os negros também não podiam participar do corpo de jurados nos julgamentos, o que sempre tornavam impunes os crimes praticados por brancos contra negros, além de muitos negros serem condenados injustamente.

Assista ao trailer do filme:



ENDEREÇOS ELETRÔNICOS CONSULTADOS:






segunda-feira, 20 de abril de 2015

IRENA SENDLER: MARAVILHOSO EXEMPLO DE CORAGEM A SERVIÇO DO BEM

Fonte da imagem: http://www.thewomenseye.com/2011/06/01/mary-skinner-world-war-l-documentary-irena-sendler/

Fábio José Lourenço Bezerra

De tempos em tempos, encarnam na Terra Espíritos abnegados, de grande envergadura moral, que causam grande admiração por sua coragem e persistência no bem. Muitos deles arriscando a própria vida. Madre Teresa de Calcutá, Mahatma Gandhi, Martin Luther King Jr., Chico Xavier, Irmã Dulce e Dom Hélder Câmara são alguns exemplos recentes destes Espíritos, cuja missão é nos inspirar a seguir, cada vez mais, a recomendação de Jesus de Nazaré: “Ama a teu próximo como a ti mesmo”.

Um destes grandes Espíritos que passaram por esse nosso planeta de provas e expiações, e cuja vida era até algum tempo atrás pouco conhecida, chama-se Irena Sendler.

Sobre a admirável vida de Irena Sendler reproduzimos, na íntegra, o artigo de Lia Diskin, Co-fundadora da Associação Palas Athena, coordenadora do Comitê Paulista para a Década da Cultura de Paz – da UNESCO. Foi publicado na Revista 18, do Centro da Cultura Judaica de São Paulo, edição set/out/nov. de 2008.

A Mãe do Gueto de Varsóvia – Irena Sendler

O que leva uma pessoa a pôr em risco sua própria vida para salvar outras? Mesmo quando não tem com elas vínculos nem partilha de sua identidade, ideologia ou religião? Estas são as perguntas que teimam na minha mente após saber dos feitos de Irena Sendler.

 A conheci quando já não era possível conhecê-la. Em 13 de maio de 2008 foi publicada uma breve nota de 11 linhas em O Estado de São Paulo: “Morreu ontem em Varsóvia, aos 98 anos, Irena Sendler, que salvou milhares de crianças judias durante a ocupação nazista da Polônia. Entre 1940 e 1943 Irena, que era assistente social, tirou 2500 crianças do Gueto de Varsóvia. Ela chegou a ser presa e torturada pela Gestapo em 1943, mas nunca revelou os nomes das crianças que salvou”.

 No mesmo dia iniciei uma busca desesperada na internet, com o sentimento de haver perdido algo de muito precioso e singular. Perguntei a meus colegas e alunos se sabiam dela, se tinham livros ou documentos, relatos de testemunhas, crônicas de jornal. Ninguém lera, ninguém ouvira a seu respeito. Mas como, em um mundo que corre atrás de celebridades, que sabe o número do sapato desta ou daquela atriz, que esmiúça a intimidade de futebolistas, políticos, empresários, que sabe onde e com quem janta uma top model – como pode ter passado despercebida a trajetória de uma mulher que, nas palavras do rabino Michael Schudrich, “não somente salvou as crianças judias, mas também salvou a alma da Europa”?

 Em 1965 Irena Sendler foi agraciada com a medalha “Justos entre as Nações do Mundo”, outorgada pelo Instituto Yod Vashem a não judeus que salvaram e protegeram judeus durante as atrocidades nazistas da II Guerra Mundial. Essa honraria ela não pode receber porque os líderes comunistas que governavam a Polônia de então proibiram sua saída do país. Recém em 1983, quando reiterada a distinção pela Suprema Corte de Israel, é que foi ao encontro das homenagens oferecidas em Jerusalém na Autarquia Nacional para Recordação dos Mártires e Heróis do Holocausto.

 Contudo, sua vida e inusitada coragem emergiram do silêncio em setembro de 1999 pela curiosidade e criatividade de quatro jovens americanas que, instigadas pelo Prof. Norm Conard, começaram a pesquisar sua história. Na região rural do Kansas, na escola secundária protestante de Uniontown, o Prof. Conrad propôs a seus alunos que para celebrar o Dia Nacional da História criassem um projeto original, que fosse além das fronteiras e das personagens conhecidas, dos fatos já explorados. Apenas como sugestão mostrou um recorte do jornal News and World Report, cujo título era “Outros Schindlers”, e que mencionava Irena Sendler. Entre os alunos, quatro estudantes prontificaram-se a realizar a pesquisa, mas nunca imaginaram que esta as levaria a encontrar a própria Irena, viva, com 90 anos, morando ainda na Polônia. Estabeleceram contato, enviaram e recebera m cartas, fotos, informações, documentos. Acabaram por escrever uma peça de teatro intitulada A Vida num Pote de Vidro, que apresentaram na própria escola em fevereiro de 2000. A comunidade toda envolveu-se no sucesso e logo chegaram convites de igrejas, sinagogas, centros culturais. A peça atravessou o país, alcançou o Canadá, a Europa e, finalmente, a própria Polônia. Já foi encenada mais de 300 vezes e hoje está disponível em DVD.

 Para termos uma dimensão do valor desse resgate, e do impacto que provocaram as experiências vividas por Irena Sendler, basta dizer que até 2001, quando aconteceu o primeiro encontro das  alunas da Uniontown com sua heroína na Polônia, havia apenas uma página sobre ela na internet, quando hoje podemos encontrar mais de 90.000 citações. Elas revelam a abnegação e destemor de uma jovem polonesa, cristã, que sobrepujou as ameaças ao seu instinto de sobrevivência e nos legou a mais alta realização de um ser humano: o amor incondicional.

 Irena nasceu em 15 de fevereiro de 1910 nos subúrbios de Varsóvia, onde seu pai, na condição de médico, clinicava e atendia comunidades carentes. Dele aprendeu o sentido da solidariedade e o senso de responsabilidade profissional: quando a epidemia de tifo irrompeu em 1917 ele foi o único médico a permanecer na área infectada, o que o levou ao contágio e conseqüente morte.

Na década de 30 Irena ingressou na Universidade de Varsóvia, formou-se em Assistência Social e tomou contato com sentimentos e atitudes anti-semitas por parte dos estudantes, com quem manteve franca oposição. Já diplomada, ingressou no Departamento de Bem Estar Social, atendendo os refeitórios populares que acolhiam órfãos, anciãos e os pobres. Sua vocação ultrapassou a vocação de servidora pública – providenciava roupas, medicamentos e dinheiro para os necessitados, e os distribuía entre católicos e judeus indistintamente.

 Em 1939 as tropas nazistas invadiram a Polônia e em outubro de 1940 criou-se em Varsóvia o “bairro judeu”, onde foram confinados todos os judeus da cidade. Em pouco mais de duas semanas a população dessa área passou de 160.000 pessoas para 400.000. Em 15 de novembro desse mesmo ano o governador alemão de Varsóvia, Hans Frank, criou oficialmente o gueto, que foi logo murado tornando-se o palco de crueldades inomináveis, sistemáticas e consecutivas visando um único propósito: o extermínio dos judeus. Também foi palco das ações heróicas de Irena, cuja indignação encarnou o voto de resistir à barbárie sabotando uma e outra vez – 2500 vezes! – o plano da “solução final”.

 Como assistente social dos serviços públicos ela tinha autorização para entrar no gueto com um passe especial, o que lhe permitia livre trânsito, conhecimento da situação e, sobretudo, contrabandear comida, medicamentos e roupas. O racionamento de alimentos chegou a limites insuportáveis e as pessoas começaram a morrer de fome. No arquivo elaborado pelo historiador Emmanuel Ringelblum, resgatado depois da guerra entre as ruínas do gueto, lê-se: “Viver sem pão, sem nenhuma colher de comida quente durante anos atua como choque sobre a psique humana. Muitos, esgotadíssimos, foram acometidos de total apatia. Permaneciam deitados até que perdessem a força de se levantar. (...) Entre esses havia famílias inteiras com dez a doze pessoas. Permaneciam estendidos, imóveis, os rostos pálidos, olhares ardentes, engolindo saliva.

Para eles tudo se tornava indiferente. Queriam apenas uma coisa, sentiam apenas um desejo: o de conseguirem um pedacinho de pão”.

 Irena percebeu que seus esforços para mitigar o sofrimento só conseguiam prolongá-lo. Decidiu então iniciar a retirada de crianças de dentro do gueto – ao menos elas precisavam ter uma chance.
 Extra-muros trabalhava a resistência do Zegota, uma organização clandestina, na qual assumiu a coordenação da Divisão das Crianças, cuja missão era, primeiramente, encontrar instituições de amparo, conventos e casas de família dispostos a correr o risco de abrigar as crianças que fossem resgatadas e, depois, obter documentos falsos para elas.

 Antes, porém, era necessário convencer as mães, pais ou parentes que entregassem seus filhos a uma desconhecida. Muitos perguntavam, em desespero, por que deviam confiar nela. “Vocês não têm de confiar em mim”, respondia. “Mas não há mais o que fazer”. As informações em Varsóvia, fora e dentro do gueto, corriam à solta. No segundo semestre de 1941 já estavam em operação as deportações e traslados de milhares de judeus em vagões de gado, que levavam às câmaras de gás em Treblinka, aos fuzilamentos em massa, aos cemitérios a céu aberto repletos de moribundos... O abominável não deixava alternativa!

 Planejamento coordenado, método e capacidade de descobrir vantagens nos recursos mais improváveis foram as vias que Irena encontrou para a escalada de resgates usando:

1) Túneis subterrâneos que levavam para fora, onde guardas poloneses haviam sido subornados para que “fechassem os olhos”. Pedia-se aos pais que vestissem as crianças com suas melhores roupas.

2) Crianças pequenas eram sedadas e levadas em malas, caixões de defunto, caixotes de ferramentas, baús ou similares.

3) Devido às freqüentes epidemias, e ao medo que os alemães tinham de se aproximar dos doentes, as crianças que conseguissem fingir uma doença, ou que estivessem realmente muito doentes, podiam ser retiradas numa ambulância.

4) Os carros e ambulâncias levaram um cão treinado para latir quando o veículo estivesse parado, assim o eventual choro de uma cri ança escondida não seria percebido pelo guarda que parasse o carro na saída do gueto.

Desse modo, durante um ano e meio de articulações clandestinas, foram salvas 2.500 vidas. Em 22 de julho de 1942 teve início a expulsão em massa dos habitantes do gueto de Varsóvia para os campos de extermínio de Treblinka. Em outubro desse ano o general da SS Jürgen Stroop informou a seu superior Friedrich Krüger que um total de 310.332 judeus do gueto tinham sido “transferidos”. Sobraram apenas 65.000 habitantes, considerados indispensáveis como escravos nas fábricas e oficinas da Varsóvia ocupada.
 Em 20 de outubro de 1943 as atividades de Irena Sendler foram descobertas pela Gestapo, que a levou à prisão de Pawiak, onde foi brutalmente torturada, tendo pernas e pés quebrados a pauladas – mas ela não revelou nomes, nem de seus companheiros do Zegota, nem das crianças que havia salvado. Foi sentenciada à morte. Os membros da Zegota agiram rápido: subornaram os responsáveis pela execução e no dia seguinte o nome de Irena Sendler integrava a lista dos poloneses executados. Sob a proteção de um pseudônimo, viveu escondida até o final da guerra – exatamente como as crianças que havia salvo.

 Acabado o inferno, Irena desenterrou dois frascos de vidro que escondera no jardim de uma vizinha. Eles continham a lista dos verdadeiros nomes das crianças junto aos inventados nos documentos falsos. Era seu propósito que um dia as crianças pudessem retornar às suas famílias naturais e recuperar sua identidade judaica. Contudo, quase não havia sobreviventes – o heróico levante do gueto de Varsóvia consumira seus últimos habitantes. Constituído então o comitê de salvamento dos judeus sobreviventes, entregou os frascos de vidro a seu primeiro presidente, o Dr. Adolf Berman.

 Em 1991 foi reconhecida como cidadã honraria do Estado de Israel; em novembro de 2003 recebeu a mais alta condecoração polonesa: a Ordem da Águia Branca e também o Prêmio Jan Karski “Pela Coragem e Coração”. Foi indicada pelo governo da Polônia, em 2007, como candidata ao Prêmio Nobel da Paz; também nesse ano o Senado da República da Polônia, em resolução especial, homenageou Irena Sendler e o Conselho de Ajuda aos Judeus. Ainda em 2007 foi condecorada com a Ordem do Sorriso – a mais importante distinção concedida por crianças de todo o mundo.

 Nunca considerou a si própria, nem permitiu que a investissem na condição de heroína. Em todas as entrevistas e homenagens ressaltou que trabalhava em equipe, que sem seus companheiros de resistência não teria sido possível tamanha ousadia. Em resposta ao convite para uma reunião em sua homenagem, respondeu: “A justificação para minha vida não são honrarias, mas sim a vida de cada uma das crianças salvas pela minha ajuda e a ajuda de incríveis mensageiros secretos que não vivem mais”.

Nenhuma honraria seria capaz de enaltecê-la o suficiente, e sem dúvida não precisou de reconhecimentos para validar sua coragem e amor. Somos nós que precisamos oferecer admiração e gratidão, pois no espelho de Irena Sendler, a despeito de todos os horrores de seu tempo, fica enaltecida a nossa própria humanidade.

Lia Diskin – Co-fundadora da Associação Palas Athena, coordenadora do Comitê Paulista para a Década da Cultura de Paz – um programa da UNESCO. Recebeu da UNESCO o Diploma de Reconhecimento por sua contribuição na área de Direitos Humanos e Cultura de Paz durante as comemorações dos 60 anos da UNESCO.”

Em 2008, foi produzido o filme O Corajoso Coração de Irena Sendler” que retrata os fatos mais importantes de sua luta. A atriz que fez o papel de Irena,  Anna Paquin, foi indicada ao Globo de Ouro de 2010. Assista abaixo o trailer do filme:





REFERÊNCIA:

DISKIN, Lia. A mãe do Gueto de Varsóvia – Irena Sendler . Revista 18, Centro da Cultura Judaica de São Paulo, edição set/out/nov. de 2008.

ENDEREÇO ELETRÔNICO CONSULTADO: