Madre Tereza de Calcutá: Grande exemplo de vida dedicada ao próximo
Fábio José Lourenço Bezerra
No nosso texto
anterior, de título “Os Animais Possuem Alma?”, neste blog, vimos que o Espírito
humano surge após sucessivas existências, quando ainda é chamado de “Princípio
Inteligente”. É nessa fase, que abrange os diversos reinos dos seres
vivos, que ele se elabora e se individualiza,
verdadeiro ensaio da consciência, através de um progressivo desenvolvimento da
sensibilidade e do intelecto. Contudo, aí o seu maior guia é o instinto, encaminhando-o
pela vida, para que sobreviva e se
reproduza.
Contudo, chega
um momento no qual o Princípio Inteligente, que agora pode ser chamado Espírito,
atinge tal patamar de inteligência que o permite ter consciência do futuro e
noção do bem e do mal. Surge aí o livre-arbítrio, que é a capacidade
de escolher conscientemente suas ações. É nesse momento que também surgem as
emoções, fruto dos instintos de sua época de Princípio Inteligente, porém bem
mais elaborados.
Agora, o
instinto de sobrevivência, exacerbado, torna-se egoísmo, orgulho, vaidade,
desejo de vingança. O Espírito, ainda preso à matéria, procura avidamente obter
a satisfação de suas paixões. Daí, muitas vezes, procura dominar, ludibriar e
prejudicar seu semelhante, para obter seu intento. Surge daí o Mal.
O prejudicado, por sua vez, procura vingança, o que, na sociedade primitiva em
que vive, é algo encarado como plenamente natural. Foi daí que surgiu a lei de
talião: olho por olho, dente por dente.
O mal é a
ausência do bem, assim como a escuridão é a ausência da luz. Os Espíritos foram
criados para viverem em comunhão com Deus e com seus semelhantes. Eles estão
organicamente interligados, de modo que o benefício que um proporciona ao outro
repercute em si próprio. Da mesma forma o mal que pratiquem (Ver o texto “Porque Devemos Fazer o Bem?”, neste blog). Daí a necessidade de passarem
por várias existências na matéria: dar consciência ao Espírito de sua
verdadeira condição, desenvolvendo seu intelecto e seu senso moral, através de
muito esforço, para que, assim, tenha mérito (Ver o texto “A Lógica da Reencarnação”,
neste blog). Dessa forma, despoja-se das ilusórias paixões relacionadas à
matéria, para atingir a condição de puro Espírito, quando obtém a verdadeira e
plena felicidade em união com o Criador e com seus irmãos. Deseja a felicidade
para aqueles que ainda estão em aprendizado, daí virem em missão, dada por
Deus, de ajudá-los em sua ascensão espiritual.
Durante o seu
desenvolvimento, o Espírito passa por estados de consciência cada vez mais
amplos, sendo mais feliz à medida em que deixa para trás os sentimentos
inferiores. Desapegando-se das coisas materiais, do egoísmo, do orgullho e da
vaidade, livra-se da ansiedade por possuir, a todo custo, bens materiais, poder,
ser melhor que os outros. Tem plena consciência de que a satisfação obtida com tudo
isso é passageira e frágil. Livrando-se do rancor e do ódio, alivia-se da
pesada energia trazida por esses sentimentos, que só trás malefícios ao seu
Espírito e, até, chega a repercutir em seu corpo físico, trazendo doenças. Fica
sabendo que praticar a vingança só lhe trará más conseqüências para si mesmo.
Despojando-se
de todos os sentimentos acima descritos, sente-se mais leve, mais conectado aos
seus semelhantes. Passam a ser outras as suas prioridades. A felicidade dos
seus semelhantes é a sua felicidade.
No capítulo
XVII, da obra “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, na parte intitulada “O
Homem de Bem”, Allan Kardec nos dá uma excelente descrição do Espírito
que já atingiu elevado patamar na hierarquia espiritual, ao qual todos devemos trabalhar
para alcançar:
“O verdadeiro
homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua
maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si
mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que
podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem
qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.
Deposita fé em
Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua
permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas.
Tem fé no
futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.
Sabe que todas
as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou
expiações e as aceita sem murmurar.
Possuído do
sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar
paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e
sacrifica sempre seus interesses à justiça.
Encontra
satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer
ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos
aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si,
é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O
egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda
ação generosa.
O homem de bem
é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de
crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.
Respeita nos
outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não
pensam.
Em todas as
circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que
prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu
desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento,
uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de
amar o próximo e não merece a clemência do Senhor.
Não alimenta
ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece
as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será
conforme houver perdoado.
É indulgente
para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e
tem presente esta sentença do Cristo: “Atire-lhe a primeira pedra aquele que se
achar sem pecado.”
Nunca se
compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a
isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal.
Estuda suas
próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os
esforços emprega para dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de
melhor do que na véspera.
Não procura dar
valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita,
ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos
outros.
Não se
envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o
que lhe foi dado pode ser-lhe tirado.
Usa, mas não
abusa dos bens que lhe são concedidos, sabe que é um depósito de que terá de
prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo
à satisfação de suas paixões.
Se a ordem
social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e
benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para
lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto
lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram.
O subordinado,
de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los
conscienciosamente.
Finalmente, o
homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da
Natureza, como quer que sejam respeitados os seus.
Não ficam assim
enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que
se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a
todas as demais conduz.”
Tivemos na
Terra luminosos exemplos de Espíritos beneméritos, que viveram em prol dos seus
semelhantes. Vejamos alguns exemplos:
Irmã
Dulce (1914-1992) foi
uma religiosa católica brasileira que dedicou a sua vida a ajudar os mais
pobres e necessitados.
Em Salvador, já como freira, fundou a
União Operária São Francisco juntamente com o Frei Hildebrando Kruthaup.
Deve-se à Irmã Dulce a criação do Colégio Santo Antônio, voltado para os
operários e suas famílias. Importante também foi a sua participação na criação
de um albergue para doentes localizado no convento de Santo Antônio, o que iria
se transformar no Hospital Santo Antônio.
Em 1988, foi indicada ao Nobel da Paz
Madre Teresa de Calcutá (1910-1997) foi uma missionária católica
albanesa. Dedicou toda sua vida aos pobres.
Tendo
frequentado uma carreira docente, passa a ensinar Geografia no Colégio de Santa
Maria, da Congregação de Nossa Senhora do Loreto, em Calcutá. Mais tarde foi
nomeada Diretora. Irmã Teresa gostava de ensinar, sempre dedicada e atenta a todos
os problemas. Havia muito humanismo em suas atitudes, impressionava-se com o
que via quando saia à rua. A pobreza, o abandono dos doentes e famintos,
espalhados pela rua, tocava seu coração.
O grande desejo de se dedicar exclusivamente aos
pobres e doentes a levou ao arcebispo Mons. Fernando Périer a quem expôs o seu
plano. Ele a ouviu atentamente, mas negou o pedido. A Irmã Teresa voltou a sua
lida diária, que cumpria cada vez com maior dedicação e entusiasmo. O carinho
das alunas demonstrado de tantas maneiras e a amizade das companheiras não lhe
fizeram esquecer a imagem horrorosa dos doentes e dos famintos que morriam
pelas ruas de Calcutá. Um ano depois, foi ter novamente com o arcebispo. Mons.
Périer escutou, mais uma vez, as razões da Madre Teresa. A sua simplicidade,
fervor e persistência convenceram-no de que estava perante uma manifestação da
vontade de Deus. Por isso, desta vez mais afável, aconselhou a Teresa pedir
autorização à Madre Superiora.
A Irmã Teresa escreveu prontamente uma carta expondo o
seu plano. A Superiora viu nessas linhas a expressão da vontade de Deus. O que
aquela religiosa pedia era algo de muito valor. Respondeu-lhe nestes termos:
"Se essa é a vontade de Deus, autorizo-te de todo o coração. De qualquer
maneira, lembra-te sempre da amizade que todas nós te consagramos. Se algum
dia, por qualquer razão, quiseres voltar para o meio de nós, fica sabendo que
te receberemos com amor de irmãs."
Mons. Périer pediu autorização à Roma para a Irmã
Teresa deixar as Irmãs de Loreto, para viver fora do claustro, tendo Deus como
único protetor e guia, no meio dos mais pobres de Calcutá. A resposta de Pio
XII chegou no dia 12 de Abril de 1948. Nela se concedia a desejada autorização
sublinhando-se que, embora deixando a congregação de Nossa Senhora de Loreto, a
Irmã Teresa continuava religiosa sob a obediência do arcebispo de Calcutá. Só
em 08 de Agosto de 1948 ela deixou o colégio de Santa Maria.
Madre Teresa dirigiu-se para Patna, para fazer um
breve curso de enfermagem que julgava de imensa utilidade para a sua atividade
futura. Em 21 de dezembro obtém a nacionalidade indiana. Data que reunia um
grupo de cinco crianças, num bairro pobre, quem começou a dar aula. Pouco a
pouco, o grupo foi aumentando. Dez dias depois eram cerca de cinquenta
crianças. Tendo abandonado o hábito da Congregação de Loreto, a Irmã Teresa
comprou um sari branco, debruado de azul e colocou-lhe no ombro uma pequena
cruz. Seria o seus novo hábito, o vestido de uma modesta mulher indiana. Com
afeto, a irmã dava lições de higiene, muitas vezes iniciava a aula lavando o
rosto dos alunos. Depois ia de abrigo em abrigo levando, mais que donativos,
palavras amigas e as mãos sempre prestáveis para qualquer trabalho.
Em 19 de março de 1949, as vocações começaram a surgir
entre as suas antigas alunas. A primeira foi Shubashini. Filha de uma rica
família, disposta a colocar sua vida ao serviço dos pobres. Irmã Teresa
aconselhava "Minha filha, pensa melhor, reza mais, daqui a algum tempo,
vem ter novamente comigo". Era quase o mesmo conselho que Mons. Périer lhe
tinha dado, tempos atrás. A jovem foi, prensou, rezou e no dia 19 de Março de
1949, dia de São José, era aceita na nova Congregação. Outras voluntárias foram
se juntando ao trabalho missionário. Mais tarde chamadas de "Missionárias
da Caridade".
A partir de 1949, começou a se formar uma pequena
comunidade. Escolas foram abertas, enquanto continuaram as visitas aos bairros
pobres. As vocações afluíam e a casa tornou-se muito pequena. O primeiro
trabalho com os doentes e moribundos recolhidos na rua era lavar-lhes o rosto e
o corpo. Ainda em 1949, a constituição das Missionárias da Caridade, começou a
ser redigida.
A Congregação de Madre Teresa, foi aprovada pela Santa
Sé em 7 de outubro de 1950. Em agosto de 1952, abre o lar infantil Sishi Bavan
(Casa da Esperança) e inaugura o seu famoso "Lar para Moribundos", em
Kalighat, ao qual dedica as suas melhores energias físicas e espirituais. A
partir dessa data, a sua Congregação começa a expandir-se pela Índia e por várias
partes do mundo. Na Índia, principia por Ranchi e continua depois por Nova
Delhi e Bombaim, onde foi recebida pelo papa Paulo VI em 1964. A obra de Madre
Teresa cresceu rapidamente.
Madre Teresa recebeu duas grandes salas de um edifício
contíguo ao Templo da Deusa Kali, denominado "Casa do Peregrino"
porque servia de dormitório aos peregrinos. Ela passou a chamar o local de Casa
do Moribundo. Os sacerdotes, frequentadores do templo, não aceitaram a entrega
de uma dependência sagrada a uma mulher católica, para eles era uma profanação.
Observando o trabalho da irmã, mudaram seus pensamentos.
Na
catedral do Santíssimo Rosário, em abril de 1953, as primeiras Missionárias da
Caridade fizeram os seu votos religiosos. A ordem é aprovada pela Santa Sé e no
dia 1 de fevereiro de 1965, com a aprovação pontifícia, estende-se por toda a
Índia. No dia 26 de Julho de 1965 a aberta a primeira casa na América Latina,
na Venezuela, na arquidiocese de Barquisimeto. Em 1967, abre uma casa no
coração da cristandade, em Roma, por desejo expresso de Paulo VI. Mais tarde,
João Paulo II lhe presenteia com uma casa dentro do próprio Vaticano. A partir
de 22 de agosto de 1968, a Congregação estende-se por outras regiões: Ceilão,
Itália, Austrália, Bangladesh, Ilhas Maurícias, Peru e Canadá. Em 8 de Dezembro
de 1970, as Missionárias da Caridade abrem a sua primeira casa em Londres.
Em 1973, abre uma casa em Gaza, na Palestina, para
atender os refugiados. Celebra a primeira Assembléia Internacional dos
Colaboradores das Missionárias da Caridade, instituição cujo estatuto havia
sido aprovado em 1969 e que reúne milhares de pessoas de todo o mundo. Em 15 de
junho de 1976, precisamente em Nova York, funda o ramo contemplativo das
Missionárias da Caridade. E em dezembro de 1976, inaugura centros de
assistência no México e Guatemala.
Madre Teresa recebe o Prêmio Nobel da Paz, em outubro
de 1979 e
nesse mesmo ano, João Paulo II recebe a Madre, em audiência privada e a nomeia
"embaixadora" do Papa em todas as nações. Muitas universidades lhe
conferiram o título "Honoris Causa". E em 1980, recebe a ordem
"Distinguished Public Service Award" nos EUA. Anos mais tarde, será
recebida por Mikhail Gorbachov e abrirá uma casa na Rússia. E no mesmo estava
presente em Cuba. Em 1983, estando em Roma, sofre o primeiro grave ataque do
coração. Tinha 73 anos.
Em setembro de 1985, é reeleita Superiora das Missionárias
da Caridade. Nesse mesmo ano, recebe do Presidente Reagan, na Casa Branca, a
Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta condecoração do país. Em agosto
de 1987, vai à União Soviética e é condecorada com a Medalha de ouro do Comitê
soviético da Paz. Pouco depois, visita a China e a Coréia. Em agosto de 1989,
realiza um dos seus sonhos, abrir uma casa na sua Albânia, sua terra natal. Em
setembro de 1989, sofre o seu segundo ataque do coração e recebe um marcapasso.
Em 1990, pede ao Papa para ser substituída no seu cargo, mas volta a ser
reeleita por mais seis anos, até 1996.
Madre Teresa de Calcutá morre no dia 05 de setembro de
1997, depois de sofrer uma parada cardíaca. Uma fila interminável formou-se
durante dias, diante da igreja de São Tomé, em Calcutá, onde o seu corpo estava
sendo velado. Ao fim de uma semana, com milhares de pessoas ainda querendo dá o
último adeus, o corpo da Madre foi transladado ao Estádio Netaji, onde o
cardeal Ângelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano, celebrou a Missa de
corpo presente. O mesmo veículo que, em 1948, transportara o corpo do Mahatma
Gandhi foi utilizado para realizar o cortejo fúnebre da Mãe dos pobres.
Francisco Cândido
Xavier (1910-1992), mais conhecido como Chico Xavier, foi um dos maiores
expoentes do espiritismo no Século XX. Da infância pobre ao reconhecimento
internacional, ele nunca pensou nele, e sim, no próximo.
Depois de conhecer
seu guia espiritual, Chico levou o dom psicográfico às livrarias. Autores
falecidos puderam continuar suas obras através do médium. Foram mais de 400
obras psicografadas e publicadas em diversos idiomas, uma vendagem superior a
50 milhões de exemplares.
Chico Xavier nunca
ficou com um centavo do dinheiro arrecadado com as vendas. Toda renda, desde o
seu primeiro livro, foi destinada a instituições espíritas e a seus trabalhos sociais,
que ajudou sempre os mais necessitados.
O médium recebeu dezenas de homenagens de várias
cidades. Porém, humildemente achava que esta admiração pertencia à doutrina
espírita e não a ele.
Chico também era uma
ponte de conforto para milhares de mães que buscavam nele a esperança de
contato com os filhos já mortos. Um trabalho que passou a ter notoriedade
graças ao seu empenho e disciplina.
Mahatma
Gandhi (1869-1948) foi líder
pacifista indiano. Principal personalidade da independência da Índia, então
colônia britânica. Ganhou destaque na luta contra os ingleses por meio de seu
projeto de não-violência. Além de sua luta pela independência da índia, também
ficou conhecido por seus pensamentos e sua filosofia. Acreditava na santidade de todos os seres vivos. Recorria a jejuns,
marchas e à desobediência civil, ou seja, estimulava o não pagamento dos
impostos e o boicote aos produtos ingleses.
Promoveu um programa de organização da nação a partir da
luta em favor dos pobres, que incluía o incentivo às indústrias regionais e a
implantação de um sistema de educação voltado para as necessidades do povo.
O título dado a ele, Mahatma, que significa alma
grande,expressou o respeito e a veneração do povo indiano por seu líder.
Martin
Luther King
(1929-1968) foi um ativista político e pastor protestante norte-americano
conhecido pela luta contra a discriminação racial nos EUA e luta pelos direitos
civis dos negros.
Luther King começou a sua luta contra a discriminação
racial no estado do Alabama, envolvendo-se num conflito, no qual, uma cidadã
chamada Rosa Park recusou-se a ceder o seu lugar a um branco num transporte
público. Liderou o movimento anti-segregacionista, sendo preso por conta disso.
A Suprema Corte acabou por eliminar a segregação racial nos transportes
públicos.
A partir de 1957, intensificou a sua luta. Foi
presidente da Conferência da Liderança Cristão do Sul, participou de diversos
eventos e passeatas. Por conta disso, foi preso e torturado.
Seu evento mais importante foi quando conseguiu reunir
200.000 pessoas e proferiu o lema “Eu tenho um sonho”. O discurso foi tão
Importante que deu origem à lei dos Direitos Civis de 1964. Em 1965, foi
publicada a lei dos direitos de voto dos negros.
Luther King recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 1964.
Não só lutou pelos direitos dos negros, mas teve participação ativa em
movimentos contra a guerra do Vietnã.
BIBLIOGRAFIA
CONSULTADA
KARDEC, Allan.
O evangelho segundo o Espiritismo. FEB. Versão digital: Ery Lopes – 2007.
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