sábado, 26 de julho de 2014

ILUSTRES SÁBIOS ESTUDARAM A MAIOR MÉDIUM DOS EUA E CONCLUÍRAM: EXISTE VIDA APÓS A MORTE

A médium Leonore Piper

Fonte da imagem: http://www.esalen.org/ctr-archive/mediumship.html

Fábio José Lourenço Bezerra

A maior médium norte-americana, e também a que foi mais estudada (por mais de 40 anos), chamava-se Leonore E. de Piper. Nascida em 1859, nos Estados Unidos, desencarnou em 3 de julho de 1950.
A Sra. Piper possuía várias modalidades de mediunidade, como a psicografia, a psicofonia e a psicometria (esta última consiste em criar-se uma ligação psíquica com o falecido, tocando em um objeto que este teve contato em vida), tendo obtido casos de xenoglossia (comunicações mediúnicas em línguas desconhecidas do médium), além de clarividência (conhecimento de fatos e coisas além da capacidade humana normal) e precognição (conhecimento de fatos do futuro), o que é raro entre os médiuns.
Por um período de aproximadamente 30 anos, a mediunidade da Sra. Piper foi estudada, com prioridade, pelas Society for Psichical Research de Londres e de Boston. Nenhum outro médium foi tão rigorosamente examinado, nem por tão longo tempo, conforme os registros oficiais dessa Sociedade.
Grandes sábios a investigaram, dentre eles Sir Oliver Lodge, William James, James Hyslop, Charles Richet e Richard Hodgson, este último sendo prestidigitador e famoso desmascarador de falsos médiuns, devido ao seu rigor nas pesquisas. Estes estudiosos foram, ao longo das investigações, sendo convencidos da realidade das comunicações dos Espíritos. Estes estudos chamaram a atenção do mundo acadêmico da época para a realidade da vida após a morte, e a possibilidade do contato entre os habitantes do mundo físico com os do mundo espiritual.
O primeiro guia espiritual a se comunicar através da Sra. Piper foi uma menina indiana chamada Chlorine. Sua mediunidade deu os primeiros sinais depois de uma consulta com um médium de cura, o Dr. J. R. Cocke, que dizia receber o espírito de um médico chamado Finne ou Finnett. Ela foi a esta consulta para tratar-se de um trauma devido a um acidente de trenó e por causa de um tumor que lhe apareceu e que temia ser câncer. Após Chlorine e várias outras entidades espirituais, apresentou-se uma que se chamava Phinuit, dizendo-se um médico francês, que daí em diante assumiu o papel de controlar as comunicações obtidas pela médium. Phinuit assemelhava-se à mesma entidade Finne, do médium curador Cocke, apesar de apresentar uma grafia diferente. No princípio, Phinuit dava apenas conselhos médicos ou diagnósticos. Depois, passou a dar qualquer tipo de informação que lhe fosse solicitada.
O professor de Harvard William James conheceu a Sra Piper em 1885, através de sua sogra, a Sra. Gibbens, depois que ela lhe contou sobre os incríveis fenômenos obtidos pela médium. William James e Richard Hodgson, membros da "American Society for Psychical Research", interessaram-se pelos fenômenos da Sra Piper e, bastante céticos, examinaram sua mediunidade. Numa sessão, Phinuit falou do filho Herman (ele pronunciou "Herrin") que James perdera, dando vários detalhes corretos sobre a criança.
Ela freqüentemente pedia objetos que pertenciam aos falecidos, para entrar em contato com os mesmos (psicometria). Hodgson, sempre muito rigoroso em suas investigações, contratou detetives para seguir a Sra. Piper e sua família, no intuito de verificar se ela obtinha as informações dos falecidos por meios normais. Hodgson, depois dessa vigilância, acabou concluindo que não havia tal fraude. Ele também organizava as sessões mediúnicas sem fornecer os nomes verdadeiros dos assistentes que, na maior parte delas, eram apresentados com o nome falso "Smith".
            Entre os anos de 1888 e 1889, James Hyslop passou a participar da investigação. Após doze sessões, ele se convenceu de que eram realmente os falecidos que se comunicavam através da Sra. Piper. Ele declarou: "eu dou minha adesão à teoria de que existe uma vida futura e que a identidade pessoal persiste" (volume XVI dos processos da Society for Psichical Research).
No ano de 1889, a Sra. Piper deixou os Estados Unidos para ter a sua mediunidade investigada na Inglaterra. Assim, evitou-se o seu contato com pessoas próximas, que poderiam ajudá-la a obter informações sobre os falecidos.
Na Inglaterra, para as sessões, Frederich Myers selecionou assistentes que não residiam em Cambridge, e que se apresentavam à médium com nomes falsos. Supervisionada por Myers, Lodge e Walter Leaft, ocorreram 88 sessões entre novembro de 1889 e fevereiro de 1890. No relatório de Lodge, de 1890, constou o seguinte:

a) muitas informações dadas pela médium não poderiam ser obtidas nem por um detetive muito hábil;

b) caso ela tivesse a ajuda de comparsas, gastaria muito tempo e dinheiro, o que ela não tinha. Lodge a acompanhava quando ela ia às ruas fazer compras;

c) ela nunca deu qualquer motivo para suspeitas de fraude.

Oliver Lodge listou 38 casos onde as informações fornecidas pela médium não poderiam proceder do conhecimento consciente dos assistentes. Os resultados foram tão impressionantes que Hodgson declarou: "tenho tentado a hipótese telepática dos vivos por muitos anos, assim como a hipótese espírita. Não tenho nenhuma hesitação em afirmar com a mais absoluta segurança que a hipótese espírita é justificada por seus resultados e a outra não" (Volume XIII dos processos da Society for Psichical Research).
Ao voltar aos Estados Unidos, a Sra.Piper passou a receber um novo guia espiritual de controle, de nome George Pelham, a pouco tempo falecido e amigo do Dr. Hodgson. George Pelham era advogado, escritor e versado em filosofia e literatura. A Sra Piper, então, começava uma fase de maior força de seus dons mediúnicos. A mediunidade de psicofonia somou-se à escrita automática (psicografia). Em algumas ocasiões psicografava, ao mesmo tempo, mensagens diferentes de George Pelham com as duas mãos, enquanto falava uma terceira de Phinuit. A partir daí, vários guias espirituais de controle se sucederam. Era o auto-intitulado Grupo Imperator (Pelham, Myers, Hodgson, George Eliot, Guyon etc.).  Os investigadores Myers e Hodgson estavam neste grupo porque o primeiro morreu em 1901 e o outro em 1905. Um certo tempo depois, manifestaram-se como novos guias de controle da médium.
A Sra Piper voltou à Inglaterra mais duas vezes. Em uma delas, em 1906, realizou 74 sessões.
No ano de 1909, William James publicou um relatório que tratou das comunicações de Hodgson, quando este se apresentou como guia da Sra.Piper, na Society for Psichical Research da Inglaterra e dos Estados Unidos. Embora não tomando uma posição definitiva, James mencionou que sentiu a presença de uma vontade externa esforçando-se para se comunicar através da Sra Piper. Também em 1909, ela voltou pela última vez à Inglaterra. Madame "Guyon" foi o último guia espiritual a se manifestar.

Antes de morrer, William James escreveu uma observação confidencial sobre a Sra. Piper:

“O Dr. Hodgson sentiu que a hipótese de fraude não poderia ser seriamente encarada. Concordo com ele totalmente. A médium tem ficado sob observação, boa parte do tempo sob observação cerrada, bem como das condições de sua vida, por uma grande parte de pessoas, desejando apanhá-la em circunstâncias suspeitas, por 15 anos. Durante esse tempo não somente não houve uma simples circunstância suspeita, mas nenhuma sugestão tem sido levantada por qualquer ângulo que poderia levar possivelmente a explicar como a médium, visando a aparente vida que leva, poderia coletar informações sobre tão grande número de reuniões por meios naturais”.

Em certa ocasião, ele também escreveu:

“... há qualquer coisa de verdade, de real, de autêntico atrás de tudo isto.”

Abaixo constam casos, ocorridos através mediunidade da Sra Piper, que apresentaram evidências muitíssimo significativas em favor da sobrevivência da alma. Vejamos:

Em uma sessão mediúnica em 1893, o casal Sutton tentou se comunicar com sua filha Katherine, morta havia seis meses. A dor de garganta que a menina sentia, a paralisia da sua língua, o cavalinho dado de presente a ela pelo pai, sua febre quando doente, e a emoção com que as mensagens eram passadas, evidenciavam a real presença, ali, do Espírito Katherine. Phinuit, que então atuava como controle, ditava à médium tudo o que lhe era transmitido por Katherine.

Sir Oliver Lodge apenas colocou nas mãos da médium um relógio que era do falecido Jeremiah, irmão de seu tio Robert. A médium logo falou que o relógio era de um de seus tios, que gostava muito de Robert. Falou que o relógio era do tio Jerry (diminutivo de Jeremiah). Oliver Lodge disse para a médium que, para que Robert pudesse reconhecer a presença do irmão, era importante que ele - Jerry - lembrasse de detalhes da infância que passaram juntos. Foram fornecidos detalhes muito específicos, como atravessar o rio nadando e o risco de se afogar; a morte de um gato no campo de Smith; a espingarda e uma pele de cobra que Jerry achava que ainda estava com Robert. Este último detalhe foi tão excelente que até Andrew Lang, antropólogo, folclorista e membro da Society for Psychical Research inglesa, que até o momento não acreditava na mediunidade da Sra. Piper, passou a acreditar.

Para testar o Espírito George Pelham (G.P.), Hodgson, que era seu amigo quando em vida, realizou uma sessão para que Pelham reconhecesse 30 antigos amigos, entre 150 pessoas estranhas. G.P., incorporado na médium, não só os reconheceu entre as pessoas que lhe foram apresentadas, mas também lhes dirigiu palavras da mesma forma como teria feito quando vivo (não falamos da mesma forma com todos os nossos amigos; a nossa forma de falar varia conforme a idade da pessoa, a estima, a afeição, a intimidade que temos com ela, etc.). Pelham apenas não reconheceu a Srta. Warner, mas isto porque a conheceu, em vida, fazia tempo e quando ela tinha apenas 8 anos de idade. Pelham perguntou então a Hodgson quem ela era. Hodgson respondeu que a mãe da moça era amiga da Sra. Howard, que Pelham havia conhecido. Em seguida ocorreu uma conversa típica e saudosa entre G.P. e a Srta. Warner, quando inicialmente G.P. exclamou: "Meu Deus, como crescestes!... Oh, eu conheci muito vossa mãe", e em seguida a conversa continuou com assuntos a respeito da mãe da moça.

Houve um caso de correspondência cruzada entre as médiuns Piper e Willett, para comprovar a identidade de um Espírito que dizia ser Frederich Myers, então já falecido. G.B. Dorr, nos Estados Unidos, fez esta pergunta ao Myers da Sra. Piper: "que vos sugere a palavra Lethe?" O Espírito respondeu com muitas referências a obras clássicas que nada significaram para G.B.Dorr. O tema "Clássicos" foi escolhido porque, além da médium Piper não ter nenhum conhecimento sobre este tema, Myers era um profundo estudioso dele. A resposta do Espírito se referia à história de Ceyx e Alcione e ao envio da Deusa Íris ao submundo ligado ao rio Lethe em Metamorphoses de Ovídio. Em seguida, Oliver Lodge fez a mesma pergunta ao Myers da Sra. Willett, que disse já ter respondido essa pergunta antes, e com muito esforço escreveu a palavra D-O-R-R em maiúsculas. Depois, fez várias referências ao rio Lethe na Enêiada de Virgílio, demonstrando a visão de uma pessoa com alta cultura, como Myers. Também escreveu: "eu ter diferentes escribas [as psicografias] significa que devo mostrar diferentes aspectos sob os quais se há de encontrar a unidade subjacente, e sei o que Lodge quer. Ele quer que eu prove que tenho acesso ao conhecimento revelado em qualquer parte".

Outro caso de correspondência cruzada, agora entre as médiuns Piper, Verrall e sua filha, para testar novamente a identidade do Espírito Myers. Na Inglaterra, Piddington explica ao Myers da Sra. Piper: "temos conhecimento do esquema de correspondências cruzadas que você está transmitindo através de vários médiuns e esperamos que continue com elas. Tente dar a A e a B duas mensagens diferentes, entre as quais não seja perceptível a menor ligação. Depois que possível, dê a C uma terceira mensagem que revele as sugestões ocultas". Então, Piddington pediu a Myers que assinasse, em cada um dos escritos, fazendo um círculo com um triângulo dentro. E com um detalhe importantíssimo: as instruções foram passadas para o Espírito em latim ciceroniano, do qual a médium não tinha a menor noção. Myers disse que captou a mensagem. Passou-se algumas semanas para o Espírito decifrar essa complexa correspondência cruzada. Entre 17 de dezembro e 2 de janeiro, referências aos temas "estrela", "esperança" e a "poesia de Robert Browning" começaram a aparecer nos escritos da sra. Verrall e sua filha. Essas referências faziam pouco sentido para Piddington até que, em uma sessão com a sra. Piper em Londres, ele recebeu uma mensagem para procurar "Esperança", "Estrela" e "Browning". As referências mostraram sentido perfeito quando Piddington estudou Browning e descobriu que a correspondência cruzada relacionava-se com os temas contidos em seu poema Abt Vogler.

Durante uma das reuniões, em 8 de agosto de 1915, quando o controle das comunicações mediúnicas era o Espírito Hodgson, este pede a Sra. Robbins, assistente na sessão, para passar este recado a Lodge: "agora Lodge, que não estamos aí como no passado, isto é, não completamente, estamos aqui capazes de dar e receber mensagens. Myers diz para você tomar a parte do poeta, e ele [Myers] agirá como Faunus". Myers. Ele protegerá. É o que tem a dizer a você, Lodge. Bom trabalho. Solicite a Verrall, ela também estará entendida. Arthur [falecido esposo da Sra. Verrall] também diz". A mensagem foi enviada a Sir Oliver Lodge, que a recebeu em 6 de setembro na Escócia e tomou iniciativas para interpretá-la. Lodge, então, escreveu para a Sra. Verrall: o poeta e Faunus significa alguma coisa para você? Um protege o outro? Sra. Verrall responde em 8 de dezembro de 1915: "a referência é a Horácio, sobre a queda de uma árvore que por um triz não o matou, o que ele atribui à intervenção de Faunus. Faunus, o guardião dos poetas... A passagem não tem nenhum significado especial para mim". Lodge entendeu que a "árvore que cai" simbolizava a morte, símbolo, aliás, muito usado. Perguntou a outros eruditos e todos confirmaram. Sentiu então que algo de ruim iria ocorrer, mas que o Espírito Myers poderia ajudá-lo. Depois de 9 dias, em 17 de setembro, Lodge recebe um telegrama do Ministério da Guerra dizendo que seu filho Raymond falecera em Ypres (França), durante batalhas da 1ª Guerra, no dia 14 de setembro. Para entender melhor a mensagem, Lodge procurou o Rev. M. A. Bayfield para interpretá-la. Ele respondeu: "(...)Faunus 'aliviou', não 'desviou' o golpe. No vosso caso, a significação me parece ser de que o golpe sobreviria, mas não o esmagaria; que seria 'atenuado' pela asseguração dada por Myers de que o vosso filho ainda vive (...) Sou levado a crer que Horácio não se teria impessionado tanto se não fosse realmente alcançado pela árvore. Há em suas Odes quatro referências ao caso, todas fortalecendo a minha interpretação - e também a da mensagem de Myers, que devia estar bem consciente dos termos da citação dos versos de Horácio - e não teria dúvida de que o poeta não escaparia ao golpe, o qual fora rude". Depois da morte do filho, Lodge recebeu comunicações de Myers e Raymond pela Sra. Piper. Dessa forma, na verdade, Myers procurava atenuar a triste notícia, tranqülizando Lodge de que seu filho continuava vivo.

Alguns dos Espíritos que serviam de controle para a Sra. Piper, como Phinuit e George Eliot, passavam a impressão de serem fictícios. Contudo, isso apenas evidencia a dificuldade da transmissão telepática dos falecidos, já que a vontade do Espírito comunicante se mistura à vontade da médium. Só a hipótese espírita explica melhor os altos e baixos na qualidade das sessões, quando ocorreram mudanças de Espírito controle, como a troca de Phinuit por George Pelham. A interferência dos pesquisadores enquanto a médium estava em transe, com sugestões, perguntas ou induções ao erro - como na hipnose - pode muito bem ser responsável pelo efeito anímico, isto é, informações e vontade inconsciente do próprio médium a interferir nas comunicações com os falecidos. William James disse que mesmo a vontade externa pode ativar a vontade própria da médium. Além do mais, os fortíssimos casos de correspondência cruzada só dão margem à conclusão que, de fato, eram Espíritos desencarnados que passavam as informações.

Abaixo listamos links onde podem ser encontradas biografias resumidas dos ilustres sábios que estudaram a Sra Piper, citados neste texto.

William James

Richard Hodgson

James Hyslop

Oliver Lodge

Frederich Myers

Charles Richet


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

1 BOZZANO, Ernesto. A Propósito da Introdução da Metapsíquica Humana. 2ª edição. Rio de Janeiro: FEB, 1945;

2 CARVALHO, Antônio Cesar Perri de Carvalho. Os Sábios e a Sra. Piper: prova da comunicabilidade dos espíritos. 1ª edição. São Paulo: O Clarim, 1986;

3 FODOR, Nandor; LODGE, Oliver. 
Encyclopedia of Psychic Science (versão online). Original de 1952;

4 GAULD, Alan. Mediunidade e Sobrevivência. São Paulo: Pensamento, 1995;

5 HERLIN, Hans. O Mundo Extra-sensorial. 3ª edição. Rio de Janeiro: Record, 1969;

6 HEYWOOD, Rosalind. O Sexto Sentido. 9ª edição. São Paulo: Pensamento, 1993;

7 LODGE, Oliver. Raymond: uma prova de sobrevivência da alma. São Paulo: Edigraf, 1972;

8 ROGO, Scott. Vida Após a Morte: evidências da sobrevivência à morte corporal. São Paulo: Ibrasa, 1991;

9 SUDRE, René. Tratado de Parapsicologia. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1966;

10 TOCQUET, Robert. Os Poderes Secretos do Homem: um balanço do paranormal. São Paulo: Ibrasa, 1967.


ENDEREÇO ELETRÔNICO CONSULTADO: 



segunda-feira, 14 de julho de 2014

VÁRIOS ESTUDOS CONFIRMAM: A REENCARNAÇÃO EXISTE

Fonte da imagem: http://www.espiritualismo.info/reencarnar.html

Fábio José Lourenço Bezerra

A reencarnação é confirmada por uma quantidade enorme de evidências. No mundo inteiro, diversos pesquisadores têm estudado o fenômeno da reencarnação.

A pesquisa acontece em duas áreas distintas: casos de lembranças espontâneas de vidas anteriores, geralmente em crianças, e a outra através de um processo, atualmente muito utilizado com fins terapêuticos, que é a Técnica de regressão de memória a vidas passadas. Esta última, como veremos adiante, teve recentemente um grande aliado para sua validação: o Mapeamento Cerebral por Tomografia.

Na primeira área, destacamos o professor de psiquiatria Dr. Ian Stevenson e o atual continuador de sua pesquisa, o psiquiatra infantil Dr. Jim B. Tucker, ambos da  Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos. Destacamos também o médico psiquiatra indiano Dr. H. N. Banerjee. No Brasil, uma pesquisa desta natureza também foi realizada pelo engenheiro Ernani Guimarães Andrade.

Na segunda área, tendo como precursor o coronel francês Albert de Rochas, que pesquisou sobre as vidas passadas de dezoito pessoas, entre 1903 e 1910, através da hipnose, destacamos a renomada psicóloga americana Dra. Helen Wambach e inúmeros psicoterapeutas, dos quais temos como exemplos: Morris NethertonEdith Fiore e Brian Weiss nos Estados Unidos, Roger Woolger na Inglaterra, Patrick Druot na França, Thorwald Dethlefsen na Alemanha e Hans Tendam na Holanda, além de outros.

A partir do conjunto de todas essas pesquisas, chega-se a uma única conclusão possível: a reencarnação não é apenas uma teoria, mas um fato amplamente demonstrado.

Relativamente à pesquisa do Dr. Ian Stevenson, este registrou, ao redor do mundo, em um período de mais de quarenta anos para cá, perto de 2700 casos de crianças que relataram lembranças de vidas anteriores. Algumas se dizem membros da família já falecidos, outros descrevem vidas anteriores como estranhos. Tipicamente, a criança, muito nova (em geral por volta dos seus 2 a 3 anos de idade), começa a falar de uma outra vida persistentemente. Muitas vezes, pede que a levem para encontrar-se com a sua outra família, em outro local. Quando a criança fornece nomes ou detalhes suficientes sobre a outra localidade, a família atual, quase sempre, vai até lá e confirma as informações dadas pela criança, que se mostram corretas. As informações batem, em vários casos com riqueza de detalhes, com a vida de uma pessoa há pouco tempo falecida.
As crianças não só demonstram ter lembranças da vida da personalidade anterior (detalhes a respeito de membros da antiga família, eventos da vida passada ou o modo como morreram), mas também, com muita freqüência, apresentam marcas de nascença semelhantes a ferimentos no corpo da vida anterior, bem como suas emoções, apegos, medos, vícios, gostos e aversões.  A identificação com um determinado país ou sexo também aparecem em alguns casos. Para exemplificar, temos um caso ocorrido na Turquia, descrito pelo continuador das pesquisas do Dr. Ian Stevenson, o Dr. Jim Tucker, em seu livro “Vida Antes da Vida”:
“A mãe sonhou, durante a gravidez, que um homem desconhecido lhe dizia: “Fui morto por um golpe de pá. Quero ficar com você e ninguém mais.” Quando Sulerman nasceu, viu-se que a parte posterior do seu crânio era parcialmente deprimida e também apresentava uma cicatriz. Ao aprender a falar, disse que tinha sido um moleiro morto quando um freguês enfurecido feriu-o na cabeça. Juntamente com outros detalhes,  forneceu o primeiro nome do moleiro e o da aldeia onde residira. De fato, um freguês enfurecido havia assassinado um moleiro daquele mesmo nome e naquela mesma aldeia, golpeando-o na nuca com uma pá.”  

Os resultados da pesquisa da renomada psicóloga norte americana Dra Helen Wambach trouxeram evidências, bastante fortes, da existência da reencarnação. Muito difíceis de serem contestadas pelos céticos. Esta pesquisa e seus resultados foram publicados em dois excelentes livros: “Recordando Vidas Passadas” (1978) e “Vida Antes da Vida” (1982). Muito interessante é o fato de que os resultados coincidem muito com o que nos ensinaram os Espíritos Superiores durante a codificação do Espiritismo.
Realizando regressões de memória a vidas passadas em grupo (ela não levava em conta regressões individuais na sua pesquisa), coletou cerca de 1.100 relatórios de lembranças de existências pretéritas das pessoas que participaram de sua pesquisa. Os relatórios tiveram como base um questionário sobre diversos dados que poderiam ser, posteriormente, avaliados, comparando-os com o conhecimento histórico existente. Dados como vestuário, clima, moradia, raça, sexo, circunstâncias de vida, paisagem, além de outros.
            Dando um tratamento estatístico ao grande conjunto de dados coletados, obteve resultados bastante interessantes:
a) Quantidade de dados historicamente divergentes insignificante: dos 1.100 relatórios, apenas 11 possuíam diferenças em relação aos dados históricos disponíveis oficialmente. Mesmo nos indivíduos que regrediram à épocas que pouco, ou de nenhuma forma, foram retratadas em filmes, documentários, livros ou outros veículos de comunicação, que poderiam influenciar as suas lembranças, os detalhes de suas informações coincidiam com os dados históricos. Ou seja, apesar de vários indivíduos desconhecerem, nessa vida, detalhes de vestuário, utensílios domésticos, moradia, etc., em épocas da história cujos detalhes só podem ser obtidos através de uma minuciosa pesquisa, eles apareceram em suas lembranças durante as regressões.
b) Ausência de lembranças como personagens históricos famosos ou importantes,  bem como de situações que refletiriam desejos dos participantes: praticamente em todos os relatórios não apareceram lembranças como pessoas famosas ou importantes do passado, e na maior parte deles as vidas eram de pobreza, dificuldade, sofrimento, de frequente cansaço e monotonia. Vidas de pessoas comuns às épocas das quais lembraram, como camponeses, escravos, artesãos, etc. Era de se esperar que, caso fossem fantasias dos participantes, suas vidas refletiriam seus desejos, como de fama, riqueza e poder.

c) O número de renascimentos coincidiram, proporcionalmente, com o número da população em todas as épocas relembradasEm cada época e localização geográfica, os renascimentos coincidiram com as tendências do crescimento da população. Ao ser analisado estatisticamente, o crescimento  populacional nas regressões era o mesmo da história. Isto é, quando um maior número de participantes lembrava ter vivido em determinada época e lugar, isso coincidia, proporcionalmente, com os dados históricos sobre a quantidade de pessoas que viveram nessa época e lugar. O mesmo ocorreu em épocas e locais que apresentaram menos vidas dos participantes. Isto era de se esperar se as lembranças das vidas passadas fossem reais. Ver a figura abaixo:


Fonte: Livro Recordando Vidas Passadas. Helen Wambach. Ed.Pensamento

d) O número de reencarnações em ambos os sexos se mostrou igual na totalidade dos relatórios: Conforme Helen Wambach: “Refleti que eu precisava, pelo menos, de um fato biológico acerca do passado que me facultasse a conferência dos meus indícios. Eu sabia que em qualquer fase pretérita, mais ou menos a metade da população era masculina e a outra metade, feminina. Decidi verificar cada período de tempo e determinar quantas regressões tinham redundado em vidas masculinas e quantas tinham resultados em vidas femininas.
Se a rememoração de existências passadas fosse mera fantasia, seria de esperar que preponderassem as masculinas: os estudos mostram que o cidadão comum, em se lhe oferecendo a possibilidade de escolher, optaria por viver como homem.
Contra a probabilidade de que a fantasia produziria maior número de sujeitos masculinos, havia o fato de que 78% dos meus sujeitos no primeiro grupo de seminários eram mulheres.
Seria acaso possível que as mulheres preferissem ser mulheres numa vida pregressa?
Assim sendo, muitos imponderáveis gravitavam em torno da questão do sexo que seria escolhido numa vida passada.
Não obstante(...) meus dados são concludentes. Sem levar em consideração o sexo que têm na vida atual, ao regressar ao passado, meus sujeitos se dividiram precisa e uniformemente em 50,3% de homens e 49,7% de mulheres.” Ver a figura abaixo:




Fonte: Livro Recordando Vidas Passadas. Helen Wambach. Ed.Pensamento

a) Possibilidade de escolha do renascimento: dos 1.100 casos analisados, na maior parte deles, os indivíduos aceitaram voluntariamente seu nascimento. Perto de 81% dos participantes pesquisados decidiram voltar a terra e apenas 19% foram forçados. Muitos deles só aceitaram vir reclamando e outros só aceitaram após serem orientados por Espíritos planejadores ou aconselhadores;
           
b) Motivo do renascimento: dentre vários outros motivos, os mais comuns foram:

•         Terminar tarefas não concluídas;
•         Corrigir erros cometidos;
•         Despertar aptidões e evoluir espiritualmente;
•         Superar limites, romper barreiras e limitações;
•         Obter conhecimentos superiores;
•         Aprender a amar sem sentimento de posse ou apegos;
•         Superar medos, Desenvolver a humildade, amar a mãe e os irmãos, desfazer-se de certas ilusões, além de outros motivos.
           
c) escolha da época do renascimento: A maior parte dos que participaram da pesquisa, 51%, disseram ter escolhido nascer na segunda metade do século XX, pois essa época tinha grande potencial de crescimento espiritual; um período de mudança na consciência dos homens. Como exemplos do que os próprios participantes disseram sobre isso: “Será uma época de grande expansão da consciência”; “Os espíritos mais avançados estão nascendo”; “é uma época de grande esclarecimento”; “é o início de uma idade de ouro”; “a consciência atingirá novas alturas”; “Este período de tempo está aberto ao crescimento espiritual”. Muitas outras lembranças coincidiram com estas.

d) Escolha do sexo:  24% não escolheram o sexo com o qual reencarnariam, ou disseram que isso não tinha muita importância; 76% afirmaram que o sexo era importante nas atividades que teriam de executar. Perto de 33% destes escolheram reencarnar como mulheres porque queriam ter filhos. Vejamos alguns exemplos: “escolhi ser homem pela minha mulher. Entrei nesta vida para ajudar minha esposa a resolver um problema e ela tinha escolhido ser mulher.”; “escolhi o sexo masculino pela facilidade do homem em participar do esforço científico e desejava, nesta vida, participar da revolução cientifica do século XX.”; “escolhi o sexo feminino para fazer as pessoas felizes com mais facilidade.”

e) Presença de parentes e amigos: 87% disseram que já conheciam muitos parentes e amigos de outras vidas e 13% disseram que não, ou que não sabiam dizer.
Dos 87% que disseram sim, pôde-se chegar a algumas conclusões. Segundo Wambach: “houve impressionante variação nos relacionamentos configurados. Pais, nesta vida, tinham sido amantes no passado; mães tinham vindo como irmãos, amigas, irmãs, filhos. Mães na vida atual tinham vindo como pais, amigos, irmãos, irmãs, filhos. Nada havia de totalmente consistente na maneira pela qual as pessoas, nesta existência, se relacionavam em vidas passadas.”

f) Ligação da alma ao novo corpo: Em 750 casos, 89% não se ligaram ao feto, de nenhuma forma, até depois dos seis meses de gestação”. Contudo, praticamente todos disseram ter plena consciência dos sentimentos da mãe, antes e durante o parto, possivelmente por telepatia. 33% disseram ter se unido ao feto durante o parto ou pouco tempo antes. Dessa forma, na maior parte do período de gravidez, as pessoas não se sentiam parte integrante do feto, contudo estavam existindo separado destes.

É preciso levar em conta que, quando relembra suas vidas passadas, o Espírito expressa apenas seu ponto de vista. Assim, pode estar ligado ao corpo desde a concepção, mas só perceber essa ligação quando ela está mais forte, ou seja, no final da gestação. Tanto é que o Espírito sente a conexão com sua mãe desde bem antes do parto. Provavelmente foi isso que se deu na pesquisa.

g) As sensações durante o nascimento: Foi grande a quantidade de participantes que sentiram tristeza e melancolia durante o nascimento. Não que fossem os eventos físicos do processo de parto que traziam esses sentimentos, mas, ao que tudo indica, a maior fonte era psicológica. Muitos derramaram lágrimas durante a lembrança do nascimento. A tristeza eram causada, em sua maior parte, à expectativa das dificuldades que viriam durante a vida que se iniciava, aos resgates que teriam de sofrer, e à limitação do corpo físico em relação ao corpo espiritual. Sofriam por deixar a plena, leve, pacífica e sublime vida no mundo  espiritual. Some-se a isso as sensações, relatadas por muitos, quando da entrada no mundo físico e a passagem pelo canal de parto, atormentadoras e por demais desagradáveis. Segundo Wambach: “A criança recém-nascida sente-se desligada, diminuída e sozinha, quando comparada à sua situação no intervalo entre as vidas”.

            A pesquisa da reencarnação, através da regressão de memória a vidas passadas, foi recentemente bastante reforçada pela tecnologia. O Mapeamento Cerebral Por Tomografia, realizado durante as regressões de memória, trouxe interessantíssimos resultados. Vejamos as duas reportagens abaixo:

Reportagem do site do Globo Reporter:

“Viagens a um passado que transcenderia ao nosso corpo físico. Teria a nossa memória um arquivo secreto de momentos que não experimentamos nesta vida? O homem carrega com ele lembranças de vidas passadas? Especialistas em terapias que utilizam a técnica da regressão estão tentando desvendar esse mistério.
Os psicólogos paulistas Manoel Simão e Júlio Peres fizeram o mapeamento cerebral de alguns dos seus pacientes, durante as sessões de regressão, usando aparelhos de tomografia computadorizada. Foi uma experiência inédita. E o que revelaram os exames?
A área do cérebro ativada quando os pacientes entram em uma hipotética vida passada é a da memória. A parte que comanda os circuitos da imaginação, durante a regressão, não entra em atividade, garante o psicólogo.
"As vias neurofisiológicas utilizadas para o resgate de memórias traumáticas de vida atual foram também utilizadas para o resgate de situações traumáticas de vidas passadas - supostas vidas passadas. Os circuitos neurofisiológicos que estão relacionados à fantasia são outras estruturas”, explica o psicólogo Júlio Peres.
O publicitário Tertuliano Pinheiro se submeteu à regressão e diz ter se encontrado em duas outras existências. "A primeira vivência foi na Roma Antiga. Utilizava o poder para praticar o mal. Vivia emitindo ordens. Ouvia os gritos das pessoas. Foram muitos erros cometidos. Exercia o poder da forma mais errada. Ele tomou bens", revela.
Ao descobrir tudo isso, Tertuliano encontrou o caminho para se livrar de todas as suas aflições. A depressão, o medo do escuro, o pânico, tudo desapareceu. “Hoje eu sou outra pessoa, de bem com a vida. Sem dúvida isso aconteceu por causa da regressão. Não é questão de achar, é de sentir", diz o publicitário.
Sentir, mergulhar em uma memória desconhecida sem perder a consciência. Isso seria mesmo possível? "Não importa o nome que se atribua a esse conteúdo. De fato, ele é verdadeiro, genuíno para o paciente, porque ele dispara emoções. E o paciente se liberta de dificuldades a partir do resgate dessas situações", explica o psicólogo Júlio Peres.”

Reportagem publicada na revista ISTOÉ de 10/07/02 e extraída do site:

Há dois anos, ISTOÉ divulgou o primeiro mapeamento de ondas cerebrais feito durante uma sessão de regressão (ISTOÉ 1594). O estudo do psicólogo Júlio Peres, do Instituto de Terapia Regressiva Vivencial Peres, de São Paulo, mostrava que a atividade cerebral é muito lenta, mesmo quando o paciente mostra reações como suor e taquicardia. Na época, Peres anunciou uma parceria de pesquisa com a Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, para monitorar o fluxo sanguíneo e as estruturas cerebrais acionadas durante a regressão. Quatro mulheres e dois homens sadios, com idades entre 28 e 39 anos, se submeteram a uma tomografia com emissão de radiofármaco (método spect), realizada no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Depois, seus exames foram analisados pelo médico Andrew Newberg, especialista em estados modificados de consciência da universidade americana. Finalizados, os estudos revelaram que as áreas do cérebro mais requisitadas neste processo são as do lobo médio temporal e as do lobo pré-frontal esquerdo, que respondem pela memória e pela emoção. É mais um passo na busca de comprovação de que essas experiências não são fruto da imaginação. “Se o paciente estivesse criando uma história, o lobo frontal seria acionado e a carga emocional não seria tão intensa”, explica Peres.

     Nas comunicações com Espíritos através de aparelhos eletrônicos (Transcomunicação Instrumental), que começou a ocorrer a partir de 1959 com Friedrich Jurgenson, através de um gravador de áudio, e depois espalhou-se pelo mundo através de vários pesquisadores, com registros em áudio e também em vídeo, inclusive pelo computador, também foi confirmada a existência da reencarnação (Ver os textos "Os Espíritos se Comunicam por Aparelhos Eletrônicos? Parte 2", neste blog).


      A reencarnação também aparece nos relatos de muitas pessoas que passaram pelas chamadas Experiências de Quase-Morte (mais detalhes sobre este fenômeno no meu texto As Experiências de Quase-Morte, neste blog).
Ao estudar a reencarnação, na Universidade Estadual do Colorado (EUA), em 1988,Albertson e Freeman, testando algumas hipóteses e contra-hipóteses, chegaram a conclusões semelhantes a outros pesquisadores , tendo estes utilizado métodos diferentes. Eles aplicaram estas hipóteses e contra-hipóteses aos vários estudos existentes sobre reencarnação, e também à gama de fenômenos paranormais conhecidos. Debruçando-se sobre a história da humanidade, as mais diversas religiões, filosofias, e os vários fenômenos paranormais, depararam-se com concordâncias precisas, ou seja, padrões, sobre reencarnação.

Abaixo estão os padrões identificados por estes dois pesquisadores*:

1. O ser humano consiste pelo menos em duas partes distintas: um corpo e um espírito.

2. O espírito é uma entidade não-física, existe e pode funcionar independente e à parte do domínio físico.

3. O espírito pode tomar decisões e escolhas acerca da sua situação, tanto em relação ao mundo físico quanto ao domínio espiritual, desde que não viole as leis causais básicas.

4. O espírito existe para sempre.

5. Alguns espíritos passam através de mais de uma vida biológica e estão associados sucessivamente com diferentes corpos físicos.

6. O espírito se separa do corpo físico após sua morte.

7. O espírito junta-se ao corpo físico, no processo do nascimento.

8. O espírito conserva uma memória de todas as fases da sua existência prévia.

9. O espírito tem dois modos ou oportunidades de aprendizagem: experiências no mundo físico e experiências no domínio do espírito.

10. O espírito pode aprender os princípios teóricos básicos de viver no domínio espiritual e pode aprender a aplicação prática desses princípios no mundo físico.

11. Os pensamentos e ações do espírito numa vida terão consequências na sua escolha de circunstâncias para quaisquer vidas subsequentes.

12. O espírito escolhe cuidadosamente as circunstâncias iniciais - corpo, família, etc. - de uma vida física que iniciará.

13. Um espírito pode receber assistência, na decisão de reencarnar, de guias espirituais.

14. O objetivo principal da vida de um espírito é aprender e praticar o amor incondicional a todas as pessoas, incluindo a si próprio.

15. Enquanto no domínio espiritual, o espírito tem oportunidades de ajudar àqueles que se encontram no mundo físico.
16. Há vários níveis de existência espiritual, após a morte do corpo físico, onde o espírito pode habitar.

17. A situação de um espírito dum nível de existência espiritual, após a morte do seu corpo físico, dependerá da sua evolução na época da morte.

18. A evolução do espírito a qualquer momento, é determinada em grande parte, mas não totalmente, pelas suas ações e pensamentos passados.

19. O nível mais baixo da existência espiritual disponível para um espírito é um estado de ligação próximo à matéria.

20. Espíritos que penetram níveis mais elevados da existência espiritual após a morte do corpo físico, escolhem fazer isso com a assistência dos guias espirituais.

21. Num estado ligado à terra, isto é, desencarnado à espera de reencarnar de novo, um espírito pode encaixar-se numa das várias atividades, por exemplo:

a) ligação aos espíritos nos corpos.
b) esconder-se com medo do contacto com outros espíritos;
c) vaguear de lugar para lugar, tentando comunicar com espíritos que deixam os corpos físicos.

22. Nos níveis mais altos da existência espiritual, um espírito pode aprender os princípios de viver em qualquer dos templos da sabedoria (cidades espirituais), sob a proteção dos guias espirituais.

23. Os espíritos preferem a existência nos níveis mais altos do domínio espiritual do que a existência no plano da terra e escolhem retornar ao plano físico para poderem avançar em sua aprendizagem.


(Extraído do livro Reencarnação: processo educativo. Autor: Adenáuer Marcos Ferraz de Novaes)

É impressionante como estes padrões coincidem com os ensinamentos do Espiritismo.

Contudo, na bibliografia de seu estudo, os pesquisadores não citaram nenhum livro de Allan Kardec ou mesmo as obras que complementam a Codificação espírita.  Isto serve como demonstração do caráter universal das teses espíritas, confirmadas pelas mais diferentes fontes, independentes entre si.

       Verificamos assim, mais uma vez, através das mais variadas fontes e fatos comprovados por muitos pesquisadores não espíritas, em boa parte composta por acadêmicos de grande sucesso e reputação em suas áreas de atuação, que a Doutrina Espírita vai sendo confirmada ao longo do tempo, apesar dos seus mais de 150 anos de existência.

       Como disse o codificador do Espiritismo, Allan Kardec:

“Não há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade”.
               

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

1 KARDEC, ALLAN. O Livro dos Espíritos, 1995.;
2 WAMBACH, Helen. Recordando vidas passadas, 1978;
3______________. Vida antes da vida. Livraria Freitas Bastos. [1982]
4 MOODY Jr. Raymond A. Vida depois da vida, 1979;
5 ANDRADE, Hernani Guimarães. Parapsicologia: uma visão panorâmica, 2002;
6 WEISS, Brian L. Muitas vidas, muitos mestres, 1988;
7 TUCKER, Jim B. Vida antes da vida: uma pesquisa científica das lembranças que as crianças têm de vidas passadas, 2007;
8 TENDAM,  Hans.  Panorama sobre a reencarnação Vol 1, 1996;
9 ROCHAS D’AIGLUN, Eugene –Auguste Albert de. As vidas sucessivas, 2002;
10 NOVAES, Adenáuer Marcos Ferraz de. Reencarnação: processo educativo. Salvador:  Fundação lar harmonia, 2003.

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS CONSULTADOS: