quinta-feira, 20 de outubro de 2016

VÁRIOS CIENTISTAS RENOMADOS ACREDITAM QUE UMA SUPER-INTELIGÊNCIA PROGRAMOU O UNIVERSO

 (Agsandrew/iStock/Thinkstock)
Fonte da imagem: https://www.epochtimes.com.br/nossa-vida-incrivelmente-semelhante-matrix-explica-renomado-engenheiro/#.WAVQbPkrKUk

Fábio José Lourenço Bezerra


No Capítulo II de "A Gênese", temos:

"20. A providência é a solicitude de Deus para com as suas criaturas. Ele está em toda parte, tudo vê, a tudo preside, mesmo às menores coisas. É nisto que consiste a ação providencial. “Como pode Deus, tão grande, tão poderoso, tão superior a tudo, imiscuir-se em pormenores ínfimos, preocupar-se com os menores atos e os menores pensamentos de cada indivíduo?” Esta a interrogação que a si mesmo dirige o incrédulo, concluindo por dizer que, admitida a existência de Deus, só se pode admitir, quanto à sua ação, que ela se exerça sobre as leis gerais do universo; que o universo funcione de toda a eternidade em virtude dessas leis, às quais toda criatura se acha submetida na esfera de suas atividades, sem que haja mister a intervenção incessante da Providência.

21. No estado de inferioridade em que ainda se encontram, só muito dificilmente podem os homens compreender que Deus seja infinito, pois, vendo-se limitados e circunscritos, eles o imaginam também circunscrito e limitado. Imaginando-o circunscrito, figuram-no quais eles são, à imagem e semelhança deles. Os quadros em que o vemos com traços humanos não contribuem pouco para entreter esse erro no espírito das massas, que nele adoram mais a forma que o pensamento. Para a maioria, é Ele um soberano poderoso, sentado num trono inacessível e perdido na imensidade dos céus. Tendo restritas suas faculdades e percepções, não compreendem que Deus possa e se digne de intervir diretamente nas pequeninas coisas.

22. Impotente para compreender a essência mesma da Divindade, o homem não pode fazer dela mais do que uma ideia aproximativa, mediante comparações necessariamente muito imperfeitas, mas que, ao menos, servem para lhe mostrar a possibilidade daquilo que, à primeira vista, lhe parece impossível. Suponhamos um fluido bastante sutil para penetrar todos os corpos. Sendo ininteligente, esse fluido atua mecanicamente, por meio tão só das forças materiais. Se, porém, o supusermos dotado de inteligência, de faculdades perceptivas e sensitivas, ele já não atuará às cegas, mas com discernimento, com vontade e liberdade: verá, ouvirá e sentirá.

23. As propriedades do fluido perispirítico podem nos dar uma ideia. Ele não é de si mesmo inteligente, pois que é matéria, mas é o veículo do pensamento, das sensações e percepções do Espírito. O fluido perispiritual não é o pensamento do Espírito; é, porém, o agente e o intermediário desse pensamento. Sendo ele que o transmite, fica, de certo modo, impregnado do pensamento transmitido, e na impossibilidade em que nos achamos de isolar o pensamento, a nós parece que ele faz corpo com o fluido, dando a entender que são uma coisa só, como sucede com o som e o ar, de maneira que podemos, a bem dizer, materializá-lo. Assim como dizemos que o ar se torna sonoro, poderíamos, tomando o efeito pela causa, dizer que o fluido se torna inteligente.

24. Seja ou não assim no que concerne ao pensamento de Deus, isto é, que o pensamento de Deus atue diretamente ou por intermédio de um fluido, para facilitar a nossa inteligência, figuremo-lo sob a forma concreta de um fluido inteligente que enche o universo infinito e penetra todas as partes da Criação: a natureza inteira está mergulhada no fluido divino. Ora, em virtude do princípio de que as partes de um todo são da mesma natureza e têm as mesmas propriedades que ele, cada átomo desse fluido, se assim nos podemos exprimir, possuindo o pensamento, isto é, os atributos essenciais da Divindade e estando o mesmo fluido em toda parte, tudo está submetido à sua ação inteligente, à sua previdência, à sua solicitude. Nenhum ser haverá, por mais ínfimo que o suponhamos, que não esteja saturado dele. Achamo-nos então, constantemente, em presença da Divindade; nenhuma das nossas ações lhe podemos subtrair ao olhar; o nosso pensamento está em contato ininterrupto com o seu pensamento, havendo, pois, razão para dizer-se que Deus vê os mais profundos refolhos do nosso coração. Estamos nele, como Ele está em nós, segundo a palavra do Cristo (1 João, 4:13). Para estender a sua solicitude a todas as criaturas, não precisa Deus lançar o olhar do Alto da imensidade. As nossas preces, para que Ele as ouça, não precisam transpor o espaço, nem ser ditas com voz retumbante, pois que, estando sempre ao nosso lado, os nossos pensamentos repercutem nele. Os nossos pensamentos são como os sons de um sino, que fazem vibrar todas as moléculas do ar ambiente.

25. Longe de nós a ideia de materializar a Divindade. A imagem de um fluido inteligente universal evidentemente não passa de uma comparação apropriada a dar de Deus uma ideia mais exata do que os quadros que o apresentam debaixo de uma figura humana. Essa imagem se destina a fazer compreensível a possibilidade que tem Deus de estar em toda parte e de se ocupar com todas as coisas.

26. Temos constantemente sob as vistas um exemplo que nos permite fazer ideia do modo por que talvez se exerça a ação de Deus sobre as partes mais íntimas de todos os seres e, conseguintemente, do modo por que lhe chegam as mais sutis impressões de nossa alma. Esse exemplo tiramo-lo de certa instrução que a tal respeito deu um Espírito.

27. “O homem é um pequeno mundo, que tem como diretor o Espírito e como dirigido o corpo. Nesse universo, o corpo representará uma criação cujo Espírito seria Deus. (Compreendei bem que aqui há uma simples questão de analogia e não de identidade.) Os membros desse corpo, os diferentes órgãos que o compõem, os músculos, os nervos, as articulações são outras tantas individualidades materiais, se assim se pode dizer, localizadas em pontos especiais do corpo. Se bem seja considerável o número de suas partes constitutivas, de natureza tão variada e diferente, a ninguém é lícito supor que se possam produzir movimentos, ou uma impressão em qualquer lugar, sem que o Espírito tenha consciência do que ocorra. Há sensações diversas em muitos lugares simultaneamente? O Espírito as sente todas, distingue, analisa, assinala a cada uma a causa determinante e o ponto em que se produziu, tudo por meio do fluido perispirítico. “Análogo fenômeno ocorre entre Deus e a Criação. Deus está em toda parte, na natureza, como o Espírito está em toda parte, no corpo. Todos os elementos da Criação se acham em relação constante com Ele, como todas as células do corpo humano se acham em contato imediato com o ser espiritual. Não há, pois, razão para que fenômenos da mesma ordem não se produzam de maneira idêntica, num e noutro caso. “Um membro se agita: o Espírito o sente; uma criatura pensa: Deus o sabe. Todos os membros estão em movimento, os diferentes órgãos estão a vibrar; o Espírito se ressente de todas as manifestações, as distingue e localiza. As diferentes criações, as diferentes criaturas se agitam, pensam, agem diversamente: Deus sabe o que se passa e assina a cada um o que lhe diz respeito. “Daí se pode igualmente deduzir a solidariedade da matéria e da inteligência, a solidariedade entre si de todos os seres de um mundo, a de todos os mundos e, por fim, de todas as criações com o Criador.” (Quinemant, Sociedade de Paris, 1867.)"


"[...] 34. Sendo Deus a essência divina por excelência, unicamente os Espíritos que atingiram o mais alto grau de desmaterialização o podem perceber. Pelo fato de os Espíritos imperfeitos não verem a Deus, não se segue que eles estejam mais distantes de Deus do que os outros; esses Espíritos, como os demais, como todos os seres da natureza, se encontram mergulhados no fluido divino, do mesmo modo que nós o estamos na luz. O que há é que as imperfeições daqueles Espíritos são vapores que os impedem de vê-lo. Quando o nevoeiro se dissipar, vê-lo-ão resplandecer. Para isso, não lhes é preciso subir, nem procurá-lo nas profundezas do infinito. Desimpedida a visão espiritual das belidas que a obscureciam, eles o verão de todo lugar onde se achem, mesmo da Terra, porquanto Deus está em toda parte.

35. O Espírito só se depura com o tempo, sendo as diversas encarnações o alambique em cujo fundo deixa de cada vez algumas impurezas. Com o abandonar o seu invólucro corpóreo, os Espíritos não se despojam instantaneamente de suas imperfeições, razão por que, depois da morte, não veem a Deus mais do que o viam quando vivos; mas, à medida que se depuram, têm dele uma intuição mais clara. Não o veem, mas compreendem-no melhor; a luz é menos difusa. Quando, pois, alguns Espíritos dizem que Deus lhes proíbe respondam a uma dada pergunta não é que Deus lhes apareça, ou dirija a palavra, para lhes ordenar ou proibir isto ou aquilo, não; eles, porém, o sentem; recebem os eflúvios do seu pensamento, como nos sucede com relação aos Espíritos que nos envolvem em seus fluidos, embora não os vejamos."

E nas questões seguintes de "O Livro dos Espíritos", temos:

27. Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o Espírito?

“Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria  constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o Espírito não o fosse. Está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido, como a matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do Espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o Espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.”

558. Alguma outra coisa incumbe aos Espíritos fazer, que não seja melhorarem-se pessoalmente?

“Concorrem para a harmonia do Universo, executando as vontades de Deus, cujos ministros eles são. A vida espírita é uma ocupação contínua, mas que nada tem de penosa, como a vida na Terra, porque não há a fadiga corporal, nem as angústias das necessidades.”

562. Já não tendo o que adquirir, os Espíritos da ordem mais elevada se acham em repouso absoluto, ou também lhes tocam ocupações?

“Que quererias que fizessem na eternidade? A ociosidade eterna seria um eterno suplício.”

a) - De que natureza são as suas ocupações?

“Receber diretamente as ordens de Deus, transmiti-las ao universo inteiro e velar para que sejam cumpridas.”

O físico inglês Sir William Barret, autor de várias descobertas científicas, membro da Sociedade de Pesquisas Psíquicas de Londres e investigador dos fenômenos espíritas no final do século XIX e início do século XX, escreveu em sua obra  "On the Threshold of the Unseen" (No limiar do invisível):

“[...] A Criação não é mais que o pensamento divino exteriorizado, e desse atributo divino nós partilhamos muito limitadamente, como parcelas da Inteligência Infinita.” 

“[...] Somos, por isso, levados a emitir o postulado da existência de uma Inteligência Suprema e a considerar o Universo como expressão do pensamento divino, sustentado perpetuamente pela sua divina vontade. Esta é, incontestavelmente, a mais racional e segura interpretação da Natureza.” 

À medida em que a ciência e a tecnologia vão avançando, mais condições tem o homem de formular hipóteses acerca da natureza da Criação.

Imaginemos que Deus tenha criado um universo (tanto o mundo material quanto o espiritual) não baseado em matéria e energia, mas em INFORMAÇÃO.

Imaginemos também que todos estamos interconectados, tanto entre nós como com Deus.

Imaginemos agora que Deus, usando sua suprema inteligência e imaginação, projete em nossa mente um universo que simula matéria e energia, com leis que o regem e com níveis cada vez mais sutis, mais imateriais, partindo do mundo físico, os planos espirituais, até chegar ao plano dos Espíritos puros.

Imaginemos também que nós, Espíritos, à medida em que adquirimos mais e mais inteligência, conhecimentos e amor ao próximo, conquistamos a permissão de poder habitar níveis cada vez mais sutis do universo, e adquirimos, ao longo da nossa evolução, uma capacidade crescente de interferir na simulação, criando as nossas próprias simulações dentro da simulação. Ao adquirirmos cada vez mais elevados níveis de evolução, cooperaremos com Deus, criando mundos, galáxias, universos... e os administraremos em nome Dele.

Estaríamos, na verdade, em um enorme videogame, e ao evoluirmos, passamos de estágio em estágio, até sermos programadores sob as ordens do programador supremo.

          Fica fácil, nesse universo virtual, saber como Deus tudo pode e tudo sabe.

Nas nossas reencarnações  estaríamos dentro da simulação chamada mundo material, para evoluírmos.

Muita viagem essa ideia ?

Existe a possibilidade de o universo funcionar exatamente assim !!!

Muitos cientistas estão encarando, com bastante seriedade, a possibilidade de estarmos, de fato, em uma gigantesca simulação, criada por uma super-inteligência. É claro que  muitos desses cientistas evitam falar em Deus como o autor da simulação, uma vez que o materialismo domina a  maior parte deles. preferem acreditar que homens do futuro ou aliens sejam os programadores. Mas uma ideia parece óbvia: se o universo que percebemos é uma simulação, como podemos saber a real natureza da inteligência que está por trás dele ? (caso não sejam consideradas as revelações que nos trouxeram os Espíritos Superiores, evidentemente).

Abaixo colocamos alguns artigos, bastante recentes, que tratam desse assunto. O último tem uma tendência espiritualista, bem mais próximo do que nos informa o Espiritismo. 

Vejamos trechos do que disse a respeito Richard Terrile, um importante cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em um artigo do site do jornal The Guardian, de 11 de outubro desse ano :

"Francamente, não estarmos vivendo em uma simulação é uma circunstância extremamente improvável"

Estarmos em uma simulação, segundo Terrile, é uma explicação mais simples para a nossa existência do que a idéia de que somos a primeira geração a levantar-se de lodo primordial e evoluir em moléculas, seres vivos e, eventualmente, para a inteligência e a auto-consciência. A hipótese da simulação também explica peculiaridades na mecânica quântica, em particular o problema da medição, em que as partículas subatômicas só se tornam definidas quando são observadas (Ver o texto "Por Que Ser Espírita ?", neste blog).

"Por décadas isso tem sido um problema. Os cientistas tentaram encontrar uma forma de  eliminar a ideia de que precisamos de um observador consciente. Talvez a solução real é que você precisa de uma entidade consciente como um jogador consciente de um jogo de vídeo ", disse ele.

 "Mesmo as coisas que nós pensamos como contínuas - tempo, energia, volume de espaço - todos têm um limite finito ao seu tamanho. Se for esse o caso, então o nosso universo é tanto computável quanto finito. Essas propriedades permitem que o universo seja simulado."

Então, quem criou esta simulação? "Os nossos eus futuros", disse Terrile. Ele acredita na possibilidade de que uma supercivilização do futuro, aqui mesmo da Terra, com computadores poderosíssimos, criaram uma simulação do universo e da sociedade do passado deles, isto é, o nosso presente.

Terrile acredita que o fato de reconhecermos que provavelmente estamos vivendo em uma simulação é como um jogo mudando, como quando Copérnico percebeu que a Terra não era o centro do universo. "Foi uma idéia profunda de tal forma que nem sequer foi pensada como uma suposição", disse ele.

Antes de Copérnico, os cientistas tentaram explicar o comportamento peculiar do movimento dos planetas com modelos matemáticos complexos. "Quando caiu a suposição, todo o resto se tornou muito mais simples de entender."

Para Terrile, a hipótese da simulação tem implicações "belas e profundas".

Primeiro, ela fornece uma base científica para algum tipo de vida após a morte em um domínio maior da realidade acima do nosso mundo. "Você não precisa de um milagre, fé ou nada de especial para acreditar. Ela vem naturalmente a partir das leis da física ", disse ele.

Em segundo lugar, isso significa que em breve teremos a mesma capacidade de criar as nossas próprias simulações.

"Teremos o poder da mente e da matéria para ser capaz de criar o que quisermos e ocupar esses mundos."

      Artigo do site da revista Scientific American:
Estamos vivendo em uma simulação de computador?

Físicos de alto perfil e filósofos se reuniram para debater se estamos vivendo em um mundo real ou virtual e o que isso pode significar
Por Clara Moskowitz em 07 de abril de 2016
NEW YORK-Se você, eu e todas as pessoas e coisas no cosmos somos na verdade personagens em algum jogo de computador gigante, que não necessariamente sabem disso. A ideia de que o universo é uma simulação soa mais como o enredo de "The Matrix", mas também é uma hipótese científica legítima. Os pesquisadores ponderaram sobre essa noção controversa terça-feira no Debate anual Isaac Asimov Memorial  aqui no Museu Americano de História Natural.

O moderador Neil de Grasse Tyson, diretor do museu Hayden Planetarium, mencionou as probabilidades em 50-50 de que toda a nossa existência é um programa em outra pessoa é disco rígido. "Eu acho que a probabilidade pode ser muito alta", disse ele. Ele notou a diferença entre a inteligência do ser humano e a dos chimpanzés, apesar do fato de que nós compartilhamos com eles mais de 98 porcento do nosso DNA. Em algum lugar lá fora, poderia existir um ser cuja inteligência é muito maior que a nossa. "Poderíamos  ficar babando, como idiotas, em sua presença", disse ele. "Se for esse o caso, é fácil para mim imaginar que tudo em nossas vidas é apenas uma criação de alguma outra entidade para o seu entretenimento."

Um argumento popular para a hipótese da simulação veio do filósofo Nick Bostrom, da Universidade de Oxford, em 2003, quando ele sugeriu que os membros de uma civilização avançada, com enorme poder de computação, podem ter decidido executar simulações de seus antepassados. Eles provavelmente teriam a capacidade de executar muitas, muitas dessas simulações, até o ponto onde a grande maioria das mentes seriam realmente artificiais dentro de tais simulações, em vez das mentes ancestrais originais. Então estatísticas simples sugerem que é muito mais provável estarmos entre as mentes simuladas.

E há outras razões para pensar que tudo pode ser virtual. Por exemplo, quanto mais aprendemos sobre o universo, mais ele parece se basear em leis matemáticas. Talvez isso não seja um dado, mas em função da natureza do universo em que estamos vivendo. "Se eu fosse um personagem em um jogo de computador, também poderia descobrir, eventualmente, que as regras parecem completamente rígidas e matemáticas", disse Max Tegmark, um cosmólogo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). "Isso apenas reflete o código de computador em que foi escrito".

Além disso, as idéias da teoria da informação continuam aparecendo na física. "Na minha pesquisa eu encontrei essa coisa muito estranha", disse James Gates, um físico teórico da Universidade de Maryland. "Fui levado a erro de correção de códigos - eles são o que fazem os navegadores funcionarem. Então, por que eles estavam nas equações que eu estava estudando sobre quarks e elétrons e supersimetria? Isso me levou à constatação gritante de que eu já não podia dizer que pessoas como Max (Tegmark )10 são loucos ".

Artigo do site da BBC de Londres:

"Podemos estar vivendo em um programa de computador, mas isso pode não ser importante

Vários físicos têm sugerido que o nosso Universo não é real e em vez disso é uma simulação gigante. Devemos nos preocupar?
Por Philip Ball
05 de setembro de 2016

"[...] Vários físicos, cosmólogos e tecnólogos agora estão entusiasmados com a idéia de que todos nós estamos vivendo dentro de uma simulação de computador gigantesca, experimentando uma Matriz de estilo mundo virtual que pensamos erroneamente ser real.

Nosso instinto é rebelde, claro. Tudo parece muito real para ser uma simulação. O peso da taça na mão, o rico aroma do café, os sons ao meu redor - como pode tal riqueza de experiências de serem falsificadas?

Mas, em seguida, analisamos os progressos extraordinários em tecnologias de computação e informação ao longo das últimas décadas. Computadores nos deram jogos de realismo incrível - com personagens autônomos que respondem às nossas escolhas - bem como simuladores de realidade virtual de tremendo poder persuasivo."

"[...] A idéia de que vivemos numa simulação tem alguns defensores de alto perfil.

Em junho de 2016, o empresário de tecnologia  Elon Musk afirmou que as chances são "um bilhão para um" contra nós de que vivemos na "realidade base".

Da mesma forma, o guru da máquina de inteligência do Google, Ray Kurzweil, sugere que "talvez todo o nosso universo seja um experimento científico de algum estudante de ensino médio júnior em outro universo".

Além do mais, alguns físicos estão dispostos a considerar a possibilidade. Em abril de 2016, vários deles debateram a questão no Museu Americano de História Natural, em Nova York, EUA."

"[...] O Cosmólogo Alan Guth, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, sugeriu que todo o nosso Universo pode ser real e ainda assim uma espécie de experimento de laboratório. A ideia é que o nosso universo foi criado por alguma super-inteligência, como os biólogos produzem colônias de microrganismos.

Não há nada, em princípio, que exclua a possibilidade da fabricação de um universo em um Big Bang artificial, cheio de matéria real e energia, diz Guth."

"[...] Mas por que acreditar em tal possibilidade bizarra ? O argumento é bastante simples: nós já fazemos simulações, e com melhor tecnologia deve ser possível para criar uma final, com agentes conscientes que o experimentam como totalmente realista.

Realizamos simulações de computador não apenas em jogos, mas em pesquisas. Os cientistas tentam simular aspectos do mundo em níveis que vão desde o subatômico para sociedades inteiras ou galáxias, e até universos inteiros.

Por exemplo, simulações de animais em computador podem nos dizer como eles se desenvolvem comportamentos complexos como flocagem e enxameação. Outras simulações nos ajudar a entender como os planetas, estrelas e galáxias se formam.

Nós também podemos simular as sociedades humanas usando "agentes" em vez simples que fazem escolhas de acordo com certas regras. Estes nos dão insights sobre como aparece a cooperação, como as cidades evoluem, como o tráfego rodoviário e funções de economias, e muito mais.

"[...] Alguns cientistas argumentam que já existem boas razões para pensar que estamos dentro de uma simulação. Um deles é o fato de que nosso Universo parece concebido.

As constantes da natureza, tais como os pontos fortes das forças fundamentais, têm valores que parecem aperfeiçoá-lo para tornar a vida possível. Mesmo pequenas alterações significaria que os átomos não eram mais estáveis, ou que as estrelas não poderiam formar. Porque isto é assim é um dos mais profundos mistérios da cosmologia  (Ver o texto "Cientistas Encontraram Fortíssimas Evidências de Deus", neste blog).

"[...]A mecânica quântica, a teoria do muito pequeno, trouxe para nós todos os tipos de coisas estranhas. Por exemplo, tanto a matéria quanto a energia parecem ser granulares. Além do mais, há limites para a resolução com a qual podemos observar o universo, e se tentarmos estudar qualquer coisa menor, as coisas parecem "indefinidas".

Smoot diz que estas características desconcertantes da física quântica são apenas o que seria de esperar em uma simulação. Eles são como os pixels de uma tela quando você olha muito de perto.

No entanto, isso é apenas uma analogia grosseira. Ele está começando a parecer como se a poeira quântica da natureza pode não ser realmente tão fundamental, mas é uma consequência de princípios mais profundos à medida em que a realidade é cognoscível.

Um segundo argumento é que o Universo parece circular em linhas matemáticas, como seria o esperado de um programa de computador. Em última análise, dizem alguns físicos, a realidade pode ser nada além de matemática.

Max Tegmark do Instituto de Tecnologia de Massachusetts argumenta que isto é apenas o que seria o esperado se as leis da física fossem baseadas em um algoritmo computacional.

"[...] A teoria quântica em si está, cada vez mais, sendo redigida em termos de informação e computação. Alguns físicos sentem que, em seu nível mais fundamental, a natureza não pode ser matemática pura, mas pura informação: bits, como os uns e zeros de computadores. O físico teórico influente John Wheeler apelidou essa ideia de "It From Bit " (Coisas de bit).

Neste ponto de vista, tudo o que acontece, a partir das interações de partículas fundamentais para cima, é uma espécie de computação.

"O universo pode ser considerado como um computador quântico gigante", diz Seth Lloyd , do Instituto de Tecnologia de Massachusetts. "Se olharmos para as "entranhas" do universo - a estrutura da matéria em sua menor escala - então essas tripas consistem em nada mais do que pedaços [quânticos] submetidos, operações digitais locais.""

Artigo do site da Epoch Times:

"Nossa vida é incrivelmente semelhante ao Matrix, explica renomado engenheiro

ARTIGO - Publicado em 09/01/2015 às 13:51

Por Tara MacIsaac, Epoch Times em Ciência e Tecnologia - Além da Ciência

O universo é cheio de mistérios que desafiam o nosso conhecimento atual. Em “Além da Ciência”, o Epoch Times coleta histórias sobre alguns estranhos fenômenos para estimular a imaginação e abrir a mente para novas possibilidades. Elas são reais? Você decide.

Nosso mundo não é necessariamente um programa de computador projetado por robôs parasitários do futuro, como no filme Matrix. Porém, ele carrega uma impressionante semelhança com uma simulação digital ou um programa de computador, de acordo com o engenheiro Jim Elvidge.

Elvidge tem trabalhado com a tecnologia digital durante décadas. Ele possui mestrado em engenharia elétrica pela Universidade de Cornell, bem como diversas patentes em processamento de sinal digital, e tem publicado artigos sobre sensoriamento remoto, e outros tópicos relacionados em revistas e jornais. Combinando seus conhecimentos sobre sistemas digitais com mecânica quântica, Elvidge descobriu que podemos estar vivendo em algo como um programa de computador.

A matéria, as “coisas” que pensamos estar tocando e sentindo, é na verdade um espaço quase vazio. Os nossos sentidos nos enganam.

Os primeiros físicos retrataram os átomos como bolas de Pin-ball amontoadas, firmemente juntas para formar moléculas. Cientistas descobriram mais tarde que há um monte de espaço entre esses átomos. E dentro dos átomos, há um monte de espaço também. Quanto mais nos aprofundamos no mundo subatômico, mais espaço encontramos, e tudo parece menos material. O sólido e tangível se torna etéreo.

Quanto ao que esse espaço é exatamente, existem vários entendimentos e teorias. Elvidge entende serem dados. Elvidge acredita que, assim como os progressos da física das partículas, vamos encontrar que não há nada no final; matéria é apenas dados. E o que está por trás daqueles dados é algo como o código binário de um programa de computador. Além disso, a consciência humana pode viver em uma espécie de internet cósmica, apenas podendo ser acessada através da interface de nossos computadores cerebrais.

Um mundo de dados

Elvidge baseia-se nas ideias do físico teórico John Archibald Wheeler (1911-2008) que escreveu em seu livro “Geons, Black Holes and Quantum Foam: A Life in Physics” (Geons, Buracos Negros e Espuma Quântica: Uma Vida na Física): “Não é razoável imaginar que a informação se situa no centro da física, da mesma forma como ela se situa no centro de um computador”.

Wheeler resumiu sua teoria com as palavras “It from bit” (Coisas de bit).

Tudo é feito de bits; a palavra “bit” é definida como uma unidade básica de informação, também chamada de dígito binário, usado em conexão de computadores.

Em seu artigo “Information, Physics, Quantum: The Search for Links” (Informação, Física, Quântica: A Busca por Ligações), Wheeler escreveu: “Cada ‘coisa’ – toda partícula, todo campo de força, até mesmo o espaço-tempo contínuo – deriva suas funções, seu significado, inclusive toda a sua existência (mesmo que indiretamente em alguns contextos) do aparato de repostas suscitado por questões sim-ou-não, escolhas binárias, bits. “It from bit” simboliza a ideia de que cada item no mundo físico, no fundo, bem no fundo na maioria dos casos, possui uma fonte imaterial e explicações; o que chamamos de realidade surge em última análise a partir do levantamento de respostas sim-ou-não e do registro de respostas equivocadas.”

Nas escolhas binárias, as questões sim-ou-não, a consciência humana pode afirmar o seu livre-arbítrio. Wheeler nomeou isso de “universo participativo”. Elvidge chamou de “realidade digital orientada pela consciência”.

Os físicos quânticos tem mostrado que a matéria existe em um estado indeterminado ou oscilante até que um observador fixe-a de alguma forma particular. Por exemplo, fótons podem existir tanto como ondas como em forma de partículas, mas é o ato de observar que determina qual a forma que vão assumir; é a consciência humana que impulsiona a mudança.

Aqui está um experimento de pensamento para ilustrar como Elvidge aplica estas observações da física quântica na nossa realidade diária em um “sistema digital”.

Um experimento do pensamento

Finja que seu entorno agora faz parte de uma realidade virtual. A caneta sobre a mesa ou a flor no jardim pode existir de uma forma essencialmente indeterminada. Tudo o que é necessário é a informação, ou bits, que determina a sua aparência exterior. Somente quando você abrir a caneta ou olhar para as pétalas das flores através de um microscópio, é que o programa precisará preencher mais dados.

Algo se torna “real” apenas quando alguém o observa. Caso contrário, o interior da caneta ou a estrutura molecular da flor vão existir como uma espécie de potencial indeterminado. Elvidge compara isso à maneira que as partículas subatômicas se transformam de forma indeterminada ou oscilante para uma forma mais estável após observação.

Como seu cérebro se parece com um computador

Elvidge diz que a consciência não se origina no cérebro. Ela é acessada através do cérebro. A consciência poderia existir em algo como uma rede de internet. Ele diz que podemos chamar essa rede de origem, Deus ou divino, se quiser, embora ele não use essas palavras.

“O cérebro é como um cache”, disse ele. “Em nossos navegadores, temos caches dos websites que navegamos recentemente… O cache é uma maneira eficiente de processar informações e nossos cérebros podem estar fazendo a mesma coisa”.

Além disso, se a consciência existe em uma rede, ela pode acessar informações além do cérebro, além da experiência da própria pessoa. Ele incentiva os outros a ouvirem mais a intuição.

“Algumas perguntas sobre esse problema podem estar embaladas em algum lugar em seu cérebro, ou não”, disse Elvidge. “Se você meditar e pedir ajuda para resolver um problema, muitas vezes você consegue essa ajuda”. A inspiração pode vir de outras pessoas ou até de outras entidades na internet cósmica onde a consciência reside.

Sua compreensão do universo como um sistema digital não significa que ele exista como algo duro, frio e mecânico. Ainda há muita beleza neste “laboratório digital de aprendizagem que chamamos de vida aqui na terra”, disse Elvidge. Há espaço para a espiritualidade e o divino nesse conceito de realidade digital.

Pode ser digital, mas também pode ser ‘espiritual’

Elvidge citou evidências de reencarnação, incluindo a declaração do Jornal da Associação Médica Americana em 1975 em relação à pesquisa sobre reencarnação realizada pelo Dr. Ian Stevenson: “No que diz respeito à reencarnação, ele tem cuidadosamente e sem sentimentalismo coletado uma série de casos detalhados… cujas evidências são difíceis de explicar em outros termos”.

“Não há nada como a morte, é apenas terminar com esta simulação”, disse Elvidge, observando que “simulação” tem certas conotações que preferia evitar, mas para simplificar o conceito ele utiliza esta palavra. “Espiritual” também é uma palavra com certas conotações, disse ele, embora sua teoria digital incorpore muitos fenômenos que as pessoas consideram espirituais.

Niels Bohr, um dos pais fundadores da física quântica, encontrou na antiga ciência chinesa do Taoismo verdadeiros princípios da dualidade e interconectividade. Chamando de Yin e Yang ou código binário, você está tentando descrever a natureza fundamental da realidade.

No que diz respeito à antiga sabedoria das práticas espirituais, Elvidge diz, “Essas coisas não vieram do nada, elas vieram da experiência das pessoas”. Elas podem certamente carregar alguma verdade e não deveriam ser tão facilmente descartadas.

A esquiva Teoria de Tudo?

Elvidge espera que a teoria de uma realidade digital dirigida pela consciência possa ser considerada como a tão procurada Teoria do Tudo. Os físicos têm procurado por uma Teoria de Tudo para conciliar as divergências aparentes entre a física clássica e a física quântica. Elvidge disse que a teoria digital reconhece os fenômenos observados em ambas físicas.

Olhando para a história da ciência e traçando seu potencial curso futuro, Elvidge disse que podemos esperar uma grande mudança em breve. No passado distante, ele disse que os humanos viam o mundo com fronteiras tribais. Mais tarde, as pessoas perceberam que haviam vários continentes, outros planetas, um sistema solar e uma galáxia. Agora, os físicos estão falando sobre outros universos. Se você traçar essas expansões de forma logarítmica, disse Elvidge, vai formar uma linha reta. Ele disse que nós estamos “exponencialmente alargando os limites de nosso pensamento”.

Elvidge disse que há dois tipos de dados. Os dados que descrevem nossos corpos ou uma árvore, por exemplo, podem ser comparados com os dados que descrevem um arquivo de imagem (JPEG) ou um arquivo de música (MP3). Este tipo de dado nunca é referido como um código. “Embora a palavra ‘código’ possa ser usada como ‘algo que codifica’, então de algum modo, o ‘código digital’ de uma árvore pode ter tal significado”, disse ele. Código binário em um programa de computador se refere aos dados que são executados por um computador. Nesse sentido, nossa consciência pode emergir dos dados de um grande sistema, e as ‘coisas’ de nosso mundo seriam determinadas e trabalhadas por este código binário."


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

KARDEC, Allan. A gênese.

_____________. O livro dos Espíritos.

BARRET, William. On the Threshold of the Unseen.


ENDEREÇOS ELETRÔNICOS CONSULTADOS:

https://www.theguardian.com/technology/2016/oct/11/simulated-world-elon-musk-the-matrix

 https://www.scientificamerican.com/article/are-we-living-in-a-computer-simulation/

http://www.bbc.com/earth/story/20160901-we-might-live-in-a-computer-program-but-it-may-not-matter

https://www.epochtimes.com.br/nossa-vida-incrivelmente-semelhante-matrix-explica-renomado-engenheiro/#.WAVQbPkrKUk

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