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Fábio José Lourenço Bezerra
Os
ensinamentos do mestre Jesus consistem
em desenvolvermos em nós o amor ao nosso próximo, a humildade e o
desapego aos bens materiais para alcançarmos o Reino de Deus, isto
é, um estado de consciência que nos coloca em comunhão direta com
o Criador. Para transmitir
sua mensagem, além das palavras, dava o exemplo, fazendo o bem e
vivendo de forma simples. Combateu de forma enérgica os fariseus,
que distorceram a mensagem dos
dez mandamentos e dos profetas, adotando rituais
e práticas exteriores
inúteis e cada vez mais
complexas.
Afinal, é bem mais fácil
realizar um ritual do que modificar-se interiormente, lutar contra as
más tendências da alma.
A boa
nova de Jesus, com o passar dos anos, ganhou muitos adeptos ao redor
do mundo. Devido a interesses diversos, o homem distorceu-a em
benefício próprio, criando teologias, dogmas e rituais cada vez
mais distantes da mensagem original. Daí surgiu a Igreja Católica.
Para preservar a Igreja a todo custo, seus líderes procuraram
aprisionar seus fiéis através do medo, utilizando-se muitas vezes,
no passado, de extrema violência. Quem ousasse contrariar os dogmas
estabelecidos, era considerado herege, o que significava ser
torturado e, se não declarasse arrependimento, seria morto. Dessa
forma, muitas formas de cristianismo, não concordantes com a Igreja
e muito mais condizentes com a boa nova do Cristo, foram eliminadas
do planeta. Novamente, a mensagem do bem era eclipsada por dogmas,
rituais e práticas exteriores. Só que, em nossos dias, essas
práticas tornam-se bastante frágeis se examinadas sob a luz da
razão, dando margem à incredulidade.
O
Espiritismo resgata, de uma forma bastante racional, adequada ao
nosso tempo, a mensagem original do Cristo, sendo a chave de
compreensão para muitos dos seus ensinamentos até então obscuros.
Em
"O
Livro dos Espíritos",
na pergunta
Nº 798,
temos:
"O Espiritismo se tornará crença comum, ou ficará sendo
partilhado, como crença, apenas por algumas pessoas?"
Resposta: "Certamente que se tornará crença geral e marcará nova era na história da humanidade, porque está na natureza e chegou o tempo em que ocupará lugar entre os conhecimentos humanos. Terá, no entanto, que sustentar grandes lutas, mais contra o interesse do que contra a convicção, porquanto não há como dissimular a existência de pessoas interessadas em combatê-lo, umas por amor próprio, outras por causas inteiramente materiais. Porém, como virão a ficar insulados, seus contraditores se sentirão forçados a pensar como os demais, sob pena de se tornarem ridículos."
Resposta: "Certamente que se tornará crença geral e marcará nova era na história da humanidade, porque está na natureza e chegou o tempo em que ocupará lugar entre os conhecimentos humanos. Terá, no entanto, que sustentar grandes lutas, mais contra o interesse do que contra a convicção, porquanto não há como dissimular a existência de pessoas interessadas em combatê-lo, umas por amor próprio, outras por causas inteiramente materiais. Porém, como virão a ficar insulados, seus contraditores se sentirão forçados a pensar como os demais, sob pena de se tornarem ridículos."
O Papa
Francisco, sintonizado com a verdadeira mensagem de Jesus, prega o
amor ao próximo e a simplicidade, dando exemplo de humildade e ações
em prol do semelhante. Vem disposto a mudar a Igreja para melhor,
promovendo grandes reformas na mesma, tentando aproximá-la dos fiéis
e estimular o diálogo entre a religiões. Certamente, é um bom
Espírito em missão, para trazer aos seus fiéis e ao mundo, a
mensagem original de Jesus, sendo um importante instrumento da
transição planetária por que nosso planeta está passando.
Abaixo,
transcrevemos um artigo e notícias sobre o Papa Francisco, que
demonstram o que dissemos acima.
Site de notícias português
PÚBLICO - 12 de Setembro de 2013
Papa Francisco: "A
misericórdia de Deus não tem limites" e chega aos ateus
Numa carta enviada ao jornal La
Repubblica, Francisco afirma que é a consciência de cada um que
molda os seus comportamentos. Quem praticar "o bem", mesmo
não tendo fé, beneficia da "misericórida sem limites" de
Deus.
O Papa Francisco enviou uma carta ao
jornal italiano La Repubblica, onde defende que os ateus serão
"perdoados" se praticarem "o bem". Em última
análise, escreve, "a questão para quem não acredita em Deus é
a obediência à sua própria consciência".
A carta, publicada
na primeira página do jornal italiano, surgiu em resposta ao
co-fundador e antigo director do La Repubblica Eugenio
Scalfai, ateu assumido e autor de duas cartas abertas dirigidas ao
Papa.
Na última carta, Eugenio Scalfari
perguntara a Francisco se "Deus perdoa quem não acredita e quem
não procura a fé".
A resposta do Papa surgiu no seu
habitual tom conciliatório e de relativo corte com o passado recente
no Vaticano. "Dado que – e esta é a questão fundamental –
a misericórdia de Deus não tem limites se Ele for abordado com um
coração sincero e arrependido, a questão para quem não acredita
em Deus é a obediência à sua própria consciência", escreve
o Papa.
"Há pecado, também para os
que não têm fé, quando se vai contra a própria consciência.
Ouvi-la e respeitá-la significa tomar uma decisão sobre o que cada
um entende como o bem e como o mal. E esta decisão é fundamental
para determinar o bem e o mal nas nossas ações."
Numa outra passagem da carta, o Papa
refere-se à noção de relativismo, muitas vezes contestada pelo seu
antecessor. Para Bento XVI, a incapacidade das sociedades modernas de
reconhecerem qualquer "verdade absoluta" – como
Deus, na sua opinião – é um dos males dos tempos atuais. Mas para
Francisco não há verdades absolutas sem a existência de uma
relação: "A verdade, segundo a fé cristã, é o amor de Deus
por nós em Jesus Cristo. Por isso, a verdade é uma relação."
O Papa termina a carta com uma
declaração sobre o objectivo principal da Igreja Católica, com
referências aos "erros e pecados" cometidos: "Apesar
da lentidão, da infidelidade, dos erros e dos pecados que [a Igreja]
cometeu e poderá ainda vir a cometer contra os seus membros, a
Igreja, acredite em mim, não tem qualquer outro sentido e objectivo
que não seja viver e testemunhar Jesus."
CCEPA OPINIÃO – órgão do
centro cultural espírita de porto alegre, de 7 de agosto de 2013
Igreja em baixa, Papa em alta
Apesar de sua Igreja, por
aqui, amargar fortes índices de queda, Papa Francisco chega ao
Brasil prestigiado por multidões e com um discurso afinado com as
mais importantes questões da atualidade.
A queda do catolicismo
Às vésperas da chegada do Papa
Francisco ao Brasil para participar da Jornada Mundial da
Juventude (22 a 28 de julho último), o Instituto Datafolha publicou
resultados de pesquisa mostrando que o catolicismo caiu ao menor
nível da história no país.
Segundo a sondagem, feita no último
mês de junho, apenas 57% dos brasileiros maiores de 16 anos se
declararam católicos. A tendência de queda se acentua pesquisa após
pesquisa. Há menos de 20 anos, em 1994, 75% dos brasileiros se
declaravam católicos. O índice caiu para 64% em 2007, chegando, no
ano da visita de Francisco, a pouco mais da metade da população.
Confirmando dados do Censo de 2010,
são os segmentos evangélicos que mais atraem ovelhas do rebanho
católico. A pesquisa Datafolha apurou que 19% dos entrevistados são
da ala pentecostal evangélica e 9% integram igrejas protestantes
mais tradicionais. O espiritismo, tratado sempre como uma religião
nas pesquisas, mantém o mesmo índice da anterior: 3% dos
brasileiros afirmam serem seus adeptos.
O Papa da esperança
Apesar do quadro nada otimista em
relação à sua Igreja que perde fiéis para outras denominações,
o Papa Francisco encantou os brasileiros com sua simplicidade, seu
despojamento e, especialmente, por sua inserção em relevantes
questões sociais de nosso tempo. Sua programação privilegiou
visitas a obras sociais e redutos onde grassam a pobreza e carências
nas áreas do saneamento, da educação e saúde. Teve também um
encontro com adolescentes infratores que cumprem medidas
socioeducativas.
No Santuário de Aparecida, onde
celebrou missa de abertura da Jornada, o Pontífice recebeu
carinhosamente dirigentes de outras religiões. Em sua homilia e em
quase todos os pronunciamentos, evitou questões teológicas,
preferindo dar ênfase a valores universais e ações humanitárias.
Em cerimônia de inauguração de um centro para dependentes químicos
no Hospital São Francisco, bairro da Tijuca, Rio de Janeiro, o Papa
enfatizou a importância da ajuda ao próximo, concitando todos a
serem “portadores da esperança”. Naquele ato, também, condenou
vigorosamente o tráfico de entorpecentes e tomou posição contra a
legalização do uso de drogas, ao afirmar: “Não é deixando livre
o uso das drogas, como se discute em várias partes da América
Latina, que se conseguirá reduzir a influência da dependência
química”. Dirigindo-se aos dependentes em tratamento, enfatizou:
“Não deixem que lhes roubem a esperança”.
Em visita à favela de Varginha,
onde entrou na casa de uma família, apelou às autoridades públicas,
aos mais ricos e à sociedade em geral para que não se cansem de
trabalhar por um mundo mais justo e solidário. Novamente, concitou
os jovens a terem esperança no fim da corrupção e das injustiças:
“Não deixem que se apague a esperança. A realidade pode mudar. O
homem pode mudar. Sejam vocês os primeiros a procurar o bem”,
disse.
Nossa Opinião
Os filhos de Francisco
Há um aparente contraste entre os
índices de queda do catolicismo e as entusiásticas manifestações
das massas humanas, especialmente de jovens, por onde passasse o
Papa, na sua recente visita ao Brasil. Poucos dias antes, a revista
Veja (edição2331) comentava recente pesquisa entre moças e rapazes
de 16 a 24 anos analisando as causas da debandada católica e
atribuindo-a à “desconexão entre o que prega a Igreja e o que
querem e no que acreditam os jovens de hoje”. Na pesquisa, 68%
disseram aprovar o divórcio, 88% manifestaram-se a favor da pílula
anticoncepcional e 97% do uso de preservativos. São posições que
guardam sentido diametralmente oposto ao reiterado magistério da
Igreja Romana.
O que pensariam a respeito desses
temas tão atuais e já bem definidos no seio da sociedade moderna os
“filhos de Francisco” que o receberam de forma tão entusiasmada,
e, em alguns momentos, com manifestações só comparáveis àquelas
prestadas a seus mais festejados popstars?
Claro que, no meio da multidão
havia pessoas inteiramente comprometidas com todos os ensinamentos da
Igreja: Freirinhas saídas diretamente de seus claustros e ascéticos
monges que deixaram seus mosteiros para participar dos ruidosos
espetáculos de fé nas areias de Copacabana. Por voto de obediência,
por compromisso com a castidade, pela radicalidade de sua fé, estes,
sublimando mesmo os próprios apelos vitais, abdicaram do direito de
questionar ou agir de forma diversa àquela recomendada por sua
crença. Para eles, os cânones da Igreja se constituem em mananciais
únicos da verdade e da vida. Uma opção pessoal que merece
respeito. Mas, afora estes, os jovens participantes do evento estão
suscetíveis a outras formas de interlocução consigo mesmos e com o
mundo que os cerca. Suas próprias experiências pessoais, a vivência
em núcleos familiares arejados, o contato com formadores de opinião,
educadores, pensadores ou trabalhadores comprometidos com as causas
sociais e políticas de nosso tempo, por certo lhes oferecem outras
visões, mais plurais e abrangentes que aquelas aprisionadas na
dogmática religiosa.
Esses jovens, em sua maioria, amanhã
ou depois já não estarão engajados na religião e nem a terão
trocado por outra. Assumirão a postura laica, característica da
pós-modernidade. Mas, sem dúvida, todos os que viram e ouviram
Francisco terão levado consigo uma experiência muito positiva dessa
histórica experiência. O líder religioso a quem vieram saudar é
um homem sensível, carismático e bem intencionado. Adotou uma
postura condescendente com o pluralismo, voltada ao diálogo com a
sociedade laica. Desde sua investidura, tem se mostrado disposto a
combater vícios e atitudes criminosas dentro de sua própria Igreja,
até aqui jogados para baixo do tapete. É, tudo indica, um homem
corajoso, justo, afinado com os mais elevados anseios da sociedade
contemporânea.
Por certo, assim o viram os milhares
de jovens no Rio e em Aparecida. E isso conjuga sua fé com
esperança, a palavra mais pronunciada por Francisco em sua visita.
Esperança em um destino melhor para todos, crentes ou não. Enfim, a
crença nos dogmas pode estar em queda, mas os valores humanos,
alguns dos quais também compartilhados por pessoas de fé, sempre
estarão em alta, porque conquistas legítimas do Espírito, centelha
divina que alumia a vida. (A Redação).
JORNAL DO BRASIL, 22 de Setembro
de 2013
Em uma viagem a Cagliari, capital da
Sardenha, na Itália, o papa Francisco teceu críticas à idolatria
ao dinheiro que rege a atual sociedade. Em um discurso de improviso
para desempregados, o Pontífice falou por 20 minutos e estimulou-os
a ter esperança e a não desanimar com as dificuldades da vida.
"Eu vejo sofrimento aqui...
Isso os enfraquece e rouba a esperança", disse ele. "Perdoem-se
se usar palavras fortes, mas onde não há trabalho não há
dignidade."
Francisco deixou de lado seu
discurso preparado depois de ouvir Francesco Mattana, um homem casado
de 45 anos e pai de três filhos que está desempregado há quatro
anos.
"Não queremos esse sistema
econômico globalizado que nos faz tão mal. Homens e mulheres têm
que estar no centro (de um sistema econômico) como Deus quer, não o
dinheiro. O mundo passou a idolatrar um deus chamado dinheiro",
analisou o pontífice.
Cerca de 20 mil pessoas assistiram
ao discurso em uma praça perto do porto da cidade. Cada vez que o
Papa falava sobre os direitos dos trabalhadores e o desemprego, a
multidão gritava "trabalho, trabalho, trabalho".
O Papa também condenou o ataque
terrorista em uma igreja de Pashawar, no Paquistão. "Hoje, no
Paquistão, uma atitude de ódio matou 70 pessoas. Esse caminho não
serve. Somente o caminho da paz pode conduzir a um mundo melhor",
comentou Francisco.
NOTÍCIAS TERRA, 02 de
Julho de 2013
O papa Francisco iniciou sua
revolução pacífica com a limpeza do controverso Banco do Vaticano,
cujos principais diretores se viram obrigados a renunciar ao cargo
por um escândalo de corrupção e por suspeitas de lavagem de
dinheiro.
O diretor-geral da maior entidade
financeira do Vaticano, o Instituto para as Obras Religiosas (IOR),
Paolo Cipriane, e seu vice-diretor, Massimo Tulli, apresentaram na
noite de segunda-feira sua renúncia três dias após a detenção
por fraude e corrupção do Administrador de Patrimônio da Santa Sé,
monsenhor Nunzio Scarano, mais conhecido como "monsenhor 500",
por carregar sempre notas com esse valor elevado em euros.
As funções dos dois responsáveis
pelo banco da Santa Sé serão assumidas de forma interina pelo
presidente do IOR, o alemão Ernst von Freyberg, nomeado em fevereiro
por Bento XVI poucos dias antes de sua renúncia, informou o Vaticano
em um comunicado.
A renúncia dos dois líderes do IOR
ficou inevitável depois que foram publicadas pela imprensa
interceptações telefônicas com Scarano, que estava organizando a
entrada ilegal na Itália de 20 milhões de euros depositados em um
banco suíço procedentes de uma fraude fiscal, segundo as acusações
da procuradoria italiana.
Desde 2010, a Guarda de Finanças, a
polícia tributária, e a procuradoria de Roma investigam o IOR por
estar envolvido em operações obscuras de lavagem de dinheiro e
corrupção.
Seis investigações judiciais foram
abertas nos últimos anos pela justiça italiana contra o banco do
Vaticano por irregularidades e transações suspeitas, segundo o
relatório anual da Autoridade de Informação Financeira, divulgado
em maio.
Para o jornal Il Corriere della
Sera, os dois líderes do banco vaticano não apenas aprovavam as
operações ilegais programadas por Scarano, mas também autorizaram
outras operações ilícitas, através de contas correntes de simples
religiosos utilizadas por laicos com conexões com organizações
criminosas ou mafiosas.
Para o vaticanista do jornal
econômico italiano Il Sole 24 Ore, uma nova fase tem início no
Vaticano.
"O clima mudou" com a
eleição de Francisco, determinado a reformar a entidade, escreveu
Carlo Marroni.
O Papa jesuíta, que há menos de
uma semana designou com um documento escrito por sua própria mão
uma comissão especial de cinco membros para indagar sobre as
atividades econômicas e a situação jurídica do IOR, passou dos
gestos aos fatos.
Ninguém duvida de que a saída dos
dois chefes do banco que trabalhavam há tantos anos para o IOR
acelera o processo de transformação do banco do Papa, fundado em
1942 por Pio XII, com ativos no valor de 7,1 bilhões de euros.
O banco do Vaticano administra
milhares de contas de padres e freiras em todo o mundo, de simples
irmãs filipinas que vão estudar em Roma, passando por bispos e
cardeais, até poderosas congregações religiosas espalhadas por
todos os cantos do planeta.
"Não acredito que o Papa vá
fechar o IOR, porque o Vaticano precisa de um banco. Ele vai
reformá-lo para evitar que se infiltrem pessoas que não têm nada a
ver com a Igreja", disse em uma conversa com a AFP Marco Politi,
veterano vaticanista do jornal Il Fatto Quotidiano.
Freyberg, que nestes meses liderou
uma ofensiva midiática para mostrar os resultados na luta contra a
lavagem de dinheiro, nomeou dois técnicos bancários italianos,
Rolando Marranci e Antonio Montaresi, para que o ajudem a dirigir
provisoriamente o banco.
Paralelamente, o Papa nomeou no dia
16 de junho um de seus homens de confiança, Mario Salvatore Ricca,
como "prelado" da entidade e lembrou aos católicos que
"São Pedro não tinha uma conta no banco", ao defender uma
Igreja pobre para os pobres.
ESTADÃO,
de 21 de Setembro de 2013
O papa Francisco anunciou neste
sábado mudanças na Cúria Romana, após seis meses estudando o
trabalho e a burocracia do Vaticano. Umas das principais alterações
foi a transferência do cardeal italiano Mauro Piacenza,
ultraconservador que até então era o Prefeito da Congregação para
o Clero. Ele é conhecido por sua postura tradicional no que se
refere à liturgia e à questão do celibato sacerdotal.
Piacenza estava no cargo desde 2010,
quando foi nomeado pelo então papa Bento XVI. Ele será rebaixado a
um posto de menor comando, e no seu lugar entrará outro italiano,
Beniamino Stella. Um de seus principais desafios será reverter a
escassez de padres, principalmente nos países desenvolvidos.
Em outra decisão muito acompanhada,
o papa anunciou a substituição do arcebispo croata Nikola Eterovic,
que estava a cargo do Sínodo dos Bispos. Ele foi transferido ao
corpo diplomático do Vaticano. Seu lugar será ocupado pelo
arcebispo italiano Lorenzo Baldisseri, que era secretário da
Congregação dos Bispos.
O Vaticano também confirmou que o
papa Francisco vai conduzir uma assembleia de cardeais no dia 30 de
setembro para anunciar a tão esperada data da cerimônia que
reconhecerá como santos os papas João XXIII e João Paulo II.
Fonte: Associated Press.
ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:
http://www.jb.com.br/internacional/noticias/2013/09/22/papa-francisco-condena-veneracao-ao-dinheiro/
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