terça-feira, 24 de setembro de 2013

FRANCISCO, O PAPA DA MUDANÇA

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Fábio José Lourenço Bezerra

       Os ensinamentos do mestre Jesus consistem em desenvolvermos em nós o amor ao nosso próximo, a humildade e o desapego aos bens materiais para alcançarmos o Reino de Deus, isto é, um estado de consciência que nos coloca em comunhão direta com o Criador. Para transmitir sua mensagem, além das palavras, dava o exemplo, fazendo o bem e vivendo de forma simples. Combateu de forma enérgica os fariseus, que distorceram a mensagem dos dez mandamentos e dos profetas, adotando rituais e práticas exteriores inúteis e cada vez mais complexas. Afinal, é bem mais fácil realizar um ritual do que modificar-se interiormente, lutar contra as más tendências da alma.
        A boa nova de Jesus, com o passar dos anos, ganhou muitos adeptos ao redor do mundo. Devido a interesses diversos, o homem distorceu-a em benefício próprio, criando teologias, dogmas e rituais cada vez mais distantes da mensagem original. Daí surgiu a Igreja Católica. Para preservar a Igreja a todo custo, seus líderes procuraram aprisionar seus fiéis através do medo, utilizando-se muitas vezes, no passado, de extrema violência. Quem ousasse contrariar os dogmas estabelecidos, era considerado herege, o que significava ser torturado e, se não declarasse arrependimento, seria morto. Dessa forma, muitas formas de cristianismo, não concordantes com a Igreja e muito mais condizentes com a boa nova do Cristo, foram eliminadas do planeta. Novamente, a mensagem do bem era eclipsada por dogmas, rituais e práticas exteriores. Só que, em nossos dias, essas práticas tornam-se bastante frágeis se examinadas sob a luz da razão, dando margem à incredulidade.
       O Espiritismo resgata, de uma forma bastante racional, adequada ao nosso tempo, a mensagem original do Cristo, sendo a chave de compreensão para muitos dos seus ensinamentos até então obscuros.
        Em "O Livro dos Espíritos", na pergunta Nº 798, temos: "O Espiritismo se tornará crença comum, ou ficará sendo partilhado, como crença, apenas por algumas pessoas?"
Resposta: "Certamente que se tornará crença geral e marcará nova era na história da humanidade, porque está na natureza e chegou o tempo em que ocupará lugar entre os conhecimentos humanos. Terá, no entanto, que sustentar grandes lutas, mais contra o interesse do que contra a convicção, porquanto não há como dissimular a existência de pessoas interessadas em combatê-lo, umas por amor próprio, outras por causas inteiramente materiais. Porém, como virão a ficar insulados, seus contraditores se sentirão forçados a pensar como os demais, sob pena de se tornarem ridículos."

        O Papa Francisco, sintonizado com a verdadeira mensagem de Jesus, prega o amor ao próximo e a simplicidade, dando exemplo de humildade e ações em prol do semelhante. Vem disposto a mudar a Igreja para melhor, promovendo grandes reformas na mesma, tentando aproximá-la dos fiéis e estimular o diálogo entre a religiões. Certamente, é um bom Espírito em missão, para trazer aos seus fiéis e ao mundo, a mensagem original de Jesus, sendo um importante instrumento da transição planetária por que nosso planeta está passando.
       Abaixo, transcrevemos um artigo e notícias sobre o Papa Francisco, que demonstram o que dissemos acima.

Site de notícias português PÚBLICO - 12 de Setembro de 2013
Papa Francisco: "A misericórdia de Deus não tem limites" e chega aos ateus
Numa carta enviada ao jornal La Repubblica, Francisco afirma que é a consciência de cada um que molda os seus comportamentos. Quem praticar "o bem", mesmo não tendo fé, beneficia da "misericórida sem limites" de Deus.
O Papa Francisco enviou uma carta ao jornal italiano La Repubblica, onde defende que os ateus serão "perdoados" se praticarem "o bem". Em última análise, escreve, "a questão para quem não acredita em Deus é a obediência à sua própria consciência".
A carta, publicada na primeira página do jornal italiano, surgiu em resposta ao co-fundador e antigo director do La Repubblica Eugenio Scalfai, ateu assumido e autor de duas cartas abertas dirigidas ao Papa.
Na última carta, Eugenio Scalfari perguntara a Francisco se "Deus perdoa quem não acredita e quem não procura a fé".
A resposta do Papa surgiu no seu habitual tom conciliatório e de relativo corte com o passado recente no Vaticano. "Dado que – e esta é a questão fundamental – a misericórdia de Deus não tem limites se Ele for abordado com um coração sincero e arrependido, a questão para quem não acredita em Deus é a obediência à sua própria consciência", escreve o Papa.
"Há pecado, também para os que não têm fé, quando se vai contra a própria consciência. Ouvi-la e respeitá-la significa tomar uma decisão sobre o que cada um entende como o bem e como o mal. E esta decisão é fundamental para determinar o bem e o mal nas nossas ações."
Numa outra passagem da carta, o Papa refere-se à noção de relativismo, muitas vezes contestada pelo seu antecessor. Para Bento XVI, a incapacidade das sociedades modernas de reconhecerem qualquer "verdade absoluta" – como Deus, na sua opinião – é um dos males dos tempos atuais. Mas para Francisco não há verdades absolutas sem a existência de uma relação: "A verdade, segundo a fé cristã, é o amor de Deus por nós em Jesus Cristo. Por isso, a verdade é uma relação."
O Papa termina a carta com uma declaração sobre o objectivo principal da Igreja Católica, com referências aos "erros e pecados" cometidos: "Apesar da lentidão, da infidelidade, dos erros e dos pecados que [a Igreja] cometeu e poderá ainda vir a cometer contra os seus membros, a Igreja, acredite em mim, não tem qualquer outro sentido e objectivo que não seja viver e testemunhar Jesus."

CCEPA OPINIÃO – órgão do centro cultural espírita de porto alegre, de 7 de agosto de 2013

Igreja em baixa, Papa em alta

Apesar de sua Igreja, por aqui, amargar fortes índices de queda, Papa Francisco chega ao Brasil prestigiado por multidões e com um discurso afinado com as mais importantes questões da atualidade.

A queda do catolicismo
Às vésperas da chegada do Papa Francisco ao Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude (22 a 28 de julho último), o Instituto Datafolha publicou resultados de pesquisa mostrando que o catolicismo caiu ao menor nível da história no país.
Segundo a sondagem, feita no último mês de junho, apenas 57% dos brasileiros maiores de 16 anos se declararam católicos. A tendência de queda se acentua pesquisa após pesquisa. Há menos de 20 anos, em 1994, 75% dos brasileiros se declaravam católicos. O índice caiu para 64% em 2007, chegando, no ano da visita de Francisco, a pouco mais da metade da população.
Confirmando dados do Censo de 2010, são os segmentos evangélicos que mais atraem ovelhas do rebanho católico. A pesquisa Datafolha apurou que 19% dos entrevistados são da ala pentecostal evangélica e 9% integram igrejas protestantes mais tradicionais. O espiritismo, tratado sempre como uma religião nas pesquisas, mantém o mesmo índice da anterior: 3% dos brasileiros afirmam serem seus adeptos.

O Papa da esperança
Apesar do quadro nada otimista em relação à sua Igreja que perde fiéis para outras denominações, o Papa Francisco encantou os brasileiros com sua simplicidade, seu despojamento e, especialmente, por sua inserção em relevantes questões sociais de nosso tempo. Sua programação privilegiou visitas a obras sociais e redutos onde grassam a pobreza e carências nas áreas do saneamento, da educação e saúde. Teve também um encontro com adolescentes infratores que cumprem medidas socioeducativas.
No Santuário de Aparecida, onde celebrou missa de abertura da Jornada, o Pontífice recebeu carinhosamente dirigentes de outras religiões. Em sua homilia e em quase todos os pronunciamentos, evitou questões teológicas, preferindo dar ênfase a valores universais e ações humanitárias. Em cerimônia de inauguração de um centro para dependentes químicos no Hospital São Francisco, bairro da Tijuca, Rio de Janeiro, o Papa enfatizou a importância da ajuda ao próximo, concitando todos a serem “portadores da esperança”. Naquele ato, também, condenou vigorosamente o tráfico de entorpecentes e tomou posição contra a legalização do uso de drogas, ao afirmar: “Não é deixando livre o uso das drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a influência da dependência química”. Dirigindo-se aos dependentes em tratamento, enfatizou: “Não deixem que lhes roubem a esperança”.
Em visita à favela de Varginha, onde entrou na casa de uma família, apelou às autoridades públicas, aos mais ricos e à sociedade em geral para que não se cansem de trabalhar por um mundo mais justo e solidário. Novamente, concitou os jovens a terem esperança no fim da corrupção e das injustiças: “Não deixem que se apague a esperança. A realidade pode mudar. O homem pode mudar. Sejam vocês os primeiros a procurar o bem”, disse.
Nossa Opinião
Os filhos de Francisco
Há um aparente contraste entre os índices de queda do catolicismo e as entusiásticas manifestações das massas humanas, especialmente de jovens, por onde passasse o Papa, na sua recente visita ao Brasil. Poucos dias antes, a revista Veja (edição2331) comentava recente pesquisa entre moças e rapazes de 16 a 24 anos analisando as causas da debandada católica e atribuindo-a à “desconexão entre o que prega a Igreja e o que querem e no que acreditam os jovens de hoje”. Na pesquisa, 68% disseram aprovar o divórcio, 88% manifestaram-se a favor da pílula anticoncepcional e 97% do uso de preservativos. São posições que guardam sentido diametralmente oposto ao reiterado magistério da Igreja Romana.
O que pensariam a respeito desses temas tão atuais e já bem definidos no seio da sociedade moderna os “filhos de Francisco” que o receberam de forma tão entusiasmada, e, em alguns momentos, com manifestações só comparáveis àquelas prestadas a seus mais festejados popstars?

Claro que, no meio da multidão havia pessoas inteiramente comprometidas com todos os ensinamentos da Igreja: Freirinhas saídas diretamente de seus claustros e ascéticos monges que deixaram seus mosteiros para participar dos ruidosos espetáculos de fé nas areias de Copacabana. Por voto de obediência, por compromisso com a castidade, pela radicalidade de sua fé, estes, sublimando mesmo os próprios apelos vitais, abdicaram do direito de questionar ou agir de forma diversa àquela recomendada por sua crença. Para eles, os cânones da Igreja se constituem em mananciais únicos da verdade e da vida. Uma opção pessoal que merece respeito. Mas, afora estes, os jovens participantes do evento estão suscetíveis a outras formas de interlocução consigo mesmos e com o mundo que os cerca. Suas próprias experiências pessoais, a vivência em núcleos familiares arejados, o contato com formadores de opinião, educadores, pensadores ou trabalhadores comprometidos com as causas sociais e políticas de nosso tempo, por certo lhes oferecem outras visões, mais plurais e abrangentes que aquelas aprisionadas na dogmática religiosa.
Esses jovens, em sua maioria, amanhã ou depois já não estarão engajados na religião e nem a terão trocado por outra. Assumirão a postura laica, característica da pós-modernidade. Mas, sem dúvida, todos os que viram e ouviram Francisco terão levado consigo uma experiência muito positiva dessa histórica experiência. O líder religioso a quem vieram saudar é um homem sensível, carismático e bem intencionado. Adotou uma postura condescendente com o pluralismo, voltada ao diálogo com a sociedade laica. Desde sua investidura, tem se mostrado disposto a combater vícios e atitudes criminosas dentro de sua própria Igreja, até aqui jogados para baixo do tapete. É, tudo indica, um homem corajoso, justo, afinado com os mais elevados anseios da sociedade contemporânea.
Por certo, assim o viram os milhares de jovens no Rio e em Aparecida. E isso conjuga sua fé com esperança, a palavra mais pronunciada por Francisco em sua visita. Esperança em um destino melhor para todos, crentes ou não. Enfim, a crença nos dogmas pode estar em queda, mas os valores humanos, alguns dos quais também compartilhados por pessoas de fé, sempre estarão em alta, porque conquistas legítimas do Espírito, centelha divina que alumia a vida. (A Redação).

JORNAL DO BRASIL, 22 de Setembro de 2013
Em uma viagem a Cagliari, capital da Sardenha, na Itália, o papa Francisco teceu críticas à idolatria ao dinheiro que rege a atual sociedade. Em um discurso de improviso para desempregados, o Pontífice falou por 20 minutos e estimulou-os a ter esperança e a não desanimar com as dificuldades da vida.
"Eu vejo sofrimento aqui... Isso os enfraquece e rouba a esperança", disse ele. "Perdoem-se se usar palavras fortes, mas onde não há trabalho não há dignidade."
Francisco deixou de lado seu discurso preparado depois de ouvir Francesco Mattana, um homem casado de 45 anos e pai de três filhos que está desempregado há quatro anos.
"Não queremos esse sistema econômico globalizado que nos faz tão mal. Homens e mulheres têm que estar no centro (de um sistema econômico) como Deus quer, não o dinheiro. O mundo passou a idolatrar um deus chamado dinheiro", analisou o pontífice.
Cerca de 20 mil pessoas assistiram ao discurso em uma praça perto do porto da cidade. Cada vez que o Papa falava sobre os direitos dos trabalhadores e o desemprego, a multidão gritava "trabalho, trabalho, trabalho".
O Papa também condenou o ataque terrorista em uma igreja de Pashawar, no Paquistão. "Hoje, no Paquistão, uma atitude de ódio matou 70 pessoas. Esse caminho não serve. Somente o caminho da paz pode conduzir a um mundo melhor", comentou Francisco.

NOTÍCIAS TERRA, 02 de Julho de 2013
O papa Francisco iniciou sua revolução pacífica com a limpeza do controverso Banco do Vaticano, cujos principais diretores se viram obrigados a renunciar ao cargo por um escândalo de corrupção e por suspeitas de lavagem de dinheiro.
O diretor-geral da maior entidade financeira do Vaticano, o Instituto para as Obras Religiosas (IOR), Paolo Cipriane, e seu vice-diretor, Massimo Tulli, apresentaram na noite de segunda-feira sua renúncia três dias após a detenção por fraude e corrupção do Administrador de Patrimônio da Santa Sé, monsenhor Nunzio Scarano, mais conhecido como "monsenhor 500", por carregar sempre notas com esse valor elevado em euros.
As funções dos dois responsáveis pelo banco da Santa Sé serão assumidas de forma interina pelo presidente do IOR, o alemão Ernst von Freyberg, nomeado em fevereiro por Bento XVI poucos dias antes de sua renúncia, informou o Vaticano em um comunicado.
A renúncia dos dois líderes do IOR ficou inevitável depois que foram publicadas pela imprensa interceptações telefônicas com Scarano, que estava organizando a entrada ilegal na Itália de 20 milhões de euros depositados em um banco suíço procedentes de uma fraude fiscal, segundo as acusações da procuradoria italiana.
Desde 2010, a Guarda de Finanças, a polícia tributária, e a procuradoria de Roma investigam o IOR por estar envolvido em operações obscuras de lavagem de dinheiro e corrupção.
Seis investigações judiciais foram abertas nos últimos anos pela justiça italiana contra o banco do Vaticano por irregularidades e transações suspeitas, segundo o relatório anual da Autoridade de Informação Financeira, divulgado em maio.
Para o jornal Il Corriere della Sera, os dois líderes do banco vaticano não apenas aprovavam as operações ilegais programadas por Scarano, mas também autorizaram outras operações ilícitas, através de contas correntes de simples religiosos utilizadas por laicos com conexões com organizações criminosas ou mafiosas.
Para o vaticanista do jornal econômico italiano Il Sole 24 Ore, uma nova fase tem início no Vaticano.
"O clima mudou" com a eleição de Francisco, determinado a reformar a entidade, escreveu Carlo Marroni.
O Papa jesuíta, que há menos de uma semana designou com um documento escrito por sua própria mão uma comissão especial de cinco membros para indagar sobre as atividades econômicas e a situação jurídica do IOR, passou dos gestos aos fatos.
Ninguém duvida de que a saída dos dois chefes do banco que trabalhavam há tantos anos para o IOR acelera o processo de transformação do banco do Papa, fundado em 1942 por Pio XII, com ativos no valor de 7,1 bilhões de euros.
O banco do Vaticano administra milhares de contas de padres e freiras em todo o mundo, de simples irmãs filipinas que vão estudar em Roma, passando por bispos e cardeais, até poderosas congregações religiosas espalhadas por todos os cantos do planeta.
"Não acredito que o Papa vá fechar o IOR, porque o Vaticano precisa de um banco. Ele vai reformá-lo para evitar que se infiltrem pessoas que não têm nada a ver com a Igreja", disse em uma conversa com a AFP Marco Politi, veterano vaticanista do jornal Il Fatto Quotidiano.
Freyberg, que nestes meses liderou uma ofensiva midiática para mostrar os resultados na luta contra a lavagem de dinheiro, nomeou dois técnicos bancários italianos, Rolando Marranci e Antonio Montaresi, para que o ajudem a dirigir provisoriamente o banco.
Paralelamente, o Papa nomeou no dia 16 de junho um de seus homens de confiança, Mario Salvatore Ricca, como "prelado" da entidade e lembrou aos católicos que "São Pedro não tinha uma conta no banco", ao defender uma Igreja pobre para os pobres.

ESTADÃO, de 21 de Setembro de 2013
O papa Francisco anunciou neste sábado mudanças na Cúria Romana, após seis meses estudando o trabalho e a burocracia do Vaticano. Umas das principais alterações foi a transferência do cardeal italiano Mauro Piacenza, ultraconservador que até então era o Prefeito da Congregação para o Clero. Ele é conhecido por sua postura tradicional no que se refere à liturgia e à questão do celibato sacerdotal.
Piacenza estava no cargo desde 2010, quando foi nomeado pelo então papa Bento XVI. Ele será rebaixado a um posto de menor comando, e no seu lugar entrará outro italiano, Beniamino Stella. Um de seus principais desafios será reverter a escassez de padres, principalmente nos países desenvolvidos.
Em outra decisão muito acompanhada, o papa anunciou a substituição do arcebispo croata Nikola Eterovic, que estava a cargo do Sínodo dos Bispos. Ele foi transferido ao corpo diplomático do Vaticano. Seu lugar será ocupado pelo arcebispo italiano Lorenzo Baldisseri, que era secretário da Congregação dos Bispos.
O Vaticano também confirmou que o papa Francisco vai conduzir uma assembleia de cardeais no dia 30 de setembro para anunciar a tão esperada data da cerimônia que reconhecerá como santos os papas João XXIII e João Paulo II. Fonte: Associated Press.

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:








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