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Fábio
José Lourenço Bezerra
O
que é a realidade? Aquilo que é percebido pelos nossos cinco
sentidos, pelos instrumentos proporcionados pela nossa atual
tecnologia (microscópio, telescópio, receptores de ondas
eletromagnéticas em geral, etc.) e as hipóteses e teorias que
podemos formular baseados no que captamos mediante estes veículos de
informação? A mente humana forma a sua noção de realidade
mediante analogias. Assim, desde o berço, ela compara as diferentes
percepções (o menor com o maior, o escuro com o claro, as
diferentes cores, o prazeroso com o doloroso, o rápido com o
demorado, o rígido com o flexível, etc.) criando um modelo mental
do que existe baseado nestas informações, e todas as suas idéias
posteriores serão construídas tendo como referência este modelo.
Assim, para ela, a realidade limita-se ao que foi percebido, e em
contrapartida, a irrealidade é o que não se encaixa neste modelo. É
dessa forma que formamos os nossos paradigmas.
Contudo,
ao longo da história da humanidade, por inúmeras vezes os
paradigmas foram quebrados, devido a novas informações que
contradiziam o modelo vigente. Assim, o Homem um dia acreditou ser a
Terra o centro do Universo, com estrelas, planetas, e até o sol
girando ao seu redor ; que do céu não caíam pedras ; que o átomo
era indivisível; que o Universo era estático ; que era impossível
para o homem voar ; que era impossível que, através de um fio
metálico não oco, o homem pudesse se comunicar a longas distâncias
; que era impossível viajar a velocidades acima de 30 KM/h, pois do
contrário o indivíduo ficaria sem poder respirar.
Hoje
sabemos que a Terra gira em torno do Sol, que por sua vez gira em
torno de uma galáxia, a Via-Láctea, e esta é apenas uma dentre as
bilhões de galáxias conhecidas; diariamente pedras caem do céu:
são os meteoros, popularmente conhecidos como estrelas cadentes; o
átomo é composto por várias sub-partículas, e átomos mais
pesados podem ser quebrados mediante fissão nuclear; o Universo está
em expansão, com as galáxias se afastando umas das outras como
manchas pintadas em uma bola de soprar que se enche, processo
iniciado desde o Big Bang ; voar hoje se tornou uma rotina, e nesse
momento uma sonda espacial (a Voyager II) se distancia do sistema
solar rumo a destino ignorado; temos a internet, permitindo ao homem
compartilhar informações de um pólo a outro do globo terrestre.
Seria possível ao homem do século 19 sequer imaginar a internet? ;
temos hoje carros que correm a mais de 300 KM/h, sem que o piloto, ao
viajar neles, sufoque por isso.
A
concepção de realidade do ser humano modificou-se radicalmente na
medida em que ele adquiria conhecimentos e questionava o que se
supunha real até então. Isso graças a homens corajosos, como
Galileu Galilei, que arriscaram muitas vezes a vida e a reputação
para divulgar novas idéias, contrapondo-se a idéias cristalizadas
na mente de muitos, que orgulhosos do que sabiam, não podiam admitir
um conhecimento diferente do que eles detinham, acomodados e com a
mente bloqueada para o novo. Outros também não queriam a divulgação
de novas idéias que contrariassem seus interesses.
Quando
o homem descobriu a existência dos microrganismos (bactérias,
protozoários, etc.), sua noção de vida mudou radicalmente, não só
pela descoberta da origem de diversas doenças, como também a
possibilidade de existirem seres vivos de dimensões tão reduzidas,
que comparados a nós, estão muito mais próximos do nível
molecular, uma verdadeira revolução na ciência de então,
conhecimento este que teve de enfrentar muita resistência para ser
aceito pela comunidade científica. Descobria-se um novo mundo.
Quando
observamos os materiais ao nosso redor (as paredes da nossa casa, as
portas, os móveis, nosso corpo, etc.) pensamos que são compactos,
densos. Porém, após as experiências de Rutheford, sabemos que o
raio dos átomos é de 10.000 a 100.000 vezes maior que o núcleo,
isto é, se o núcleo tivesse o tamanho de uma bola de pingue-pongue
(o núcleo concentra praticamente toda a massa de átomo), o átomo
teria o diâmetro do tamanho do estádio Maracanã. A matéria que
conhecemos é cheia de espaço vazio, apesar de nossos sentidos
dizerem o contrário. O ambiente à nossa volta é percorrido por
ondas eletromagnéticas de diversos comprimentos de onda (microondas,
radiação infravermelha, ondas de rádio, raios ultravioleta, etc.),
algumas podemos verificar a presença quando ligamos o rádio, a
televisão, quando atendemos o celular. Estes aparelhos conseguem
captar estas ondas e transformá-las em estímulos que podem
impressionar nossos sentidos. Contudo, nossos sentidos nada captam
diretamente. Alguns insetos percebem a radiação ultravioleta, assim
como os cães percebem sons de alta freqüência, que nós humanos
não percebemos. O sol, os planetas, as galáxias, os quasares,
emitem ondas eletromagnéticas que podem ser captadas pelos nossos
radiotelescópios. No entanto, na antiguidade não existia esse
equipamento. Para os povos antigos, essas ondas não faziam parte da
sua concepção de realidade. Mas por esse fato, essas ondas eram
menos reais do que são hoje?
Os
astrofísicos da atualidade estimam que apenas 4% da matéria do
nosso Universo é conhecida, sendo os outros 96% composto de uma
matéria escura, de composição desconhecida, e que provavelmente é
a mesma que dá coesão ao Universo.
A
mecânica quântica veio revolucionar o que se conhecia até então
sobre o mundo subatômico, como por exemplo o fato de o elétron
(partícula com carga negativa que gira em torno do núcleo do átomo)
aparecer e desaparecer, provavelmente mergulhando por instantes em
outra dimensão, algo que assombra e enche de interrogações os
cientistas, além de o mesmo elétron ora se comportar como
partícula, ora como onda. Uma hipótese da mecânica quântica é a
de que a realidade seria apenas uma interação entre o observador e
o objeto observado. Esta ciência veio nos mostrar o quão misterioso
ainda é o Universo. Para Niels Bohr “ nós só apreendemos uma
interação aparelho-fenômeno; todo juízo de existência é
abusivo”, isto é, segundo Bohr, o objetivo da ciência é o de
apenas descrever os fenômenos da natureza, porém jamais o de
explicar a realidade.De acordo com Bernard Despagnat, um dos mais
eminentes teóricos da mecânica quântica, além dos fenômenos
naturais apreendidos pela ciência, existiria uma “realidade
última”, “velada”, diante da qual a ciência permanece muda,
pois ela só pode apreender, operacionalmente falando, os seus
reflexos. A realidade manifesta, percebida, seria um mero reflexo do
real.
O
brilhante astrônomo Camille Flamarion, no século 19, falou: “ O
desconhecido de ontem é a verdade de amanhã”.
O
que pensar de todas as informações acima? Que conceitos podemos
formar do que seja realidade? A realidade é um conceito relativo,
limitado ao que conhecemos, modelo mental de realidade que criamos,
podendo o mesmo, a qualquer momento, ser quebrado por novas
descobertas. Além do fato de que poucas vezes formamos um conceito
de realidade isento, fiel às informações de que dispomos.
Geralmente filtramos estas informações, apenas aceitando aquilo que
nos é conveniente, sendo o nosso julgamento mais emocional do que
racional. O orgulho, por exemplo, pode fazer com que rejeitemos
aquilo que possa abalar o nosso status de “sabe tudo”, ou as
idéias, a religião, as crenças transmitidas por nossos pais e que
tememos serem quebradas. Muitas vezes nos apegamos a crenças que nos
trazem consolo, recusando conceitos que a contradigam.
A
história da ciência, como vimos acima, nos mostra que devemos ter a
mente sempre aberta a novas idéias, pois certamente ainda não
percorremos uma imensa parte das páginas do Livro da Natureza.
Devemos estar sempre dispostos a rever nossos paradigmas, evitando
assumir uma postura arrogante, sendo humildes perante aquilo que
desconhecemos, seguindo o exemplo de um grande filósofo da
antiguidade, Sócrates, que disse: “Só sei que nada sei!” .
Claro
que não devemos simplesmente adotar toda e qualquer idéia ou
informação que nos seja apresentada, e sim pô-la em exame
rigoroso, porém nada rejeitando a priori. Foi com essa postura que
grandes homens de ciência revolucionaram o mundo com suas
descobertas, contrariando a muitos, contribuindo para a construção
da base na qual se assenta o conhecimento científico atual. Na
atualidade, o mesmo preconceito, a mesma proteção de interesses, o
mesmo filtro de informações, a emoção em prejuízo da razão,
tudo isso segue o seu curso, como ocorreu no passado, retardando o
progresso da humanidade. Desde o século 19 até nossos dias, homens
de ciência competentes, respeitados pelas suas várias contribuições
à ciência, pesquisam independentemente os fenômenos
espíritas(materializações de espíritos, psicografia,
transcomunicação, memórias de vidas passadas, etc.). Muitos deles,
após numerosas e exaustivas pesquisas, utilizando métodos rigorosos
para evitar todo tipo de fraude, de truque, apesar de inicialmente
céticos, chegaram à conclusão de que nossa consciência sobrevive
à morte do corpo, continuando com sua capacidade de raciocinar, de
se emocionar, de se lembrar, podendo comunicar-se com os vivos, e
divulgaram estas conclusões mesmo sob o risco de jogar na lama um
nome conquistado com muito esforço e dedicação. São exemplos
Hippolyte-Léon Denizard Rivail, também conhecido pelo seu
pseudônimo Allan Kardec, notável pedagogo, discípulo de
Pestalozzi, que teve grande influência na reforma da educação na
França e na Alemanha. Foi o codificador do Espiritismo; William
Crookes, físico que inventou o tubo de raios catódicos(precursor do
tubo de imagem dos atuais televisores e monitores de computador), o
espintariscópio, descobridor do elemento químico Tálio, além de
outros trabalhos importantes; Alfred Russel Wallace, naturalista,
co-elaborador da Teoria da Seleção Natural (independentemente e ao
mesmo tempo que Charles Darwin, que também elaborou esta teoria);
Cesare Lombroso, Psiquiatra, descobridor da causa da doença Pelagra,
autor de teorias relativas à personalidade criminosa e criador do
museu de antropologia criminal de Turim; Charles Richet,
fisiologista, prêmio Nobel de medicina de 1916. Estes são apenas
alguns dentre vários grandes nomes, cujas pesquisas ocorreram entre
os séculos 19 e 20.
Mais
recentemente, temos como exemplos o Dr.Ian Stevenson, Psiquiatra
norte-americano, que até hoje vem fazendo pesquisas sobre crianças
de muito pouca idade que apresentam lembranças espontâneas de vidas
passadas, tendo registrado inúmeros casos ao redor do mundo,
inclusive aqueles de marcas de nascença relacionadas com as vidas
passadas; O Dr.Brian Weiss, e a Dra Hellen Wanbach, Psiquiatras que
vêm utilizando a terapia de regressão de memória a vidas passadas
em seus pacientes, com resultados surpreendentes. Eles, assim como o
Dr. Ian Stevenson, têm obtido importantíssimas evidências da
existência da reencarnação; O Dr.Raymond Moody Jr., médico que
coletou inúmeros casos de experiências de quase-morte, fenômeno
relativamente freqüente nas UTIs do mundo inteiro(quando o paciente,
em estado grave, vizinho ao da morte, após a parada cardíaca, vê o
próprio corpo, levita sobre ele, e assiste muitas vezes os
procedimentos dos médicos para reanimá - lo ; relembra em poucos
instantes dos momentos mais importantes de sua vida, além de outros
fatos que na grande maioria das vezes repetem-se nestes casos);
Iniciada por gravações de vozes paranormais por Frederick Jurgenson
(que deparou-se com o fenômeno por acaso, quando gravava o canto de
pássaros), e depois pelo Dr. Konstantin Raudive, a Transcomunicação
Instrumental evoluiu para a recepção de mensagens de pessoas
falecidas através de som e imagem em equipamentos
eletrônicos(televisores, computadores, etc., inclusive equipamentos
desenvolvidos exclusivamente para esta finalidade) contando com
inúmeros pesquisadores ao redor do mundo, incluindo brilhantes
engenheiros eletrônicos. No Brasil, destacam-se nessas pesquisas
Sônia Rinaldi e o parapsicólogo Clóvis Nunes.
Apesar
das pesquisas acima mencionadas, das quais citamos alguns exemplos, e
das conclusões a que chegaram os pesquisadores, as pesquisas não
foram continuadas, até os dias de hoje, pela ciência oficial(os
pesquisadores trabalharam de forma independente), nem são citadas
nos livros e periódicos científicos, nem divulgadas como deveriam,
sendo a grande maioria da população global desconhecedora destas
pesquisas e de seus resultados. Porquê?
É
fato que instalou-se em boa parte da comunidade científica a
“religião” materialista, aquela que prega que tudo o que
conhecemos(inclusive a vida, com toda a sua complexidade e
organização) foi criado por acaso, fruto de combinações
aleatórias das forças físicas e dos elementos químicos dispersos
no Universo. O homem seria mero robô biológico e o pensamento, os
sentimentos, a personalidade, a consciência humana não passariam de
mera secreção do cérebro, sendo este o resultado de inúmeras
experiências realizadas pelo “deus acaso” ao longo de milhões
de anos. Chamo de “religião” porque os cientistas que defendem
estas idéias simplesmente as tem como verdades incontestáveis, um
verdadeiro dogma, tachando de ridícula qualquer idéia contrária.
Seu pensamento, sua interpretação a respeito de tudo tem como base
unicamente as idéias materialistas. Dessa forma, novamente,
comete-se um erro histórico, uma vez que as experiências relativas
aos fatos espíritas, supracitadas, contradizem totalmente o
materialismo, ampliando a concepção de realidade do ser humano.
Este
materialismo arraigado deve-se muito a uma violenta reação às
ações da igreja católica no passado, que procurava impor suas
idéias à força, condenando até com a morte quem pensava
diferente. Foi o caso de Giordano Bruno, queimado na fogueira por
acreditar na vida em outros planetas e na reencarnação. Galileu
Galilei teve que negar suas idéias perante a igreja para não ter o
mesmo destino. Ele defendia que a Terra gira em torno de si própria.
Com o fim da inquisição, diante do grande atraso imposto pela
igreja católica à ciência, além do fato de muitas descobertas
científicas posteriores terem abalado as concepções da igreja,
muitos passaram a negar a existência de Deus e da vida após a
morte, procurando tudo explicar através da matéria conhecida e de
suas propriedades. Charles Darwin, em sua obra A Origem das Espécies,
levantava a idéia de que as espécies de seres vivos atuais seriam
fruto de uma seleção natural imposta pelas condições do meio
ambiente a espécies ancestrais e pela competição entre os da mesma
e de diferentes espécies, sendo escolhidos os mais bem adaptados,
ocorrendo dessa forma a evolução da vida. Muitos se basearam nessa
idéia para concluir, apressadamente, que a existência de Deus não
seria mais necessária para explicar a complexidade da vida e o
aparecimento do homem. Tudo seria obra do acaso, atuando durante
milhões de anos em espécies primitivas, oriundas de uma única
espécie surgida a partir de combinações casuais dos elementos
químicos presentes na Terra de bilhões de anos atrás, o que
reforçou ainda mais o materialismo. Já Wallace, co-autor da Teoria
da Seleção Natural, diante de suas experiências com médiuns,
tendo presenciado vários fenômenos espíritas, como a psicografia e
a materialização de espíritos, convencido que estava da vida após
a morte, defendia a hipótese de os espíritos atuarem na evolução
das espécies, direcionando-a, ao corrigir os desvios provocados pelo
acaso. Pesam muito o orgulho e a vaidade de cientistas que, tendo
amplo domínio dos conhecimentos científicos da atualidade, nada
querem admitir que contradiga o modelo de realidade que construíram
em suas mentes(aceito por muitos), e que tanto destaque lhes dá na
comunidade científica. Acreditam saber muito e iludem-se com esse
pensamento, que lhes satisfaz o ego. Sem falar no medo de expor-se ao
ridículo que se instala em alguns, impedindo-lhes de divulgar suas
idéias, apesar de contrárias ao senso comum e concordantes com as
evidências.
Um
outro fator, alegado por muitos cientistas, causador do desinteresse
da comunidade científica para com os fenômenos espíritas, é que
eles não podem ser reproduzidos à vontade num laboratório, quantas
vezes se queira, como ocorre com as reações químicas, por exemplo,
ou experiências relativas à eletricidade. Ora, nem por isso
cientistas de renome deixaram de estudá-los, como foi o caso de
William Crookes, que realizou experiências muito bem sucedidas com
os médiuns Daniel Dunglas Home e Florence Cook. É necessária boa
dose de paciência, para deixar os fenômenos ocorrerem
espontaneamente, pois deve ser lembrado o fato de se estar lidando
com inteligências possuidoras de vontade própria, sendo necessário,
portanto, o respeito a essa vontade, sem a qual os fenômenos não se
processam. Junte-se a isso o fato de que, assim como determinadas
reações químicas só ocorrem sob determinadas condições
(ausência ou presença de luz, temperatura, pressão, adição de
determinado catalisador, etc.) obedecendo a leis químicas e físicas,
os fenômenos espíritas só ocorrem quando as condições do
ambiente onde se dá a experiência seja adequadas, pois não só o
médium como também quem assiste às experiências afeta os
resultados, seja com pensamentos, seja com substâncias prejudiciais
que tenham ingerido antes (álcool, fumo, etc.).Os assistentes também
contribuem, embora em menor escala, com ectoplasma,
inconscientemente, para a produção dos fenômenos. A luz, por
exemplo, dificulta a materialização dos espíritos, por desagregar
o ectoplasma, embora algumas experiências de materialização tenham
sido bem sucedidas em plena luz. Estes fenômenos obedecem a leis
físicas às quais estamos bem longe de compreender. Muito do obtido
nas experiências deve-se à orientação dos próprios espíritos,
conhecedores destas leis. Devemos respeitá-las, assim como em
qualquer experiência científica tradicional. As diversas
experiências relativas aos fenômenos espíritas, citadas acima,
tiveram as mais diversas explicações apressadas, preconceituosas,
feitas sob um ponto de vista exclusivamente materialista, por
cientistas que sequer se deram ao trabalho de considerar outras
hipóteses. Cada categoria dos fenômenos teve uma explicação
isolada. Assim, por exemplo, tentou-se explicar as experiências de
quase-morte como sendo eventos produzidos pela bioquímica do cérebro
sob condições de estresse, excesso de CO2, etc.; as lembranças de
vidas passadas com o inconsciente a criar fantasias, ou até a uma
suposta memória passada pelos genes dos nossos antepassados a nós,
a chamada memória genética; as aparições de pessoas falecidas
como sendo alucinações, e por aí vai. Estes fatos, se estudados
pacientemente, com a mente liberta de toda idéia preconcebida,
considerados no seu conjunto, derrubam todas essas explicações
isoladas. As memórias de vidas passadas, espontâneas ou obtidas sob
hipnose; as experiências de quase-morte; as materializações de
espíritos; a psicografia; a transcomunicação instrumental; e
muitas outras categorias de fenômenos espíritas, formam as peças
de um quebra-cabeças, que uma vez juntas formam um quadro único,
harmônico, coerente, descrito por espíritas, como nas psicografias
de Chico Xavier mais recentemente, até por não espíritas, como nas
visões de Swedenborg, Andrew Jackson Davies e outros, em séculos
passados. Estas peças nada mais são do que os diversos ângulos de
uma mesma realidade, ainda não percebida por muitos, mas que no
futuro será tão comum como hoje é o computador, o avião, a
transmissão por satélite. Precisamos libertar nossas mentes da
ilusão dos nossos cinco sentidos e dos limitados equipamentos
tecnológicos à nossa disposição, que nos permitem perceber apenas
uma infinitesimal parte da realidade.
Como
disse o Cristo: “ Aquele que tiver olhos de ver, veja”.
BIBLIOGRAFIA
CONSULTADA
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TARNAS, Richard. A epopéia do pensamento ocidental, 2005.
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POLITI, Elie. Química: curso completo, 1992.
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ANDRADE, Hernani Guimarães. Parapsicologia: uma visão panorâmica,
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12
WALLACE, Alfred Russel. Aspectos científicos do Espiritismo.
Oi, Fábio
ResponderExcluirParabéns pelas suas primeiras reflexões sobre o espiritismo. Estou terminando o curso básico sobre a doutrina e quanto mais eu leio, mas me surpreendo com novas informações. Muita paz e que concluas seu livro com a ajuda dos bons espíritos.
Grace Belo
Filho,
ResponderExcluirQue Deus e a Espiritualidade te ajude sempre, te orientando e direcionando para essa que é uma das maiores caridades que podemos fazer para com a Doutrina - a sua divulgação.
Beijos,
Emanuella.
Parabéns Fabão pelo material que tem uma grande riqueza de informãções e é muito interessante. Continue sempre nos presenteando com a sabedoria deste, que para mim, é um mundo novo. Obrigado
ResponderExcluirSilvio Lessa