quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

ALÉM DA TERRA, EXISTE VIDA INTELIGENTE NO NOSSO SISTEMA SOLAR ?

Fonte da imagem: http://www.explicatorium.com/CFQ7-Sistema-Solar.php

Fábio José Lourenço Bezerra

Na pergunta Nº 55 de “O Livro dos Espíritos”, lemos: “São habitados todos os globos que se movem no espaço?”
            Resposta: “Sim e o homem terreno está longe de ser, como supõe, o primeiro em inteligência, em bondade e em perfeição. Entretanto, há homens que se têm por espíritos muito fortes e que imaginam pertencer a este pequenino globo o privilégio de conter seres racionais. Orgulho e vaidade! Julgam que só para eles criou Deus o Universo.”
            Comentário de Allan Kardec: “Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo todos esses seres para o objetivo final da Providência. Acreditar que só os haja no planeta que habitamos fora duvidar da sabedoria de Deus, que não fez coisa alguma inútil. Certo, a esses mundos há de ele ter dado uma destinação mais séria do que a de nos recrearem a vista. Aliás, nada há, nem na posição, nem no volume, nem na constituição física da Terra, que possa induzir à suposição de que ela goze do privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de milhões de mundos semelhantes.

            Em uma nota de rodapé, referindo-se à pergunta nº 188, Kardec escreveu:

“Segundo os Espíritos, de todos os mundos que compõem o nosso sistema planetário, a Terra é dos de habitantes menos adiantados, física e moralmente. Marte lhe estaria ainda abaixo, sendo-lhe Júpiter superior de muito, a todos os respeitos. O Sol não seria mundo habitado por seres corpóreos, mas simplesmente um lugar de reunião dos Espíritos superiores, os quais de lá irradiam seus pensamentos para os outros mundos, que eles dirigem por intermédio de Espíritos menos elevados, transmitindo-os a estes por meio do fluido universal. Considerado do ponto de vista da sua constituição física, o Sol seria um foco de eletricidade. Todos os sóis como que estariam em situação análoga.
O volume de cada um e a distância a que esteja do Sol nenhuma relação necessária guardam com o grau do seu adiantamento, pois que, do contrário, Vênus deveria ser tida por mais adiantada do que a Terra e Saturno menos do que Júpiter.
Muitos Espíritos, que na Terra animaram personalidades conhecidas, disseram estar reencarnados em Júpiter, um dos mundos mais próximos da perfeição, e há causado espanto que, nesse globo tão adiantado, estivessem homens a quem a opinião geral aqui não atribuía tanta elevação. Nisso nada há de surpreendente, desde que se atenda a que, possivelmente, certos Espíritos, habitantes daquele planeta, foram mandados à Terra para desempenharem aí certa missão que, aos nossos olhos, os não colocava na primeira plana. Em segundo lugar, deve-se atender a que, entre a existência que tiveram na Terra e a que passaram a ter em Júpiter, podem eles ter tido outras intermédias, em que se melhoraram. Finalmente, cumpre se considere que, naquele mundo, como no nosso, múltiplos são os graus de desenvolvimento e que, entre esses graus, pode medear lá a distância que vai, entre nós, do selvagem ao homem civilizado. Assim, do fato de um Espírito habitar Júpiter não se segue que esteja no nível dos seres mais adiantados, do mesmo modo que ninguém pode considerar-se na categoria de um sábio do Instituto, só porque reside em Paris.
As condições de longevidade não são, tampouco, em qualquer parte, as mesmas que na Terra e as idades não se podem comparar. Evocado, um Espírito que desencarnara havia alguns anos, disse que, desde seis meses antes, estava encarnado em mundo cujo nome nos é desconhecido. Interrogado sobre a idade que tinha nesse mundo, disse: “Não posso avaliá-la, porque não contamos o tempo como contais. Depois, os modos de existência não são idênticos. Nós, lá, nos desenvolvemos muito mais rapidamente. Entretanto, se bem não haja mais de seis dos vossos meses que lá estou, posso dizer que, quanto à inteligência, tenho trinta anos da idade que tive na Terra.”
Muitas respostas análogas foram dadas por outros Espíritos e o fato nada apresenta de inverossímil. Não vemos que, na Terra, uma imensidade de animais em poucos meses adquire o desenvolvimento normal? Por que não se poderia dar o mesmo com o homem noutras esferas? Notemos, além disso, que o desenvolvimento que o homem alcança na Terra aos trinta anos talvez não passe de uma espécie de infância, comparado com o que lhe cumpre atingir. Bem curto de vista se revela quem nos toma em tudo por protótipos da criação, assim como é rebaixar a Divindade o imaginar-se que, fora o homem, nada mais seja possível a Deus.”

            Ora, sondas espaciais já visitaram Marte, Júpiter e os outros planetas do sistema solar. Os dados recolhidos por elas nos dizem que, em nosso sistema solar, só há vida inteligente na Terra (pelo menos, os dados fornecidos e as interpretações dos mesmos pela NASA). Será, então, que as informações que os Espíritos deram a Kardec são falsas?
            A resposta é, provavelmente NÃO !

            A matéria também existe em estados vibratórios que ainda não podem ser detectados pelos sentidos e instrumentos do ser humano.

Na pergunta Nº 29, temos: “A ponderabilidade é um atributo essencial da matéria?”
Resposta: “Da matéria como a entendeis, sim; não, porém, da matéria considerada como fluido universal. A matéria etérea e sutil que constitui esse fluido vos é imponderável. Nem por isso, entretanto, deixa de ser o princípio da vossa matéria pesada.”

E na pergunta Nº30: “A matéria é formada de um só ou de muitos elementos?”
Resposta: “De um só elemento primitivo. Os corpos que considerais simples não são verdadeiros elementos, são transformações da matéria primitiva.”

           No livro “Evolução em Dois Mundos”, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, o Espírito André Luiz, no ano de 1958, nos informou:

“O fluido cósmico é o plasma divino, hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio.
        Nesse 
elemento primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres,  como peixes no oceano.”

Na revista O Consolador” – 23a. edição – pela psicografia de Francisco Cândido Xavier – no ano de 1940, o Espírito Emmanuel escreveu:

“A ciência, propriamente humana, poderá estabelecer bases convencionais, mas não a base legítima, em sua origem divina, porquanto os átomos e os elétrons são fases de caracterização da matéria, sem constituírem o princípio nessa escala sem-fim, que se verifica, igualmente, para o plano dos infinitamente pequenos.
        As noções modernas da Física aproximam-se, cada vez mais, do conhecimento das leis universais, em cujo ápice repousa a diretriz divina que governa todos os mundos.
        Os sistemas antigos envelheceram. As concepções de ontem deram lugar a novas deduções. Estudos recentes da matéria vos fazem conhecer que os seus elementos se dissociam pela análise, que o átomo não é indivisível, que toda expressão material pode ser convertida em força e que toda energia volta ao reservatório do éter_universal. Com o tempo, as fórmulas acadêmicas se renovarão em outros conceitos da realidade transcendente, e os físicos da Terra não poderão dispensar Deus nas suas ilações, reintegrando a Natureza na sua posição de campo passivo, onde a inteligência divina se manifesta.

“[...] A mecânica celeste prova a irrefutabilidade da teoria do movimento. O planeta move-se na imensidade. A matéria vibra nas suas mais diversificadas expressões.

“[...] Os homens possuem da matéria a conceituação possível de ser fornecida pela sua mente, compreendendo-se que o aspecto real do mundo não é aquele que os olhos mortais podem abranger, porquanto as percepções humanas estão condicionadas ao plano sensorial, sem que o homem consiga ultrapassar o domínio de determinadas vibrações.
        Mergulhadas nas vibrações pesadas dos círculos da carne, as criaturas têm noticias muito imperfeitas do Universo, em razão da exigüidade dos seus pobres cinco sentidos.
        É por isso que o homem terá sempre um limite nas suas observações da matéria, força e movimento, não só pela deficiência de percepção sensorial, como também pela estrutura do olho, onde a sabedoria divina delimitou as possibilidades humanas de análise, de modo a valorizar os esforços e iniciativas da criatura.”
           De fato, conforme nos disse Emmanuel, a ciência humana parece estar se aproximando do que foi revelado pelos Espíritos da codificação, por André Luiz e por ele mesmo. Uma teoria, elaborada há alguns anos e seriamente considerada por muitos cientistas ao redor do mundo, parece nos remeter ao Fluido Cósmico Universal.
O Professor de Física da Universidade de Columbia Brian Greene, em uma entrevista à revista Época, edição de 9 agosto de 2004, resumiu o que seria a teoria das cordas:

“A teoria das cordas materializa o sonho de Albert Einstein de criar uma teoria única para explicar o Universo. No século XX, a Ciência desenvolveu duas teorias que funcionam como pilares da Física. 
·                   A teoria geral da relatividade, criada por Einstein, explica como a gravidade opera em grandes dimensões, em estrelas e galáxias
·                   Já a mecânica quântica explica como as leis da Física operam no extremo oposto, nas subpartículas atômicas. 
        Durante várias décadas, essas duas teorias só funcionavam nos próprios campos, o pequeno e o grande. Quando cientistas tentavam juntá-las - o que é indispensável, por exemplo, para entender o que se passa no centro de um buraco negro -, as equações se estilhaçavam.
        As supercordas surgiram como uma nova e fundamental entidade, a base para tudo o que existe no Universo. Já faz algum tempo que conhecemos os átomos e também as partículas_subatômicas, como os elétrons, que giram ao redor dos núcleos, e os prótons, que integram o núcleo dos átomos.  Conhecemos também algumas partículas subnucleares, como os quarks, que habitam os nêutrons e prótons. Mas é aí que o conhecimento convencional empaca. A teoria das supercordas diz que existe algo menor e mais fundamental: dentro dos quarks, da mais ínfima partícula subatômica, existe um filamento de energia que vibra como as cordas de um violino. E são os diferentes padrões de vibração dessas cordas que determinam a natureza de diferentes tipos de subpartículas. Isso permitiria unificar a teoria geral da relatividade com a mecânica quântica.”

          A figura abaixo ilustra bem a teoria das cordas:

  Fonte da imagem: http://phylos.net/formato_livro/fisica/cosmologia/problemas-modelo-padrao/

           Clicando AQUI, você assiste a uma palestra de Brian Greene que, utilizando-se de uma linguagem simplificada, explica a teoria das cordas.
   
Pergunta Nº 56: “É a mesma a constituição física dos diferentes globos?”
            Resposta: “Não; de modo algum se assemelham.”

            Pergunta Nº 57: “Não sendo uma só para todos a constituição física dos mundos, seguir-se-á tenham organizações diferentes os seres que os habitam?”
            Resposta:“Sem dúvida, do mesmo modo que no vosso os peixes são feitos para viver na água e os pássaros no ar.”

            Pergunta Nº 58: “Os mundos mais afastados do Sol estarão privados de luz e calor, por motivo de esse astro se lhes mostrar apenas com a aparência de uma estrela?”
            Resposta: “Pensais então que não há outras fontes de luz e calor além do Sol e em nenhuma conta tendes a eletricidade que, em certos mundos, desempenha um papel que desconheceis e bem mais importante do que o que lhe cabe desempenhar na Terra? Demais, não dissemos que todos os seres são feitos de igual matéria que vós outros (grifo nosso) e com órgãos de conformação idêntica à dos vossos.”
            Comentário de Kardec: As condições de existência dos seres que habitam os diferentes mundos hão de ser adequadas ao meio em que lhes cumpre viver. Se jamais houvéramos visto peixes, não compreenderíamos pudesse haver seres que vivessem dentro d’água. Assim acontece com relação aos outros mundos, que sem dúvida contêm elementos que desconhecemos. Não vemos na Terra as longas noites polares iluminadas pela eletricidade das auroras boreais?
Que há de impossível em ser a eletricidade, nalguns mundos, mais abundante do que na Terra e desempenhar neles uma função de ordem geral, cujos efeitos não podemos compreender? Bem pode suceder, portanto, que esses mundos tragam em si mesmos as fontes de calor e de luz necessárias a seus habitantes.

            Pergunta Nº 181: “Os seres que habitam os diferentes mundos têm corpos semelhantes aos nossos?”
            Resposta: “É fora de dúvida que têm corpos, porque o Espírito precisa estar revestido de matéria para atuar sobre a matéria. Esse envoltório, porém, é mais ou menos material, conforme o grau de pureza a que chegaram os Espíritos (grifo nosso). É isso o que assinala a diferença entre os mundos que temos de percorrer, porquanto muitas moradas há na casa de nosso Pai, sendo, conseguintemente, de muitos graus essas moradas. Alguns o sabem e desse fato têm consciência na Terra; com outros, no entanto, o mesmo não se dá.”

            Pergunta Nº 234: “Há, de fato, como já foi dito, mundos que servem de estações ou pontos de repouso aos Espíritos errantes?”
            Resposta: “Sim, há mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que lhes podem servir de habitação temporária, espécies de bivaques, de campos onde descansem de uma demasiado longa erraticidade, estado este sempre um tanto penoso. São, entre os outros mundos, posições intermédias, graduadas de acordo com a natureza dos Espíritos que a elas podem ter acesso e onde eles gozam de maior ou menor bem-estar.”

            Pergunta Nº 236: Pela sua natureza especial, os mundos transitórios se conservam perpetuamente destinados aos Espíritos errantes?
            Resposta: “Não, a condição deles é meramente temporária.”
            a) —Esses mundos são ao mesmo tempo habitados por seres corpóreos?
            “Não; estéril é neles a superfície. Os que os habitam de nada precisam.”
            b) — É permanente essa esterilidade e decorre da natureza especial que apresentam?
            “Não; são estéreis transitoriamente.”
            d) — Sendo transitório o estado de semelhantes mundos, a Terra pertencerá algum dia ao número deles?
            “Já pertenceu.”
            e) —Em que época?
            “Durante a sua formação.”
            Comentário de Kardec: “Nada é inútil em a Natureza; tudo tem um fim, uma destinação. Em lugar algum há o vazio; tudo é habitado, há vida em toda parte. Assim, durante a dilatada sucessão dos séculos que passaram antes do aparecimento do homem na Terra, durante os lentos períodos de transição que as camadas geológicas atestam, antes mesmo da formação dos primeiros seres orgânicos, naquela massa informe, naquele árido caos, onde os elementos se achavam em confusão, não havia ausência de vida. Seres isentos das nossas necessidades, das nossas sensações físicas, lá encontravam refúgio. Quis Deus que, mesmo assim, ainda imperfeita, a Terra servisse para alguma coisa. Quem ousaria afirmar que, entre os milhares de mundos que giram na imensidade, um só, um dos menores, perdido no seio da multidão infinita deles, goza do privilégio exclusivo de ser povoado? Qual então a utilidade dos demais? Tê-los-ia Deus feito unicamente para nos recrearem a vista? Suposição absurda, incompatível com a sabedoria que esplende em todas as suas obras e inadmissível desde que ponderemos na existência de todos os que não podemos perceber. Ninguém contestará que, nesta idéia da existência de mundos ainda impróprios para a vida material e, não obstante, já povoados de seres vivos apropriados a tal meio, há qualquer coisa de grande e sublime, em que talvez se encontre a solução de mais de um problema.”

            Como pudemos apreciar, muito diversas são as expressões da matéria, pois a mesma existe em diferentes níveis vibratórios. Provavelmente, existem civilizações em todos os planetas do nosso sistema solar e nos demais sistemas estelares. Contudo, ainda estamos incapacitados de observá-las, devido às nossas limitações tecnológicas.


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

KARDEC, Allan. O livro dos Espíritos. FEB. Versão digital por: L. NEILMORIS © 2007;

XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo; André Luiz (Espírito). Evolução em dois mundos. FEB. [1958];

XAVIER, Francisco Cândido; Emmanuel (Espírito). Revista O Consolador – 23a. edição [1940]


ENDEREÇO ELETRÔNICO CONSULTADO:

http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT791042-1666-1,00.html


http://www.guia.heu.nom.br/teoria_das_cordas.htm

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