quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

COMO DEUS CRIOU NOSSO UNIVERSO ?

Fonte da imagem: http://aia2009.wordpress.com/2009/02/05/a-historia-do-universo/

Fábio José Lourenço Bezerra

No Capítulo VIII da sua obra “O Céu e o Inferno”, intitulado “Os Anjos”, escreveu Allan Kardec:

“[...] Deus nunca esteve inativo e sempre teve puros Espíritos, experimentados e esclarecidos, para transmissão de suas ordens e direção do Universo, desde o governo dos mundos até os mais ínfimos detalhes. Tampouco teve Deus necessidade de criar seres privilegiados, isentos de obrigações... “

            A Doutrina Espírita nos esclarece que os Espíritos são criados simples e ignorantes,  evoluindo em inteligência e moralidade, ao longo de experiências passadas através de vários estágios no mundo material, as reencarnações. Ao final de sua evolução, tornam-se Puros Espíritos ou Anjos. O amor ao próximo, a humildade e o total desapego do mundo material proporcionam-lhes grande leveza e paz interior. A harmonia e a união entre eles, em total sintonia uns com os outros, e a satisfação com a prática do bem, constitui-se em fonte de incomensurável alegria. O imenso intelecto, construído ao longo das várias vidas pelas quais passaram, dá-lhes uma visão de conjunto que lhes permite admirar a perfeita obra do Criador de forma muito mais completa. Nesse estágio, são capazes até mesmo de receber as inspirações diretas de Deus.

            Contudo, Deus não lhes destinou à inatividade, a ficar eternamente em contemplação (aliás, isso seria uma verdadeira tortura para os Espíritos. Um tédio eterno). Conforme o grau de evolução intelectual e de maturidade moral, Ele lhes atribui tarefas, que executam com grande satisfação. São inúmeras as tarefas destes Espíritos, que vão desde auxiliar diretamente o aprendizado dos menos experientes, até a criação e o governo de Universos, de galáxias, mundos e das mais variadas formas de vida material. Como nos diz o Espírito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier: ”Quando o servidor está pronto, o serviço aparece”.

            A Doutrina Espírita também nos ensina que, da mesma forma que os elementos químicos (carbono, oxigênio, hidrogênio, enxofre, silício, etc.), combinados entre si, formam as diferentes substâncias que constituem nosso mundo material (como a água, o gás carbônico, as rochas, as moléculas orgânicas dos nossos corpos, etc.), existe um único elemento primitivo, chamado Fluido Cósmico Universal, cujas modificações e combinações dão origem tanto à matéria do mundo espiritual quando à do nosso mundo material. Ele origina as partículas subatômicas, e estas, combinadas, dão origem aos nossos elementos químicos. Conforme nos diz o Espírito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, no excelente livro “Evolução em Dois Mundos”, na Primeira Parte, ítem I:

“PLASMA DIVINO – O fluido cósmico é o plasma divino, hausto do criador ou força nervosa do Todo-Sábio.
Nesse elemento primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no oceano.

CO-CRIAÇÃO EM PLANO MAIOR – Nessa substância original, ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam as Inteligências Divinas, a Ele agregadas, em processo de comunhão indescritível, os grandes Devas da teologia hindu ou os Arcanjos da interpretação de variados templos religiosos, extraindo desse hálito espiritual os celeiros da energia com que constroem os sistemas da Imensidade, em serviço de Co-criação em plano maior, de conformidade com os desígnios do Todo-Misericordioso, que faz deles agentes orientadores da Criação Excelsa.
Essas Inteligências Gloriosas tomam o plasma divino e convertem-no em habitações cósmicas, de múltiplas expressões, radiantes ou obscuras, gaseificadas ou sólidas, obedecendo a leis predeterminadas, quais moradias que perduram por milênios e milênios, mas que se desgastam e se transformam, por fim, de vez que o Espírito Criado pode formar ou co-criar, mas só Deus é o Criador de Toda a Eternidade.

IMPÉRIOS ESTELARES – Devido à atuação desses Arquitetos Maiores, surgem nas galáxias as organizações estelares como vastos continentes do Universo em evolução e as nebulosas intragaláticas como imensos domínios do Universo, encerrando a evolução em estado potencial, todas gravitando ao redor de pontos atrativos, com admirável uniformidade coordenadora.
É aí, no selo dessas formações assombrosas, que se estruturam, inter-relacionados, a matéria, o espaço e o tempo, a se renovarem constantes, oferecendo campos gigantescos ao progresso do Espírito.”

            Sobre a origem da vida na Terra, ele nos diz, ainda na Primeira Parte, ítem III, da mesma obra:

“[...] A imensa fornalha atômica estava habilitada a receber as sementes da vida e, sob o impulso dos Gênios Construtores, que operavam no orbe nascituro, vemos o seio da Terra recoberto de mares mornos, invadido por gigantesca massa viscosa a espraiar-se no colo da paisagem primitiva.
Dessa geléia cósmica, verte o princípio inteligente, em suas primeiras manifestações...
Trabalhadas, no transcurso de milênios, pelos operários espirituais que lhes magnetizam os valores, permutando-os entre si, sob a ação do calor interno e do frio exterior, as mônadas celestes exprimem-se no mundo através da rede filamentosa do protoplasma de que se lhes derivaria a existência organizada no Globo constituído.
Séculos de atividade silenciosa perpassam, sucessivos...

NASCIMENTO DO REINO VEGETAL – Aparecem os vírus e, com eles, surge o campo primacial da existência, formado por nucleoproteínas e globulinas, oferecendo clima adequado aos princípios inteligentes ou mônadas fundamentais, que se destacam da substância viva, por centros microscópicos de forças positiva, estimulando a divisão cariocinética.
Evidenciam-se, desde então, as bactérias rudimentares, cujas espécies se perderam nos alicerces profundos da evolução, lavrando os minerais na construção do solo, dividindo-se por raças e grupos numerosos, plasmando, pela reprodução assexuada, as células primevas, que se responsabilizariam pelas eclosões do reino vegetal em seu início.
Milênios e milênios chegam e passam...”

            Uma teoria, elaborada há alguns anos e seriamente considerada por muitos cientistas ao redor do mundo, parece nos remeter ao Fluido Cósmico Universal.

            O Professor de Física da Universidade de Columbia Brian Greene, em uma entrevista à revista Época, edição de 9 agosto de 2004, resumiu o que seria a teoria das cordas:

            “A teoria das cordas materializa o sonho de Albert Einstein de criar uma teoria única para explicar o Universo. No século XX, a Ciência desenvolveu duas teorias que funcionam como pilares da Física.
                     A teoria geral da relatividade, criada por Einstein, explica como a gravidade opera em grandes dimensões, emestrelas e galáxias.
                     Já a mecânica quântica explica como as leis da Física operam no extremo oposto, nas subpartículas atômicas.
            Durante várias décadas, essas duas teorias só funcionavam nos próprios campos, o pequeno e o grande. Quando cientistas tentavam juntá-las - o que é indispensável, por exemplo, para entender o que se passa no centro de um buraco negro -, as equações se estilhaçavam.
            As supercordas surgiram como uma nova e fundamental entidade, a base para tudo o que existe no Universo. Já faz algum tempo que conhecemos os átomos e também as partículas_subatômicas, como os elétrons, que giram ao redor dos núcleos, e os prótons, que integram o núcleo dos átomos. Conhecemos também algumas partículas subnucleares, como os quarks, que habitam os nêutrons e prótons. Mas é aí que o conhecimento convencional empaca. A teoria das supercordas diz que existe algo menor e mais fundamental: dentro dos quarks, da mais ínfima partícula subatômica, existe um filamento de energia que vibra como as cordas de um violino. E são os diferentes padrões de vibração dessas cordas que determinam a natureza de diferentes tipos de subpartículas. Isso permitiria unificar a teoria geral da relatividade com a mecânica quântica.”

             A figura abaixo ilustra bem a teoria das cordas:

Fonte da imagem: http://phylos.net/formato_livro/fisica/cosmologia/problemas-modelo-padrao/

            Clicando AQUI, você assiste a uma palestra de Brian Greene que, utilizando-se de uma linguagem simplificada, explica a teoria das cordas.

            Os Espíritos puros seriam, assim, capazes de fazer vibrar estas cordas (fluido cósmico) no padrão correto, criando as mais diversas partículas do mundo material e do mundo espiritual. Em seguida criaram, e até hoje criam, os diversos mundos que servem de verdadeiras escolas para o aperfeiçoamento intelecto-moral dos Espíritos.
           
O Universo seria, assim, uma verdadeira sinfonia composta pelas inteligências celestiais, sob as ordens de Deus.


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

KARDEC, Allan. O céu e o inferno ou a justiça divina segundo o Espiritismo. FEB. Versão digital por: ERY LOPES © 2007

XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo; André Luiz (Espírito). Evolução em dois mundos. FEB. [1958];


ENDEREÇOS ELETRÔNICOS CONSULTADOS:

http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT791042-1666-1,00.html

http://www.guia.heu.nom.br/teoria_das_cordas.htm


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