Fonte da imagem: http://aia2009.wordpress.com/2009/02/05/a-historia-do-universo/
Fábio José Lourenço Bezerra
No Capítulo VIII da sua
obra “O Céu e o Inferno”, intitulado “Os Anjos”, escreveu
Allan Kardec:
“[...] Deus nunca esteve inativo e sempre teve
puros Espíritos, experimentados e esclarecidos, para transmissão de suas ordens
e direção do Universo, desde o governo dos mundos até os mais ínfimos detalhes.
Tampouco teve Deus necessidade de criar seres privilegiados, isentos de
obrigações... “
A
Doutrina Espírita nos esclarece que os Espíritos são criados simples e
ignorantes, evoluindo em inteligência e
moralidade, ao longo de experiências passadas através de vários estágios no
mundo material, as reencarnações. Ao final de sua evolução, tornam-se Puros
Espíritos ou Anjos. O amor ao próximo, a humildade
e o total desapego do mundo material proporcionam-lhes grande leveza e paz
interior. A harmonia e a união entre eles, em total sintonia uns com os outros,
e a satisfação com a prática do bem, constitui-se em fonte de incomensurável
alegria. O imenso intelecto, construído ao longo das várias vidas pelas quais
passaram, dá-lhes uma visão de conjunto que lhes permite admirar a perfeita
obra do Criador de forma muito mais completa. Nesse estágio, são capazes até
mesmo de receber as inspirações diretas de Deus.
Contudo, Deus não lhes destinou à
inatividade, a ficar eternamente em contemplação (aliás, isso seria uma
verdadeira tortura para os Espíritos. Um tédio eterno). Conforme o grau de
evolução intelectual e de maturidade moral, Ele lhes atribui tarefas, que
executam com grande satisfação. São inúmeras as tarefas destes Espíritos, que
vão desde auxiliar diretamente o aprendizado dos menos experientes, até a
criação e o governo de Universos, de galáxias, mundos e das mais variadas
formas de vida material. Como nos diz o Espírito André Luiz, pela
psicografia de Chico Xavier: ”Quando o servidor está pronto, o serviço
aparece”.
A Doutrina Espírita também nos
ensina que, da mesma forma que os elementos químicos (carbono, oxigênio,
hidrogênio, enxofre, silício, etc.), combinados entre si, formam as diferentes
substâncias que constituem nosso mundo material (como a água, o gás carbônico,
as rochas, as moléculas orgânicas dos nossos corpos, etc.), existe um único
elemento primitivo, chamado Fluido Cósmico Universal, cujas
modificações e combinações dão origem tanto à matéria do mundo espiritual
quando à do nosso mundo material. Ele origina as partículas subatômicas, e
estas, combinadas, dão origem aos nossos elementos químicos. Conforme
nos diz o Espírito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira,
no excelente livro “Evolução em Dois Mundos”, na Primeira Parte, ítem I:
“PLASMA DIVINO – O
fluido cósmico é o plasma divino, hausto do criador ou força nervosa do
Todo-Sábio.
Nesse elemento
primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no
oceano.
CO-CRIAÇÃO EM PLANO
MAIOR – Nessa substância original, ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam
as Inteligências Divinas, a Ele agregadas, em processo de comunhão
indescritível, os grandes Devas da teologia hindu ou os Arcanjos da
interpretação de variados templos religiosos, extraindo desse hálito espiritual
os celeiros da energia com que constroem os sistemas da Imensidade, em serviço
de Co-criação em plano maior, de conformidade com os desígnios do
Todo-Misericordioso, que faz deles agentes orientadores da Criação Excelsa.
Essas Inteligências
Gloriosas tomam o plasma divino e convertem-no em habitações cósmicas, de
múltiplas expressões, radiantes ou obscuras, gaseificadas ou sólidas,
obedecendo a leis predeterminadas, quais moradias que perduram por milênios e
milênios, mas que se desgastam e se transformam, por fim, de vez que o Espírito
Criado pode formar ou co-criar, mas só Deus é o Criador de Toda a Eternidade.
IMPÉRIOS ESTELARES –
Devido à atuação desses Arquitetos Maiores, surgem nas galáxias as organizações
estelares como vastos continentes do Universo em evolução e as nebulosas
intragaláticas como imensos domínios do Universo, encerrando a evolução em
estado potencial, todas gravitando ao redor de pontos atrativos, com admirável
uniformidade coordenadora.
É aí, no selo dessas
formações assombrosas, que se estruturam, inter-relacionados, a matéria, o
espaço e o tempo, a se renovarem constantes, oferecendo campos gigantescos ao
progresso do Espírito.”
Sobre a origem da vida na Terra, ele
nos diz, ainda na Primeira Parte, ítem III, da mesma obra:
“[...] A imensa
fornalha atômica estava habilitada a receber as sementes da vida e, sob o
impulso dos Gênios Construtores, que operavam no orbe nascituro, vemos o seio
da Terra recoberto de mares mornos, invadido por gigantesca massa viscosa a
espraiar-se no colo da paisagem primitiva.
Dessa geléia
cósmica, verte o princípio inteligente, em suas primeiras manifestações...
Trabalhadas, no
transcurso de milênios, pelos operários espirituais que lhes magnetizam os
valores, permutando-os entre si, sob a ação do calor interno e do frio
exterior, as mônadas celestes exprimem-se no mundo através da rede filamentosa
do protoplasma de que se lhes derivaria a existência organizada no Globo
constituído.
Séculos de atividade
silenciosa perpassam, sucessivos...
NASCIMENTO DO REINO
VEGETAL – Aparecem os vírus e, com eles, surge o campo primacial da existência,
formado por nucleoproteínas e globulinas, oferecendo clima adequado aos
princípios inteligentes ou mônadas fundamentais, que se destacam da substância
viva, por centros microscópicos de forças positiva, estimulando a divisão
cariocinética.
Evidenciam-se, desde
então, as bactérias rudimentares, cujas espécies se perderam nos alicerces
profundos da evolução, lavrando os minerais na construção do solo, dividindo-se
por raças e grupos numerosos, plasmando, pela reprodução assexuada, as células
primevas, que se responsabilizariam pelas eclosões do reino vegetal em seu
início.
Milênios e milênios
chegam e passam...”
Uma
teoria, elaborada há alguns anos e seriamente considerada por muitos cientistas
ao redor do mundo, parece nos remeter ao Fluido Cósmico Universal.
O
Professor de Física da Universidade de Columbia Brian Greene, em uma
entrevista à revista Época, edição de 9 agosto de 2004, resumiu o que seria a teoria
das cordas:
“A
teoria das cordas materializa o
sonho de Albert Einstein de criar uma teoria única para explicar o Universo. No
século XX, a Ciência desenvolveu duas teorias que funcionam como pilares da
Física.
•
A teoria geral da
relatividade, criada por Einstein, explica como a gravidade opera em
grandes dimensões, emestrelas e galáxias.
•
Já a mecânica quântica explica
como as leis da Física operam no extremo oposto, nas subpartículas atômicas.
Durante
várias décadas, essas duas teorias só funcionavam nos próprios campos, o
pequeno e o grande. Quando cientistas tentavam juntá-las - o que é
indispensável, por exemplo, para entender o que se passa no centro de um buraco negro -, as equações se estilhaçavam.
As supercordas surgiram como uma nova e fundamental entidade, a base
para tudo o que existe no Universo. Já faz algum tempo que conhecemos os átomos
e também as partículas_subatômicas, como os elétrons, que giram ao redor dos núcleos, e os prótons, que
integram o núcleo dos átomos. Conhecemos também algumas partículas
subnucleares, como os quarks, que habitam os nêutrons e prótons. Mas é aí que o
conhecimento convencional empaca. A teoria
das supercordas diz que existe algo menor e mais fundamental: dentro
dos quarks, da mais ínfima partícula subatômica, existe um filamento de
energia que vibra como as cordas de um violino. E são os diferentes
padrões de vibração dessas cordas que determinam a natureza de diferentes tipos
de subpartículas. Isso permitiria unificar a teoria geral da relatividade com a
mecânica quântica.”
A figura abaixo ilustra bem a teoria das cordas:
A figura abaixo ilustra bem a teoria das cordas:
Fonte da imagem: http://phylos.net/formato_livro/fisica/cosmologia/problemas-modelo-padrao/
Clicando
AQUI, você assiste a uma palestra de Brian Greene que,
utilizando-se de uma linguagem simplificada, explica a teoria das cordas.
Os
Espíritos puros seriam, assim, capazes de fazer vibrar estas cordas (fluido
cósmico) no padrão correto, criando as mais diversas partículas do mundo
material e do mundo espiritual. Em seguida criaram, e até hoje criam, os
diversos mundos que servem de verdadeiras escolas para o aperfeiçoamento
intelecto-moral dos Espíritos.
O Universo seria, assim, uma
verdadeira sinfonia composta pelas inteligências celestiais, sob as ordens de
Deus.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
KARDEC, Allan. O céu e o inferno ou a justiça divina segundo o Espiritismo. FEB. Versão digital por: ERY LOPES © 2007
XAVIER,
Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo; André Luiz (Espírito). Evolução em
dois mundos. FEB. [1958];
ENDEREÇOS ELETRÔNICOS CONSULTADOS:
http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT791042-1666-1,00.html
http://www.guia.heu.nom.br/teoria_das_cordas.htm
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