Fonte da imagem: http://atriomental.blogspot.com.br/2012/02/carnaval-decadencia-da-moral-humana.html
Fábio José Lourenço Bezerra
Conforme já tratamos
no texto “Os Espíritos Influenciam Nossas Vidas?”,
neste blog, os Espíritos desencarnados são atraídos pelos nossos pensamentos,
podendo simpatizar-se com nossos gostos e comportamentos. Aqueles que ainda não
se desapegaram dos vícios enquanto estavam encarnados, como pelo álcool, as
drogas, o sexo desregrado, etc., podem juntar-se a nós e nos estimular à
prática desses vícios mais e mais, para que eles, através de nós, possam
desfrutar desses maus hábitos, levando-nos a caminhos muitas vezes tenebrosos e, até mesmo, criminosos. O mesmo acontece no
carnaval, onde muitas pessoas procuram cometer todo tipo de excessos.
O carnaval, em si, é uma bonita
manifestação cultural, quando tiramos os exageros e a apelação à sexualidade. O
problema é a intenção daqueles que participam da festa, e as tentações a que
ficam expostas. Nessa época, uma massa de desencarnados viciosos mistura-se aos
foliões, criando uma pesada psicosfera em torno dos focos de folia. Aquelas
pessoas que, durante a folia, não mantiverem pensamentos equilibrados, podem
sofrer péssimas influências.
Abaixo, transcrevemos um texto psicografado
por Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Manoel
Philomeno de Miranda, extraído da obra “Entre os Dois
Mundos”, Capítulo 4, que trata justamente da atuação desses Espíritos
durante o carnaval:
(...). Em face dos desconcertos
emocionais que os exageros festivos produzem nas criaturas menos cautelosas, há
uma verdadeira infestação espiritual perturbadora da sociedade terrestre,
quando legiões de Espíritos infelizes, ociosos e perversos, são atraídas e
sincronizam com as mentes desarvoradas. Nesse período instalam-se inumeráveis
obsessões coletivas que entorpecem multidões, dizimam existências, alucinam
valiosos indivíduos que se vinculavam a formosos projetos dignificadores.
A seguir, convocou-nos a visitar uma
das capitais brasileiras próxima, na qual a explosão de alegria popular, num
denominado festival de verão, era ampliada pelo abuso do álcool, das drogas e
do sexo desvairado. Imediatamente vimo-nos em movimentada artéria praiana,
feericamente adornadas, na qual centenas de milhares de pessoas entregavam-se
ao desbordar das paixões. A música ensurdecedora atordoava a massa
informe, compacta e suarenta que se agitava ao ritmo alucinante, enquanto era
estimulada por especialistas na técnica de agitação popular.
Acurando a vista, podia perceber que, não obstante a iluminação forte,
pairava uma nuvem espessa onde se agitava outra multidão, porém, de
desencarnados, mesclando-se com as criaturas terrestres de tal forma permeada,
que se tornaria difícil estabelecer fronteiras delimitadoras entre uma e outra
faixa de convivência. A nudez predominava em toda parte, os movimentos sensuais
e eróticos dos corpos com abundante transpiração exsudavam o forte cheiro das
drogas ingeridas ou injetadas, produzindo estranho quanto desagradável odor às
nossas percepções.
No pandemônio natural que se fazia,
esses espíritos, perversos uns, exploradores outros, vampirizadores em número
expressivo, exploravam seus dependentes psíquicos em lamentável promiscuidade,
submetendo-os a situações deploráveis e a prazeres grosseiros que nos chocavam,
apesar da nossa larga experiência em relação a conúbios dessa ordem... Eu
imaginava, como é possível que o ser humano destes formosos dias de cultura, de
ciência e de tecnologia, se permitiam tantas sensações selvagens e
irresponsáveis!
O desfile parecia não ter fim, sempre
aturdido pelos conjuntos musicais de textura primitiva, que os hipnotizavam,
impedindo o discernimento. Era compreensível que se permitissem todos os tipos
de lascívia e de perversão, já que a multidão era um corpo uniforme, no qual as
pessoas não dispunham de espaço para a livre movimentação, ensejando a confusão
dos sentidos e a mescla absurda dos atritos físicos.
Tratava-se, porém, do culto à deusa Folia, numa enxurrada física e
psíquica das mais vulgares e pervertidas, em cujo prazer todos entregavam-se ao
olvido da responsabilidade, ao afogamento das mágoas e à liberação das paixões
primitivas. Jovens e adultos pareciam haver perdido o direcionamento da razão,
deixando-se enlouquecer pelo gozo exagerado, como se tudo ficasse centralizado
naquele momento e nada mais houvesse após.
Criminosos de várias classes
misturavam-se aos foliões esfuziantes e tentavam furtá-los, roubá-los,
agredindo-os com armas brancas, ao tempo em que psicopatas perversos
utilizavam-se da confusão para darem largas aos distúrbios que os assinalavam.
Altercações e brigas violentas, que culminavam em homicídios infelizes,
misturavam-se aos disparates da festa que não cessava, porque, naquela
conjuntura, a vida era destituída de significado e de valor.
Não saíra da perplexidade em que me
encontrava, quando o irmão Petitinga veio em meu auxílio, comentando:
- Passada a onda de embriaguez dos sentidos, os rescaldos da festa se
apresentarão nos corpos cansados, nas mentes intoxicadas, nas emoções
desgovernadas e os indivíduos despertarão com imensa dificuldade para
adaptar-se à vida normal, às convenções éticas, necessitando prosseguir na
mesma bacanal até a consumpção das energias.
“Amolentados pelas extravagâncias,
saudosos da luxúria desmedida e ansiosos por novos acepipes, tentarão
transformar todas as horas da existência no delírio a que ora se entregam...
Tentarão investir todos os esforços para que se repitam os exageros, e porque
as loucuras coletivas fazem-se com certa periodicidade e eles dependem desse
ópio para esquecer-se de si mesmos, passam a viver exclusivamente o
dia-a-dia do desequilíbrio em pequenos grupos, nos barzinhos, nos guetos e
lugares promíscuos, nos subterrâneos do vício onde se desidentificam com a
vida, com o tempo e com o dever.
“Tornando insuportável a situação de cada uma dessas vítimas voluntárias
do sofrimento futuro, os parasitas espirituais que se lhes acoplam, os
obsessores que os dominam, explorando suas energias, atiram-nos aos abismos da
luxúria cada vez mais desgastante, do aviltamento moral, da violência, a fim de
mantê-los no clima próprio, que lhes permite a exploração até a exaustão de
todas as forças.”
“É muito difícil, no momento,
estancar-se a onda crescente da sensualidade, do erotismo, da depravação nas
paisagens terrenas, especialmente em determinados países. Isto porque, as
autoridades que governam algumas cidades e nações, com as exceções
compreensíveis, estão mais preocupadas com a conquista de eleitores para os
iludir, do que interessadas na sua educação.
"A educação, que liberta da ignorância,
desperta para o dever e a conscientização das massas, não sendo de valor para
esses governantes, porque se o povo fosse esclarecido os desapeava do poder de
que desfrutam, em face da claridade mental e do discernimento. Reservam então
altas verbas para serem aplicadas no desperdício moral, disfarçando as doações
sob a justificativa de que se trata de utilização para o lazer e a recreação,
quando estes são opostos aos exageros dos sentidos físicos. Mais recentemente,
foram encontradas outras explicações para a legalização das bacanais públicas,
sob os holofotes poderosos da Mídia, como sejam as do turismo, que deixa lucros
nas cidades pervertidas e cansadas de luxúria."
É certo que atraem os turistas, alguns
para observar os estranhos comportamentos das massas, que têm em conta de
subdesenvolvidas, de atrasadas, de primitivas, permanecendo em camarotes de
luxo, como os antigos romanos contemplando as arenas festivas, nas quais os
assassinatos legais misturavam-se às danças, às lutas de gladiadores e ao
teatro fescenino... Outros, para atenderem aos próprios tormentos, malcontidos,
que podem ser liberados com total permissão, durante os festejos incomuns. E
outros, porque necessitam de carnes novas para o comércio sexual, especialmente
se está recheado de crianças vendidas por exploradores hábeis e pais
infelizes."
“Por outro lado, os veículos de informação de massa exaltam o corpo,
fomentam as paixões sensoriais, induzindo as novas gerações e os adultos
frustrados ao deboche, ao fetiche das sensações, transformando a sociedade em
um grande lupanar."
“Não é do meu feitio entretecer
considerações que possam tornar-se críticas destrutivas, mas havemos de convir
que, sobreviventes que somos da morte, não podemos deixar de considerar que os
enganos foliões de hoje serão os desencarnados tristes de amanhã, queiramos ou
não, sendo de lamentar-se a situação na qual despertarão após a perda do corpo
físico.”
“Só a educação, em outras bases, quando
a ética e a moral renascerem no organismo social, irá demonstrar que para ser
feliz e para recrear-se, não se torna imperioso o vilipêndio do ser, nem a sua
desintegração num dia, esquecendo-se de sua eternidade”. Nesse comenos, o nosso
condutor convidou-nos para a primeira tarefa que se iniciara naquela cidade
mesmo, embora o som terrível e flagelador da música agressiva e da algazarra
dos seus aficionados.”
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
1 KARDEC,
ALLAN. O Livro dos Espíritos. Rio
de Janeiro : Editora FEB,1995.;
2 FRANCO, Divaldo Pereira; MIRANDA; Manoel
Philomeno de (Espírito). Entre os dois mundos.
É necessário olhar todos os lados da comemoração e não apenas o lado ruim ,ex : arte , alegria das pessoas , e uma das apresentações mais belas do mundo , esquecimento das coisas ruins e olhar o lado bonito da união de muitas pessoas e lembrando onde tem muitas pessoas reunidas acontecem coisas ruins como nas cidades , palestras, shows , etc....O que se deve falar , comentar é : orientar as pessoas para festa sadia como eu tive em toda a minha vida , pedir orientação a espíritos evoluídos e atualizados . Que assim seja ...
ResponderExcluirCaro anônimo,
ExcluirDe fato, como eu escrevi no início do texto, o carnaval, em si, é uma bonita manifestação cultural, quando tiramos os exageros e a apelação à sexualidade. O problema é a intenção daqueles que participam da festa, e as tentações a que ficam expostas. Quem conseguir, como você, brincar o carnaval em harmonia de pensamentos, curtindo a música, a alegria e as manifestações culturais, sem exageros de nenhuma espécie, é muito válido. O problema é que, para muitas pessoas, o carnaval está associado à permissividades de todos os tipos, como a promiscuidade sexual, a alcoolatria e a violência. O lema do carnaval, para essas pessoas, é "tudo é permitido". Isso gera uma pesada psicosfera nos focos de folia. Quem for propenso a algum dos excessos supracitados e fraquejar na vigilância íntima, será arrastado pelas influências espirituais animalescas do ambiente.
Abraços fraternos