segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

REENCARNAÇÃO: IGUALDADE ENTRE OS SEXOS, RAÇAS, CLASSES SOCIAIS, CULTURAS E CRENÇAS PERANTE DEUS, E FONTE DA LIBERDADE DO ESPÍRITO



Fonte da imagem: http://www.educarbrasil.org.br/publicacoes/diversidade-cultural-e-educacao/



Fábio José Lourenço Bezerra

           O Espírito, em sua jornada evolutiva (ver o texto “Evolução: A Jornada do Espírito”, neste blog), passa por diversas encarnações no mundo material, com a finalidade de adquirir experiência e, como consequência, sua perfeição intelecto-moral. Nesse processo, ele se reveste de corpos materiais de ambos os sexos, raças, nas mais diversas culturas e adota as mais diferentes crenças. Isso sem falarmos nas mais diferentes situações por que passam durante essas vidas: a riqueza, a pobreza, a saúde, beleza física ou ausência dela, diferentes doenças e gêneros de morte, seus e de pessoas de sua afeição. Imagine a bagagem intelecto-emocional adquirida por este Espírito, submetendo-se a esses tão diferentes contextos!
Uma vez que Deus é soberanamente justo, trata de forma igual todos os seus filhos, sem distinção de qualquer tipo. A reencarnação é uma demonstração disso. Sem ela, como explicar que existam pessoas sofrendo na miséria ao lado de outras que vivem na opulência? Umas já nascem com terríveis doenças congênitas, enquanto outras passam toda uma vida cheias de saúde? Gênios ao lado de pessoas de pouca inteligência? Só as vidas sucessivas, juntamente com a Lei de Causa e Efeito, podem explicar essas aparentes injustiças (ver o texto “Por que Devemos Fazer o Bem? neste blog).
Uma das consequências da reencarnação é a igualdade entre os sexos e as raças. Estando hoje o Espírito encarnado no corpo de um homem, pode vir a reencarnar como mulher; se hoje é branco, amanhã poderá ser negro. Uma vez que se toma consciência disso, tem-se um poderoso motivo para abandonar-se os preconceitos de sexo e raça, que ainda persiste no mundo em pleno século XXI. O mesmo ocorre com as classes sociais, pois alguém pode ser rico hoje, e numa próxima vida pode, até mesmo, nascer na extrema miséria.
Quanto às culturas, torna-se sem fundamento discriminar alguém por nascer em determinado país, pois o Espírito poderá renascer em qualquer um, dependendo do que seja necessário para seu aprendizado. Como consequência disso, faz parte de famílias que adotam os mais diferentes tipos de culturas e crenças e, devido à essa influência, pode vir a adotar qualquer uma delas.
O ensinamento essencial, comum à praticamente todas as religiões, mesmo as não cristãs, é amar ao próximo como a si mesmo, ou seu equivalente: não desejar ao próximo o que não se quer para si (ver o texto “Por Que Devemos Fazer o Bem ?, neste blog). Ocorre que, ao longo dos séculos, muitas delas deixaram esse ensinamento em segundo plano, sobrepondo a ele dogmas e rituais.
A finalidade da reencarnação é, justamente, a evolução moral do Espírito, a ponto de, ao final da jornada, ser capaz de amar incondicionalmente o seu semelhante, juntamente com o pleno desenvolvimento intelectual. Algo, diga-se de passagem, impossível de se alcançar em uma só vida. Consequentemente, o Espírito não depende da adoção de uma crença particular para alcançar o paraíso, ou seja, entrar em comunhão com Deus e evitar os suplícios eternos do inferno (como pregam certas doutrinas). Ora, se sofrer eternamente ou não após a morte depende da adoção de determinada crença, então porque várias pessoas, diariamente, morrem sem nada conhecer da mesma? (por exemplo, um indiano que nunca ouviu sequer falar de Jesus) E os milhões que morreram no passado sem conhecê-la? Caso sejam salvos porque não conheceram essa crença, porque este privilégio, enquanto outros são apresentados a ela, arriscando-se a não aceitá-la? Se não são salvos, porque então nasceram impossibilitados de conhecê-la? Estariam destinados à condenação desde o momento do seu nascimento; Se Deus é bom, então porque ele não daria mais oportunidades para arrependimento, antes de jogar seu filho em um suplício eterno? Se alguém, por exemplo, viveu 20 anos e não adotou a crença supracitada, morrendo e indo para o inferno, será que se pudesse ter vivido até os 100 anos (como muitos vivem atualmente), durante os 80 anos restantes não poderia ter se arrependido e, assim, ganho o céu? E enquanto arde no inferno, será que também aí não poderia se arrepender? Se sim, então porque Deus não lhe daria uma chance?
Evidentemente que, se Deus é infinitamente bom, Ele dá infinitas oportunidades para que os seus filhos venham a habitar o seu seio. Entrar em comunhão com Deus depende da vontade e da iniciativa de progredir do Espírito, sendo este livre para estacionar ou avançar na senda do progresso por seu próprio esforço, e a lei fundamental da evolução espiritual é o exercício do amor.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
                          
1 KARDEC, ALLAN. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro : Editora FEB,1995.;

2_______________ . O Evangelho segundo o Espiritismo. São Paulo : Editora Petit, 1997.;

3________________.A Gênese: Os milagres e as predições segundo o Espiritismo. Rio de Janeiro: Editora FEB, 1988.

Nenhum comentário:

Postar um comentário