Fonte da imagem: http://oblogdosespiritas.blogspot.com.br/2012/02/quem-seria-o-meu-espirito-protetor.html
Fábio José Lourenço Bezerra
Dando
continuidade ao nosso texto “Os Espíritos Influenciam Nossas Vidas?”,
neste blog, vamos tratar da atuação dos bons Espíritos durante o transcurso de
nossas existências. Vejamos o que escreveu Allan Kardec em sua obra “O
Evangelho Segundo o Espiritismo”, no Capítulo XXVIII, parte II:
“Todos temos, ligado a nós, desde o
nosso nascimento, um Espírito bom, que nos tomou sob a sua proteção.
Desempenha, junto de nós, a missão de um pai para com seu filho: a de nos
conduzir pelo caminho do bem e do progresso, através das provações da vida. Sente-se
feliz, quando correspondemos à sua solicitude; sofre, quando nos vê sucumbir.
Seu nome pouco importa, pois bem pode
dar-se que não tenha nome conhecido na Terra. Invocamo-lo, então, como nosso
anjo guardião, nosso bom gênio. Podemos mesmo invocá-lo sob o nome de qualquer
Espírito superior, que mais viva e particular simpatia nos inspire.
Além do Anjo guardião, que é sempre um
Espírito superior, temos Espíritos protetores que, embora menos elevados, não
são menos bons e magnânimos. Contamo-los entre amigos, ou parentes, ou, até,
entre pessoas que não conhecemos na existência atual. Eles nos assistem com
seus conselhos e, não raro, intervindo nos atos da nossa vida.”
“[...] Deus, em o nosso anjo guardião,
nos deu um guia principal e superior e, nos Espíritos protetores e familiares,
guias secundários. Fora erro, porém, acreditarmos que forçosamente, temos um
mau gênio ao nosso lado, para contrabalançar as boas influências que sobre nós
se exerçam. Os maus Espíritos acorrem voluntariamente, desde que achem meio de assumir
predomínio sobre nós, ou pela nossa fraqueza, ou pela negligência que ponhamos
em seguir as inspirações dos bons Espíritos. Somos nós, portanto, que os
atraímos. Resulta desse fato que jamais nos encontramos privados da assistência
dos bons Espíritos e que de nós depende o afastamento dos maus. Sendo, por suas
imperfeições, a causa primária das misérias que o afligem, o homem é, as mais
das vezes, o seu próprio mau gênio.
A prece aos anjos guardiães e aos
Espíritos protetores deve ter por objeto solicitar-lhes a intercessão junto de
Deus, pedir-lhes a força de resistir às más sugestões e que nos assistam nas
contingências da vida.”
E
Allan Kardec fez constar, sobre o assunto, a seguinte comunicação dos Espíritos
Superiores na obra “O Livro dos Espíritos”, no Capítulo IX, na resposta da
pergunta Nº 495:
“É uma doutrina, esta, dos anjos
guardiães, que, pelo seu encanto e doçura, devera converter os mais incrédulos.
Não vos parece grandemente consoladora a idéia de terdes sempre junto de vós
seres que vos são superiores, prontos sempre a vos aconselhar e amparar, a vos
ajudar na ascensão da abrupta montanha do bem; mais sinceros e dedicados amigos
do que todos os que mais intimamente se vos liguem na Terra? Eles se acham ao
vosso lado por ordem de Deus. Foi Deus quem aí os colocou e, aí permanecendo
por amor de Deus, desempenham bela, porém penosa missão. Sim, onde quer que
estejais, estarão convosco. Nem nos cárceres, nem nos hospitais, nem nos
lugares de devassidão, nem na solidão, estais separados desses amigos a quem
não podeis ver, mas cujo brando influxo vossa alma sente, ao mesmo tempo que
lhes ouve os ponderados conselhos.”
“Ah! se conhecêsseis bem esta verdade!
Quanto vos ajudaria nos momentos de crise! Quanto vos livraria dos maus
Espíritos! Mas, oh! quantas vezes, no dia solene, não se verá esse anjo
constrangido a vos observar: ‘Não te aconselhei isto? Entretanto, não o
fizeste. Não te mostrei o abismo? Contudo, nele te precipitaste! Não fiz ecoar
na tua consciência a voz da verdade? Preferiste, no entanto, seguir os conselhos
da mentira!’ Oh! interrogai os vossos anjos guardiães; estabelecei entre eles e
vós essa terna intimidade que reina entre os melhores amigos. Não penseis em lhes
ocultar nada, pois que eles têm o olhar de Deus e não podeis enganá-los. Pensai
no futuro; procurai adiantar-vos na vida presente. Assim fazendo, encurtareis
vossas provas e mais felizes tornareis as vossas existências. Vamos, homens,
coragem! De uma vez por todas, lançai para longe todos os preconceitos e idéias
preconcebidas.Entrai na nova senda que diante dos passos se vos abre. Caminhai!
Tendes guias, segui-os, que a meta não vos pode faltar, porquanto essa meta é o
próprio Deus.”
“Aos que considerem impossível que
Espíritos verdadeiramente elevados se consagrem a tarefa tão laboriosa e de
todos os instantes, diremos que nós vos influenciamos as almas, estando embora
muitos milhões de léguas distantes de vós. O espaço, para nós, nada é, e, não
obstante viverem noutro mundo, os nossos Espíritos conservam suas ligações com
os vossos. Gozamos de qualidades que não podeis compreender, mas ficai certos
de que Deus não nos impôs tarefa superior às nossas forças e de que não vos
deixou sós na Terra, sem amigos e sem amparo. Cada anjo de guarda tem o seu
protegido, pelo qual vela, como o pai pelo filho. Alegra-se, quando o vê no bom
caminho; sofre, quando ele lhe despreza os conselhos.”
“Não receeis fatigar-nos com as vossas
perguntas. Ao contrário, procurai estar sempre em relação conosco. Sereis assim
mais fortes e mais felizes. São essas comunicações de cada um com o seu
Espírito familiar que fazem sejam médiuns todos os homens, médiuns ignorados
hoje, mas que se manifestarão mais tarde e se espalharão qual oceano sem
margens, levando de roldão a incredulidade e a ignorância. Homens doutos,
instruí os vossos semelhantes; homens de talento, educai os vossos irmãos. Não
imaginais que obra fazeis desse modo: a do Cristo, a que Deus vos impõe. Para
que vos outorgou Deus a inteligência e o saber, senão para os repartirdes com
os vossos irmãos, senão para fazerdes que se adiantem pela senda que conduz à
bem-aventurança, à felicidade eterna?”
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1 KARDEC, ALLAN. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro :
Editora FEB,1995.;
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