O Espírito Katie King materializado, sendo examinado por um cientista
Fonte da imagem: http://www.forumespirita.net/fe/o-livro-dos-espiritos/jesus-espirito-encarnado-ou-materializado/30/#.UTvjURw9-6M
Fábio José Lourenço Bezerra
No nosso texto anterior “O
Início do Espiritismo Parte 2 –A Codificação” e “Os
Mortos Voltam Para Contar?”, neste blog, descrevemos o método,
utilizado por Allan Kardec (ver o texto “Quem
Foi Allan Kardec?”, neste blog), para codificar o Espiritismo.
Selecionou, organizou e classificou inúmeras comunicações dadas por diversos
Espíritos, obtidas por diferentes médiuns, de várias partes do mundo, na
presença dele ou de pessoas de sua inteira confiança. Considerou apenas aquelas
que não feriam a lógica e eram concordantes entre si. Durante esse processo,
obteve comunicações de Espíritos de grande inteligência e saber, os Espíritos
Superiores, que lhe transmitiram os princípios da Doutrina Espírita (Ver o
texto “Os
Princípios Básicos do Espiritismo” e “Evolução:
A Jornada do Espírito”, neste blog). Eles próprios passaram a
orientar e supervisionar o trabalho, revelando a Kardec que ele encarnara com a
missão de esclarecer os homens, de forma racional, sobre a sua verdadeira natureza, a espiritual, através da ampla divulgação do Espiritismo.
Disseram a ele que a humanidade chegara a um estágio intelectual tal que lhes
permitia transmitir ensinamentos de forma mais clara e direta. O principal
fruto desse trabalho foi a publicação de “O
Livro dos Espíritos”, contendo os ensinamentos dos Espíritos Superiores
e as conclusões de Kardec. Aprofundando os temas abordados na obra citada,
Kardec publicou vários outros livros, além de uma revista. Fundou também a
Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, para dar continuidade a seus estudos.
3________________.A Gênese: Os milagres e as predições segundo o Espiritismo. Rio de Janeiro: Editora FEB, 1988.
O Espiritismo é progressista, conforme essas palavras do
codificador: “O
Espiritismo, avançando com o progresso, jamais será ultrapassado, porque, se
novas Descobertas lhe demonstrarem que está em erro acerca de um ponto, ele se
modificará nesse ponto; se uma verdade nova se revelar, ela a aceitará."
Acontece que, além dos impressionantes fatos que ocorreram
antes e durante a codificação (ver “O
Início do Espiritismo Parte 2 – A Codificação”, neste blog), muitos
outros, de diferentes categorias, vieram para confirmar os princípios que os
Espíritos nos legaram. Estes fatos, como peças de um quebra-cabeças, ao se
juntarem, revelam, de forma bastante clara, o que afirmamos.
A existência de um propósito para nosso universo e,
consequentemente, a existência de Deus, foi sendo verificada à medida em que o
homem desenvolveu a ciência, através da fabricação de instrumentos de
observação da natureza cada vez mais precisos.
Descobriu as partículas subatômicas e suas propriedades.
Mudou, de forma radical, o seu conceito de tempo, espaço e matéria.
Viu que o Universo possui vários bilhões de galáxias, tendo
surgido de uma explosão de matéria e energia superconcentrada há cerca de 13 bilhões
de anos atrás (o Big Bang).
As descobertas da ciência, até nossos dias, confundiram os
cientistas ateus (aqueles que professam o credo de ter o universo, os planetas,
a vida, surgido por mero acaso, fruto de combinações aleatórias da matéria e
das forças físicas da natureza), e estes, perplexos, ficaram apenas a
especular, tentando procurar uma saída para o seu ateísmo: analisando-se os
dados obtidos até hoje, salta aos olhos ter o universo um propósito: dar origem
e abrigar a vida. Uma vasta série de "coincidências", desde o Big
Bang até o momento presente, permitiram o surgimento da vida em suas expressões
mais complexas, e da consciência, apesar das enormes probabilidades em
contrário. A ciência chama isto de o Princípio Antrópico.
Com o decorrer do tempo, nosso Universo está sofrendo uma
expansão. Contudo, se a intensidade da gravidade fosse um pouquinho maior, ele
se contrairia, sofrendo um colapso, não deixando tempo para que a vida se
desenvolvesse. Sendo fraca demais, ocorreria a expansão, porém não se formariam
estrelas ou galáxias para abrigar a vida.
A lista de "coincidências" é enorme. Como
exemplos, temos:
· Caso a força elétrica entre elétrons
diferisse um pouco, a vida como a conhecemos não seria possível;
· O próton (partícula do núcleo do átomo) e
sua estabilidade;
· A existência de elementos
químicos mais pesados (como o carbono, base da vida como a conhecemos);
· O tamanho das estrelas.
Enfim, tudo no universo mostra uma fina sintonia para o
surgimento da vida em suas formas mais complexas. Água e moléculas orgânicas,
por exemplo, são comuns no universo.
O próprio surgimento da vida, com toda a sua sofisticada
organização e imensa complexidade (principalmente a nível molecular), bem como
sua evolução, até hoje, são enigmas. Para evoluir até o homem, ela passou por
misteriosos saltos evolutivos entre as espécies (o que pode ser demonstrado nas
numerosas lacunas nos registros fósseis da história da vida na Terra) que não
podem ser explicados pelo acaso. A esse respeito só existem teorias um tanto
especulativas, que contam com eventos aleatórios de baixíssima probabilidade,
baseadas no materialismo.
Um dos grandes cientistas do século XIX, tendo sido professor de Psiquiatria da Universidade de Turim e pesquisador dos fenômenos espíritas, Cesare Lombroso, em sua obra “Hipnotismo e Mediunidade”, no Capítulo XIII, nos diz:
“O fato de que em todos os tempos e em todos os povos esteve viva a crença em algo invisível, que sobrevive à morte do corpo, e que, sob o influxo de condições especiais, pode manifestar-se aos nossos sentidos, torna-nos propensos a aceitar a hipótese espiritista.
Que nossos mais antigos progenitores acreditavam, se não na imortalidade da alma, ao menos em sua existência temporária depois da morte, - é opinião comum dos antropólogos, os quais observam, com Figuier (na obra “L’Homme primitiff”), que os víveres, as lâmpadas, as armas, as moedas, os objetos de ornamento depositados, até nas épocas pré-históricas, nas tumbas, ao lado de cadáveres, mostram claramente a crença em uma vida futura.
E essa mesma crença nós a encontramos ainda junto de todos os povos selvagens, mesmo entre aqueles que têm de Deus uma idéia extremamente vaga, ou não na têm de maneira alguma”
E, na mesma obra e capítulo, o autor segue dando exemplos, alguns nós transcrevemos no texto "O Que São Médiuns - Parte 2", neste blog.
Ilustres cientistam, antes refratários a qualquer
possibilidade de vida após a morte, foram os mesmos que, após inúmeras e
rigorosas experiências, confirmaram a existência dos Espíritos, de suas
comunicações com os encarnados e do mundo espiritual (Ver o texto “Ilustres
Cientistas Confirmaram: A Alma Sobrevive à Morte”, neste blog).
Experiências recentes na Inglaterra, onde ocorreram
fenômenos mediúnicos semelhantes aos obtidos nas experiências acima citadas,
foram realizadas sob a fiscalização da rigorosa Society for Psichical Research,
de Londres (Ver o texto “Uma
Recente e Interessantíssima Pesquisa Sobre Fenômenos Espíritas”,
neste blog).
Temos o caso do mais famoso médium
brasileiro, Francisco Cândido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier. Tendo
psicografado mais de 400 livros e inúmeras cartas, por diversos Espíritos,
forneceu um volumoso conjunto de provas da sobrevivência. Em alguns de seus
livros, antecipou descobertas científicas que só seriam anunciadas muitos anos
depois, e em suas diversas cartas psicografadas, havia detalhes fornecidos
pelos falecidos, às vezes coisas muito íntimas, que só os parentes poderiam ter
conhecimento, consolando muitos familiares saudosos. Inclusive ocorreram casos
de cartas ditadas em outras línguas, desconhecidas do médium (ver o texto “Existe Vida Após a Morte?” neste blog). É fato digno de nota que Chico Xavier
vendeu mais de 50 milhões de exemplares dos seus livros, porém toda a renda foi
revertida para instituições de caridade, pois o médium fazia questão de
sobreviver apenas da sua aposentadoria como ex-funcionário do Ministério da
Agricultura, vivendo modestamente até seu desencarne. Como ele mesmo dizia: “Estas
obras não me pertencem. Pertencem aos Espíritos que as ditaram.”
Os Espíritos mostraram ser possível se comunicarem, com os
encarnados, através de equipamentos eletrônicos (ver o texto “Os Espíritos se Comunicam
Através de Equipamentos Eletrônicos ? Parte
1 e Parte
2, neste blog).
A reencarnação mostrou ser muito mais que uma mera crença
ou teoria, pela sua ampla confirmação através de inúmeras pesquisas
realizadas ao redor do mundo (Ver o texto “Fortes
Evidências da Reencarnação”, neste blog).
A transmissão do pensamento entre duas pessoas, através um
meio totalmente desconhecido pela ciência, foi amplamente demonstrada em
laboratório (Ver o texto “Transmissão
do Pensamento (Telepatia) é Amplamente Demonstrada em Laboratório”,
neste blog). Isso confirma o que os Espíritos nos disseram acerca da
comunicação entre os Espíritos, do Fluido Cósmico Universal, da matéria e
fluidos espirituais. Outro estudo recente demonstrou a existência desses
fluidos, que podem ser utilizados com fins terapêuticos (Ver o texto “O
Passe Espírita é Estudado Pela Universidade”, neste blog).
A independência da alma, relativamente ao cérebro, a
existência do corpo espiritual (Perispírito) e o fenômeno de afastamento
deste corpo espiritual do corpo físico (desdobramento espiritual), mesmo
estando este ainda vivo, e da existência do mundo espiritual, foram
exaustivamente demonstrados. Isto se deu através de um estudo feito na USP com
deficientes mentais, de vários testemunhos, inclusive com registros históricos,
dos desdobramentos espirituais e inúmeros casos de um tipo especial deste, as
chamadas “Experiências de
Quase-Morte” (Ver os
textos “Terapia
Mediúnica Mostra-se Eficaz em Pesquisa na USP”, “O
Mundo Espiritual” e “As
Experiências de Quase-Morte”, neste blog).
Através de uma recentíssima pesquisa, demonstrou-se que a
mente do médium não é responsável pelas comunicações dadas pelos Espíritos
através da psicografia. Ou seja, as comunicações são mesmo dos desencarnados, e
não produto da imaginação e do raciocínio do médium (Ver o texto “Cientistas
Investigaram o Cérebro de Médiuns Durante a Psicografia – Com Resultados
Surpreendentes”, neste blog).
Os Espíritos da Codificação também nos disseram que a
origem dos Espíritos se encontra nos seres inferiores da Criação. Durante essa
fase, pode ser chamado de Princípio Inteligente, onde se individualiza, se
elabora e se ensaia para a futura vida como Espírito na espécie humana. Adquire,
no decorrer de várias existências em diferentes espécies de seres vivos, cada
vez mais inteligência e sensibilidade. Ocorre que, recentemente, cientistas
demonstraram que os animais têm consciência, ou seja, estados mentais, sentimentos, ações intencionais e
inteligência (ver o texto “Os Animais Possuem Alma?”, neste blog).
A Pluralidade dos Mundos Habitados está cada vez mais perto
de ser constatada, à medida em que se aperfeiçoam os instrumentos de observação
do espaço. Cientistas estimam que, só na nossa galáxia, existam bilhões de planetas com condições para abrigar a vida como a conhecemos, e já se especula a existência de vida em outros universos (ver o texto “A
Pluralidade dos Mundos Habitados 5 – Qual a Origem da Vida?”, neste
blog).
Como disse o Mestre Jesus: “Quem tiver olhos de ver, veja”.
BIBLIOGRAFIA
CONSULTADA:
1 KARDEC,
ALLAN. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro : Editora
FEB,1995.;
2_______________ . O Evangelho segundo o
Espiritismo. São Paulo : Editora Petit, 1997.;
3________________.A Gênese: Os milagres e as predições segundo o Espiritismo. Rio de Janeiro: Editora FEB, 1988.
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