segunda-feira, 26 de setembro de 2011

POR QUE SER ESPÍRITA?



Fonte da imagem: http://ceeem.org/category/espirita/


Fábio José Lourenço Bezerra

                No início deste texto, é útil fazermos o seguinte questionamento: porque adotamos uma determinada crença? O que buscamos com ela?
                Muitas vezes, aquilo que é chamado de fé nada mais é do que um refúgio, um bálsamo para abrandar os sofrimentos, tão abundantes em nosso mundo. Em muitos outros casos é dito: “Eu acredito porque me sinto bem com esta crença”. Outras vezes, alguém diz adotar determinada crença como quem coloca em si próprio um rótulo, para ter a aprovação da sociedade, quando, na verdade, nada crê, ou sequer existe interesse em se aprofundar nessa crença, ou tem outra crença, pouco compreendida e não aceita no meio em que vive, e teme divulgá-la e ser alvo do preconceito. Muitas vezes também, adotamos a crença que nossos pais, com todo o amor e carinho, nos transmitiram, e daí tememos contrariá-los, ainda que inconscientemente. Seria como um insulto a eles adotarmos outra crença.
                Os motivos acima expostos, claramente, demonstram um interesse, uma conveniência para aquele que diz crer. Tem fé porque precisa de fé, e não porque a convicção o levou a tê-la.
                Neste ponto, torna-se útil definirmos o caminho a ser seguido: nosso objetivo é a busca da verdade (ou, pelo menos, tentarmos nos aproximar dela), ou simplesmente adotar uma crença, como quem escolhe um time de futebol?
                Acreditar em algo que nos agrada, nos conforta e nos dá esperança, sem dúvida, é bastante desejável. Porém, se nossa crença não é bem embasada, não resistindo a uma análise mais detalhada, ficaremos expostos à decepção e à descrença. A menos, é claro, que fiquemos em um estado de alienação, fazendo vista grossa às falhas para as quais, porventura, alguém nos chame a atenção, ou que percebamos por nós mesmos. Ainda assim, no nosso íntimo, aquele sentimento de dúvida, um tanto incômodo, permanecerá.
                A fé de alguém também pode ser baseada na convicção pessoal, fruto de um forte sentimento de que aquilo que se crê é verdade. Contudo, este sentimento não é exclusivo apenas dos fiéis de uma determinada crença, e muitas são as crenças que existem ao redor do mundo, com os seus respectivos livros sagrados, considerados inquestionáveis pelos seus seguidores (por exemplo, a Bíblia Católica e a Protestante, o Alcorão, o Tao-Te-King, as Upanishads, os adotados pelas sociedades esotéricas, etc.). Mas, se os ensinamentos destas crenças são tão contraditórios entre si, e cada uma afirma ser a exclusiva detentora da verdade, como poderemos encontrar o “verdadeiro caminho”?
Afinal, qual crença estará correta? Que critério de escolha poderemos adotar neste caso?
Evidentemente, deveremos submetê-las a uma análise lógica, verificando em que se baseiam e procurando possíveis contradições em seus pontos fundamentais.
Será que a crença em análise explica ou, pelo menos, não se contradiz com o nosso mundo atual, em todas as sua nuances, bem como com tudo o que ocorreu no passado, isto é, com os dados históricos de que dispomos? É uma pergunta que, certamente, nos dará um bom direcionamento.
Também deveremos levantar fatos concretos, que possam comprovar aquilo que elas pregam.
É necessário nos colocarmos numa posição neutra, tanto quanto possível, afim de que fatores afetivos, ligados a determinada crença, não prejudiquem a nossa objetividade.
Aqui cabe um esclarecimento: temos plena consciência de que não é possível obter-se respostas de caráter absoluto, ainda que realizemos toda a análise supracitada.
Mesmo com todo o avanço científico e toda a investigação filosófica feita pelo homem, até os dias de hoje, ainda não se chegou a uma resposta, de caráter absoluto, para esta pergunta:
O que é a verdade? Ou, a pergunta equivalente: o que é a realidade?
Quando os cientistas acreditavam já saber de tudo, lá entre o final do século XIX e início do século XX, baseados na física clássica (ou newtoniana), que concebia um universo mecânico e previsível, como um mecanismo de relógio, depararam-se com um verdadeiro abismo sob seus pés, que os encheu de assombro e despedaçou-lhes o orgulho: a física quântica. Com ela, percebeu-se que o mundo subatômico, a base de toda a realidade que percebemos, é um mundo bizarro e imprevisível, baseado em probabilidades.
A física clássica mostrou-se uma aproximação útil, que muito auxiliou o desenvolvimento da tecnologia em muitas áreas, como na aviação, na astronáutica, na mecânica a nível macroscópico de uma forma geral, etc.. Contudo, não serve para descrever o universo em sua base fundamental, sua essência, origem de todos os fenômenos, que é o mundo subatômico, cujo domínio é da física quântica.
Vejamos, abaixo, dois exemplos do comportamento misterioso da matéria, estudados na física quântica:
  A nível subatômico, a matéria mais parece pensamento do que matéria! Aparentemente, conforme alguns experimentos fizeram supor (ver os experimentos de John Wheeler e Alan Aspect), este nível é afetado pela nossa observação consciente!  Por exemplo, no experimento de Wheeler, um elétron isolado tem dois caminhos possíveis para percorrer, o caminho A e o caminho B, tendo 50 % de possibilidade de percorrer A e 50 % de percorrer B. os percursos de A e B se cruzam no final. Quando se colocam detectores em um ou em ambos os caminhos, para registrar a passagem do elétron, este “escolhe” um dos caminhos para percorrer, A ou B. Porém quando retiramos os detectores e, dessa forma, não podemos registrar a passagem do elétron, este percorre ambos os caminhos simultaneamente , como se o elétron estivesse em dois lugares ao mesmo tempo! Como ambos os percursos se cruzam no final, o elétron interage com ele mesmo! Para título de comparação, seria como se surgisse ao meu lado, de repente, uma cópia de mim e ambos nos abraçássemos! Aparentemente, quando existem os detectores e, portanto, pode-se observar a passagem do elétron por um dos caminhos, este se comporta de forma “normal”, clássica, conforme as leis de Newton, que já estamos acostumados a observar com os objetos no nosso dia-a-dia. Porém, quando não é possível observá-lo (na ausência dos detectores), ele existe na forma das duas possibilidades, que interagem entre si. Ou seja, é necessário um observador consciente para transformar as duas possibilidades em uma única realidade!
Com um objeto macroscópico (por exemplo, uma cadeira, um bola de futebol, etc.), quando em movimento, sabendo sua posição inicial e velocidade, podemos obter, a todo instante, sua localização exata (conforme as leis da física clássica). Contudo, de uma partícula subatômica isolada, só podemos calcular as probabilidades de sua localização, pois ela forma uma “nuvem” com todas as possibilidades, co-existindo lado a lado, até que uma medição, uma observação consciente, determine o acontecimento de uma só possibilidade, que nem sempre é a mais provável. Ou seja, imprevisibilidade total, conforme o Princípio da Incerteza de Heisemberg.
 Duas partículas subatômicas (elétrons, por exemplo), estando inicialmente em contato, podem trocar informações entre si de forma instantânea, não importando a distância a que estejam afastadas uma da outra, se de centímetros ou de milhões de quilômetros. E isto sem nenhuma conexão física conhecida entre elas. Seria como se eu, aqui no Brasil, estalasse os dedos e alguém no Japão fizesse a mesma coisa no mesmo instante, sem nenhum meio de comunicação entre nós. Einstein chamou isso de “efeito fantasmagórico à distância”. Esse efeito, cuja existência é experimentalmente comprovada, e a respeito do qual a ciência ainda não tem nenhuma explicação, é hoje conhecido como Entrelaçamento Quântico.
 Grandes físicos, do passado recente e da atualidade, baseados nas evidências dessa nova física, simplesmente não se atreveram a emitir um juízo definitivo do que seja a realidade, admitindo poder, apenas, fazer conjecturas, especulações. As perguntas são em maior número que as respostas. Os dados científicos, obtidos até o momento, evidenciam que a essência por trás de tudo o que existe é muito maior, mais complexa e misteriosa do que a imaginação humana pode conceber.
Muitos outros mistérios da ciência intrigam os cientistas. Por exemplo, o surgimento do nosso universo e seu desenvolvimento até o estágio atual, sendo capaz de dar origem à vida e à consciência, apesar das imensas probabilidades em contrário. O próprio surgimento da vida, com toda a sua sofisticada organização e imensa complexidade (principalmente a nível molecular), bem como sua evolução, até hoje, são enigmas. A esse respeito só existem teorias um tanto especulativas, que contam com eventos aleatórios de baixíssima probabilidade, baseadas no materialismo (Ver o texto “Deus existe?” neste blog).
O próprio materialismo, tão adotado por grande parte dos cientistas da atualidade, não passa de mera crença, sem nada que a prove (aliás, podemos dizer que existem muitas evidências contrárias a essa crença, como veremos adiante). É o materialismo promissor: acreditam que, num futuro indeterminado, descobrirão variáveis ocultas na natureza, que explicarão toda a estranheza da física quântica, aliás, qualquer tipo de fenômeno que contrarie seus dogmas, em termos materialistas.
Assim, uma vez que não podemos ter respostas absolutas para o que seja a verdade, só nos resta fazer o que está ao nosso alcance: tentar encontrá-la, ou aproximar-se dela, de forma relativa, baseando-nos no que conhecemos, até onde nossa imaginação pode ir e com o raciocínio lógico a nos guiar.
Tratado pelos meios de comunicação, na maioria das vezes, de forma sensacionalista, apenas com o interesse de atrair audiência, em abordagens rápidas e superficiais, o Espiritismo, em sua verdadeira essência e fundamentos, continua desconhecido por boa parte da população brasileira e mundial. Ele surgiu a partir do estudo de fenômenos que não se encaixam nas leis naturais conhecidas pela ciência oficial. Contudo, devemos lembrar que, conforme explicamos acima, o homem ainda está muitíssimo longe de ler todo o livro da natureza.
Em meados do século XIX, a partir dos Estados Unidos, passando pela França, Europa e o resto do mundo, espalhou-se como uma epidemia o fenômeno das “mesas girantes”, que consistia no movimento de objetos sem apoio visível. O nome “mesas girantes” veio do fato de os objetos mais utilizados serem mesas.  Estas giravam e moviam-se no ar sem apoio visível nenhum, respondendo com pancadas no chão às perguntas dos assistentes (inclusive formuladas mentalmente), através de códigos (por exemplo, recitava-se o alfabeto e uma pancada soava na hora em que se dizia determinada letra, anotando-a, e depois recomeçava, até formar palavras) causando espanto em todos. Durante muito tempo as “mesas girantes” foram o principal divertimento da sociedade européia da época, notadamente a parisiense. Além dos curiosos, os fenômenos também atraíram a atenção de muitos estudiosos e cientistas da época, que procuraram investigar o fenômeno.
Um dos investigadores supracitados, residente em Lyon, França, teve a sua atenção chamada para o fenômeno das “mesas girantes” através de um amigo, que o chamou para assistir a uma sessão. Era Allan Kardec, um homem de notável saber, principal discípulo do grande professor Pestalozzi.
 Inicialmente cético, Procurou verificar os fenômenos por si mesmo, indo assistir à primeira das inúmeras sessões mediúnicas em que esteve presente.
Depois de atento e minucioso exame, quando descartou a possibilidade de fraude, aventou a hipótese de os fenômenos serem dirigidos por um mecanismo mental inconsciente do médium e dos assistentes. Então, teve uma idéia: testar a força invisível com perguntas de alto teor cientifico e filosófico, algumas simples e diretas; outras, com real propósito de verificar se as respostas poderiam ser induzidas pela pessoa que pergunta. Para sua surpresa, as inteligências não se deixavam influenciar pelo interlocutor, dando respostas inteligentes, ricas de lógica e conhecimentos. 
As inteligências por trás do fenômeno informaram que eram Espíritos, nada mais sendo que almas de homens que, um dia, viveram na Terra.
Kardec fez perguntas para os Espíritos através de diferentes médiuns, em locais diferentes e distantes entre si.
Após receber as respostas dadas pelos Espíritos,  juntou a elas as respostas dadas a perguntas feitas por pessoas de sua inteira confiança, realizadas antes mesmo que ele iniciasse suas pesquisas. Ao analisá-las, observou que uma enorme parte delas convergia, isto é, não se contradiziam,  e eram igualmente inteligentes e ricas em conteúdo intelectual, muito acima, aliás, da capacidade e conhecimentos dos médiuns e de seus assistentes. Selecionou então as perguntas cujas respostas não feriam a lógica e eram coerentes entre si. São estas perguntas que fazem parte de "O Livro dos Espíritos". Neste livro, organizado por Kardec com a supervisão dos Espíritos, constam os princípios fundamentais do Espiritismo, sendo sua primeira e principal obra (Ver o textoO Início do Espiritismo  Parte 2   A Codificação, neste blog).
Após isso, Kardec observou que o conteúdo das comunicações dos Espíritos ia sendo confirmado ao longo do tempo, através de diferentes médiuns, de centros espíritas sérios, localizados em várias partes do mundo. Cerca de mil centros (Ver o texto “Os Mortos Voltam Para Contar?”, neste blog).
Após Allan Kardec, muitas outras pesquisas vieram para confirmar a existência e os ensinamentos dos Espíritos. Estas foram realizadas em abundância na segunda metade do século XIX e início do século XX, de forma independente, por cientistas de grande importância na época. Boa parte deles, diante das fortíssimas evidências que tinham diante de si, tornaram-se convictos da sobrevivência da alma, apesar de, antes dessas pesquisas, serem céticos (como exemplos, temos William Crookes, Cesare lombroso, Alfred Russel Wallace, Charles Richet, William Barret e Gustave Geley, além de muitos outros. Ver o texto "Ilustres Cientistas Confirmaram: A Alma Sobrevive à Morte", neste blog).
Diversos outros pesquisadores, durante todo o século XX, também de forma independente, realizaram pesquisas neste campo, chegando às mesmas conclusões, inclusive verificando fortes evidências da reencarnação (ver os textos Fortes Evidências da Reencarnação” e “Existe Vida Após a Morte?, neste blog).

Os fenômenos estudados pelos pesquisadores supracitados foram os mais variados:

·         Experiências de contato com Espíritos por indivíduos em estado sonambúlico;
·         Relatos de sonhos significativos;
·         Visões de Espíritos no leito de morte;
·         Manifestações físicas e intelectuais e aparições de Espíritos, com propósito ou genéricas;
·         Relatos indicativos de reencarnação (através de lembranças espontâneas de vidas anteriores, geralmente em crianças, e de um processo, atualmente muito utilizado com fins terapêuticos, que é a Técnica de regressão de memória a vidas passadas);
·         Relatos de Experiências de Quase-Morte;
·         Relatos de saída consciente do corpo (desdobramento espiritual);
·         Materializações de Espíritos obtidas por Mediunidade;
·         Provas através de equipamentos eletrônicos (transcomunicação instrumental).
Ao estudar a reencarnação, na Universidade Estadual do Colorado (EUA), em 1988, Albertson e Freeman, testando algumas hipóteses e contra-hipóteses, chegaram a conclusões semelhantes a outros pesquisadores , tendo estes utilizado métodos diferentes. Eles aplicaram estas hipóteses e contra-hipóteses aos vários estudos existentes sobre reencarnação, e também à gama de fenômenos paranormais conhecidos. Debruçando-se sobre a história da humanidade, as mais diversas religiões, filosofias, e os vários fenômenos paranormais, depararam-se com concordâncias precisas, ou seja, padrões, sobre reencarnação.

Abaixo estão os padrões identificados por estes dois pesquisadores*:

1. O ser humano consiste pelo menos em duas partes distintas: um corpo e um espírito.

2. O espírito é uma entidade não-física, existe e pode funcionar independente e à parte do domínio físico.

3. O espírito pode tomar decisões e escolhas acerca da sua situação, tanto em relação ao mundo físico quanto ao domínio espiritual, desde que não viole as leis causais básicas.

4. O espírito existe para sempre.

5. Alguns espíritos passam através de mais de uma vida biológica e estão associados sucessivamente com diferentes corpos físicos.

6. O espírito se separa do corpo físico após sua morte.

7. O espírito junta-se ao corpo físico, no processo do nascimento.

8. O espírito conserva uma memória de todas as fases da sua existência prévia.

9. O espírito tem dois modos ou oportunidades de aprendizagem: experiências no mundo físico e experiências no domínio do espírito.

10. O espírito pode aprender os princípios teóricos básicos de viver no domínio espiritual e pode aprender a aplicação prática desses princípios no mundo físico.

11. Os pensamentos e ações do espírito numa vida terão consequências na sua escolha de circunstâncias para quaisquer vidas subsequentes.

12. O espírito escolhe cuidadosamente as circunstâncias iniciais - corpo, família, etc. - de uma vida física que iniciará.

13. Um espírito pode receber assistência, na decisão de reencarnar, de guias espirituais.

14. O objetivo principal da vida de um espírito é aprender e praticar o amor incondicional a todas as pessoas, incluindo a si próprio.

15. Enquanto no domínio espiritual, o espírito tem oportunidades de ajudar àqueles que se encontram no mundo físico.
16. Há vários níveis de existência espiritual, após a morte do corpo físico, onde o espírito pode habitar.

17. A situação de um espírito dum nível de existência espiritual, após a morte do seu corpo físico, dependerá da sua evolução na época da morte.

18. A evolução do espírito a qualquer momento, é determinada em grande parte, mas não totalmente, pelas suas ações e pensamentos passados.

19. O nível mais baixo da existência espiritual disponível para um espírito é um estado de ligação próximo à matéria.

20. Espíritos que penetram níveis mais elevados da existência espiritual após a morte do corpo físico, escolhem fazer isso com a assistência dos guias espirituais.

21. Num estado ligado à terra, isto é, desencarnado à espera de reencarnar de novo, um espírito pode encaixar-se numa das várias atividades, por exemplo:

a) ligação aos espíritos nos corpos.
b) esconder-se com medo do contacto com outros espíritos;
c) vaguear de lugar para lugar, tentando comunicar com espíritos que deixam os corpos físicos.

22. Nos níveis mais altos da existência espiritual, um espírito pode aprender os princípios de viver em qualquer dos templos da sabedoria (cidades espirituais), sob a proteção dos guias espirituais.

23. Os espíritos preferem a existência nos níveis mais altos do domínio espiritual do que a existência no plano da terra e escolhem retornar ao plano físico para poderem avançar em sua aprendizagem.


(* Extraído do livro Reencarnação: processo educativo. Autor: Adenáuer Marcos Ferraz de Novaes)

É impressionante como estes padrões coincidem com os ensinamentos do Espiritismo.

Contudo, na bibliografia de seu estudo, os pesquisadores não citaram nenhum livro de Allan Kardec ou mesmo as obras que complementam a Codificação espírita.  Isto serve como demonstração do caráter universal das teses espíritas, confirmadas pelas mais diferentes fontes, independentes entre si.

Além de todos os fatos e estudos que apóiam a veracidade de seus ensinamentos, o Espiritismo nos traz uma mensagem bastante confortadora e coerente, pois nos dá a esperança da vida futura. Iremos nos encontrar, mesmo após a morte, com aqueles que amamos, pois não os perderemos nem para o inferno, nem para o descanso eterno. Pois, mesmo errando, teremos infinitas possibilidades de melhorarmos e seguir adiante, rumo à perfeição, afinal, Deus é soberanamente bom.  
Nos tornamos mais fortes e confiantes diante das adversidades da vida, pois ele nos diz que o mundo em que estamos é, na verdade, uma escola, e se fizermos bem nossa lição, lutando contra nossas imperfeições, sendo casa vez mais generosos, humildes, tolerantes e desapegados da matéria, sairemos mais fortalecidos e experientes, sofrendo cada vez menos com as ilusões do mundo material.
As diferenças entre os homens: intelectuais, morais e situações de felicidade ou infelicidade material, são como as de estudantes em diferentes séries, uns mais adiantados que outros, cada qual fazendo as lições necessárias ao seu aprendizado particular. Um dia, todos se encontrarão no mesmo patamar, pois Deus é soberanamente justo.
Após percorremos as diversas cadeiras desta universidade que é a vida material, ou seja, muitas e variadas existências na matéria, estaremos diplomados, e habitaremos o seio de Deus, aptos a contribuir com seus desígnios de forma plenamente consciente. O grau de felicidade que teremos, ao executar suas ordens diretas, e ajudarmos nossos irmãos menos experientes, é incomensurável. O verdadeiro paraíso.

É por tudo isso que se é espírita.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

1 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro. FEB, 2001.
2_____________O Evangelho segundo o Espiritismo,  1997
 3 DOYLE, Arthur Conan. História do Espiritismo.
 4 STEVENSON, Ian. Vinte casos sugestivos de reencarnação.
5 WEISS, Brian L. Muitas vidas, muitos mestres, 1988.
6 WAMBACH, Helen. Recordando vidas passadas, 1978.
7 MOODY Jr., Raymond A. Vida depois da vida, 1979.
8 ANDRADE, Hernani Guimarães. Parapsicologia: uma visão panorâmica, 2002.
 9 WALLACE, Alfred Russel. O Aspecto científico do sobrenatural, 2003.
10 LIMA, Ronie. A Vida Além da Vida, 2005.
11 SOUTO MAIOR, Marcel. As Vidas de Chico Xavier, 2003.
12 GIBIER, Paul. As Materializações de Fantasmas, 2001.
13 GOSWAMI, Amit. A evolução criativa das espécies: uma resposta da nova ciência para as limitações da teoria de Darwin. São Paulo: Aleph, 2009. (Série Novo Pensamento).
14 KAKU, Michio. Mundos paralelos. Rio de Janeiro: Rocco, 2008.
15 NOVAES, Adenáuer Marcos Ferraz de. Reencarnação: processo educativo. Salvador:  Fundação lar harmonia, 2003;
16 CABRAL Jr, Euvaldo. Realidades invisíveis: uma investigação eletrônica. Harmonic science institute, 2009.

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS CONSULTADOS: