domingo, 29 de julho de 2012

UM DIA, O BEM REINARÁ NA TERRA? – PARTE 2




Fábio José Lourenço Bezerra

                Dando continuidade ao texto anterior Um Dia, O Bem Reinará na Terra?, neste blog, abaixo colocamos reportagens com vários exemplos das crianças que Divaldo Pereira Franco chama de Índigo e Cristal (ver a entrevista de Divaldo no texto anterior, que mencionamos acima). Claramente, são Espíritos que reencarnaram para dar origem a uma nova Era para a humanidade, e que contribuirão na transição de nosso planeta para um mundo de regeneração.  
Eis as interessantíssimas reportagens:
Menino indiano é o mais jovem cirurgião do mundo
O nome dele é Akrit Jaswal. Ele está com 16 anos e é conhecido como o pequeno gênio da Índia.
Rede Globo – Programa Fantástico - Edição do dia 23/08/2009

Ele não chega a ser um Dalit, como o pequeno Hari, de Caminho das Índias. Mas veio de uma família bem pobre, do interior daquele país. Hoje, é uma personalidade. 
Estamos falando de um menino indiano que, aos sete anos, entrou para a história da medicina como o mais jovem cirurgião do mundo! Isso mesmo: aos sete anos, ele fez uma operação!
O nome dele é Akrit Jaswal. Está com 16 anos e é conhecido como o pequeno gênio da Índia! 
Num vilarejo aos pés da Cordilheira dos Himalaias, na Índia, uma menina de oito anos está prestes a ser operada.
O cirurgião é este menino, de apenas sete anos! Ákrit Jáswal.
A menina sofreu queimaduras graves quando era bebê e ficou com os dedos colados. Nunca mais abriu as mãos.
Camponeses sem recursos, os pais da criança não tinham a quem recorrer. Decidiram confiar em Akrit.
A operação durou uma hora e foi um sucesso! Esta incrível história aconteceu em novembro de 2000. A partir daquele dia, Akrit ficou conhecido na região como o pequeno gênio da índia.
Nunca se sabe de onde sairá um gênio. Akrit nasceu num vilarejo pobre, sem estrutura alguma. A escola mais próxima ficava a quase 500 km dali. Mas isso nunca foi um problema.
A mãe de Akrit conta que aos dez meses, o filho já andava e falava com habilidade. Aos dois anos, aprendeu sozinho a escrever. Aos cinco, lia clássicos da literatura.
Em uma coisa, o pequeno gênio é absolutamente igual aos amigos. Adora uma farra.
Mas a genialidade exige dedicação. A maior parte do tempo, Akrit devora tratados da medicina.
Os livros são presentes do pai, que dedicou a vida para investir nos interesses do filho. E conseguiu até que o menino acompanhasse dezenas de cirurgias nos hospitais da região. O que era um hobby virou obsessão.
“Quero acabar com os gritos, a dor e o sofrimento humanos,” diz ele.
Aos doze anos, Akrit foi aceito na universidade de Chandigar, uma cidade industrial no Norte da Índia.
Para que o menino pudesse estudar, mãe e filho passaram a dividir um cômodo pequeno na casa de um parente.
O pai de Akrit sumiu quando ele tinha onze anos. Segundo a mãe do menino, o ex-marido não aguentou a frustração de não conseguir recursos para as pesquisas do filho. Entrou em depressão e abandonou a família.
A mãe, no entanto, dedica o ar que respira ao filho. E ele percebe o sacrifício.
Como reconhecimento por tanta dedicação, o pequeno indiano está determinado a entrar pra história.
Quer encontrar a cura do câncer, da Aids, ganhar um prêmio Nobel e acabar com todas as doenças humanas.
“É tudo o que eu quero, nada mais,” diz.
Apesar de não ter prática alguma em estudos de laboratório, Akrit tem uma memória impressionante.
Com essa bagagem, o menino garante ter criado o que chama de "supermecanismos de ataque" contra a Aids e o câncer.
Entre as pessoas mais simples, Akrit é considerado um guru. Elas vêm pedir conselhos, diagnósticos. Como os indianos acreditam em espíritos, o menino é tratado por muitos como a reencarnação de um Deus.
Mas será que Akrit Jaswal vai ser o responsável pela próxima grande revolução científica?
O menino prodígio foi chamado para conversar com autoridades do governo indiano. 
Tempos depois, Akrit recebeu o convite que sempre sonhou: conhecer um dos institutos de pesquisa médica mais respeitados do mundo: o Imperial College, em Londres.
O indiano finalmente vai poder explicar suas teorias para estudiosos de ponta, como o conceituado professor Mustafá Jamgôz.
Akrit revela que estudou a fundo as pesquisas mais recentes sobre o câncer e discorda de tratamentos já consagrados. Deixa o cientista de boca aberta.
Não demora muito e aparece outro colega do professor curioso em conhecer as aptidões do indiano.
Para os cientistas, a cura genética do câncer proposta por Akrit até faz sentido, mas com as tecnologias de hoje, parece apenas um sonho mirabolante.
Com muita paciência e didática, os professores mostram que o caminho para a cura exige a superação de muitos outros obstáculos da ciência. Com a teimosia típica das crianças, Akrit não se intimida.
Na avaliação dos médicos, o endeusamento de Akrit na índia pode atrapalhar um futuro promissor.
“Sua proposta é quase uma missão impossível”.
“A doença impossível precisa de uma cura impossível. E eu vou encontrá-la”.
Alguém precisa dar limites aos impulsos do menino. Falta a figura paterna.
“Meu pai me disse pra procurá-lo só depois que eu encontrar a cura do câncer,” diz o menino. 
Akrit fez novos testes de inteligência na Inglaterra.
Nos exercícios orais, o indiano de fato teve um desempenho genial. Arrasou em conhecimentos gerais. A surpresa ficou nas provas de lógica.
Akrit sofreu para encaixar os blocos e encontrar padrões em desenhos. A performance do menino prodígio foi pior do que a média esperada para sua idade. Ele tenta disfarçar a decepção.
Para os psicólogos, as habilidades de Akrit não acompanham a capacidade mental dele. Isso porque o menino não viveu todas as etapas do desenvolvimento escolar. Agora elas fazem falta.
Os cientistas não querem que Akrit perca o entusiasmo pela medicina, mas é hora de aprender a aproveitar a vida.
Hoje aos 16 anos, Akrit Jaswal já se formou em ciências biológicas e vai fazer mestrado na área.
Se o menino prodígio vai realmente encontrar a cura do câncer, o mundo vai ter que esperar.
“Pode levar 10, 20 anos, mas eu vou conseguir,” conclui. 

Menino se inspira em árvores e revoluciona captação de energia solar
Aidan, de 13 anos, construiu uma árvore com 40 placas de captação de energia posicionadas como se fossem folhas. As placas apontadas para várias direções absorvem mais luz do que na disposição plana.
Rede Globo – Programa Fantástico - Edição do dia 15/01/2012

O Fantástico conta a história de um menino de 13 anos que surpreendeu a comunidade científica. Ele apenas olhou para uma árvore e teve uma ideia genial. 
Aidan tem 13 anos e está na sétima série. No tempo livre, gosta de ficar no quarto dedilhando as cordas da guitarra. Ele tem a rotina como a de qualquer garoto da idade dele, mas descobriu uma maneira revolucionária de transformar a luz do sol em energia e agora é considerado um pequeno gênio.
Aidan conta que tudo começou em uma viagem de férias. “A gente ficou em um lugar que tinha um painel solar, eu e meus pais queríamos ter um igual, mas na nossa casa não tinha espaço”, conta.
E como resolver esse problema? Foi observando as árvores que Aidan teve uma ideia: talvez elas pudessem indicar o caminho para captar energia do sol de maneira mais eficiente e em um espaço menor, que coubesse no quintal da casa dele.
“As árvores coletam a luz para produzir a própria energia. Então pensei: ‘elas estão aqui há milhões de anos e, com certeza, devem ter uma maneira mais eficiente do a que a nossa de fazer isso’”, diz Aidan.
O menino, então, fotografou a copa de várias árvores e percebeu que os galhos e as folhas seguiam um padrão matemático. Essa ordem é conhecida como Sequência de Fibonacci. E é encontrada em toda a natureza. Desde a forma de animais muito pequenos até furacões e grandes galáxias.
Aidan fez o que qualquer criança hoje pode fazer. Pesquisou tudo na internet. E construiu uma árvore com 40 placas de captação de energia posicionadas como se fossem folhas. Ele descobriu o ângulo exato em que as placas deveriam ser instaladas. 
As placas são as mesmas usadas nos painéis planos. Elas captam a energia do sol e transformam a luz em corrente elétrica. Em três meses de medições diárias, Aidan descobriu que as placas apontadas para várias direções, absorviam mais luz do que na disposição plana. O trabalho dele ganhou o prêmio do museu de história natural americano. 
“A árvore solar é mais eficiente. Ela consegue captar 20% mais energia do que o painel plano”, diz Aidan.
No dia da entrevista o garoto estava arrumando as malas. Ele foi convidado para falar na abertura do encontro mundial sobre o futuro da energia no mundo que começa nesta segunda-feira (16), em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
Celebridade do mundo científico, Aidan não deixou de ser um menino tímido e modesto. “Acho que eu encontrei algo que pode ser bom para o futuro, mas não me sinto um gênio, ainda sou apenas uma criança”, conclui o pequeno cientista.

Menino prodígio mexicano se forma em psicologia
Folha de São Paulo - 09/08/2011 
DA EFE

O adolescente mexicano Andrew Almazán Anaya, de 16 anos, considerado um menino prodígio por sua precocidade intelectual, se graduará no dia 18 de agosto como psicólogo, enquanto simultaneamente conclui os últimos semestres no curso de medicina.
Almazán, cuja rapidez na formação profissional atraiu a atenção do país, declarou em entrevista à Agência Efe que se prepara para continuar com seus estudos nos campos da neurociência e neuropsicologia.
Vestido com gravata e jaleco de médico em seu escritório do Centro de Atendimento ao Talento, uma pequena escola de aprendizagem para superdotados fundada por seu pai e sua mãe há um ano, Andrew gesticula pouco e fala rápido com os olhos fixos no jornalista.
"Desde que era pequeno não só gostava de medicina e psicologia, mas também de geografia, astronomia, história, e inclusive filosofia. Mas como várias áreas me interessaram, falta tempo para poder passar por todas", justificou Almazán, quem confessou que como ele a maioria de seus amigos é superdotado.
O rapaz cresceu em uma família cristã, toca piano e pratica hóquei no gelo nas horas vagas, é faixa preta em taekwondo e não é fã das redes sociais como Facebook porque prefere "a comunicação direta" com as pessoas.
Aos seis anos, o menino já havia lido obras de Shakespeare, enumerava ossos do corpo humano e planetas, e exibia uma "memória prodígio", segundo seu pai, Asdrúbal Almazán, médico cirurgião de profissão.
Aos nove anos, os pais decidiram educar o menino em casa, ao perceberem que na escola as crianças o isolavam e não brincavam com ele, sendo que, logo após, Andrew foi diagnosticado com transtorno de déficit de atenção.
A preocupação pela educação de seu filho levou os pais a fundar uma escola na qual ensinam habilidades especiais a crianças com capacidades intelectuais superiores, aplicando um método desenvolvido por pai e filho e que ambos batizaram "o ordenamento das inteligências".
Com apenas 12 anos, Andrew Almazán ingressou na universidade e agora está a apenas alguns dias de se tornar o mais jovem psicólogo da Universidade do Vale do México e, daqui a dois anos, no médico mais precoce da América, graduação que atualmente cursa o sétimo semestre.
Entre suas maiores conquistas figura o Prêmio da Juventude 2009 na categoria de "atividades acadêmicas, científicas e profissionais", um reconhecimento entregue pelo governo da Cidade do México, quando derrotou centenas de jovens entre 14 e 29 anos.

Garoto de 12 anos pode ter doutorado! Seu QI é superior ao de Einstein
Lagartense.com.br - 29/03/2011

Daily Mail
Uma criança prodígio de 12 anos de idade, vem surpreendendo professores universitários após solucionar alguns dos mais avançados conceitos em matemática. Jacob Barnett tem um QI de 170 - maior do que Albert Einstein - e agora está tão avançado em seus estudos da universidade de Indiana que os professores estão pensando em indica-lo para uma pesquisa de doutorado.
O menino prodígio, que aprendeu sozinho cálculo, álgebra, geometria e trigonometria em uma semana, agora ajuda seus colegas de faculdade depois do expediente. E agora Jake vai lançar o seu projeto mais ambicioso - a sua "versão expandida da teoria da relatividade de Einstein. 
Sua mãe, que não tinha certeza se o filho estava falando bobagem ou genialidade, enviou um vídeo de sua teoria para o Instituto de Estudos Avançados de renome, perto da Universidade de Princeton. De acordo com a Star Indiana, Instituto de Astrofísica, o professor Scott Tremaine, um especialista de renome mundial - confirmou a autenticidade da teoria de Jake. Em um e-mail para a família, Tremaine escreveu: "Estou impressionado com seu interesse pela física e da quantidade que ele já aprendeu até agora.
Jake foi diagnosticado com síndrome de Asperger, uma forma leve de autismo, desde tenra idade. Seus pais ficaram preocupados quando ele não falou até os dois anos de idade, suspeitando que ele fosse educacionalmente anormal. Mas quando ele começou a crescer começaram a perceber o quão especial era seu dom. Com a idade de oito anos, ele havia deixado o ensino médio e estava freqüentando a Indiana University-Purdue University ,de Indianapolis, nas classes mais avançadas de astrofísica.


Garoto de 14 anos que faz faculdade nos EUA rejeita rótulo de "gênio" e lança livro de autoajuda
Do UOL, em São Paulo* - 16/02/2012

A única coisa que o garoto norte-americano Moshe Kai Cavalin não gosta é ser chamado de gênio. Mas, aos 14 anos, ele está terminando a graduação na UCLA (Universidade da Califórnia) em matemática e já tem uma formação em astrofísica. Cavalin também acabou de publicar seu primeiro livro, “We Can Do” (“Nós podemos fazer”, do inglês).
O livro, que tem 100 páginas, explica como outros podem conseguir a façanha de Cavalin. Resumidamente, segundo o estudante, basta manter-se focado e totalmente envolvido com o que se está fazendo. Ele quer mostrar que só há esforço envolvido – e não genialidade.
“Tem sempre aquela pergunta que me irrita [sobre se ele é um gênio]”, diz Cavalin, que fez aniversário nesta terça-feira (14). “As pessoas precisam saber que não precisa ser um gênio. Só se esforçar e você pode conseguir tudo”, diz.
Quatro horas de TV
Mesmo sendo fã dos filmes do ator Jackie Chan, Cavalin diz que só assiste TV quatro horas por semana. Não que faltem momentos de lazer ou que ele sofra pressão dos pais para estudar –já que, no livro, ele escreve sobre como aprendeu a mergulhar e sobre como ama futebol e artes marciais.
"Eu consegui alcançar as estrelas, mas outros podem chegar ao Sistema Solar”, diz, no livro.
Foi um professor que o inspirou a escrever. Cavalin diz que não gostava da matéria do docente, mas conseguiu tirar uma nota máxima porque se esforçou e porque o professor era empolgado com a disciplina.
Traduzido do chinês
Cavalin levou quatro anos para terminar o texto, em parte porque ele quis primeiro publicá-lo em chinês (a mãe do garoto é chinesa) e fez a tradução para o inglês sozinho. A obra teve boa vendagem em Taiwan, Cingapura e Malásia, assim como em livrarias das comunidades asiáticas no sul da Califórnia. Depois disso, o livro foi lançado em inglês.
Por causa da carga de estudos na universidade, Cavalin não teve muito tempo para divulgá-lo, a não ser por uma sessão de autógrafos na UCLA.
Depois de conseguir o diploma em matemática, o estudante quer tentar entrar na pós-graduação e chegar ao doutorado. Após isso, ele diz não saber o que fazer.
“Quem sabe?”, ele questiona, rindo ao pensar na vida adulta. “É um futuro muito distante, e eu estou planejando muita coisa para os próximos anos.”
(*Com informações da AP)

Menino de 13 anos cursa três faculdades na Argentina

Marcia Carmo
De Buenos Aires para a BBC Brasil - 11/03/2011
Aos 13 anos de idade, o argentino Kouichi Cruz é o aluno mais novo da Faculdade de Matemática, Astronomia e Física (FAMAF) da Universidade de Córdoba. Ele estudará ainda, simultaneamente, engenharia informática e ciências econômicas na mesma universidade.
Kouichi é filho único, mora com uma tia, Alejandra Perez, na cidade de Córdoba, e seus pais vivem na Espanha, onde trabalham. “Kouichi está tendo a infância que quer ter. Ele é feliz assim, estudando”, disse à BBC Brasil a tia Alejandra Perez.
Ela contou que no início, quando Kouichi era bebê, a família chegou a pensar que ele fosse “autista”. Mas aos quatro anos de idade, os exames médicos indicaram que o menino tinha o QI mais alto que a média das crianças da sua idade.
“Kouichi sempre soube o que quis: estudar matemática, informática, engenharia. Para ele, são carreiras que se complementam”, disse a tia.
A rotina do garoto é diferente do cotidiano dos meninos da sua idade, especialmente a partir deste ano, depois de ter passado nas provas para entrar na universidade.
“Ele estuda de manhã e também à tarde. E em casa, quando não está resolvendo problemas de matemática, gosta de assistir alguns programas de comédia na televisão”, conta ela. Futebol ou outros esportes não fazem parte de sua agenda de interesses.
O menino nasceu na cidade de Bahia Blanca, na província de Buenos Aires. Seus pais se mudaram para a província de Jujuy, no norte do país, porque ali ele podia estudar mais adiantado que os colegas da sua idade, sem ter que respeitar um cronograma por faixa etária.
No primeiro dia de aula, nesta semana, o universitário disse ao jornal Clarín que as aulas foram mais fáceis do que imaginou. “A aula não foi tão simples como no segundo grau, mas também não foi tão complicada como cheguei a imaginar”, afirmou.
Kouichi, segundo a tia, é “rápido” para resolver questões matemáticas, tímido no início de uma nova conversa, mas decidido em relação ao que quer ser quando crescer. “Ele quer ser empresário e acha que estudar é fundamental para esta meta”, disse a tia.
O reitor da FAMAF, Daniel Barraco, afirmou ao jornal argentino que é a primeira vez que um menino de 13 anos está entre os universitários dessa carreira. “Sinto enorme emoção por ter aqui uma pessoa tão jovem e tão inteligente na faculdade. Mas sabemos que por ele ser tão jovem também aumenta nossa responsabilidade em relação a ele”, disse Barraco.
Os pais de Kouichi – ela é farmacêutica; ele, anestesista – choraram ao deixar o menino com a tia materna. “Mas, apesar das lágrimas, eles só estão respeitando a vontade do menino que há muito tempo sabia onde e que carreira universitária seguir. Eles só o deixem voar porque sabem o que ele quer”, disse a tia.
Kouichi, contou, é assim chamado obedecendo a filosofia budista seguida pelos pais. “Nos contaram que Kouichi quer dizer 'o primeiro' e 'brilhante' e o nome realmente foi feito pra ele” afirma.

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:






 http://educacao.uol.com.br/ultnot/bbc/2011/03/11/menino-de-13-anos-cursa-tres-faculdades-na-argentina.jhtm

sábado, 28 de julho de 2012

UM DIA, O BEM REINARÁ NA TERRA?



Fábio José Lourenço Bezerra

                Na atualidade, assistimos todos os dias, com horror, a notícias sobre atos de grande violência e perversidade. A corrupção impera em várias regiões do planeta, com freqüentes e escandalosos casos ocorrendo aqui mesmo em nosso país, onde considerável parte dos homens públicos desviam, para uso pessoal e de terceiros, volumosos e preciosos recursos, que deveriam ser destinados à saúde, à educação, à segurança e à geração de emprego e renda para a nossa população. Homens egoístas, demasiadamente apegados à matéria, deixam de lado a grande responsabilidade de que se fizeram portadores. No Oriente Médio, vemos povos em constante conflito armado. Vemos o clima do planeta e seus recursos naturais abalados pela ação do homem que, no desejo do lucro inconseqüente, não pensou nas gerações futuras. Este é o quadro do nosso mundo atual.
                A violência dá muita audiência, bem como casos escandalosos. O que não parece ser o caso de ações beneméritas. Apesar de todos os dias no planeta, milhões de pessoas abnegadas trabalharem em prol do próximo, sem nenhum desejo para si, a não ser o de agir em benefício do seu semelhante, não vemos estas ações veiculadas na mídia. São aquelas pessoas que, todos os dias, fazem trabalho voluntário, em instituições religiosas ou não. Sim, faz-se muito o bem em nosso planeta, embora isto não tenha ampla visibilidade. O que é lamentável , pois serviria de nobre exemplo de amor ao próximo.
                O quadro do mundo, que expomos acima, parece estarrecedor. No entanto, apesar de pouco, a humanidade avançou moralmente. Como exemplos, temos: há relativamente pouco tempo atrás, a escravidão era algo considerado comum; As mulheres sequer podiam votar, sendo propriedade dos pais e depois do marido; No início do século XX, aqui mesmo no Recife, temos notícia de pais que emparedavam as próprias filhas, pelo fato de as mesmas aparecerem grávidas e não aparecer o pai para assumir a criança e casar. Este ato horripilante, motivado pela vergonha dos pais ante uma sociedade hipócrita, ocorreu várias vezes; Recuando ainda mais no tempo, na Idade Média, matava-se e torturava-se, com requintes de crueldade, em nome de Jesus, que pregou: “Ama a teu próximo como a ti mesmo”; Na antiguidade, a arena romana era palco de atos monstruosos, onde feras devoravam homens e gladiadores lutavam até a morte. Tudo isso diante de uma sádica platéia, que se divertia bastante com isso. A antiguidade também foi um repositório de guerras sangrentas entre vários povos que, na conquista da terra alheia, nem crianças escapavam de serem passadas a fio de espada; O canibalismo e os sacrifícios humanos eram comuns em vários povos selvagens.
                Intelectualmente, avançamos bastante desde que o homem surgiu no planeta, principalmente nos séculos XIX, XX e o atual. Nesse período, a ciência e a tecnologia deram um enorme salto. Contudo, como dissemos acima, não avançamos tanto em moralidade.
                Conforme a Doutrina Espírita, os mundos, assim como os Espíritos, também estão destinados à evolução. Nosso planeta, atualmente, pode ser classificado como um mundo de expiação e de provas, onde o mal predomina.

Vejamos o que disse Allan Kardec, em sua obra “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no Capítulo III, na parte intitulada “DIFERENTES CATEGORIAS DE MUNDOS HABITADOS”:

“Do ensinamento dado pelos Espíritos, resulta que os diversos mundos estão em condições muito diferentes uns dos outros quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade de seus habitantes. Entre eles há os que seus habitantes são ainda inferiores aos da Terra, física e moralmente; outros estão no mesmo grau, e outros lhes são mais ou menos superiores em todos os aspectos. Nos mundos inferiores, a existência é toda material, as paixões reinam soberanamente, e a vida moral é quase nula. À medida que esta se desenvolve, a influência da matéria diminui, de tal sorte que, nos mundos mais avançados, a vida, por assim dizer, é toda espiritual.
Nos mundos intermediários, há mistura do bem e do mal, predominância de um ou de outro, segundo o grau de adiantamento. Embora não possa ser feita, dos diversos mundos, uma classificação absoluta, pode-se, todavia, em razão de seu estado e de sua destinação, e baseando-se nas diferenças mais acentuadas, dividi-los de um modo geral, como se segue: os mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana; os mundos de expiação e de provas, onde o mal domina; os mundos regeneradores, onde as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta; os mundos felizes, onde o bem se sobrepõe ao mal; os mundos celestes ou divinos, morada dos Espíritos depurados, onde o bem reina inteiramente. A terra pertence á categoria dos mundos de expiação e de provas, e é por isso que o homem nela é alvo de tantas misérias (todos os grifos no texto são nossos).”

E, no mesmo capítulo, na parte seguinte intitulada “DESTINAÇÃO DA TERRA. CAUSA DAS MISÉRIAS HUMANAS”, temos:

“Espanta-se em encontrar sobre a Terra tanta maldade e más paixões, tantas misérias e enfermidades de toda a sorte, e se conclui disso que a espécie humana é uma triste coisa. Esse julgamento provém do ponto de vista limitado em que se está colocado, e que dá uma idéia falsa do conjunto. É preciso considerar que, sobre a Terra, não se vê a humanidade, mas apenas uma pequena fração dela. Com efeito, a espécie humana compreende todos os seres dotados de razão que povoam os inumeráveis mundos do Universo; ora, o que é a população da Terra, perto da população total desses mundos? Bem menos que a de um lugarejo em relação à de um grande império. A situação material e moral da Humanidade terrestre nada mais tem que espante, inteirando-se da destinação da Terra e da natureza daqueles que a habitam.”
“[...]Ora, da mesma forma que, numa cidade, toda a população não está sobre a Terra; como se sai do hospital quando se está curado, e da prisão quando se cumpre o tempo, o homem deixa a Terra por mundo mais felizes, quando está curado de suas enfermidades morais (Ver o texto Por Que Devemos Fazer o Bem?, neste blog).”

A Terra, em sua evolução, caminha para a categoria de mundo de regeneração.

No Capítulo XVIII, na parte de título “A GERAÇÃO NOVA”, Kardec nos diz:

“Para que na Terra sejam felizes os homens, preciso é que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que somente ao bem se dediquem. Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, porque, senão, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. Irão expiar o endurecimento de seus corações, uns em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas, equivalentes a mundos daquela ordem, aos quais levarão os conhecimentos que hajam adquirido, tendo por missão fazê-las avançar. Substituí-los-ão  Espíritos melhores, que farão reinem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.
A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá de transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas.
Tudo, pois, se processará exteriormente, como sói acontecer, com a única, mas capital diferença de que uma parte dos Espíritos que encarnavam na Terra aí não mais tornarão a encarnar. Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem.”
“[...] A época atual é de transição; confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto intermédio, assistimos à partida de uma e a chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhe são peculiares.
Têm idéias e pontos de vista opostos as duas gerações que se sucedem. Pela natureza das disposições morais, porém sobretudo das disposições intuitivas e inatas, torna-se fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo.
Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, juntas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. Não se comporá exclusivamente de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as idéias progressistas e aptos a secundar o movimento de regeneração.”

Interessante comparar o texto de Kardec, acima, escrito na segunda metade do século XIX, com esta entrevista concedida pelo grande médium e orador espírita Divaldo Pereira Franco, cujos trechos reproduzimos abaixo:

“Espiritismo Responde - Um de seus mais recentes livros publicados tem por título “A Nova Geração: A visão Espírita sobre as crianças índigo e cristal”.Quem são as crianças índigo e cristal?

Divaldo – Desde os anos 70, aproximadamente, psicólogos, psicoterapeutas e pedagogos começaram a notar a presença de uma geração estranha, muito peculiar.
Tratava-se de crianças rebeldes, hiperativas que foram imediatamente catalogadas como crianças patologicamente necessitadas de apoio médico. Mais tarde, com as observações de outros psicólogos chegou-se à conclusão de que se trata de uma nova geração. Uma geração espiritual e especial, para este momento de grande transição de mundo de provas e de expiações que irá alcançar o nível de mundo de regeneração.
As crianças índigo são assim chamadas porque possuem uma aura na tonalidade azul, aquela tonalidade índigo dos blue jeans (Dra. Nancy Ann Tape).
O índigo é uma planta da Índia (indigofera tinctoria), da qual se extrai essa coloração que se aplicava em calças e hoje nas roupas em geral. Essas crianças índigo sempre apresentam um comportamento sui generis.
Desde cedo demonstram estar conscientes de que pertencem a uma geração especial. São crianças portadoras de alto nível de inteligência, e que, posteriormente, foram classificadas em quatro grupos: artistas, humanistas, conceituais e interdimensionais ou transdimensionais.
As crianças cristal são aquelas que apresentam uma aura alvinitente, razão pela qual passaram a ser denominadas dessa maneira.
A partir dos anos 80, ei-las reencarnando-se em massa, o que tem exigido uma necessária mudança de padrões metodológicos na pedagogia, uma nova psicoterapia a fim de serem atendidas, desde que serão as continuadoras do desenvolvimento intelecto-moral da Humanidade.

ER – Essas crianças não poderiam ser confundidas com as portadoras de transtornos da personalidade, de comportamento, distúrbios da atenção? Como identificá-las com segurança?

Divaldo - Essa é uma grande dificuldade que os psicólogos têm experimentado, porque normalmente existem as crianças que são portadoras de transtornos da personalidade (DDA) e aquelas que, além dos transtornos da aprendizagem, são também hiperativas (DTAH), mas os estudiosos classificaram em 10 itens as características de uma criança índigo, assim como de uma criança cristal.
A criança índigo tem absoluta consciência daquilo que está fazendo, é rebelde por temperamento, não fica em fila, não é capaz de permanecer sentada durante um determinado período, não teme ameaças...
Não é possível com essas crianças fazermos certos tipos de chantagem. É necessário dialogar, falar com naturalidade, conviver e amá-las.
Para tanto, os especialistas elegem como métodos educacionais algumas das propostas da doutora Maria Montessori, que criou, em Roma, no ano de 1907, a sua célebre Casa dei Bambini, assim como as notáveis contribuições pedagógicas do Dr. Rudolf Steiner. Steiner é o criador da antroposofia. Ele apresentou, em Stuttgart, na Alemanha, os seus métodos pedagógicos, a partir de 1919, que foram chamados Waldorf.
A partir daquela época, os métodos Waldorf começaram a ser aplicados em diversos países. Em que consistem? Amor à criança. A criança não é um adulto em miniatura. É um ser que está sendo formado, que merece o nosso melhor carinho. A criança não é objeto de exibição, e deve ser tratada como criança. Sem pieguismo, mas também sem exigências acima do seu nível intelectual.
Então, essas crianças esperam encontrar uma visão diferenciada, porque, ao serem matriculadas em escolas convencionais, tornam-se quase insuportáveis. São tidas como DDA ou DTAH. São as crianças com déficit de atenção e hiperativas. Nesse caso, os médicos vêm recomendando, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, a Ritalina, uma droga profundamente perturbadora. É chamada a droga da obediência.
A criança fica acessível, sim, mas ela perde a espontaneidade. O seu cérebro carregado da substância química, quando essa criança atinge a adolescência, certamente irá ter necessidade de outro tipo de droga, derrapando na drogadição.
Daí é necessário muito cuidado.
Os pais, em casa (como normalmente os pais quase nunca estão em casa e suas crianças são cuidadas por pessoas remuneradas que lhes dão informações, nem sempre corretas) deverão observar a conduta dos filhos, evitar punições quando errem, ao mesmo tempo colocando limites. Qualquer tipo de agressividade torna-as rebeldes, o que pode levar algumas a se tornar criminosos seriais. Os estudos generalizados demonstram que algumas delas têm pendores artísticos especiais, enquanto outras são portadoras de grandes sentimentos humanistas, outras mais são emocionais e outras ainda são portadoras de natureza transcendental.
Aquelas transcendentais, provavelmente serão os grandes e nobres governantes da Humanidade no futuro.
As artísticas vêm trazer uma visão diferenciada a respeito do Mundo, da arte, da beleza. Qualquer tipo de punição provoca-lhes ressentimento, amargura que podem levar à
violência, à perversidade.”

Existem vários exemplos destas crianças que ficaram famosas. Divaldo, nesta entrevista, cita alguns:

ER – Já que eles estão chegando há cerca de 20, 30 anos, nós temos aí uma juventude que já está fazendo diferença no Mundo? 
Divaldo – Acredito que sim. Podemos observar, por exemplo, e a imprensa está mostrando, nesse momento, gênios precoces, como o jovem americano Jay Greenberg considerado como o novo Mozart. Ele começou a compor aos quatro anos de idade. Aos seis anos, compôs a sua sinfonia. Já compôs cinco. Recentemente, foi acompanhar a gravação de uma das suas sinfonias pela Orquestra Sinfônica de Londres para observar se não adulteravam qualquer coisa.
O que é fascinante neste jovem, é que ele não compõe apenas a partitura central, mas todos os instrumentos, e quando lhe perguntam como é possível, ele responde: “Eu não faço nenhum esforço, está tudo na minha mente”.
Durante as aulas de matemática, ele compõe música. A matemática não lhe interessa e nem uma outra doutrina qualquer. É mais curioso ainda, quando afirma que o seu cérebro possui três canais de músicas diferentes. Ele ouve simultaneamente todas, sem nenhuma perturbação. Concluo que não é da nossa geração, mas que veio de outra dimensão.
Não somente ele, mas muitos outros, que têm chamado a atenção dos estudiosos. No México, um menino de seis anos dá aulas a professores de Medicina e assim por diante... Fora aqueles que estão perdidos no anonimato.


ER – O que você diria aos pais que se encontram diante de filhos que apresentam essas características?

Divaldo - Os técnicos dizem que é uma grande honra tê-los e um grande desafio, porque são crianças difíceis no tratamento diário. São afetuosas, mas tecnicamente rebeldes. Serão conquistadas pela ternura. São crianças um pouco destrutivas, mas não por perversidade, e sim por curiosidade.
Como vêm de uma dimensão onde os objetos não são familiares, quando vêem alguma coisa diferente, algum objeto, arrebentam-no para poder olhar-lhes a estrutura.
São crianças que devemos educar apelando para a lógica, o bom tom.
A criança deve ser orientada, esclarecida, repetidas vezes.
Voltarmos aos dias da educação doméstica, quando nossas mães nos colocavam no colo, falavam conosco, ensinavam-nos a orar, orientavam-nos nas boas maneiras, nas técnicas de uma vida saudável, nos falavam de ternura e nos tornavam o coração muito doce, são os métodos para tratar as modernas crianças, todas elas, índigo, cristal ou não.”

Neste blog, já publicamos um texto contendo um vídeo sobre a menina Akiane (Ver A Encarnação de Um Bom Espírito, neste blog).

Este texto continua em "Um Dia, o Bem Reinará na Terra? - Parte 2", neste blog.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA: 

1 KARDEC, ALLAN. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro : Editora FEB,1995.;

2_____________ . O Evangelho segundo o Espiritismo. São Paulo : Editora Petit, 1997.;

3______________.A Gênese: Os milagres e as predições segundo o Espiritismo. Rio de Janeiro: Editora FEB, 1988;

ENDEREÇO ELETRÔNICO CONSULTADO:

terça-feira, 24 de julho de 2012

OS ESPÍRITOS INFLUENCIAM NOSSAS VIDAS?



Fábio José Lourenço Bezerra

Na pergunta Nº 459 de “O Livro dos Espíritos”, temos:“Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?”
Resposta: “Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem”
Vemos, pela resposta acima, o quanto o mundo espiritual influi em nosso mundo material.
Conforme mencionamos em nosso texto anterior O Que São Médiuns?, neste blog, todos nós, sem exceção, somos médiuns inspirados, isto é, somos suscetíveis de captar os pensamentos dos Espíritos desencarnados. Esta conexão é feita através da irradiação dos nossos corpos espirituais, quando nós e os Espíritos desencarnados que nos cercam, entramos em sintonia (Ver o texto O Mundo Espiritual – Parte 2, neste blog).  
Os Espíritos estão, muitas vezes, nos sugerindo pensamentos que tomamos como nossos, nos impulsionando para caminhos diversos.
Os bons, com o propósito de nos encaminhar para o bem, muitas vezes, também para nos proteger, quando nos fazem desviar de perigos que sequer suspeitamos, e para nos auxiliar, quando pedimos sua assistência nas aflições da vida, nos estimulando a coragem e a paciência, e até nos apontando saídas para os nossos problemas, quando isso não vai prejudicar ninguém e nem nos desviar das lições pelas quais devemos passar.
Os maus e viciosos, no intuito de nos manter no atraso em que eles próprios estão, estimulam-nos a praticar o mal e, muitas vezes, nos direcionam e acompanham, com grande satisfação, na prática de vícios diversos, como os das bebidas alcoólicas, das drogas, nos excessos da alimentação e do sexo promíscuo, etc. Como não possuem corpos materiais, ao nos acompanhar nessas práticas, desfrutam parcialmente de tudo isso ao conectar-se conosco, o que os leva a nos estimular para elas mais e mais. Nós os atraímos com os nossos pensamentos, quando sintonizamos nossas mentes em seu nível vibratório grosseiro, quando nos afinamos com suas más inclinações.
Em outros casos, Espíritos que guardam grande rancor, ou até mesmo ódio por nós, por acontecimentos desta ou de vidas anteriores, procuram nossa ruína inspirando-nos pensamentos que nos levarão ao mau caminho. Podem, assim, trazer-nos prejuízos de diversos tipos, como de saúde, financeiros, etc.
Ocorre também os casos nos quais Espíritos, mesmo nos tendo afeição, ligam-se a nós e, sem o saberem, também podem causar-nos prejuízos, por ignorância. É, por exemplo, o caso de uma mãe que, tendo desencarnado e deixado um filho pequeno, liga-se a ele numa atitude de apego exagerado, passando-lhe seus maus fluidos, que o fazem adoecer.
A ação persistente de um Espírito sobre o pensamento de outro, causando-lhe prejuízo, chama-se Obsessão.
Nas casas espíritas, é oferecido tratamento para os casos que citamos acima. Este tratamento chama-se Desobsessão. Um médium incorpora o Espírito obsessor (Ver o texto O Que São Médiuns?, neste blog), possibilitando que um doutrinador encarnado converse com ele. Este doutrinador esclarece-o acerca das consequências da má ação que está a praticar, e aconselha-o a seguir o melhor caminho, o do bem, para que ele próprio, o obsessor, vá de encontro à verdadeira felicidade. Diz também que ele pode contar com o auxílio dos bons espíritos para sua reabilitação. Faz, assim, com que ele desista da ação obsessiva, trazendo grande alívio à sua vítima. Esta também é aconselhada a mudar sua atitude íntima, para ter pensamentos elevados e praticar o bem, combatendo suas más inclinações. Dessa forma, reduzirá, cada vez mais, as possibilidades de sofrer com novas obsessões.
No mundo espiritual, os mais evoluídos têm poder sobre os que estão abaixo na escala evolutiva. Dessa forma, os bons têm poder sobre os maus. Contudo, eles permitem, muitas vezes, que os maus nos assediem. Eis por que:
Na pergunta Nº 466, temos:
“Por que permite Deus que Espíritos nos excitem ao mal?”
Resposta: “Os Espíritos imperfeitos são instrumentos próprios a pôr em prova a fé e a constância dos homens na prática do bem. Como Espírito que és, tens que progredir na ciência do infinito. Daí o passares pelas provas do mal, para chegares ao bem. A nossa missão consiste em te colocarmos no bom caminho. Desde que sobre ti atuam influências más, é que as atrais, desejando o mal; porquanto os Espíritos inferiores correm a te auxiliar no mal logo que desejares praticá-lo. Só quando queiras o mal, podem eles ajudar-te para a prática do mal. Se fores propenso ao assassínio, terás em torno de ti uma nuvem de Espíritos a te alimentarem no íntimo esse pendor. Mas, outros também te cercarão, esforçando-se por te influenciarem para o bem, o que restabelece o equilíbrio da balança e te deixa senhor dos teus atos”    
 Dessa forma, os maus Espíritos, mesmo sem o saberem, aceleram nossa evolução, ao fazer-nos pôr à mostra, para nós mesmos, nossas imperfeições, dando-nos, assim, o auto-conhecimento. Muitas vezes nos surpreendemos com aquilo de que somos capazes. Más tendências que estavam adormecidas em nossa alma, e que só esperavam a oportunidade e o estímulo certo para vir à tona. Cabe-nos, contudo, o combate a essas más tendências, seguindo os aconselhamentos dos bons Espíritos, ou caindo no erro e sofrendo as suas consequências (Ver os textos Os Sofrimentos e Por Que Devemos Fazer o Bem?, neste blog).
Na pergunta Nº 469, temos: “Por que meio podemos neutralizar a influência dos maus Espíritos?”
Resposta: “praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e aniquilareis o império que desejem ter sobre vós. Guardai-vos de atender às sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que sopram a discórdia entre vós outros e que vos insuflam as paixões más. Desconfiai especialmente dos que vos exaltam o orgulho, pois que esses vos assaltam pelo lado fraco. Essa a razão por que Jesus, na oração dominical, vos ensinou a dizer: “Senhor! Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.”  
Bons Espíritos, ao longo da história, encarnaram na Terra com a missão de fazer progredir a humanidade em seu aspecto moral, seja com seus exemplos, seja com os seus ensinamentos, conforme a época e cultura do lugar. Como exemplos, temos Jesus, Krishna, Buda, Confúcio, São Francisco de Assis, Mahatma Gandhi e Chico Xavier, entre muitos outros.             
Grandes gênios, Espíritos muito evoluídos intelectualmente, encarnam de tempos em tempos na Terra, para fazer a humanidade progredir em ciência. São exemplos Galileu, Isaac Newton, Louis Pasteur, Albert Einstein e muitos outros.
Porém não só encarnados os Espíritos atuam, fazendo progredir a humanidade. De tempos em tempos, eles, mesmo do outro lado, inspiram os homens em suas descobertas, de forma secreta, lançando brilhantes idéias para que os homens as desenvolvam. Isso quando estas idéias não foram assimiladas pelos seus descobridores em estudos quando estavam desencarnados, ou parcialmente desprendidos do corpo físico, durante o sono (ver o exemplo do famoso químico Kekulé, que descobriu a estrutura do benzeno durante um sonho). Isto explica por que, muitas vezes, grandes descobertas da ciência surgiram ao mesmo tempo e de forma independente em diferentes lugares, através de diversos cientistas, que sequer se conheciam.
Vemos assim, diante do que foi exposto, a grande influência do mundo espiritual em nossas vidas, embora, em geral, não nos apercebamos disto.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

1 KARDEC, Allan. O livro dos médiuns: ou guia dos médiuns e evocadores: espiritismo experimental. Rio de Janeiro: FEB, [1997].

2 ______________O livro dos espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de Janeiro: FEB, [1995].


3 XAVIER, Francisco Cândido; LUIZ, André (Espírito). Os Mensageiros. 19 ed. Rio de Janeiro: FEB, [1985].

sexta-feira, 20 de julho de 2012

ILUSTRES CIENTISTAS CONFIRMARAM: A ALMA SOBREVIVE À MORTE


O Espírito Katie King materializado ao lado do famoso cientista inglês William Crookes


Fábio José Lourenço Bezerra


                Conforme citamos, sucintamente, em nosso texto anterior Por Que Ser Espírita?, neste blog, após as experiências de Allan Kardec (Ver o texto O Início do Espiritismo Parte 2 – a Codificação, neste blog), que resultaram na Codificação do Espiritismo, muitas outras pesquisas vieram para confirmar a existência dos Espíritos e do mundo espiritual. Estas foram realizadas em abundância na segunda metade do século XIX e início do século XX, de forma independente, por vários cientistas de grande importância na época. Boa parte deles, diante das fortíssimas evidências que tinham diante de si, tornaram-se convictos da sobrevivência da alma, apesar de, antes dessas pesquisas, serem céticos. Não precisamos dizer que eram pessoas inteligentíssimas, acostumadas à aguda observação dos fatos, e que, por isso mesmo, ao realizar os experimentos com os médiuns (Ver o texto O Que São Médiuns?, neste blog), tomaram todas as precauções possíveis para evitar-se a fraude, chegando ao ponto de, em muitas oportunidades, os realizarem em sua própria residência ou no laboratório, diante de várias testemunhas de sua confiança. Também chegaram a amarrar os médiuns, revistá-los antes e depois das sessões, encerrá-los em sacos e até em gaiolas de ferro! Nem por isso, com todas estas precauções, os fenômenos deixaram de ocorrer.
            Devemos levar em conta que estes ilustres homens de ciência, divulgando amplamente suas pesquisas, correram o risco de verem jogados na lama suas carreiras brilhantemente conquistadas, sem nada terem a ganhar com isso, senão a divulgação da verdade. Isto porque, corajosamente, tiveram que enfrentar o fundamentalismo de uma comunidade científica já na época, em larga escala, composta por crentes materialistas convictos. Enfrentaram reações como esta, de um cientista da época: “Mesmo se visse, não acreditaria, pois isto não é possível”. Quando o telégrafo foi inventado, também se recusaram a acreditar de início, dizendo não ser possível enviar-se uma mensagem através de um fio metálico não oco. Imagine se um hipotético viajante do tempo fosse para aquela época e falasse que, no futuro, seria possível compartilhar não só o som, mas textos, imagens e informações de todo o tipo, de um pólo ao outro do planeta, em questão de segundos, como hoje fazemos constantemente, através da internet!

Edvaldo Kulcheski, em seu excelente artigo “A Ciência e o Espiritismo”, publicado no site “Portal do Espírito”, nos diz:

“[...] Se os fenômenos espíritas se limitassem ao círculo de seus seguidores, a opinião geral poderia ver neles simples artigos de fé, sem maiores conseqüências de interesse geral. Mas a verdade é que esses fenômenos se multiplicaram, em uma sucessão sempre audaz e desafiadora. O expediente de proibições e excomunhões se tornava ineficaz, desacreditado e ingênuo diante da avalanche de fenômenos variados, como vozes misteriosas, contato de mãos invisíveis, materializações de espíritos, escritas diretas, aparições de espíritos familiares, revelações de uma vida superior e mais bela etc, atestando a inquestionável sobrevivência da alma.
Era natural que, em face do volume de tantos fatos, a sociedade requisitasse o exame consciencioso de seus sábios e cientistas. Estes então, acossados por todos os lados, descruzaram os braços e se puseram a campo para uma investigação rigorosa e fria. A ciência, representada por um grupo de personalidades sérias e refratárias a imposições religiosas, foi chamada a depor e o fez de tal forma que o espiritismo foi, por assim dizer, devidamente fotografado, pesado e medido.
A Palavra dos Cientistas
Coube a William Crookes, o célebre físico inglês, chamar a atenção de toda a Europa racionalista para a realidade dos fatos espíritas. Muitos esperavam que, de suas investigações, viesse uma condenação irrevogável e humilhante, mas o veredicto do iminente sábio foi favorável.
A cética Inglaterra se assustou com as certezas obtidas dentro do mais severo método científico e cercadas de extrema prudência, afinal, era preciso aceitá-las, uma vez que Crookes pesquisou com frieza, observou pacientemente, fotografou, provou, contraprovou e se rendeu.”
           
             Fazendo um parêntese no texto de Edvaldo Kulcheski, no Congresso da Associação Britânica de Bristol, em setembro de 1898, o Sr Willian Crookes disse:
            “Trinta anos se passaram desde que publiquei as atas das experiências tendentes a mostrar que fora dos nossos conhecimentos científicos existe uma força posta em atividade, por uma inteligência diferente da inteligência comum a todos os mortais. Nada tenho a retratar dessas experiências e mantenho as minhas verificações já publicadas, podendo mesmo a elas acrescentar muita coisa.”

“Russel Wallace, físico naturalista considerado rival de Charles Darwin, confessou que "era um materialista tão convicto que não admitia absolutamente a existência do mundo espiritual". Disse ainda: "Os fatos, porém, são coisas pertinazes, eles me obrigam a aceitá-los como fatos".
Já Cromwel Varley, engenheiro descobridor do condensador elétrico, disse: "O ridículo que os espíritas têm sofrido não parte senão daqueles que não têm o interesse científico e a coragem de fazer algumas investigações antes de atacarem aquilo que ignoram".
Para Oliver Lodge, físico e membro da Academia Real, os cientistas não vieram "anunciar uma verdade extraordinária, nenhum novo meio de comunicação, apenas uma coleção de provas de identidade cuidadosamente colhidas". Lodge explica ainda o porquê de afirmar que as provas foram cuidadosamente colhidas, dizendo que "todos os estratagemas empregados para sua obtenção foram postos em prática e não fiquei com nenhum dúvida da existência e sobrevivência da personalidade após a morte".
O professor de física William Barret afirmou que a existência de um mundo espiritual, a sobrevivência após a morte e a comunicação dos que morreram são evidentes, "Dos que ridicularizavam o Espiritismo, ninguém lhe concedeu, que eu saiba, atenção refletida e paciente. Afirmo que toda pessoa de senso que consagrar o seu estudo prudente e imparcial tantos dias ou mesmo tantas horas, como muitos de nós têm consagrado anos, será constrangido a mudar de opinião", disse.
Fredrich Myers, da Sociedade Real de Londres, disse: “Pelas minhas experiências, convenci-me de que os pretendidos mortos podem se comunicar conosco e penso que, para o futuro, eles poderão fazê-lo de modo mais completo".
Já o italiano Ernesto Bozzano, que se dedicou por mais de 30 anos aos estudos psíquicos, afirmou, sem temer estar equivocado, ‘que fora da hipótese espírita, não existe nenhuma outra capaz de explicar os casos análogos ao que acabo de expor’.”
“[...] Já Gustavo Geley, diretor do Instituto metapsíquico de Paris, um cientista exigente e de poderosa inteligência, disse ser preciso confessar que "os espiritistas dispõe de argumentos formidáveis. O espiritismo só admite fatos experimentais com as deduções que eles comportam" Segundo ele, "os fenômenos espíritas estão solidamente estabelecidos pelo testemunho concordante de milhares de pesquisadores.
"[...] Camille Flamarion, grande astrônomo, autor de tantas obras notáveis e respeitado como uma das maiores inteligências da França no século XIX, trouxe igualmente um depoimento insuspeito sobre os fenômenos espíritas. Para ele, ‘a negação dos céticos nada prova senão que os negadores não observaram os fenômenos’.
Incluímos na lista o professor de psiquiatria Universidade de Turim, Cesare Lombroso, que em sua obra “Hipnotismo e Mediunidade”, nos diz:
“O fato de que em todos os tempos e em todos os povos esteve viva a crença em algo invisível, que sobrevive à morte do corpo, e que, sob o influxo de condições especiais, pode manifestar-se aos nossos sentidos, torna-nos propensos a aceitar a hipótese espiritista” e também “...se cada um destes fenômenos nos pode parecer incerto, o conjunto de todos forma um compacto mosaico de provas resistentes à mais severa dúvida”.
O Dr Paul Gibier, Diretor do instituto bacteriológico (Instituto Pasteur) de Nova York disse, após inúmeras e exaustivas experiências, em sua obra “Análise das Coisas”: “Posso hoje assegurar aos psicólogos, que, se eles resolverem experimentar, com médiuns bem dotados e honestos, encontrarão a prova da persistência da consciência do ser humano no período posterior a esta última função chamada morte.” e disse também, na mesma obra, que “Fica, porém, estabelecido para os sábios que observaram os fatos exteriores, determinados pela presença dos médiuns ou dos faquires, médiuns estes do Oriente, que tais fatos contêm a prova mais certa, jamais obtida, da existência do Espírito, da inteligência como princípio consciente e persistente, depois da morte do homem
Como exemplo das inúmeras pesquisas realizadas, temos a da Dialetical Society, de Londres, composta por notabilidades científicas. Esta sociedade decidiu, em sua sessão de 6 de janeiro de 1869, que iria investigar os fenômenos espiritualistas, com o objetivo de  desmascarar o que chamavam de “superstição de que todos falavam”. Para isso, nomearam uma comissão de 33 membros, subdividindo-a em seis sub-comissões. Conforme nos diz o Dr Paul Gibier, em sua obra “O Espiritismo - Faquirismo Ocidental”:
“Entre os membros dessa comissão figurava um sábio cujo nome é muito conhecido entre os naturalistas: Alfred Russel Wallace, que nos deu, em uma obra interessante (Miracles and modern Spiritualism), informações muito curiosas relativas à história da comissão de que fazia parte.
Excetuando quatro membros que desde o começo acreditaram na realidade dos fenômenos sem aceitarem a teoria espiritualista, e outros quatro que ao mesmo tempo admitiam os fenômenos e a dita teoria, a comissão compunha-se de sábios completamente cépticos. Entretanto, quando chegou o momento de apresentar um relatório á Dialetical Society, condensaram-se em um único feixe de resultados das experiências tentadas pelas seis sub-comissões, - a maior parte delas somente com as “forças’ dos membros -, e todos esses depoimentos relativos às investigações feitas pelos seis grupos de sábios, trabalhando separadamente, foram concordes.
O relatório das comissões dos trinta e três compunha-se de duas partes distintas: na primeira parte eram relatados os fatos verificados pelas seis sub-comissões; a segunda continha os testemunhos orais e escritos, fornecidos aos membros desse inquérito de novo gênero, por testemunhas honestas e dignas de fé.
Na primeira parte, o relatório concluía afirmativamente a respeito da existência:

            1º - De ruídos, de vibrações, de natureza muito variada, produzidos fora de toda a ação muscular ou mecânica;
       2º - De movimento de corpos pesados sem ação muscular ou mecânica e frequentemente sem contacto ou conexão com pessoa alguma;
            3º - De ruídos que, por meio de um código de sinais, respondem a perguntas de maneira inteligente;
            4º - Ainda mais, se as comunicações são em grande parte de caráter banal, dão às vezes informações desconhecidas de todos os presentes;
            5º - E também existem certas pessoas favoráveis por sua presença à produção do fenômeno, enquanto que outras pessoas os contrariam, mas que essa diferença nada tem que ver com a opinião professada por essas pessoas em relação aos fenômenos.
            Os depoimentos orais ou escritos foram trazidos à Sociedade por diferentes personalidades, tais como o professor A. de Morgan, presidente da Sociedade de Matemática de Londres e secretário da Real Sociedade Astronômica; M.C.F.Varley, engenheiro-chefe das companhias de telegrafia internacional e nacional e transatlântica, amigo do ilustre Tyndal.
              Esta segunda parte do relatório era ainda mais variada do que a primeira, e o relator concluía que os testemunhos mencionados afirmavam a existência de fatos tais como: corpos pesados e, em certos casos, homens elevando-se espontaneamente no ar; aparição de mãos e de formas que não pertenciam a nenhum ser humano, mas parecendo animadas e podendo ser agarradas pelos assistentes; execução de pedaços de música em instrumentos que ninguém estava tocando; aparição quase instantânea de desenhos ou pinturas, formando-se espontaneamente, etc., etc.
            O Sr Russel Wallace faz notar que as suas observações levaram-no a estabelecer que o grau de convicção obtido pelo experimentador é mais ou menos igual à soma de tempo e de trabalho empregados nas investigações. Assim acontece relativamente a todos os fenômenos naturais, ao passo que o exame de uma impostura ou de uma ilusão, diz o Sr.Wallace, conduz a um resultado invariavelmente oposto.
            Os membros da Sociedade Dialética, que não tinham feito parte da comissão, não ousaram tomar a responsabilidade do relatório e deixaram que os membros da referida comissão o publicassem por sua conta e risco.”
            Outros exemplos:
            William Crookes, entre 1869 e 1875, realizou um conjunto enorme de experiências com diversos médiuns, entre os quais: Daniel Dunglas Home, Kate Fox (da família Fox – Ver o texto O Início do Espiritismo Parte 1 – Hydesville, neste blog), Charles Edward Williams e Florence Cook.
            Com o médium Home, entre vários outros fenômenos, aconteceu estes fatos: “Pequena mão de muito bela forma elevou-se de uma mesa da sala de jantar e deu-me uma flor; apareceu e depois desapareceu três vezes, o que me convenceu de que essa aparição era tão real quanto a minha própria mão.”
“Em plena luz, vi uma nuvem luminosa pairar sobre um heliotrópio colocado em cima de uma mesa, ao nosso lado, quebrar-lhe um galho, e trazê-lo a uma senhora, e, em algumas ocasiões, percebi uma nuvem semelhante condensar-se sob nossos olhos, tomando uma forma de mão e transportar pequenos objetos”
            Com a médium Florence Cook, obteve materializações do Espírito Katie King, que teve oportunidade de fotografar.
        Cesare Lombroso, através da mediunidade de Eusápia Paladino, obteve materializações de vários Espíritos, inclusive o de sua falecida mãe, que o abraçou.
             Paul Gibier, depois de vários anos realizando experiências, sob severo controle, levou ao 4º Congresso de Psicologia de Paris um grande relatório sobre suas pesquisas acerca de materializações de Espíritos e outros fenômenos psíquicos.
          Depois de tudo isso, devemos nos perguntar: por que todas estas interessantíssimas pesquisas, de grande relevância para a humanidade, foram “abafadas” pela ciência “oficial”? Sobre isso, o Dr. Paul Gibier, em seu livro “Análise das Coisas”, de 1890, faz um interessante comentário:
            “Como, perguntarão, essas coisas não estão mais conhecidas? Por que não são mais bem estudadas? Responderei que já há longo tempo estas coisas são conhecidas dos sábios – não todos, entretanto – mas devo adicionar que os primeiros que ousaram falar delas viram seus nomes quase arrastados na lama, e sua honra posta em discussão. De modo que hoje, geralmente, entre os que estudam estas altas e importantes questões,
Cada um indaga e aprende por conta própria, só, ou com um pequeno grupo de amigos seguros, e guarda tudo para si.
           É mister dizer-se que palinódias famélicas e venais, assim como fraudes estrondosas fizeram, em torno do assunto, um certo escândalo, bastante para fazer os tímidos hesitarem e para fixar a opinião das pessoas que pensam de acordo com o jornal que lêem.
            Demais, há uma multidão de homens poderosos interessados, por mais de um motivo, em que não sejam divulgados esses novos conhecimentos: citarei os materialistas-cientistas, de um lado, e os espiritualistas-religiosos, do outro. Isso não impedirá, seguramente, a verdade de aparecer, e posso dizer que ela se espalha cada vez mais rapidamente entre os investigadores. Mas, quanto tempo perdido!”
             Cerca de trinta anos antes da publicação dessas palavras do Dr.Paul Gibier, acima, já constava em "O Livro dos Espíritos", na pergunta Nº 798: "O Espiritismo se tornará crença comum, ou ficará sendo partilhado, como crença, apenas por algumas pessoas?"
           Resposta: "Certamente que se tornará crença geral e marcará nova era na história da humanidade, porque está na natureza e chegou o tempo em que ocupará lugar entre os conhecimentos humanos. Terá, no entanto, que sustentar grandes lutas, mais contra o interesse do que contra a convicção, porquanto não há como dissimular a existência de pessoas interessadas em combatê-lo, umas por amor próprio, outras por causas inteiramente materiais. Porém, como virão a ficar insulados, seus contraditores se sentirão forçados a pensar como os demais, sob pena de se tornarem ridículos."  

            Para quem deseja conhecer quem foram os cientistas citados como exemplo nesse texto (houveram muitos outros), colocamos abaixo os links do blog NÚCLEO ESPÍRITA VERBO DE LUZ, de suas biografias:

William Crookes
Russel Wallace
Oliver Lodge
William Barret
Fredrich Myers
Ernesto Bozzano
Cesare Lombroso
Paul Gibier
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

1 CROOKES,William. Fatos Espíritas;
2 GIBIER,Paul. O Espiritismo:faquirismo ocidental;
3_________. Análise das coisas;
4_________.Materializações de fantasmas;
5 LOMBROSO, Cesare. Hipnotismo e mediunidade;
6 PALHANO JÚNIOR, L.Experimentações mediúnicas: A propósito das pesquisas de William Crookes;
7 ANDRADE, Hernani Guimarães. Parapsicologia: uma visão panorâmica.

ENDEREÇO ELETRÔNICO CONSULTADO:

http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/ciencia/a-ciencia-e-o-espiritismo.html