quarta-feira, 10 de junho de 2015

ESTUDO COM MÉDIUNS É REPETIDO E AMPLIADO, OBTENDO NOVAMENTE FORTÍSSIMAS EVIDÊNCIAS DA SOBREVIVÊNCIA DA ALMA

Fonte da imagem: http://blog.canoro.com.br/tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-mediunidade-intuitiva/ 


Fábio José Lourenço Bezerra

O estudo de que trata este texto é uma repetição e extensão do estudo original realizado em 2007 (Ver o texto Novo Estudo Com Médiuns Obtém Fortíssimas Evidências da Sobrevivência da Alma, neste blog), tendo confirmado, com muito sucesso, os achados dele.
O objetivo foi reexaminar as habilidades dos médiuns de relatar informações precisas e específicas sobre desencarnados, sob condições controladas de laboratório. Foi realizado entre os anos 2009 e 2013. A pesquisa foi publicada na revista EXPLORE, na edição de Março/Abril deste ano (2015). O artigo, de título “ANOMALOUS INFORMATION RECEPTION BY RESEARCH MEDIUMS UNDER BLINDED CONDITIONS II: REPLICATION AND EXTENSION”  (Pesquisa sobre a Recepção Anômala de Informações por Médiuns Sob Condições de Cegueira II: Replicação e Extensão), é assinado pelos seguintes nomes:

Julie Beischel - Bacharel em Ciências Ambientais pela Universidade do Norte do Arizona, com PhD em Farmacologia e Toxicologia, e especialista em Microbiologia e Imunologia pela Universidade do Arizona. Ela é membro da Sociedade de Exploração Científica e da Sociedade de Pesquisas Psíquicas, atua nos conselhos de consultoria científica do Centro de Pesquisas Rhine e da fundação da família Forever. A Dra. Beischel é Adjunta da Faculdade de Psicologia e de Inquérito Interdisciplinar da Universidade de Saybrook e Diretora da Survival e do departamento de pesquisa da vida após a morte do Instituto Mundial para a Exploração Científica.
Mark Boccuzzi - Bacharel em Ciência da Computação com ênfase em comunicações de radiodifusão.  Estudou Parapsicologia no Instituto de Ciências Noéticas (IONS) e no Centro de Pesquisas Rhine. 
 Michael Biuso - Mestre em Psicologia de Aconselhamento pela Prescott College. 
 Adam J.Rock - Bacharel e PhD em Psicologia pela Universidade Charles Sturt, e hoje atua na Escola Comportamental, Cognitiva e Ciências Sociais da Universidade da Nova Inglaterra. As duas Universidades são da Austrália. O Dr. Rock é membro do conselho da Fundação Internacional da Associação Transpessoal Internacional, Presidente do Instituto Australiano de Pesquisas Parapsicológicas e Membro do Conselho Editorial da Revista Internacional de Estudos Transpessoais, sendo editor associado de Antropologia da Consciência, e membro do Conselho Editorial da Revista Australiana de Parapsicologia. O Dr. Rock é também o atual editor de Psicoterapia e Aconselhamento do Journal of Australia. Ele já publicou dezenas de artigos acadêmicos em revistas acadêmicas de prestígio, como o Journal of Scientific ExplorationTranspersonal Psychology Review, e o Journal of Parapsychology. 

O método utilizado buscou eliminar as explicações convencionais, muito utilizadas pelos céticos, para as informações que os médiuns conseguem obter dos Espíritos desencarnados, como a leitura a friopesquisa prévia sobre o desencarnadoleitura genéricapreconceito do avaliadorpalpite do experimentador, bem como telepatia e fraude.
            A leitura a frio é um método, utilizado por falsos médiuns, para extrair informações de alguém que deseja entrar em contato com um falecido querido. Trata-se de observar essa pessoa desavisada, suas reações fisionômicas, corporais e respostas a perguntas e/ou afirmações feitas pelo falso médium que, assim, com grande habilidade, extrai dela informações sobre o desencarnado, dando a impressão de que realmente entrou em contato com o mesmo.
            Na pesquisa prévia sobre o desencarnado, o falso médium, sabendo quem vai consultá-lo, procura pesquisar sobre pessoas falecidas próximas a essa pessoa, para, na hora da consulta, dar a impressão de que está se comunicando com o falecido.
            Na leitura genérica, o falso médium faz declarações que podem servir, ao mesmo tempo, para um grande número de desencarnados, que o amigo (a), viúvo (a) ou parente saudoso toma como verdadeira sem se dar conta.
            O preconceito do avaliador consiste no fato de que, sendo a pessoa saudosa aquela que vai avaliar as informações transmitidas pelo médium, a respeito do desencarnado, tomado pela emoção, pode achar verdadeiras estas informações sem refletir bem sobre a exatidão das mesmas.
            O palpite do experimentador pode interferir na interpretação dos resultados de um estudo.
            No caso da hipótese do uso da telepatia, as comunicações com Espíritos desencarnados, na verdade, nada mais seriam do que uma simulação insconsciente do médium, que seria capaz de obter informações do falecido lendo a mente da pessoa que lhe procurou para conseguir o contato mediúnico. Quando o médium não conhece e nem interage com a fonte de informação (o parente, viúvo(a), amigo(a) ou até mesmo o experimentador que, eventualmente, possua informações sobre o desencarnado), não pode ser estabelecida a conexão psíquica entre as mentes para que haja a telepatia. Também não pode haver esta conexão se o médium não tocou em nenhum objeto do falecido ou de quem possua informações sobre ele.

            Antes de prosseguirmos com a descrição do estudo, devemos esclarecer alguns termos que aparecem ao longo do texto.

Sitter é alguém (parente, viúvo(a) ou amigo(a)) que deseja obter comunicação com o desencarnado.

P = (exemplo: P = 0,001), significa probabilidade. Exemplificando: P = 0,001 (ou seja, 1 dividido por 1000), significa a probabilidade de algo ocorrer 1 vez em 1000. É como alguém tirar na primeira tentativa, sem ver, a bola certa de uma caixa contendo 1000 bolas diferentes.

n= significa o número de leituras mediúnicas realizadas pelos médiuns

Cego ou em condição de cegueira. É quando algum participante da pesquisa (Médium, Experimentador ou Sitter) não possui determinadas informações (e nem tem como as obter por meios normais), que poderiam interferir nos resultados do estudo, impossibilitando os pesquisadores de avaliar se ocorreu, de fato, genuína comunicação mediúnica.

Leitura mediúnica. É quando o médium transmite as informações sobre o desencarnado.
           
Os 20 médiuns participantes deste estudo foram certificados pelo Instituto Windbridge (através de um método de certificação de oito etapas), depois de terem sido selecionados, testados e treinados. Todos residem nos Estados Unidos, são voluntários para participar regularmente em vários aspectos da investigação, vêm demonstrando serem capazes de comunicar informações precisas e específicas sobre desencarnados individuais, mesmo sob diversas condições controladas de laboratório, e concordam em cumprir padrões de conduta específicos, incluindo apenas fornecerem leituras quando solicitados. Três dos 20 médiuns participantes deste estudo também participaram do estudo de 2007.
Cerca de 1.000 potenciais sitters de investigação se ofereceram para participar da pesquisa da mediunidade através do preenchimento de um formulário on-line do site do Instituto Windbridge (www.windbridge.org/sitters.html). Cada um deles disse querer se comunicar com um desencarnado específico. Os sitters que participaram do estudo, avaliando as leituras dos desencarnados, foram selecionados aleatoriamente a partir do conjunto geral de sitters (ou seja, escolhidos de um conjunto de aproximadamente 1000 sitters que se cadastraram no site), usando o site www.random.org para selecionar os números de identificação dos participantes. Todos os sitters do estudo tinham 18 anos de idade ou mais, residem nos Estados Unidos, e podem escrever e falar em Inglês fluentemente.
Os dados foram coletados durante 96 leituras mediúnicas que ocorreram entre 2009 e 2013. Todas as leituras realizadas pelos médiuns, durante este período, foram incluídas no relatório atual (ou seja, os resultados não podem ser atribuídos ao "efeito gaveta", isto é, só considerando os resultados positivos, ou a maioria deles, e omitindo todos, ou a maioria, dos resultados negativos). O estudo foi composto por três experimentos, com o aumento sucessivo dos níveis de rigor e carga sobre o participante: um Estudo Exploratório PreliminarExperimento 1 e Experimento 2. Cada um dos 20 médiuns participaram em, pelo menos, uma destas três etapas. Todas as leituras foram feitas através de chamadas telefônicas, gravadas em áudio com os médiuns e o experimentador com quem eles interagiram, em diferentes cidades, quando não em diferentes Estados.
No início de cada leitura, o primeiro nome de um desencarnado foi dado ao médium, servindo de alvo para o seu foco mental. Cada leitura focou apenas um desencarnado. Para os casos em que os nomes pudessem fornecer evidência ostensiva sobre as etnias dos desencarnados e, consequentemente, suas descrições físicas prováveis, ou fornecerem outras informações de identificação (por exemplo, religião), foi escolhido um par de desencarnados da mesma etnia, religião, etc.(uma vez que cada médium realizou duas leituras em cada etapa do estudo, sendo uma leitura para cada desencarnado do par). Dessa forma, os nomes não forneceram informações suficientes para atrapalhar a cegueira do médium, necessária para examinar o fenômeno da comunicação genuína de informações dos desencarnados.
Para cada leitura mediúnica realizada, a precisão foi avaliada pelos sitters para os quais as leituras foram destinadas. Eles são os únicos com o conhecimento necessário para marcar, de forma adequada, os itens sobre os desencarnados e, dessa forma, os únicos avaliadores qualificados para avaliar a precisão das leituras.
A especificidade das leituras foi avaliada pela comparação das avaliações feitas pelos sitters para os quais uma leitura se destina – a leitura "alvo" - com a leitura que era para outro sitter – a leitura "de engodo"- (O sitter avaliou a leitura que era destinada para ele e a que era destinada para outro, sem saber previamente qual era a sua). A especificidade também foi avaliada exigindo que os médiuns respondessem a perguntas específicas sobre os desencarnados durante as leituras. A precisão e a especificidade foram abordadas de três formas:

- Percentagens calculadas ou estimadas de declarações precisas em listas transcritas e discriminadas;
- Contagem global individual de todos os itens de cada leitura;
- Escolha forçada entre leituras “alvo” e leituras “de engodo”.

No Estudo Exploratório Preliminar, 28 leituras foram realizadas por 14 médiuns, em circunstâncias que simulam as leituras de telefone que os médiuns fornecem regularmente aos seus clientes, incluindo controles adicionais. No decorrer deste estudo exploratório, um experimentador cego realizou um telefonema de três vias com um sitter e um médium cego para informações sobre o sitter e o desencarnado, além do primeiro nome do desencarnado que foi dado a ele no início da leitura. Na Fase 1, o sitter podia ouvir o médium, mas ficou em silêncio e respondeu a perguntas do experimentador (por exemplo, "você está pronto para começar?"). Foram pressionadas teclas do telefone para que o médium não pudesse ouvi-los, permanecendo, dessa forma, cego à idade dos sitters, sexo, etc. O médium relatou informações de forma livre sobre os desencarnados chamados por cerca de 20 min. Na Fase 2 (não cega, mas controlada), o médium foi apresentado ao sitter pelo primeiro nome. Nesta fase de 20 min, foi permitido ao médium fazer perguntas sim-ou-não ao sitter, e o sitter podia responder "sim", "não", "talvez", "espécie de", ou "Eu não sei". No final de cada uma das duas fases, ainda durante a chamada, o sitter avaliou a leitura, classificando-a com um dos itens a seguir:

6: Excelente leitura, incluindo fortes aspectos da comunicação, e essencialmente sem nenhuma informação incorreta.

5: Boa leitura com relativamente pouca informação incorreta.

4: Boa leitura com alguma informação incorreta.

3: Mistura de informações corretas e incorretas, mas o suficiente para indicar que a comunicação com os desencarnados ocorreu.

2: Algumas informações corretas, mas não o suficiente para sugerir, além do acaso, que a comunicação com os desencarnados ocorreu.

1: informação ou comunicação pouco correta.

0: Nenhuma informação ou comunicação correta.

Cegueira adicional para o controle de preconceito do avaliador foi adicionado para os Experimentos 1 e 2.

No Experimento 1, 14 médiuns realizaram 28 leituras pelo telefone. Cada um deles realizou duas leituras, uma para cada um dos dois desencarnados que tinham sido emparelhados usando um software personalizado, executado por um experimentador que não interagiu com os médiuns. Este emparelhamento otimiza as diferenças dos desencarnados em cinco categorias: a idade da morte, descrição física, personalidade, passatempos, e a causa da morte. Os pares são formados com desencarnados do mesmo sexo. A formação dos pares, realizada dessa forma, facilita a discriminação, pelos sitters, entre a leitura “alvo” e a leitura “de engodo” durante a avaliação – ao invés de ter sitters avaliando duas leituras selecionadas aleatoriamente, que podem descrever desencarnados semelhantes, e assim os confundir. O emparelhamento também limita a carga do sitter avaliador para duas leituras durante a pontuação, padroniza a linguagem, etc.
As leituras ocorreram em condições de total cegueira dos participantes. Só um médium e um experimentador cegos participaram de cada leitura por telefone, durante a qual o médium respondeu a perguntas específicas sobre um desencarnado nomeado, cada sitter avaliou duas leituras, uma “alvo” e uma “de engodo”, e cada um dos três experimentadores, que interagiram com os participantes, estavam cegos à informações diferentes, impedindo o vazamento sensorial. A cegueira usada neste protocolo inclui cinco níveis:

a) O médium está cego para informações sobre o sitter e os desencarnados antes e durante a leitura;

b) Os sitters estão cegos para a origem das leituras durante a pontuação;

c) O experimentador que consente e treina os sitters (Experimento 1) está cego para que médium fez a leitura para o sitter e que leituras foram de quais desencarnados;

d) O experimentador, que interage com os médiuns durante as leituras de telefone e formata as leituras em listas de itens (Experimento 2) está cego para qualquer informação sobre os sitters e os desencarnados além do primeiro nome dos desencarnados;

e) O experimentador, que interage com os sitters durante a marcação (ou seja, por e-mails, e recebe por e-mail as leituras cegas) fica cego para todas as informações sobre os desencarnados, sobre que médium realizou as leituras, e para que leituras foram destinadas para quais sitters.

Este protocolo de cegueira total elimina explicações como: palpite pelo experimentador, fraude, preconceito avaliador, leitura a frio e telepatia.

No início de cada leitura, foi dado ao médium o primeiro nome de um desencarnado. Eles foram então convidados a responder aos cinco itens abaixo:

1: Qual a aparência do desencarnado em sua vida física? Forneça uma descrição física do desencarnado.

2: Descreva a personalidade do desencarnado.

3: Quais foram os passatempos ou interesses do desencarnado? Como é que ela / ele passou sua vida?

4: Qual foi a causa da morte do desencarnado?

5: O desencarnado tem alguma mensagem específicas para o sitter?

No final, o médium pôde dar informações adicionais livremente ao ser perguntado: Existe alguma coisa que você pode me dizer sobre o desencarnado?

As gravações de áudio das leituras foram então transcritas, formatadas em listas de declarações definitivas, e cegadas para remover quaisquer referências aos nomes dos desencarnados. Elas foram, então, enviadas por e-mail a um experimentador cego que, por e-mail, as enviou para os sitters avaliarem. Cada sitter recebeu duas leituras cegas: uma leitura “alvo” do desencarnado nomeado que eles tinham solicitado e uma leitura “de engodo”, que seria para outro sitter.
No Experimento 1, cada sitter forneceu uma precisão estimada percentual para as duas sessões (cinco questões e de forma livre) de cada uma das duas leituras. Das 28 leituras realizadas, 27 tinham dados utilizáveis.

No Experimento 2, 20 médiuns forneceram 40 leituras. Esta etapa foi idêntica à Experiência 1 em termos de pares, cegueira total dos participantes e formato de leitura. Contudo, 12 das leituras desta etapa foram obtidas durante um estudo para examinar a atividade eletrocortical do cérebro de seis médiuns (Ver o texto Recente Estudo com Médiuns, Através de Eletroencefalograma, Evidencia a Comunicação dos Espíritos, neste blog). Durante essas 12 leituras, as 5 perguntas foram randomizadas e incluídas subquestões (por exemplo, descrições do cabelo dos desencarnados, olhos, constituição física, altura, etc.), além de questões complementares (por exemplo, sobre o trabalho dos desencarnados, comidas favoritas, etc.), estando o experimentador cego fisicamente presente com o médium durante as leituras, para recolher os dados de eletroencefalograma (EEG). Neste experimento da atividade eletrocortical, os médiuns foram obrigados a pausar durante 20 s após cada pergunta ter sido lida em voz alta, antes de respondê-las. Apenas as pontuações das respostas dos médiuns às cinco perguntas iniciais e à pergunta final, de resposta aberta, foram incluídas na análise do presente estudo.
Para as leituras do Experimento 2, os sitters forneceram avaliações individuais para cada item em cada uma das duas leituras: uma “alvo” e uma “de engodo”. Cada item recebeu uma das seguintes pontuações:

5: Acerto óbvio (usado se o item é foi um acerto concreto que não necessita de interpretação para caber)

4: Acerto exigindo interpretação mínima (usado se o item indiretamente precisou de interpretação mínima ou simbolismo para caber)

3: Acerto exigindo mais do que interpretação mínima (usado se o item indiretamente precisou de um maior grau de interpretação ou simbolismo para caber)

2: Outro acerto (usado se o item não combina com o desencarnado nomeado ou o avaliador, mas combina com alguém do qual o avaliador estava perto e que é suscetível de ser objeto da declaração)

1: Sem acerto (usado se a informação é um erro evidente - é claramente errado, ou se é informação para a qual não há interpretação razoável)

0: Não sabe (usado se o avaliador não entendeu o item ou não tem informação suficiente para determinar a sua precisão exata)

No Experimento 2, o percentual foi calculado pela contagem do número de itens que receberam pontuação 4 ou 5 e dividindo esse total pelo número total de itens menos os itens marcados como 0's ([4ʼs + 5ʼs] / [total - 0ʼs])  e calculados separadamente para as cinco perguntas e as seções de forma livre. A contagem mais rigorosa também foi examinada, onde apenas os itens marcados como 5's (acertos) ou 1's (erros) foram totalizados. Das 40 leituras realizadas no Experimento 2, 31 continham dados utilizáveis.
Além das precisões percentuais estimadas dos itens calculados e cobrados nos experimentos 1 e 2, respectivamente, cada um dos sitters também forneceu uma pontuação global para cada leitura (usando o mesmo sistema de pontuação 0-6 usado para a fase de avaliação do Estudo Exploratório Preliminar, já descrito acima) e escolheu qual das duas leituras (“alvo” ou “de engodo”) lhe foi mais aplicável. Das 68 leituras combinadas (28 do Experimento 1 e 40 do Experimento 2), 58 (27 do Experimento 1 e 31 de Experimento 2) foram colhidas pontuações que poderiam ser utilizadas.

RESULTADOS

            Após um rigoroso tratamento estatístico dos dados obtidos nos Experimentos 1 e 2, acima descritos, obteve-se os resultados abaixo:

a) Comparando-se as leituras “alvo” com as leituras “de engodo”, relativamente ao percentual de exatidão estimado dos itens de leitura (n = 27, P = 0,05, d = 0,49);

b) As comparações relativas ao percentual de precisão calculado dos itens de leitura (n = 31, P = 0,002, d = 0,75);

c) As comparações entre acertos e erros (n = 31, P < 0,0001 e P = 0,002 para sessões de leitura diferentes);

d) As comparações relativas às avaliações globais (n = 58, P = 0,001, d = 0,57);

e) Escolha forçada entre leituras “alvo” e leituras “de engodo” (n = 58, P = 0,01).

        Na ciência, para um resultado ser significativo estatisticamente, a sua probabilidade (P)  deve ser menor que 0,05 (P < 0,05), isto é,  a probabilidade do resultado ser devido ao acaso, para a ciência, é quando ela é  maior ou igual a 5%. 

Assim, observando as probabilidades nos resultados da pesquisa, vemos que:

No ítem b) a probabilidade foi menor que 0,002 (0,2%);

No ítem c) as probabilidades foram, respectivamente, menor que 0,0001 (0,01%) e igual a 0,002 (0,2%);

No ítem d) a probabilidade foi igual a 0,001 (0,1%);

e No ítem e) a probabilidade foi igual a 0,01 (1%).


Portanto, obteve-se, neste estudo, probabilidades muito menores que as esperadas pelo acaso.

       Estes resultados repetem e estendem os achados do estudo de 2007. Obteve-se, novamente com sucesso, informações precisas e específicas sobre os desencarnados através de médiuns, e isto sem eles terem informações prévias, na ausência de feedback sensorial, e sem utilizar meios enganosos. Fortíssimas evidências da sobrevivência da alma.


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

BEISCHEL, Julie; BOCCUZI, Mark; BIUSO, Michael; ROCK, Adam J. Anomalous information reception by research mediums under blinded conditions II: replication and extension. Revista Explore: the Journal of Science and Healing. Vol. 11, No. 2, Págs 137-142. Ed.Elsevier. Março/Abril de 2015.


ENDEREÇOS ELETRÔNICOS CONSULTADOS:






sábado, 6 de junho de 2015

FÍSICA QUÂNTICA E ESPIRITISMO II: COMENTANDO ALGUNS PARADOXOS


Fonte da imagem: http://www.mundos-fantasticos.com/multiverso/

Alexandre Fontes da Fonseca

Os fenômenos ao nível quântico apresentam características completamente diferentes das que observamos no nosso cotidiano. No entanto, é prematuro crer que eles sejam causados por agentes de ordem divinos ou espirituais.

Na matéria anterior [¹], apresentamos um alerta a respeito de algumas afirmativas envolvendo idéias da Física Quântica e idéias espíritas ou espiritualistas. Pretendemos aqui comentar por que os paradoxos oriundos dos fenômenos quânticos geram a idéia de que Deus ou algo espiritual sejam a causa ou a origem de tais fenômenos. Pretendemos, também, discutir a respeito de uma proposta espiritualista feita pelo professor de Física Quântica, Prof. Dr. Amit Goswami, em seu livro “O Universo Auto-Consciente”[²], para solucionar esses paradoxos. O Prof. Goswami foi um dos convidados internacionais no IV Congresso Nacional da Associação Médico Espírita do Brasil ocorrido em São Paulo, entre os dias 19 e 20 de junho de 2003.

Um dos fenômenos de natureza quântica que desperta exclamação nas pessoas leigas em geral é o chamado Salto Quântico, onde uma partícula “desaparece” da posição (ou estado) em que está e “aparece” em outra posição (ou estado) sem viajar através das posições (ou estados) intermediários entre o ponto (estado) inicial e final. Esse fenômeno sugere o pensamento de que a partícula se desmaterializa na posição inicial e se materializa, em seguida, na posição final. Assim, surge a idéia de se comparar esse fenômeno com o que a Doutrina Espírita descreve como sendo o efeito físico de materialização de objetos. O erro ocorre, primeiramente, porque partículas isoladas não são comparáveis a objetos macroscópicos. Pensar que “a partícula é desmaterializada aqui e materializada ali” é uma forma “clássica” de se pensar, isto é, é uma forma de pensar de acordo com o nosso costume de analisar os movimentos dos objetos macroscópicos. Não existe suficiente informação para concluir se o fenômeno de materialização ou desmaterialização de objetos macroscópicos ocorre da mesma forma como descrito com um salto quântico. Vale lembrar que os mecanismos do salto quântico são ainda uma incógnita para a Ciência.

Outra característica interessante é a chamada dualidade onda-partícula onde um objeto quântico, apresenta características ora de partícula, ora de onda, dependendo de como “olhamos” para ela, isto é, de como o experimento é feito para detectá-la. O aspecto que chama a atenção é o caráter subjetivo do resultado do experimento: ele depende da nossa escolha. Voltaremos a esse ponto adiante.

Existe um postulado da Mecânica Quântica chamado colapso da função de onda. Por função de onda, entende-se uma função matemática associada às propriedades físicas de uma dada partícula ou sistema formado por um conjunto delas. Segundo a Mecância Quântica, o estado de uma partícula, antes de se fazer uma medida, é representado por uma superposição de todas as situações possíveis. Apenas após a medição é que algum dentre os possíveis valores de uma dada grandeza física se manifesta. É dito, então, que a função de onda colapsou para o estado representado pelo valor da grandeza medida. A partir daí, dependendo da propriedade física, se não houverem interferências externas, a partícula se caracterizará por possuir o mesmo valor que foi medido para a tal propriedade. Aqui, como no caso da dualidade onda-partícula, o observador tem um papel decisivo na caracterização das propriedades das partículas.

Um outro fenômeno que foi constatado experimentalmente é o chamado fenômeno de não-localidade. Num arranjo experimental conhecido como “experiência de Einstein-Podolsky-Rosen” verificou-se ser possível o envio de uma informação de modo instantâneo de um ponto a outro do espaço. O salto quântico e o colapso da função de onda seriam, também, exemplos de fenômenos não-locais.

Não é preciso citar outros exemplos para percebermos que esses fenômenos que acontecem com as partículas da matéria são completamente diferentes daquilo que vemos ao nível macroscópico. Esse caráter estranho e misterioso que tais fenômenos apresentam têm levado alguns irmãos nossos do movimento espírita a formularem extrapolações de ordem espiritualista para explicá-los. Apesar da intenção nobre de verificar o acordo entre o Espiritismo e os avanços da Ciência, tais estudos precisam ser feitos com um rigor ainda maior do que aquele que caracteriza um trabalho usual de pesquisa científica, pois a responsabilidade de divulgar uma idéia espírita ligada à Ciência é muito grande. Imagine o leitor o que pensará um cientista ao ler alguma interpretação errada de algum conceito científico. Poderemos afastar o seu interesse no Espiritismo por causa de uma idéia ou colocação errada.

Desejamos comentar algo a respeito do trabalho do Prof. Dr. Amit Goswami que propõe a chamada Filosofia Idealista como solução para os paradoxos que apresentamos anteriormente. Segundo Goswami[²] uma solução seria postular-se a existência de uma consciência maior ou consciência cósmica que seria onipresente (para resolver o problema da não-localidade) e estaria ligada a cada ser humano (para resolver o problema do colapso da função de onda).

Esta proposta é interessante do ponto de vista espiritualista e, ao nosso ver, se constitui na primeira proposta espiritualista mais séria envolvendo questões de ordem científica. Note que utilizamos a palavra espiritualista e não espírita. A razão para isso é que, em nossa análise, apesar da proposta do Prof. Goswami introduzir a existência de uma consciência que poderia ser considerada, em princípio, como o Criador, ela não resolve o problema do Espírito. Segundo a sua proposta, a nossa consciência individual não existiria de forma independente do corpo físico. Isso está em franco desacordo com a Doutrina Espírita que afirma que somos a “individualização do princípio inteligente”[³] (questão 79 de O Livro dos Espíritos), e que o princípio inteligente independe da matéria.

Como o Prof. Goswami foi um convidado especial no MEDINESP 2003, é preciso reafirmar o alerta que fizemos na matéria anterior[¹] de modo a orientar o leitor a receber as suas idéias e opiniões com precaução. Faço minhas as palavras do espírito de Erasto (Revista Espírita [4]): é preferível “rejeitar 10 verdades do que aceitar uma só mentira”(grifos nossos).

Aproveitamos, ainda, esta oportunidade para convidar o leitor amigo ao exercício da ponderação quando ler ou ouvir dizer, mesmo dentro do movimento espírita, que disciplinas científicas como a Física, a Química ou a Biologia estão provando as idéias espíritas. Devemos ter cuidado com o material divulgado que leva o adjetivo de espírita. Mesmo as pesquisas mais sérias, como é o caso da proposta do Prof. Goswami, não podem ser tomadas como verdades resolvidas. Seria interessante consultar vários profissionais da área de Física, Química ou Biologia antes de se dar crédito a essa ou aquela proposta ou teoria. Seria de grande importância que os autores e escritores que divulgam trabalhos espíritas nesses campos que publiquem a explicação completa dos mecanismos de suas propostas. Isso nos ajuda a fazer uma análise crítica de cada idéia. Uma afirmativa não tem valor científico só porque está ligada a um tema científico. Mesmo autores que são profissionais em Ciência devem ser questionados já que isso não é garantia de que suas idéias são verdadeiras.

Ainda sobre os paradoxos da Mecânica Quântica, vale lembrar que para a comunidade científica eles ainda não foram completamente pesquisados e esclarecidos. A atitude mais prudente é esperar pelo desenvolvimento dessas pesquisas de modo a termos mais certezas e seguranças sobre o assunto.

Como físico, posso dizer que, apesar de não conhecermos ainda os seus mecanismos mais profundos, os fenômenos descobertos pela Física Moderna não estão em desacordo com os princípios básicos da Doutrina Espírita. E o que considero, particularmente, importantíssimo: eles (os fenômenos da Física Moderna) não sugerem que ela (a Doutrina Espírita) precise ser atualizada.

Referências

[¹] A. F. da Fonseca, Jornal Alavanca n. 485, p. 5, (2003) & Boletim Geae Número 465 de 4 de Novembro de 2003.
[²] A. Goswami, O Universo Autoconsciente, Editora Rosa dos Tempos, 4a. Edição (2001).
[³] A. Kardec, O Livro dos Espíritos, FEB, 76a. Edição (1995).
[4] A. Kardec, Revista Espírita 8, p.257, (1861).

Alexandre Fontes da Fonseca – afonseca@rutchem.rutgers.edu

Department of Chemistry, Rutgers, The State University of New Jersey, Piscataway, New Jersey, 08854-8087, USA

Instituto de Física da Universidade de São Paulo, São Paulo, S.P.

(Publicado no Boletim GEAE Número 465 de 4 de novembro de 2003)”


ENDEREÇO ELETRÔNICO CONSULTADO: