terça-feira, 19 de maio de 2015

PESQUISADOR INGLÊS OBTEVE FORTÍSSIMAS EVIDÊNCIAS DE REENCARNAÇÃO COLETIVA


Fábio José Lourenço Bezerra

Um dos pesquisadores que encontraram evidências muito convincentes da reencarnação chamava-se Arthur Guirdham.

O Dr.Arthur Guirdham, falecido em 1992, foi um psiquiatra Inglês formado na Universidade de Oxford, e um escritor incansável. Sua obra A doença e o Sistema Social (1942), foi uma reflexão inovadora sobre as conexões entre as doenças e os alimentos industrializados e as tensões sociais da modernidade. A Teoria da Doença (1957), mencionado no Brian Inglis História da Medicina, ofereceu uma perspectiva alternativa precoce sobre a doença e a personalidade. Guirdham escreveu sobre Sigmund Freud e CG Jung e também em diferentes gêneros, até mesmo romances e poesias. São dele os livros do lago e do Castelo (1976) e A Grande Heresia: A história e as crenças dos cátaros (1977). A sua obra Os cátaros e a Reencarnação, fruto de suas pesquisas sobre reencarnação, que trataremos a seguir, teve um importante papel para os estudos britânicos do paranormal e perspectivas alternativas para as doenças mentais.

O Dr. Guirdham estudou um grupo de pessoas que lembraram, espontaneamente, terem vivido no século XIII e tendo sido adeptos do Catarismo em suas vidas passadas.

O Catarismo teve inicio na Itália em meados do século XII, sendo uma verdadeira reação à Igreja Católica, contra sua sede de poder, seu dogmatismo, suas práticas, como a venda de indulgências e a soberba vida dos padres e bispos da época. E isso num período histórico marcado pela violência.

A religião cátara propunha, basicamente, que o homem na sua origem havia sido um ser espiritual, e para adquirir consciência e liberdade, precisaria de um corpo material, sendo necessárias várias reencarnações para se libertar. Concebiam a Terra como materialização do Mal, por encher a alma de desejos e prende-la às coisas efêmeras do mundo, e do céu como a do Bem, numa concepção dualista do mundo. Mas, o principal ponto de discordância com a Igreja era que os cátaros não admitiam qualquer tipo de intermediação entre o homem e Deus.

Embora pregassem a palavra de Cristo mais do que a própria Igreja Católica, os cátaros rejeitavam a ideia de redenção pelo seu sacrifício na cruz.

Por tudo isso, e também pela força que ganhou o Catarismo, a Igreja Católica fez tudo para combater sua expansão, declarando-o como heresia. Em 1209, o Papa Inocêncio II estimulou os fiéis a ir para as cruzadas contra os hereges. Com aproximadamente 20.000 cavaleiros, os cruzados massacraram o povo. Muitos morreram torturados ou na fogueira, sendo esta a primeira cruzada feita contra cristãos e em território franco. A recompensa que o Papa prometeu para os que participassem da campanha era a partilha e doação das terras aos barões que as conquistassem, ou seja, converter-se-iam em senhores feudais.

Apesar do apoio de pequenos condados, os cátaros não conseguiram resistir ao genocídio das cruzadas, mas elas não conseguiram acabar com o Catarismo  definitivamente. Foi a Inquisição que realmente conseguiu exterminá-lo para sempre.

No chamado País Cátaro também viviam católicos. Perguntado sobre como distinguir entre os hereges e os outros, o inquisidor respondeu: "Matem-nos a todos. Deus se encarregará dos seus".

O incidente que chamou muito a atenção do Dr. Guirdham para a reencarnação começou em Bath, em 1962, no ambulatório de um hospital, onde o Dr. Guirdham trabalhava como psiquiatra. Seu ultimo paciente, em um dia peculiar, era a Sra.Smith (nome alterado), que tinha um pesadelo recorrente desde a sua adolescência, mas que naquela época estava se repetindo de duas a três vezes por semana. Em seu sonho, ela estava deitada de costas no chão, enquanto um homem se aproximava dela por trás. Ela não sabia o que ia acontecer, mas ficava absolutamente aterrorizada.
Embora o Dr. Guirdham tenha permanecido calmo e distante, ele teve que esconder sua surpresa ao ouvir que sua nova paciente estava descrevendo o mesmo pesadelo que também o atormentava havia mais de 30 anos. O médico ficou intrigado, mas não disse nada a ela. A partir daí, a Sra.Smith nunca mais teve o pesadelo, e o Dr. Guirdham também deixou de sofrer com ele após uma semana atendendo essa paciente.
Suas reuniões continuaram. O Dr. Guirdham estava certo de que não havia nada de errado mentalmente com sua paciente, e seu conhecimento do passado o intrigou. Mais tarde, ela lhe deu uma lista de nomes de pessoas que haviam existido no século XIII e descreveu coisas que aconteceram a eles. Em seu livro “Os cátaros e Reencarnação”, o Dr. Guirdham descreve os detalhes fornecidos pela Sra.Smith. Ela deu descrições precisas sobre as vidas e costumes dos cátaros e seu massacre; ela também deu uma descrição gráfica de si mesma queimando na fogueira. Muitos dos detalhes que ela forneceu foram verificados nos registros medievais, incluindo nomes e descrições de pessoas, lugares e eventos. Ela também fez desenhos precisos de antigas moedas francesas, de jóias e do layout dos edifícios. Ela falou sobre ter sido mantida prisioneira em uma determinada cripta da igreja. Especialistas disseram, na época, que estas criptas nunca tinham sido utilizadas para esse fim, mas novas pesquisas mostraram que algumas pessoas já foram mantidas lá porque as prisões estavam lotadas. Ela havia afirmado que os sacerdotes cátaros vestiam togas azul-marinho, além de pretas. Isto não era conhecido pelos especialistas da época, mas, muitos anos depois, foi confirmado nos registros da Inquisição. Ela lembrou várias canções francesas medievais, quatro foram encontradas nos arquivos e provou-se serem corretas palavra por palavra. 
Ela disse ao Dr. Guirdham que ele também foi um cátaro e era chamado de Rogiet de Cruisot. Ele percebeu que certas características de sua personalidade confirmavam essa informação. Por exemplo, ele odiava a Igreja Católica (raiva sempre acompanhada por medo), também odiava teocracia, e de vez em quando sentia aversão a pratos de carne (os cátaros eram vegetarianos).
Como psiquiatra, o Dr. Guirdham tinha recolhido algumas informações básicas sobre a teoria da reencarnação, mas nunca teve muito interesse no assunto. No entanto, intrigado por este caso, ele decidiu investigar. Descobriu que os nomes dados a ele pela sua paciente eram de fato precisos, mas eram apenas mencionados em registros obscuros da Idade Média. Esses registros estavam escritos em francês, e nunca tinham sido traduzidos para o inglês. As pessoas que a paciente do Dr. Guirdham descreveu eram todas membros do Catarismo. Ao longo do tempo, o Dr. Guirdham encontrou mais e mais pessoas, 11 no total, que tinham as memórias de suas vidas passadas juntas em um grupo de cátaros.
Nenhum dos indivíduos foram drogados ou hipnotizados; nomes e incidentes simplesmente apareciam em suas mentes, conforme disse o Dr. Guirdham. Ele também produziu uma das obras mais notáveis das evidências que tinha. Era o bloquinho de notas de uma menina de sete anos de idade, com desenhos de uma época passada. O bloco também contém muitos nomes de membros da seita dos cátaros. Espantado, Dr. Guirdham disse, “Está além de mim como uma criança de sete anos poderia saber esses nomes, já que não há nenhum especialista de história medieval na Inglaterra”.
A enorme quantidade de memórias, nomes e contatos convenceram o Dr. Guirdham e os psiquiatras ingleses de que ele e seu grupo haviam vivido juntos, e não apenas uma, mas várias vidas anteriores. Ele disse: “Com 40 anos de experiência na medicina, ou eu sei diferenciar a experiência de um clarividente com a de um esquizofrênico ou eu sou um psicótico. Nenhuma das pessoas em meu grupo é louca, e nenhum de meus colegas me acha psicótico”.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
1 GHIRDHAM, Arthur. Os cátaros e a Reencarnação. Ed.Pensamento. 1992;
2 ________________ . Reencarnação coletiva. Ed.Nova Era. 2000;
3 STEMMAN, Roy. Histórias verdadeiras de vidas passadas. Ed.Butterfly. 2005.
ENDEREÇOS ELETRÔNICOS CONSULTADOS:






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