quinta-feira, 14 de junho de 2012

O QUE SÃO MÉDIUNS?



Fábio José Lourenço Bezerra

Conforme os Espíritos responsáveis pela codificação da Doutrina Espírita (Ver o texto “O Início do Espiritismo Parte 2 - A Codificação”, neste blog), o que foi confirmado por uma gama enorme de evidências, mediante inúmeras pesquisas (Ver o texto “Por que Ser Espírita?”, neste blog), paralelo a nosso universo material existe um Universo de matéria sutil, imperceptível aos nossos cinco sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar) e aos nossos atuais instrumentos, que poderíamos chamar de Mundo Espiritual. Ele já existia antes da formação do nosso Universo, sendo muito mais amplo e complexo do que este (Ver os textos “O Mundo Espiritual”, Parte 1 e Parte 2, neste blog).
Ainda conforme os Espíritos da codificação, existe um único elemento primitivo, chamado Fluido Cósmico Universal, cujas modificações e combinações dão origem tanto à matéria do nosso mundo material quanto à do mundo espiritual.
 O Espírito, sede do pensamento e das sensações, aglutinando em torno de si matéria espiritual, forma e organiza o chamado corpo espiritual, também chamado de Perispírito (palavra que significa: em torno do Espírito). É ele que é visto quando acontecem as aparições de fantasmas. O corpo espiritual serve de intermediário entre o Espírito e o corpo físico, funcionando como elo de ligação e canal de troca de informações entre ambos. 
Assim como o corpo físico nos serve para transitar pelo mundo material, percebê-lo e interagir com ele, da mesma forma, o corpo espiritual nos serve como veículo e meio de interação com o mundo espiritual, assumindo a forma do corpo físico que tivemos em nossa última encarnação (Espíritos que já atingiram certo grau evolutivo podem dar a seu corpo espiritual a forma que desejarem).
Com o corpo espiritual, o Espírito estabelece a sua individualidade, perante os demais, no mundo espiritual, além de servir de meio de comunicação entre eles.
Assim como as estações de rádio FM emitem ondas nas mais diversas freqüências, transportando através delas sua programação, os Espíritos irradiam seus pensamentos, através de energia emitida pelo seu corpo espiritual, que são captados por outros Espíritos sintonizados com eles. Da mesma forma que os ouvintes escutam sua programação sintonizando com determinada estação, ao ajustar o seletor do aparelho de rádio na freqüência correta. O Fluido Cósmico Universal é o veículo do pensamento, assim como, no mundo material, o ar transporta o som.
Contudo, apenas quando desencarnado, isto é, após a morte, ele pode perceber o mundo espiritual, pois, uma vez estando ligado a um corpo físico, ele só percebe através deste, pelos cinco sentidos, as impressões do mundo material. A exceção a esta regra são os médiuns, que, devido à sua organização cerebral, possuem certo grau de liberdade e, assim, podem perceber o mundo espiritual mesmo estando encarnados, conforme o seu tipo, ou tipos, de mediunidade, e do quanto esta está desenvolvida. O único tipo de percepção que todos os Espíritos encarnados possuem, sem exceção, relativamente ao mundo espiritual, é a intuição. É através dela que recebemos sugestões dos Espíritos desencarnados, sejam eles bons ou maus, e que, muitas vezes, tomamos como se fossem nossos próprios pensamentos. Dessa forma, todos nós somos médiuns inspirados.
Os Espíritos desencarnados podem atuar no mundo material, produzindo pancadas; movimento e levitação de objetos; materializar-se, tornando-se visíveis e tangíveis; e muitos outros tipos de fenômenos. Para isso, Combinam matéria e energia do mundo espiritual à matéria e energia do mundo material, estas últimas emitidas pelo corpo físico do médium (estando este consciente disso ou não).

Materialização do Espírito Katie King, pela mediunidade de Florence Cook, ao lado do famoso cientista inglês William Crookes (Fonte da imagem: http://www.portalnet.cl/comunidad/cementerio-de-temas.635/745703-la-materia-de-los-espiritus.html)

No Capítulo XIV, Nº159, de “O Livro dos Médiuns”, temos: “ Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuem alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em que a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. É de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela, da mesma maneira, em todos. Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta, ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações. As principais são: a dos médiuns de efeitos físicos; a dos médiuns sensitivos, ou impressionáveis; a dos audientes; a dos videntes; a dos sonambúlicos; a dos curadores; a dos pneumatógrafos; a dos escreventes, ou psicógrafos.
No Capítulo XVI, da mesma obra, temos: “Podem dividir-se os médiuns em duas grandes categorias:
Médiuns de efeitos físicos, os que têm o poder de provocar efeitos materiais, ou manifestações ostensivas.
Médiuns de efeitos intelectuais, os que são mais aptos a receber e a transmitir comunicações inteligentes.
Todas as outras espécies se prendem mais ou menos diretamente a uma ou outra dessas duas categorias; algumas participam de ambas. Se analisarmos os diferentes fenômenos produzidos sob a influência mediúnica, veremos que, em todos, há um efeito físico e que aos efeitos físicos se alia quase sempre um efeito inteligente. Difícil é muitas vezes determinar o limite entre os dois, mas isso nenhuma conseqüência apresenta. Sob a denominação de médiuns de efeitos intelectuais abrangemos os que podem, mais particularmente, servir de intermediários para as comunicações regulares e fluentes.

Espécies comuns a todos os gêneros de mediunidade

            Médiuns sensitivos: pessoas suscetíveis de sentir a presença dos Espíritos, por uma impressão geral ou local, vaga ou material. A maioria dessas pessoas distingue os Espíritos bons dos maus, pela natureza da impressão.
            ‘Os médiuns delicados e muito sensitivos devem abster-se das comunicações com os Espíritos violentos, ou cuja impressão é penosa, por causa da fadiga que daí resulta.’
Médiuns naturais ou inconscientes: os que produzem espontaneamente os fenômenos, sem intervenção da própria vontade e, as mais das vezes, à sua revelia.
 Médiuns facultativos ou voluntários: os que têm o poder de provocar os fenômenos por ato da própria vontade.
‘Qualquer que seja essa vontade, eles nada podem, se os Espíritos se recusam, o que prova a intervenção de uma força estranha.’

Variedades especiais para os efeitos físicos

            Médiuns tiptólogos: aqueles cuja influência dos quais se produzem os ruídos, as pancadas. Variedade muito comum, com ou sem intervenção da vontade.
            Médiuns motores: os que produzem o movimento dos corpos inertes. Muito comuns.      
            Médiuns de translações e suspensões: os que produzem a translação aérea e a suspensão dos corpos inertes no espaço, sem ponto de apoio. Entre eles há os que podem elevar-se a si mesmos. Mais ou menos raros, conforme a amplitude do fenômeno; muito raros, no último caso.
            Médiuns de efeitos musicais: provocam a execução de composições, em certos instrumentos de música, sem contacto com estes. Muito raros.
            Médiuns de aparições: os que podem provocar aparições fluídicas ou tangíveis, visíveis para os assistentes. Muito excepcionais.
            Médiuns de transporte: os que podem servir de auxiliares aos Espíritos para o transporte de objetos materiais. Variedade dos Médiuns motores e de translações. Excepcionais.
            Médiuns noturnos: os que só na obscuridade obtêm certos efeitos físicos.
Médiuns pneumatógrafos: os que obtêm a escrita direta. Fenômeno muito raro e, sobretudo, muito fácil de ser imitado por trapaceiros.”

            Esclarecendo: escrita direta é quando obtêm-se palavras, ou até frases e textos completos, que aparecem “do nada” em uma folha de papel, estando esta dentro de uma gaveta fechada ou livro, por exemplo.

            “Médiuns curadores: os que têm o poder de curar ou de aliviar o doente, pela só imposição das mãos, ou pela prece.
            Médiuns excitadores: pessoas que têm o poder de, por sua influência, desenvolver nas outras a faculdade de escrever.

Médiuns especiais para efeitos intelectuais. Aptidões diversas

Médiuns audientes: os que ouvem os Espíritos. Muito comuns.
‘Muitos há que imaginam ouvir o que apenas lhes está na imaginação’
Médiuns falantes: os que falam sob a influência dos espíritos. Muito comuns.
Médiuns videntes: os que, em estado de vigília, vêem os Espíritos. A visão acidental e fortuita, de um Espírito, numa circunstância especial, é muito freqüente; mas, a visão habitual, ou facultativa dos Espíritos, sem distinção, é excepcional.
Médiuns inspirados: aqueles a quem, quase sempre mau grado seu, os Espíritos sugerem idéias quer relativas aos atos da vida ordinária, quer com relação aos grandes trabalhos da inteligência.
Médiuns de pressentimentos: pessoas que, em dadas circunstâncias, têm uma intuição vaga das coisas vulgares que ocorrerão no futuro.
Médiuns proféticos: variedade dos médiuns inspirados, ou de pressentimentos. Recebem, permitindo-o Deus, com mais precisão do que os médiuns de pressentimentos, a revelação de futuras coisas de interesse geral e são incumbidos de dá-las a conhecer aos homens, para instrução destes.
Médiuns sonâmbulos: os que, em estado de sonambulismo, são assistidos por Espíritos.
Médiuns extáticos: os que, em estado de êxtase, recebem revelações da parte dos Espíritos.
Médiuns pintores ou desenhistas: os que pintam ou desenham sob a influência dos Espíritos. Falamos dos que obtêm trabalhos sérios, visto não se poder dar esse nome a certos médiuns que Espíritos zombeteiros levam a fazer coisas grotescas, que desabonariam o mais atrasado estudante.
Médiuns músicos: os que executam, compõem, ou escrevem músicas, sob a influência dos Espíritos.”
“[...] Médiuns escreventes ou psicógrafos: os que têm a faculdade de escrever por si mesmos sob a influência dos Espíritos.”

Esclarecendo: deste último tipo de médium, existem os mecânicos, cuja mão recebe um impulso involuntário, não tendo o médium consciência do que escreve;  semimecânicos, com impulso involuntário da mão, mas que têm consciência do que estão escrevendo; e os intuitivos, que recebem inspiração dos Espíritos e cuja mão é conduzida voluntariamente pelo médium.

Podemos incluir na lista os Médiuns de incorporação, que são aqueles cujo corpo físico é, temporariamente, controlado pelo Espírito comunicante, que fala, se movimenta e percebe o ambiente ao seu redor através dele.

Como exemplo de médium, temos o mais famoso médium brasileiro, Francisco Cândido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier (na foto do início deste texto).
Nas palavras de J. Herculano Pires, grande escritor espírita, Chico Xavier era um “ser interexistencial”, pois possuía vários dos tipos de mediunidade acima citados. Tendo psicografado mais de 400 livros e inúmeras cartas, por diversos Espíritos, forneceu um volumoso conjunto de provas da sobrevivência. Em alguns de seus livros, antecipou descobertas científicas que só seriam anunciadas muitos anos depois, e em suas diversas cartas psicografadas, haviam detalhes fornecidos pelos falecidos, às vezes coisas muito íntimas, que só os parentes poderiam ter conhecimento, consolando muitos familiares saudosos. Inclusive ocorreram casos de cartas ditadas em outras línguas, desconhecidas do médium (ver o texto “Existe Vida Após a Morte?” neste blog). É fato digno de nota que Chico Xavier vendeu mais de 50 milhões de exemplares dos seus livros, porém toda a renda foi revertida para instituições de caridade, pois o médium fazia questão de sobreviver apenas da sua aposentadoria como ex-funcionário do Ministério da Agricultura, vivendo modestamente até seu desencarne. Como ele mesmo dizia: “Estas obras não me pertencem. Pertencem aos Espíritos que as ditaram.”

Ampla informação sobre os grandes médiuns e pesquisadores dos fenômenos mediúnicos, que confirmaram os postulados trazidos pelos Espíritos Superiores durante a codificação, pode ser encontrada no blog do Núcleo Espírita Verbo de Luz, na parte Clássicos e  Médiuns, através deste link:

            Continuando este texto, ver "O Que São Médiuns? - Parte 2", neste blog.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

1 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de Janeiro: FEB, [1995].

2 _____________. O Livro dos Médiuns: ou guia dos médiuns e evocadores: espiritismo experimental Rio de Janeiro: FEB, [1997]. 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

TERAPIA MEDIÚNICA MOSTRA-SE EFICAZ EM PESQUISA NA USP

                                  Fonte da imagem:  http://italojreronita.blogspot.com.br/2010/07/mediunidade-de-incorporacao.html    

Fábio José Lourenço Bezerra

                Na pergunta Nº 368 de “O Livro dos Espíritos”, temos: “Após sua união com o corpo, exerce o Espírito, com liberdade plena, suas faculdades?”
            Resposta: “O exercício das faculdades depende dos órgãos que lhes servem de instrumento. A grosseria da matéria as enfraquece”
   a)      - “Assim, o invólucro material é obstáculo à livre manifestação das faculdades do Espírito, como um vidro opaco o é à livre irradiação da luz?”
               Resposta: ”É, como um vidro muito opaco.”
            
        Na pergunta Nº 369, temos: “O livre exercício das faculdades da alma está subordinado ao desenvolvimento dos órgãos?”
            Resposta: “Os órgãos são os instrumentos da manifestação das faculdades da alma, manifestação que se acha subordinada ao desenvolvimento e ao grau de perfeição dos órgãos, como a excelência de um trabalho o está à da ferramenta própria à sua execução.”
           
               Na pergunta Nº 373, temos: “Qual será o mérito da existência de seres que, como os cretinos e os idiotas, não podendo fazer nem o bem nem o mal, se acham incapacitados de progredir?”
       Resposta: “É uma expiação decorrente do abuso que fizeram de certas faculdades. É um estacionamento temporário.”
   a)      – “Pode assim o corpo de um idiota conter um Espírito que tenha animado um homem de gênio em precedente existência?”
   Resposta: “Certo. O gênio se torna por vezes um flagelo, quando dele abusa o homem.”
 Comentário de Kardec: “A superioridade moral nem sempre guarda proporção com a superioridade intelectual e os grandes gênios podem ter muito o que expiar. Daí, frequentemente , lhes resulta uma existência inferior à que tiveram e uma causa de sofrimentos. Os embaraços que o Espírito encontra para suas manifestações se lhe assemelham às algemas que tolhem os movimentos a um homem vigoroso. Pode dizer-se que os cretinos e os idiotas são estropiados do cérebro, como o coxo o é das pernas e dos olhos o cego.”

 E, na pergunta Nº 374: “Na condição de Espírito livre, tem o idiota consciência do seu estado mental?”
 Resposta: “Frequentemente tem. Compreende que as cadeias que lhe obstam o vôo são prova e expiação.”


   Já na pergunta Nº 38 do Capítulo XXV de “O Livro dos Médiuns”, temos: “ Pode evocar-se o Espírito de uma pessoa viva?”
 Resposta: “ Pode-se, visto que se pode evocar um Espírito encarnado. O Espírito de um vivo também pode, em seus momentos de liberdade, se apresentar sem ser evocado; isto depende da simpatia que tenha pelas pessoas com quem se comunica”

 E na pergunta Nº 39: “Em que estado se acha o corpo da pessoa cujo Espírito é evocado?”
 Resposta: “Dorme, ou cochila; é quando o Espírito está livre”


        Esclarecendo: evocação é quando um Espírito é chamado e se comunica através de um médium, ou, no caso da transcomunicação instrumental, através de um equipamento eletrônico gravador de áudio e/ou vídeo.   

Interessantíssima pesquisa foi realizada pelo médico da Faculdade de medicina da USP, Dr. Frederico Leão, com pacientes que sofrem de retardamento mental.  Médiuns incorporaram os Espíritos dos pacientes que, dessa forma, receberam o tratamento psicoterápico, obtendo melhoras bastante significativas. Extraímos o artigo abaixo diretamente do site de notícias da USP (endereço eletrônico no final deste texto):


“Tratamento espiritual aplicado a deficientes mentais demonstra eficácia

Flávia Souza
A prática espiritual, quando empregada em conjunto com padrões médicos convencionais, pode ser um tratamento eficaz para a deficiência mental. É o que concluiu o médico Frederico Leão em sua dissertação de mestrado defendida no Instituto de Psiquiatria (IPq), da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). O pesquisador analisou os casos de 650 pacientes internados nas Casas André Luiz, onde trabalha como psiquiatra, e verificou que aqueles que foram submetidos a determinadas sessões espirituais obtiveram melhoras significativas.

O médico utilizou a metodologia científica (estatística e escala psiquiátrica de avaliação) para analisar o efeito das chamadas "sessões mediúnicas". Segundo a crença espírita, o médium é capaz de incorporar a mente do deficiente mental e intermediar a comunicação entre o paciente e o grupo presente no encontro.

Num primeiro momento, Leão avaliou o estado de saúde dos pacientes que compuseram sua amostra e, seis meses depois, fez novas avaliações. "Embora todos os pacientes tenham obtido melhoras, o grupo dos vinte que participaram das sessões mediúnicas (que se comunicaram pelo médium) teve avanços ainda mais significativos do que aqueles que receberam outros tipos de tratamento espiritual", informa o pesquisador.

A maior parte dos pacientes observados sofrem de deficiências "graves e profundas", como define Leão. Há muitos casos de paralisia cerebral e cerca de metade deles é acamada. As idades variam de 4 a 50 anos, e a maioria são adultos jovens.

Critérios
Como método de avaliação dos pacientes, o pesquisador utilizou a Escala de Observação de Pacientes Psiquiátricos Internados (EOPPI), que considera fatores como desempenho motor, comunicação verbal, dificuldade em se realizar tarefas cotidianas e a ocorrência de sintomas de delírio. "Estatisticamente, os vinte participantes das sessões mediúnicas obtiveram melhoras consideráveis, que estão fora do campo do acaso",
conta Leão.
Como os pacientes não sabiam de sua participação nessas sessões, aponta o pesquisador, deve ser excluído o efeito placebo (efeito psicológico de melhora ocasionado pelo simples conhecimento de que se está recebendo um determinado tratamento). Era preciso observar a incorporação do médium e somente então identificar o paciente que supostamente se expressava. Os que acreditam nessa possibilidade de comunicação apostam que, ao falar de suas angústias e problemas, os pacientes obtêm benefícios psicoterápicos.

Hipóteses  e objetivos
Para explicar os efeitos do tratamento espiritual, Leão levanta a hipótese de que as melhoras correspondem às práticas da instituição, embora ela não explique a maior eficiência terapêutica das sessões mediúnicas. O fato de os funcionários, devido à sua formação religiosa, tratarem os pacientes com maior atenção e humanismo, por exemplo, pode ser um dos fatores que auxiliam no tratamento. Reforça essa hipótese a constatação de que todos os pacientes submetidos a qualquer prática espiritual tiveram melhoras em seu quadro clínico quando comparados àqueles que receberam apenas o tratamento convencional.

O médico destaca que o principal objetivo de seu trabalho é incentivar novos estudos na área. "A expectativa é estimular análises mais detalhadas, que considerem um período maior de observação e trabalhem também com instituições não-religiosas", afirma.

Mais informações: (0XX11) 3884-2460, com Frederico Leão; e-mail leaofc@yahoo.com


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

1 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de Janeiro: FEB, [1995].

2 _____________. O Livro dos Médiuns: ou guia dos médiuns e evocadores: espiritismo experimental Rio de Janeiro: FEB, [1997]. 

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:


quinta-feira, 31 de maio de 2012

ESPIRITISMO: UMA NOVA VISÃO DA VIDA

                          Fonte: http://animaiseoespiritismo.blogspot.com.br/2012/04/palestra-no-gffa-obrigada-amigos.html 



Fábio José Lourenço Bezerra

                Em nossos dias conturbados, paira no ar uma atmosfera de imediatismo. Busca-se a felicidade, com certeza, mas de que tipo? De um modo geral, os programas e propagandas de televisão, bem como os filmes, vendem-nos uma idéia de felicidade tipo aqui e agora. Reflexo do tipo de sociedade que somos. Queremos ter mais e mais: sermos os mais ricos, bonitos, os que praticam mais sexo, etc. Precisamos extrair sempre o máximo de prazer que podemos deste plano material em que nos encontramos.  Muitas vezes, não queremos estar por baixo, e nos enchemos de dívidas para ter um padrão de vida igual ou melhor do que o do nosso vizinho, ou trabalhamos de domingo a domingo, sacrificando o convívio com aqueles que amamos e a nossa qualidade de vida. Não, não podemos estar por baixo, afinal, quem vale mais é aquele que tem mais.
                Na busca desenfreada pela conquista de bens, prazeres materiais, prestígio e poder, muitos de nós chegamos a humilhar, prejudicar e, em casos extremos, até a tirar a vida do nosso semelhante.
                Esquecemos, contudo, que uma inteligência maior nos criou, e não deu àquele que nasceu na palafita, ou com retardamento mental, por exemplo, a mesma oportunidade de desfrutar dos prazeres que este mundo pode proporcionar. Não deu a eles as condições de competir por este tipo de felicidade que avidamente almejamos. Não seria este um sinal de que o caminho para a felicidade que, de um modo geral, escolhemos para nós, está errado? Será que Deus nos fez surgir neste mundo para desfrutar do carro do ano, enquanto na esquina, alguém morre de fome? Ou sequer pode compreender o valor financeiro e o “status” que proporciona o carro do ano?
                Esquecemos que nossa alma é imortal, e que a vida material passa, mal comparando com toda a eternidade que temos para viver, como frações de segundo dentro de trilhões de milênios. E por que, então, damos tanto valor a estas frações de segundo dentro da eternidade? A qualquer momento, não sabemos quando, como e onde, nós deixaremos este plano físico. Tudo de material, que acreditamos ter, deixaremos aqui, e de nada disto poderemos usufruir no outro lado da vida.
Levaremos, na nossa bagagem, apenas aquilo que depositamos em nossa consciência: o bem ou o mal que fizemos, nossos apegos aos prazeres e bens materiais e nossos valores. Nossa felicidade ou infelicidade na nova morada vai depender do conteúdo dessa bagagem. Quanto mais apegados à matéria, mais sofreremos no plano espiritual. O mal que fizemos será como uma faca a perfurar nosso corpo físico, tal a dor de consciência que lhe será conseqüente. Contudo, o bem que tivermos feito com desinteresse será como bálsamo em nosso Espírito, e o desapego à matéria nos fará planar como um pássaro em vôo.
A busca da felicidade, caros irmãos, é algo natural para o Espírito. Deus nos deu a vontade de procurá-la para que possamos avançar intelectualmente, ao planejar e trabalhar para alcançá-la. Contudo, a verdadeira e plena felicidade não alcançaremos neste mundo. Aqui estamos como o estudante está na escola, para aprender as lições básicas que, um dia, nos levarão à formatura na universidade e além. Querer ter a felicidade plena aqui seria como um aluno que quisesse apenas brincar durante as aulas, quando isto só pode ser feito no recreio. O prazer, para aquele aluno naquele momento, sem dúvida, seria imenso, mas com certeza atrapalharia sua formação escolar e, consequentemente, o seu futuro.
O caminho para a verdadeira felicidade, tanto individual quanto para toda a sociedade humana, encontra-se no cultivo da humildade, no desapego aos bens materiais e em buscar sempre compreender e auxiliar o próximo. Dessa forma, já nesta existência, adquirimos uma felicidade relativa, pois nos livramos das torturas morais provocadas pela inveja, pelo ciúme, pelo orgulho ferido, pela vaidade frustrada, pelos desentendimentos e a ansiedade por adquirir bens materiais e poder. Criamos para nós, muitas vezes, falsas necessidades, muito acima do que realmente é necessário para a nossa vida, e devido a isso nos atormentamos voluntariamente.
Auxiliando o próximo, obtemos a alegria de sermos úteis a alguém. Sim, podemos nos sentir felizes com a felicidade dos outros. Podem atestar este fato aqueles que realizam trabalho voluntário, os que dedicam parte de seu tempo, seus recursos intelectuais e financeiros para ajudar as pessoas. Fazer o bem faz bem, sendo a aquisição desta forma de felicidade apenas uma questão de desenvolvimento de potencialidades adormecidas em nossa alma.
Os hábitos é que fazem da pessoa o que ela é. Nossa personalidade é o somatório de tudo aquilo que adquirimos ao longo desta vida e nas anteriores. Bem sabemos que modificar nossas tendências não é nada fácil. Contudo, nossa reforma íntima deve ser realizada pouco a pouco, na medida de nossas possibilidades. A prática do bem ao nosso semelhante possui fundamental importância nesse processo, pois, através dela, com o tempo, adquirimos o hábito de fazer o bem. O que inicialmente sentimos como uma obrigação passa a ser algo muito natural, incorporado que fica à nossa personalidade.
O Espiritismo nos dá, alicerçado por uma gama enorme de evidências (Ver os textos “Os Princípios Básicos do Espiritismo” e “Por que ser Espírita?”, neste  blog) essa visão da vida, proporcionando-nos a força, a coragem e o consolo diante das adversidades, ensinando-nos a enxergá-las como oportunidades de crescimento espiritual.
Nos dá a fé raciocinada de que, tanto nós, quanto aqueles por quem temos afeição, sobreviveremos à morte, e teremos infinitas oportunidades de evoluir intelectual e moralmente. Toda a humanidade terrestre, um dia, estará no mesmo patamar, uns caminhando mais devagar, outros mais rápido, conforme as escolhas que tenham feito pelo caminho. Ao adquirirmos a perfeição intelecto-moral plena, habitaremos o seio de Deus, e estaremos em plena sintonia com Ele, sentindo diretamente os seus eflúvios de amor, e seremos seus ministros, executores diretos de Sua vontade. Nesse patamar de espiritualidade é que alcançaremos a verdadeira e plena felicidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de Janeiro: FEB, [1995].

2 _______________. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 3.ed. São Paulo: Petit, [1997].

3 _______________. O Céu e o Inferno: ou a justiça divina segundo o Espiritismo. 36.ed. Rio de Janeiro:FEB, [1990].

4_______________. A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo. 31 ed. Brasilia: FEB, 1944. 423 p.

sábado, 26 de maio de 2012

OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ESPIRITISMO


                                                     Fonte da imagem: http://www.upf.br

Fábio José Lourenço Bezerra

                A Doutrina Espírita, cuja codificação foi realizada por Allan Kardec sob a orientação e supervisão dos Espíritos Superiores (Ver o texto “O Início do Espiritismo Parte 2– a Codificação”, neste blog), possui os seguintes princípios básicos:
            
       A existência de Deus;
A imortalidade da alma;
A comunicabilidade do Espíritos;
A Reencarnação;
A Lei de Causa e Efeito;
A Pluralidade dos mundos habitados.

A EXISTÊNCIA DE DEUS

Na pergunta nº 1 de "O Livro dos Espíritos", temos: - Que é Deus?
- Resposta: "Deus é a inteligência suprema. Causa primeira de todas as coisas."

Na pergunta nº 4, temos: - “Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?”
- Resposta: "Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá."
Kardec faz um comentário: " Para crer-se em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da criação. O Universo existe, logo tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa."

Na pergunta nº 7, temos: -Poder-se-ia achar nas propriedades íntimas da matéria a causa primária da formação das coisas?
- Resposta: "Mas então, qual seria a causa dessas propriedades? É indispensável sempre uma causa primária."
Comentário de Kardec: "Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito pela causa, porquanto essas propriedades são também elas, um efeito que há de ter uma causa".

E, na pergunta nº 8: - Que se deve pensar da opinião dos que atribuem a formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou, por outra, do acaso?
         - Resposta: "Outro absurdo! Que homem de bom senso pode considerar o acaso um ser inteligente? E demais, que é o acaso? Nada."
Comentário de Kardec: "A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente já não seria acaso."

Vários anos depois de os Espíritos nos legarem estes ensinamentos, o homem investigava o Universo, desenvolvendo instrumentos cada vez mais precisos.
Descobriu as partículas subatômicas e suas propriedades. Mudou, de forma radical, o seu conceito de tempo, espaço e matéria.
Viu que o Universo possui vários bilhões de galáxias, tendo surgido de uma explosão de matéria e energia superconcentrada há cerca de 13 bilhões de anos atrás (o Big Bang).
As descobertas da ciência, até nossos dias, confundiram os cientistas ateus (aqueles que professam o credo de ter o universo, os planetas, a vida, surgido por mero acaso, fruto de combinações aleatórias da matéria e das forças físicas da natureza), e estes, perplexos, ficaram apenas a especular, tentando procurar uma saída para o seu ateísmo: analisando-se os dados obtidos até hoje, salta aos olhos ter o universo um propósito: dar origem e abrigar a vida. Uma vasta série de "coincidências", desde o Big Bang até o momento presente, permitiram o surgimento da vida em suas expressões mais complexas, e da consciência, apesar das enormes probabilidades em contrário. A ciência chama isto de o Princípio Antrópico.
Com o decorrer do tempo, nosso Universo está sofrendo uma expansão. Contudo, se a intensidade da gravidade fosse um pouquinho maior, ele se contrairia, sofrendo um colapso, não deixando tempo para que a vida se desenvolvesse. Sendo fraca demais, ocorreria a expansão, porém não se formariam estrelas ou galáxias para abrigar a vida.

A lista de "coincidências" é enorme. Como exemplos, temos:
·     Caso a força elétrica entre elétrons diferisse um pouco, a vida como a conhecemos não seria possível;
·         O próton (partícula do núcleo do átomo) e sua estabilidade;
·    A existência de elementos químicos mais pesados (como o carbono, base da vida como a conhecemos);
·         O tamanho das estrelas.

Enfim, tudo no universo mostra uma fina sintonia para o surgimento da vida em suas formas mais complexas. Água e moléculas orgânicas, por exemplo, são comuns no universo. O próprio surgimento da vida, com toda a sua sofisticada organização e imensa complexidade (principalmente a nível molecular), bem como sua evolução, até hoje, são enigmas. Para evoluir até o homem, ela passou por misteriosos saltos evolutivos entre as espécies (o que pode ser demonstrado nas numerosas lacunas nos registros fósseis da história da vida na Terra) que não podem ser explicados pelo acaso. A esse respeito só existem teorias um tanto especulativas, que contam com eventos aleatórios de baixíssima probabilidade, baseadas no materialismo.

Na pergunta Nº 13, temos: “Quando dizemos que Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom, temos idéia completa de seus atributos?
Resposta: “Do vosso ponto de vista, sim, porque credes abranger tudo. Sabei, porém, que há coisas que estão acima da inteligência do homem mais inteligente, as quais a vossa linguagem, restrita às vossas idéias e sensações, não tem meios de exprimir. A razão, com efeito, vos diz que Deus deve possuir em grau supremo essas perfeições, porquanto, se uma lhe faltasse, ou não fosse infinita, já ele não seria superior a tudo, não seria, por conseguinte, Deus. Para estar acima de todas as coisas, Deus tem que se achar isento de qualquer vicissitude e de qualquer das imperfeições que a imaginação humana possa conceber.”  
Comentário de Kardec:
“Deus é eterno. Se tivesse tido princípio, teria saído do nada, ou, então, também teria sido criado por um ser anterior. É assim que, de degrau em degrau, remontamos ao infinito e à eternidade.
É imutável. Se estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o Universo nenhuma estabilidade teriam.
É imaterial. Quer isto dizer que a sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria. De outro modo, ele não seria imutável, porque estaria sujeito às transformações da matéria.
É único. Se muitos Deuses houvesse, não haveria unidade de vistas, nem unidade de poder na ordenação do Universo.
É onipotente. Ele o é, porque é único. Se não dispusesse do soberano poder, algo haveria mais poderoso ou tão poderoso quanto ele, que então não teria feito todas as coisas. As que não houvesse feito seriam obra de outro Deus.
É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela, assim, nas mais pequeninas coisas, como nas maiores, e essa sabedoria não permite se duvide nem da justiça nem da bondade de Deus.”

A IMORTALIDADE DA ALMA E SUA COMUNICABILIDADE APÓS A MORTE
  
A Doutrina Espírita vem nos revelar que somos Espíritos. Ser Imortal, fonte da inteligência, memória, sensações, emoções, personalidade e vontade do ser humano. Muito além do corpo físico, que nada mais é do que uma veste, que é trocada quando necessário. Com o potencial de atingir níveis de inteligência e moralidade cada vez maiores, ou seja, de evoluir.
A primeira conclusão que podemos tirar, a partir dos atributos de Deus, é a respeito da imortalidade do Espírito. Ora, se considerarmos que Deus é todo-poderoso e soberanamente justo e bom, jamais poderíamos conceber que ele criaria seres conscientes que, levando toda uma vida de sofrimentos, seriam jogados no nada após a morte (imagine uma criança com câncer e os pais dela, por exemplo). Estes seres seriam criados apenas para sofrer e depois desaparecer? Sem nada ter feito para merecer tal punição ou sequer ter direito a uma compensação futura? Assim, Deus jamais seria bom, e sim um sádico, que se diverte ao assistir os sofrimentos de seus filhos, apenas tendo-os criado para essa finalidade, ou seria bastante indiferente com sua criação. Sendo todo-poderoso, poderia eliminar os sofrimentos, aliás, poderia impedir qualquer sofrimento desde o início. Mas, neste caso, poderia o leitor perguntar: porque Deus, então, permite o sofrimento das suas criaturas se Ele é bom, mesmo admitindo que o Espírito é imortal? Há uma explicação lógica, sim, pois Deus não faria tal coisa se isto não se revertesse em algo bom, no futuro, para o Espírito, o que torna necessária a continuidade da existência do mesmo (falaremos sobre isto mais adiante). Imagine, além disso, tudo o que se aprende ao longo da vida, os conhecimentos laboriosamente conquistados, as afeições que adquirimos pelas pessoas (pelos nossos entes queridos, por exemplo), tudo isso jogado no nada após a morte. Sendo justo, jamais deixaria que uns sofressem tanto ao longo da vida, enquanto outros praticamente nada sofrem, permitindo que, ao final, todos eles deixem de existir. De fato, seria inconcebível.
Portanto, podemos concluir, com base nos atributos de Deus, que o Espírito é imortal, e isto não considerando uma volumosa quantidade de provas da sobrevivência.

O Espiritismo nasceu do estudo de fenômenos que não se encaixam nas leis naturais conhecidas pela ciência oficial. Inicialmente, os fenômenos estudados foram a ocorrência de pancadas de origem desconhecida em móveis, paredes, teto, etc., (tiptologia), e logo em seguida o das “mesas girantes”, objetos que levitavam e davam pancadas no chão sem que ninguém, nem nada conhecido, os movesse. Os fenômenos supracitados chamaram a atenção de muitos cientistas e pesquisadores (como ocorreu com Allan Kardec) que, curiosos em relação às causas dos mesmos, resolveram empregar métodos que pudessem ligá-los a causas naturais ou à fraude.
O resultado das experiências de Kardec (Ver o texto “O Início do Espiritismo Parte 2 – a Codificação”, neste blog) demonstrou, para seu assombro e também o de muitos outros pesquisadores, que uma enorme parte dos casos era provocada por uma inteligência independente do médium e dos assistentes, contrária muitas vezes às convicções religiosas e filosóficas destes, com vontade e personalidade própria. Numerosas vezes dotadas de grande conhecimento e inteligência. Isto além do fato de as próprias inteligências insistentemente afirmarem que eram Espíritos, tendo um dia possuído um corpo, nada mais sendo que as almas de homens que um dia viveram na Terra ou em outros mundos. Afirmação esta, diga-se de passagem, feita antes mesmo de alguém pensar nesta hipótese, surgida mesmo em meios totalmente avessos a esta idéia, como ocorreu com a família Fox, que eram protestantes, e muitos outros casos registrados pouco tempo antes do surgimento da Doutrina Espírita.
           Com o tempo, as comunicações evoluíram, sob a orientação das próprias "inteligências", para um lápis amarrado em uma cesta, segurada por duas pessoas, a escrever em uma folha de papel. Por fim, as "inteligências" sugeriram  colocar-se um lápis diretamente na mão do médium (pessoa com  a sensibilidade  para  comunicar-se com  os espíritos desenvolvida, em alguns casos capaz de ceder energia para que os espíritos atuem na matéria, movendo-a, produzindo pancadas, etc.), da qual tomariam o controle temporariamente para escrever. Nascia,  assim, a psicografia.
As revelações dadas pelos espíritos possuíam um caráter revolucionário, e ao mesmo tempo profundamente racional. Eles apresentaram um conceito de Deus e do universo totalmente diverso do que se tinha até então, e a justiça divina nunca se apresentara tão rica em lógica e perfeição. Deus deixava de ser um Pai descontrolado e vingativo, que condenava seus filhos desencaminhados a uma punição eterna, para lhes dar infinitas chances de arrependimento, proporcionando-lhes meios de se reeducarem e conquistarem a perfeição moral e intelectual. Para esse Deus, nenhum de seus filhos seria excluído, por mais tempo que exigisse, da benção de evoluir e estar na presença dele.

A força de todas estas circunstâncias fizeram Kardec concluir que as inteligências comunicantes eram exatamente o que alegavam ser: homens que sobreviveram à morte do corpo físico, conservando intacto o seu principio inteligente – que é a alma. Ele constatou imediatamente a grande importância desta revelação, e tomou a decisão de publicar as suas conclusões, e principalmente as revelações dadas pelos espíritos.

Após Allan Kardec, muitas outras pesquisas vieram para confirmar a existência e os ensinamentos dos Espíritos. Estas foram realizadas em abundância na segunda metade do século XIX e início do século XX, de forma independente, por cientistas de grande importância na época. Boa parte deles, diante das fortíssimas evidências que tinham diante de si, tornaram-se convictos da sobrevivência da alma, apesar de, antes dessas pesquisas, serem céticos (como exemplos, temos William Crookes, Cesare lombroso, Alfred Russel Wallace, Charles Richet,William Barret e Gustave Geley, além de muitos outros). ( Ver o texto "Ilustres Cientistas Confirmaram: A Alma Sobrevive à Morte", neste blog).

Diversos outros pesquisadores, durante todo o século XX, também de forma independente, realizaram pesquisas neste campo, chegando às mesmas conclusões, inclusive verificando fortes evidências da reencarnação.

Os fenômenos estudados pelos pesquisadores supracitados foram os mais variados:

·         Experiências de contato com Espíritos por indivíduos em estado sonambúlico;
·         Relatos de sonhos significativos;
·         Visões de Espíritos no leito de morte;
·         Manifestações físicas e intelectuais e aparições de Espíritos, com propósito ou
genéricas;
·         Relatos indicativos de reencarnação (através de lembranças espontâneas de vidas anteriores, geralmente em crianças, e de um processo, atualmente muito utilizado com fins terapêuticos, que é a Técnica de regressão de memória a vidas passadas);
·         Relatos de Experiências de Quase-Morte;
·         Relatos de saída consciente do corpo (desdobramento espiritual);
·         Materializações de Espíritos obtidas por Mediunidade;
·         Provas através de equipamentos eletrônicos (transcomunicação instrumental).

As próprias inteligências comunicantes deram instruções para melhorar os métodos de comunicação, que foi continuamente aperfeiçoado (hoje em dia eles se comunicam até pelo computador).

Ao estudar a reencarnação, na Universidade Estadual do Colorado (EUA), em 1988, Albertson e Freeman, testando algumas hipóteses e contra-hipóteses, chegaram a conclusões semelhantes a outros pesquisadores, tendo estes utilizado métodos diferentes. Eles aplicaram estas hipóteses e contra-hipóteses aos vários estudos existentes sobre reencarnação, e também à gama de fenômenos paranormais conhecidos. Debruçando-se sobre a história da humanidade, as mais diversas religiões, filosofias, e os vários fenômenos paranormais, depararam-se com concordâncias precisas, ou seja, padrões, sobre reencarnação (Ver o texto “Por que ser Espírita?”, neste blog).

A REENCARNAÇÃO

Pensando nos atributos de Deus da soberana bondade e justiça, além da onipotência, observando nosso mundo e admitindo-se por um instante a idéia de que se vive apenas uma vez, conforme pregam determinadas crenças, encontramos as seguintes contradições:
 - Porque existe o sofrimento? Se a humanidade sofre porque o primeiro homem pecou (referindo-se a Adão e a Doutrina do pecado original), então seria justo, por exemplo, que nosso avô, nosso pai e tios, e até nós, fôssemos presos porque nosso bisavô cometeu um assassinato antes de ter filhos? Onde estaria, então, a responsabilidade individual pelos próprios atos? ;
- Porque uns sofrem tanto (por exemplo, uma criança com câncer e os seus pais), sem nada terem feito nessa vida que o justifique, enquanto outros sofrem tão pouco? ;
- Porque uns nascem na miséria, sem ter o mínimo necessário para desenvolverem-se física e mentalmente (lembram-se dos miseráveis da Etiópia, por exemplo?), enquanto outros nascem na abundância? ;
- Porque uns nascem com grande habilidade em determinadas áreas do conhecimento, muitas vezes até são gênios, independentemente da educação que lhes foi dada e do meio em que viveram, enquanto outros nascem com muito pouca inteligência, até mesmo com deficiência mental? ;
- Porque uns possuem índole tão má, a ponto de torturar e assassinar seu semelhante com requintes de crueldade, enquanto outros são capazes de sacrificar seu tempo, seu repouso ou até mesmo de dar a vida para beneficiar outras pessoas, mesmo não sendo parentes, amigos ou sequer conhecidos? Não podemos dizer que se trata de simples escolhas, pois se pode facilmente verificar que os sentimentos (ou a ausência deles), motivadores destes comportamentos, em muitos casos brotam espontaneamente destas pessoas, sem nenhum esforço da parte delas ;
 - Porque uns chegam a viver apenas alguns anos, meses, ou até a morrer no ventre materno, sem ter podido fazer nem o bem, nem o mal ou aprender qualquer tipo de crença? Se vão para o céu, porque esse favor, sem que coisa alguma tenham feito para merecê-lo? Porque tipo de privilégios eles se vêem isentos das tribulações da vida? Se vão para o inferno, que fizeram para merecê-lo? Porque outros vivem até os 100 anos ou mais, sujeitos às mais diversas tribulações e tentações da vida?
- Se sofrer eternamente ou não após a morte depende da adoção de determinada crença, então porque várias pessoas, diariamente, morrem sem nada conhecer desta crença? E os milhões que morreram no passado sem dela nada conhecer? Caso sejam salvos porque não conhecem, porque o privilégio de não terem-na conhecido? Se não são salvos, porque então nasceram sob esta condição?
- Se Deus é bom, então porque ele não daria mais oportunidades para arrependimento, antes de jogar seu filho em um suplício eterno? Se alguém, por exemplo, viveu 20 anos e pecou mortalmente, morrendo e indo para o inferno, será que se pudesse ter vivido até os 100 anos, durante os 80 anos restantes não poderia ter se arrependido e, assim, ganho o céu? E enquanto arde no inferno, será que também aí não poderia se arrepender? Se sim, então porque Deus não lhe daria uma chance?

Vejamos o que disse Allan Kardec em “O Livro dos Espíritos”,  Capítulo V, título – CONSIDERAÇÕES SOBRE A PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS:

“[...] Admitamos, ao contrário, uma série de progressivas existências anteriores para cada alma e tudo se explica. Ao nascerem, trazem os homens a intuição do que aprenderam antes: são mais ou menos adiantados, conforme o número de existências que contem, conforme já estejam mais ou menos afastados do ponto de partida. Dá-se aí exatamente o que se observa numa reunião de indivíduos de todas as idades, onde cada um terá desenvolvimento proporcionado ao número de anos que tenha vivido. As existências sucessivas serão, para a vida da alma, o que os anos são para o do corpo.”
“[...] Haverá alguma doutrina capaz de resolver esses problemas? Admitam-se as existências consecutivas e tudo se explicará conformemente à justiça de Deus. O que não se pôde fazer numa existência, faz-se em outra. Assim é que ninguém escapa à lei do progresso, que cada um será recompensado segundo o seu merecimento real e que ninguém fica excluído da felicidade suprema, a que todos podem aspirar, quaisquer que sejam os obstáculos com que topem no caminho.” (Ver o texto "Por Que Esquecemos Nossas Vidas Passadas?", neste blog).

Além de os Espíritos terem-na confirmado, e ela ser bastante lógica, a reencarnação é confirmada por uma quantidade enorme de evidências. No mundo inteiro, diversos pesquisadores têm estudado o fenômeno da reencarnação.
A pesquisa acontece em duas áreas distintas: casos de lembranças espontâneas de vidas anteriores, geralmente em crianças, e a outra através de um processo, atualmente muito utilizado com fins terapêuticos, que é a Técnica de regressão de memória a vidas passadas.
Na primeira área, destacamos o professor de psiquiatria Dr. Ian Stevenson e o atual continuador de sua pesquisa, o psiquiatra infantil Dr. Jim B. Tucker,  ambos da  Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos. Destacamos também o médico psiquiatra indiano Dr. H. N. Banerjee. No Brasil, uma pesquisa desta natureza também foi realizada pelo engenheiro Ernani Guimarães Andrade.
Na segunda área, tendo como precursor o coronel francês Albert de Rochas, que pesquisou sobre as vidas passadas de dezoito pessoas, entre 1903 e 1910, através da hipnose, destacamos a renomada psicóloga americana Dra. Helen Wambach e inúmeros psicoterapeutas, dos quais temos como exemplos: Morris Netherton, Edith Fiore e Brian Weiss nos Estados Unidos, Roger Woolger  na Inglaterra, Patrick Druot  na França, Thorwald Dethlefsen na Alemanha e Hans Tendam na Holanda, além de outros.
A partir do conjunto de todas essas pesquisas, chega-se a uma única conclusão possível: a reencarnação não é apenas uma teoria, mas um fato amplamente demonstrado.
Relativamente à pesquisa do Dr. Ian Stevenson, este registrou, ao redor do mundo, em um período de mais de quarenta anos para cá, perto de 2700 casos de crianças que relataram lembranças de vidas anteriores. Algumas se dizem membros da família já falecidos, outros descrevem vidas anteriores como estranhos. Tipicamente, a criança, muito nova (em geral por volta dos seus 2 a 3 anos de idade), começa a falar de uma outra vida persistentemente. Muitas vezes, pede que a levem para encontrar-se com a sua outra família, em outro local. Quando a criança fornece nomes ou detalhes suficientes sobre a outra localidade, a família atual, quase sempre, vai até lá e confirma as informações dadas pela criança, que se mostram corretas. As informações batem, em vários casos com riqueza de detalhes, com a vida de uma pessoa há pouco tempo falecida.
As crianças não só demonstram ter lembranças da vida da personalidade anterior (detalhes a respeito de membros da antiga família, eventos da vida passada ou o modo como morreram), mas também, com muita freqüência, apresentam marcas de nascença semelhantes a ferimentos no corpo da vida anterior, bem como suas emoções, apegos, medos, vícios, gostos e aversões.  A identificação com um determinado país ou sexo também aparecem em alguns casos.
Já na pesquisa da Dra. Helen Wambach, esta, utilizando-se da hipnose, registrou mais de 1000 casos de recordações de vidas passadas de homens e mulheres. Os dados recolhidos por ela, entre outros, foram relativos a sexo, aparência, vestuário, ambiente, alimentação e tipo de moeda usado à época da vida anterior, além da sensação experimentada no momento da morte, quando o espírito abandonou o corpo.
O que impressiona na pesquisa da Dra. Wambach é que, posteriormente, realizando pesquisas históricas sobre os dados supracitados, verificou que estes eram exatos, pois se encaixavam perfeitamente na época em que se deram as vidas anteriores. Digno de nota é que, para a grande maioria das pessoas que participaram de sua pesquisa, seria impossível terem conhecimento de todos aqueles detalhes históricos. E, dando um tratamento estatístico aos dados, verificou que o número total de vidas anteriores das pessoas pesquisadas, relativamente ao sexo (49,4 % de mulheres e 50,6 % de homens), distribuía-se da forma como prevê a Biologia, ou seja, 50 % para cada sexo. Verificou também que a distribuição da densidade populacional, compreendida entre os anos 2000 antes de Cristo e o século XX, coincidia com os dados estatísticos atualmente aceitos. Mostrou-se assim, claramente, que as lembranças dos participantes da pesquisa não eram apenas fantasias.
Chamamos a atenção, relativamente à pesquisa da Dra. Wambach, ao fato de que muitas informações obtidas, como, por exemplo, as do período entre uma vida e outra, a finalidade da reencarnação, a escolha e o planejamento, pelo espírito, do tipo de vida pela qual passará, etc., coincidem e muito com os postulados espíritas.
A reencarnação também aparece nos relatos de muitas pessoas que passaram pelas chamadas Experiências de Quase-Morte (mais detalhes sobre este fenômeno no meu texto As Experiências deQuase-Morte, neste blog).

A LEI DE CAUSA E EFEITO

Todos nós somos irmãos em Deus, e é nosso dever nos ajudarmos mutuamente. Tudo o que fizermos de mal, conscientemente, aos nossos irmãos, ou toda a ajuda que deixarmos de prestar e, por conta disso, eles sofrerem, este mal se voltará contra nós, obedecendo à Lei de Causa e Efeito.
Podemos não sentir enquanto estamos no corpo físico, mas, após a morte, temos nossa sensibilidade bastante aumentada, e é outro o nosso ponto de vista. Nossas imperfeições, quando estamos no mundo espiritual, são, para nós, como nódoas, manchas em nosso Espírito, que repercutem em nosso corpo espiritual de diversas formas. O sentimento de culpa, advindo de nossos erros, castiga nossa consciência (muitas vezes de forma bastante violenta), que necessita, para seu alívio, reparar o erro cometido. Esta reparação é feita, muitas vezes, em encarnações onde nos comprometemos a fazer o bem, ajudando aqueles a quem fizemos mal, ou a outras pessoas, ou voltamos para sofrer da mesma forma que aqueles a quem prejudicamos.
Quando ainda pouco evoluídos e, dessa forma, pouco capacitados para fazer escolhas por conta própria, e no intuito de acelerar o processo evolutivo, a espiritualidade superior impõe aos Espíritos determinados tipo de existência. 
Tal mecanismo não possui caráter de castigo, mas tão somente educativo, para modificar as disposições íntimas do Espírito, que, sabendo aproveitar as reflexões aí proporcionadas, avança muito na sua evolução moral.

A PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS

Na pergunta nº 172 de O Livro dos Espíritos, lemos: - As nossas diversas existências corporais se verificam todas na Terra?
- Resposta: "Não, vivemo-las em diferentes mundos. As que aqui passamos não são as primeiras, nem as últimas; são, porém, das mais materiais e das mais distantes da perfeição".
Pergunta Nº 55: “São habitados todos os globos que se movem no espaço?”
Resposta: “Sim, e o homem terreno está longe de ser, como supõe, o primeiro em inteligência, em bondade e em perfeição. Entretanto, há homens que se têm por espíritos fortes e que imaginam pertencer a este pequenino globo o privilégio de conter seres racionais. Orgulho e vaidade! Julgam que só para eles criou Deus o Universo.”
Observação de Kardec: “Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo todos esses seres para o objetivo final da Providência. Acreditar que só os haja no planeta que habitamos fora duvidar da sabedoria de Deus, que não fez coisa alguma inútil. Certo, a esses mundos ele há de ter dado uma destinação mais séria do que a de nos recrearem a vista. Aliás, nada há, nem na posição, nem no volume, nem na constituição física da Terra, que possa induzir à suposição de que ela goze do privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de milhões de mundos semelhantes”  

Pergunta Nº 56: “É a mesma a constituição física dos diferentes globos?”
Resposta: “Não; de modo algum se assemelham”

A ciência, a cada dia, constata com assombro, à medida em que se sofisticam os métodos de investigação do espaço, a imensidade de mundos que existem no universo. Isto está de pleno acordo com o que os Espíritos responsáveis pela transmissão da Doutrina Espírita disseram, em meados do século XIX, como vimos acima. Naquela época, muitos cientistas ainda acreditavam que a formação de planetas em torno de estrelas, como a que ocorreu com o nosso sol, se devia a um evento raríssimo. O nosso sistema solar, para eles, talvez fosse o único no universo, fruto de mero acaso cósmico.
           Os cientistas já encontraram mais de 600 planetas fora do nosso sistema solar. Hoje, planetas nas zonas habitáveis são calculados em bilhões só na nossa galáxia, a Via-láctea. Zona habitável é aquela região em torno da estrela que fica à uma distância na qual os níveis de radiação permitem a existência de água em estado líquido e a temperatura adequada, que permitem o surgimento e a manutenção da vida no planeta, tomando-se por base as formas de vida que conhecemos em nosso mundo. Contudo, é muito provável que a vida exista sob condições que sequer imaginamos.
Há em torno de 150 bilhões de galáxias só no Universo vísivel. O nosso sol é apenas uma das 300 bilhões de estrelas da nossa galáxia.
Disse o astrônomo Carl Sagan: "deve haver bilhões de trilhões de mundos. Então porque só nós, jogados aqui num canto esquecido do Universo, seríamos afortunados?". Também declarou o físico de Harvard, Paul Horowitz: "vida inteligente no Universo? Garantido. Na nossa galáxia? Extremamente provável." (Ver o texto "A Pluralidade dos Mundos Habitados 4", neste blog). 
Para Robert Jaffe, Alejandro Jenkins e Itamar Kimchi, ligados à Universidade da Flórida e ao MIT, não se trata mais de responder se existe vida em outras partes do nosso Universo, mas se há vidas em outros universos além do nosso. Eles acreditam ter elaborado argumentação suficiente para demonstrar que, teoricamente, outros universos, mesmo muito diferentes do nosso, podem desenvolver elementos parecidos  com o carbono, o hidrogênio e o oxigênio, o que os possibilita conter formas de vida realmente muito semelhantes à nossa (Ver os textos “A pluralidade dos mundos habitados – Parte 1Parte 2 e Parte 3”, neste Blog).       
Segundo os Espíritos, são comuns as transmigrações de Espíritos de um mundo para o outro. Isto explicaria, por exemplo, a misteriosa tecnologia e os conhecimentos astronômicos e matemáticos que foram constatados em civilizações antiqüíssimas, como no caso da civilização egípcia. Espíritos de mundos mais avançados teriam encarnado aqui em eras remotas, utilizando, intuitivamente, alguns de seus conhecimentos adquiridos na sua vida pretérita, que ficaram registrados nos artefatos arqueológicos que conseguiram resistir à ação do tempo e puderam ser estudados por nossa atual civilização.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 ANDRADE, Hernani Guimarães. Parapsicologia: uma visão panorâmica. São Paulo: FE, 2002.

2 KARDEC, Allan.
 O Livro dos Espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de Janeiro: FEB, [1995].

3 _____________. O Livro dos Médiuns: ou guia dos médiuns e evocadores: espiritismo experimental Rio de Janeiro: FEB, [1997]. 
4 _______________. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 3.ed.São Paulo: Petit, [1997].

5 _______________. O Que É o Espiritismo: o espiritismo em sua mais simples expressão. 43. ed. São Paulo: Instituto de Difusão Espírita, [2000].

6 WANTUIL, Zêus.  As mesas girantes e o Espiritismo. 1 ed.Rio de Janeiro: FEB, [1957];

7 WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco. Allan Kardec: Pesquisa bibliográfica e ensaios de interpretação. Vol II.1 ed.Rio de Janeiro.FEB, [1980].

8 WAMBACH, Helen. Recordando vidas passadas, 1978;

9 MOODY Jr. Raymond A. Vida depois da vida, 1979;

10 WEISS, Brian L. Muitas vidas, muitos mestres, 1988;

11 TUCKER, Jim B. Vida antes da vida: uma pesquisa científica das lembranças que as crianças têm de vidas passadas, 2007;

12 TENDAM, Hans.  Panorama sobre a reencarnação Vol 1, 1996;

13 BURGOS, Pedro. Não estamos sozinhos. Superinteressante, São Paulo: Abril, ed. 255, ago. 2008;

14 KAKU, Michio. Mundos paralelos. Rio de Janeiro: Rocco, 2008;

15 TORCHI, Christiano. Espiritismo passo a passo com Kardec. 3 ed.Rio de Janeiro: FEB, [2011].

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=planetas-zonas-habitaveis&id=010130120328

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=existirao-vidas-em-outros-universos&id=010130100319