Dr Ian Stevenson: Pesquisou cerca de 2700 casos de crianças que lembraram de suas vidas passadas
Fonte da imagem: http://www.espiritualismo.hostmach.com.br/ian_stevenson.htm
Fábio José Lourenço Bezerra
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Fábio José Lourenço Bezerra
No nosso texto anterior, de título “A Lógica da Reencarnação”, neste blog, falamos da reencarnação no seu aspecto filosófico, demonstrando que ela é uma conseqüência lógica, quando partimos do princípio de que Deus existe e possui os atributos Onipotência e Soberana Justiça e Bondade.
De fato, além de a reencarnação ter sua existência confirmada por diversos Espíritos, em comunicações através de diversos médiuns, desconhecidos entre si e de localidades diferentes e distantes do mundo (pelo método de Allan Kardec, chamado Controle Universal dos Ensinamentos dos Espíritos, sobre o qual falamos no texto “Os Mortos Voltam para Contar? “, neste blog), podemos chegar à conclusão de sua existência utilizando apenas o raciocínio lógico, como bem falou Allan Kardec, no Capítulo V de “O Livro dos Espíritos”:
“[...] Temos raciocinado, abstraindo, como dissemos, de qualquer ensinamento espírita que, para certas pessoas, carece de autoridade. Não é somente porque veio dos Espíritos que nós e tantos outros nos fizemos adeptos da pluralidade das existências. É porque essa doutrina nos pareceu a mais lógica e porque só ela resolve questões até então insolúveis.”
Além de os Espíritos terem-na confirmado, e ela ser bastante lógica, a reencarnação é confirmada por uma quantidade enorme de evidências. No mundo inteiro, diversos pesquisadores têm estudado o fenômeno da reencarnação.
A pesquisa acontece em duas áreas distintas: casos de lembranças espontâneas de vidas anteriores, geralmente em crianças, e a outra através de um processo, atualmente muito utilizado com fins terapêuticos, que é a Técnica de regressão de memória a vidas passadas.
Na primeira área, destacamos o professor de psiquiatria Dr. Ian Stevenson e o atual continuador de sua pesquisa, o psiquiatra infantil Dr. Jim B. Tucker, ambos da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos. Destacamos também o médico psiquiatra indiano Dr. H. N. Banerjee. No Brasil, uma pesquisa desta natureza também foi realizada pelo engenheiro Ernani Guimarães Andrade.
Na segunda área, tendo como precursor o coronel francês Albert de Rochas, que pesquisou sobre as vidas passadas de dezoito pessoas, entre 1903 e 1910, através da hipnose, destacamos a renomada psicóloga americana Dra. Helen Wambach e inúmeros psicoterapeutas, dos quais temos como exemplos: Morris Netherton, Edith Fiore e Brian Weiss nos Estados Unidos , Roger Woolger na Inglaterra, Patrick Druot na França, Thorwald Dethlefsen na Alemanha e Hans Tendam na Holanda, além de outros.
A partir do conjunto de todas essas pesquisas, chega-se a uma única conclusão possível: a reencarnação não é apenas uma teoria, mas um fato amplamente demonstrado.
Relativamente à pesquisa do Dr. Ian Stevenson, este registrou, ao redor do mundo, em um período de mais de quarenta anos para cá, perto de 2700 casos de crianças que relataram lembranças de vidas anteriores. Algumas se dizem membros da família já falecidos, outros descrevem vidas anteriores como estranhos. Tipicamente, a criança, muito nova (em geral por volta dos seus 2 a 3 anos de idade), começa a falar de uma outra vida persistentemente. Muitas vezes, pede que a levem para encontrar-se com a sua outra família, em outro local. Quando a criança fornece nomes ou detalhes suficientes sobre a outra localidade, a família atual, quase sempre, vai até lá e confirma as informações dadas pela criança, que se mostram corretas. As informações batem, em vários casos com riqueza de detalhes, com a vida de uma pessoa há pouco tempo falecida.
As crianças não só demonstram ter lembranças da vida da personalidade anterior (detalhes a respeito de membros da antiga família, eventos da vida passada ou o modo como morreram), mas também, com muita freqüência, apresentam marcas de nascença semelhantes a ferimentos no corpo da vida anterior, bem como suas emoções, apegos, medos, vícios, gostos e aversões. A identificação com um determinado país ou sexo também aparecem em alguns casos.
Já na pesquisa da Dra. Helen Wambach, esta, utilizando-se da hipnose, registrou mais de 1000 casos de recordações de vidas passadas de homens e mulheres. Os dados recolhidos por ela, entre outros, foram relativos a sexo, aparência, vestuário, ambiente, alimentação e tipo de moeda usado à época da vida anterior, além da sensação experimentada no momento da morte, quando o espírito abandonou o corpo.
O que impressiona na pesquisa da Dra. Wambach é que, posteriormente, realizando pesquisas históricas sobre os dados supracitados, verificou que estes eram exatos, pois se encaixavam perfeitamente na época em que se deram as vidas anteriores. Digno de nota é que, para a grande maioria das pessoas que participaram de sua pesquisa, seria impossível terem conhecimento de todos aqueles detalhes históricos. E, dando um tratamento estatístico aos dados, verificou que o número total de vidas anteriores das pessoas pesquisadas, relativamente ao sexo (49,4 % de mulheres e 50,6 % de homens), distribuía-se da forma como prevê a Biologia, ou seja, 50 % para cada sexo. Verificou também que a distribuição da densidade populacional, compreendida entre os anos 2000 antes de Cristo e o século XX, coincidia com os dados estatísticos atualmente aceitos. Mostrou-se assim, claramente, que as lembranças dos participantes da pesquisa não eram apenas fantasias.
Chamamos a atenção, relativamente à pesquisa da Dra. Wambach, ao fato de que muitas informações obtidas, como, por exemplo, as do período entre uma vida e outra, a finalidade da reencarnação, a escolha e o planejamento, pelo espírito, do tipo de vida pela qual passará, etc., coincidem e muito com os postulados espíritas.
Nas comunicações com Espíritos através de aparelhos eletrônicos (Transcomunicação Instrumental), que começou a ocorrer a partir de 1959 com Friedrich Jurgenson, através de um gravador de áudio, e depois espalhou-se pelo mundo através de vários pesquisadores, com registros em áudio e também em vídeo, inclusive pelo computador, também foi confirmada a existência da reencarnação (Ver os textos "Os Espíritos se Comunicam por Aparelhos Eletrônicos? Parte 2", neste blog).
A reencarnação também aparece nos relatos de muitas pessoas que passaram pelas chamadas Experiências de Quase-Morte (mais detalhes sobre este fenômeno no meu texto “As Experiências de Quase-Morte”, neste blog).
Abaixo estão os padrões identificados por estes dois pesquisadores*:
1. O ser humano consiste pelo menos em duas partes distintas: um corpo e um espírito.
2. O espírito é uma entidade não-física, existe e pode funcionar independente e à parte do domínio físico.
3. O espírito pode tomar decisões e escolhas acerca da sua situação, tanto em relação ao mundo físico quanto ao domínio espiritual, desde que não viole as leis causais básicas.
4. O espírito existe para sempre.
5. Alguns espíritos passam através de mais de uma vida biológica e estão associados sucessivamente com diferentes corpos físicos.
6. O espírito se separa do corpo físico após sua morte.
7. O espírito junta-se ao corpo físico, no processo do nascimento.
8. O espírito conserva uma memória de todas as fases da sua existência prévia.
9. O espírito tem dois modos ou oportunidades de aprendizagem: experiências no mundo físico e experiências no domínio do espírito.
10. O espírito pode aprender os princípios teóricos básicos de viver no domínio espiritual e pode aprender a aplicação prática desses princípios no mundo físico.
11. Os pensamentos e ações do espírito numa vida terão consequências na sua escolha de circunstâncias para quaisquer vidas subsequentes.
12. O espírito escolhe cuidadosamente as circunstâncias iniciais - corpo, família, etc. - de uma vida física que iniciará.
13. Um espírito pode receber assistência, na decisão de reencarnar, de guias espirituais.
14. O objetivo principal da vida de um espírito é aprender e praticar o amor incondicional a todas as pessoas, incluindo a si próprio.
15. Enquanto no domínio espiritual, o espírito tem oportunidades de ajudar àqueles que se encontram no mundo físico.
A reencarnação também aparece nos relatos de muitas pessoas que passaram pelas chamadas Experiências de Quase-Morte (mais detalhes sobre este fenômeno no meu texto “As Experiências de Quase-Morte”, neste blog).
Ao estudar a reencarnação, na Universidade Estadual do Colorado (EUA), em 1988,Albertson e Freeman, testando algumas hipóteses e contra-hipóteses, chegaram a conclusões semelhantes a outros pesquisadores , tendo estes utilizado métodos diferentes. Eles aplicaram estas hipóteses e contra-hipóteses aos vários estudos existentes sobre reencarnação, e também à gama de fenômenos paranormais conhecidos. Debruçando-se sobre a história da humanidade, as mais diversas religiões, filosofias, e os vários fenômenos paranormais, depararam-se com concordâncias precisas, ou seja, padrões, sobre reencarnação.
Abaixo estão os padrões identificados por estes dois pesquisadores*:
1. O ser humano consiste pelo menos em duas partes distintas: um corpo e um espírito.
2. O espírito é uma entidade não-física, existe e pode funcionar independente e à parte do domínio físico.
3. O espírito pode tomar decisões e escolhas acerca da sua situação, tanto em relação ao mundo físico quanto ao domínio espiritual, desde que não viole as leis causais básicas.
4. O espírito existe para sempre.
5. Alguns espíritos passam através de mais de uma vida biológica e estão associados sucessivamente com diferentes corpos físicos.
6. O espírito se separa do corpo físico após sua morte.
7. O espírito junta-se ao corpo físico, no processo do nascimento.
8. O espírito conserva uma memória de todas as fases da sua existência prévia.
9. O espírito tem dois modos ou oportunidades de aprendizagem: experiências no mundo físico e experiências no domínio do espírito.
10. O espírito pode aprender os princípios teóricos básicos de viver no domínio espiritual e pode aprender a aplicação prática desses princípios no mundo físico.
11. Os pensamentos e ações do espírito numa vida terão consequências na sua escolha de circunstâncias para quaisquer vidas subsequentes.
12. O espírito escolhe cuidadosamente as circunstâncias iniciais - corpo, família, etc. - de uma vida física que iniciará.
13. Um espírito pode receber assistência, na decisão de reencarnar, de guias espirituais.
14. O objetivo principal da vida de um espírito é aprender e praticar o amor incondicional a todas as pessoas, incluindo a si próprio.
15. Enquanto no domínio espiritual, o espírito tem oportunidades de ajudar àqueles que se encontram no mundo físico.
16. Há vários níveis de existência espiritual, após a morte do corpo físico, onde o espírito pode habitar.
17. A situação de um espírito dum nível de existência espiritual, após a morte do seu corpo físico, dependerá da sua evolução na época da morte.
18. A evolução do espírito a qualquer momento, é determinada em grande parte, mas não totalmente, pelas suas ações e pensamentos passados.
19. O nível mais baixo da existência espiritual disponível para um espírito é um estado de ligação próximo à matéria.
20. Espíritos que penetram níveis mais elevados da existência espiritual após a morte do corpo físico, escolhem fazer isso com a assistência dos guias espirituais.
21. Num estado ligado à terra, isto é, desencarnado à espera de reencarnar de novo, um espírito pode encaixar-se numa das várias atividades, por exemplo:
a) ligação aos espíritos nos corpos.
b) esconder-se com medo do contacto com outros espíritos;
c) vaguear de lugar para lugar, tentando comunicar com espíritos que deixam os corpos físicos.
22. Nos níveis mais altos da existência espiritual, um espírito pode aprender os princípios de viver em qualquer dos templos da sabedoria (cidades espirituais), sob a proteção dos guias espirituais.
23. Os espíritos preferem a existência nos níveis mais altos do domínio espiritual do que a existência no plano da terra e escolhem retornar ao plano físico para poderem avançar em sua aprendizagem.
17. A situação de um espírito dum nível de existência espiritual, após a morte do seu corpo físico, dependerá da sua evolução na época da morte.
18. A evolução do espírito a qualquer momento, é determinada em grande parte, mas não totalmente, pelas suas ações e pensamentos passados.
19. O nível mais baixo da existência espiritual disponível para um espírito é um estado de ligação próximo à matéria.
20. Espíritos que penetram níveis mais elevados da existência espiritual após a morte do corpo físico, escolhem fazer isso com a assistência dos guias espirituais.
21. Num estado ligado à terra, isto é, desencarnado à espera de reencarnar de novo, um espírito pode encaixar-se numa das várias atividades, por exemplo:
a) ligação aos espíritos nos corpos.
b) esconder-se com medo do contacto com outros espíritos;
c) vaguear de lugar para lugar, tentando comunicar com espíritos que deixam os corpos físicos.
22. Nos níveis mais altos da existência espiritual, um espírito pode aprender os princípios de viver em qualquer dos templos da sabedoria (cidades espirituais), sob a proteção dos guias espirituais.
23. Os espíritos preferem a existência nos níveis mais altos do domínio espiritual do que a existência no plano da terra e escolhem retornar ao plano físico para poderem avançar em sua aprendizagem.
(* Extraído do livro Reencarnação: processo educativo. Autor: Adenáuer Marcos Ferraz de Novaes)
É impressionante como estes padrões coincidem com os ensinamentos do Espiritismo.
Contudo, na bibliografia de seu estudo, os pesquisadores não citaram nenhum livro de Allan Kardec ou mesmo as obras que complementam a Codificação espírita. Isto serve como demonstração do caráter universal das teses espíritas, confirmadas pelas mais diferentes fontes, independentes entre si.
Verificamos assim, mais uma vez, através das mais variadas fontes e fatos comprovados por muitos pesquisadores não espíritas, em boa parte composta por acadêmicos de grande sucesso e reputação em suas áreas de atuação, que a Doutrina Espírita vai sendo confirmada ao longo do tempo, apesar dos seus mais de 150 anos de existência.
Como disse o codificador do Espiritismo, Allan Kardec:
“Não há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade”.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1 KARDEC, ALLAN. O Livro dos Espíritos, 1995.;
2 WAMBACH, Helen. Recordando vidas passadas, 1978;
3 MOODY Jr. Raymond A. Vida depois da vida, 1979;
4 ANDRADE, Hernani Guimarães. Parapsicologia: uma visão panorâmica, 2002;
5 WEISS, Brian L. Muitas vidas, muitos mestres, 1988;
6 TUCKER, Jim B. Vida antes da vida: uma pesquisa científica das lembranças que as crianças têm de vidas passadas, 2007;
7 TENDAM, Hans. Panorama sobre a reencarnação Vol 1, 1996;
8 ROCHAS D’AIGLUN, Eugene –Auguste Albert de. As vidas sucessivas, 2002;
10 NOVAES, Adenáuer Marcos Ferraz de. Reencarnação: processo educativo. Salvador: Fundação lar harmonia, 2003.
10 NOVAES, Adenáuer Marcos Ferraz de. Reencarnação: processo educativo. Salvador: Fundação lar harmonia, 2003.
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