sábado, 6 de julho de 2013

AS ASSINATURAS DE DEUS, NA NATUREZA, DEMONSTRAM SUA EXISTÊNCIA


Fábio José Lourenço Bezerra

            Para que possamos verificar a existência de Deus, devemos lançar o olhar sobre a natureza, da mesma forma que para um objeto qualquer. Caso este objeto, mediante nosso exame, apresente, ao mesmo tempo, complexidade, organização e propósito, é evidente que ele não surgiu por acaso, mas que uma inteligência o criou. O grau dessa inteligência será, evidentemente, proporcional aos graus dos três aspectos acima citados.
            Ao olhar para o Universo, desde a sua origem, verificamos, maravilhados, que os três aspectos acima abordados estão presentes. E de que forma! Verdadeiras assinaturas de Deus.
Analisando-se os dados científicos obtidos até hoje, salta aos olhos ter o universo um propósito: dar origem e abrigar a vida. Uma vasta série de "coincidências", desde o Big Bang até o momento presente, permitiram o surgimento da vida em suas expressões mais complexas, e da consciência, apesar das enormes probabilidades em contrário. A ciência chama isto de o Princípio Antrópico.

A lista de "coincidências" é enorme. Como exemplos, temos:

·         Caso a força elétrica entre elétrons diferisse um pouco, a vida como a conhecemos não seria possível;

·         O próton (partícula do núcleo do átomo) e sua estabilidade;

·         O tamanho das estrelas;

·         A existência de elementos químicos mais pesados (como o carbono, base da vida como a conhecemos).

            Sobre este último ítem, extraímos parte do artigo do site Inovação Tecnológica, intitulado:Identificado carbono primordial que deu origem à vida”. Vejamos:


            “No caso do carbono - um elemento fundamental para a vida na Terra - é necessário que seu núcleo passe por um certo estado intermediário especial, para que ele possa se formar no interior das estrelas. Esse estado - chamado estado de Hoyle - é uma forma do núcleo de carbono rica em energia, uma espécie de passo intermediário entre o núcleo de hélio e o núcleo de carbono, muito mais pesado.Se o estado de Hoyle não existisse, as estrelas poderiam gerar apenas quantidades muito pequenas não apenas do carbono, mas também de outros elementos mais pesados, como oxigênio, nitrogênio e ferro. Ou seja, sem esse passo intermediário, o Universo não seria mais do que uma massa gasosa ou gelatinosa, com muito poucos elementos pesados.”
    “Sem esse tipo específico de núcleo de carbono, a vida como a conhecemos não teria sido possível - e, eventualmente, nem mesmo o Universo como o conhecemos. Durante décadas, o estado de Hoyle foi o melhor exemplo para a teoria de que as constantes fundamentais da natureza devem ter precisamente os seus valores verificados experimentalmente, e não quaisquer outros, pois, caso contrário, não estaríamos aqui para observar o Universo - este é o chamado princípio antrópico.”
    “Para o estado de Hoyle, isso significa que ele deve ter exatamente a quantidade de energia que ele tem, ou então nós não existiríamos", afirma o Dr. Meibner.”

        Com o decorrer do tempo, nosso Universo está sofrendo uma expansão. Contudo, se a intensidade da gravidade fosse um pouquinho maior, ele se contrairia, sofrendo um colapso, não deixando tempo para que a vida se desenvolvesse. Sendo fraca demais, ocorreria a expansão, porém não se formariam estrelas ou galáxias para abrigar a vida.
     Enfim, tudo no universo mostra uma fina sintonia para o surgimento da vida em suas formas mais complexas. Água e moléculas orgânicas, por exemplo, são comuns no universo. O próprio surgimento da vida, com toda a sua sofisticada organização e imensa complexidade (principalmente a nível molecular), bem como sua evolução, até hoje, são enigmas. Para evoluir até o homem, ela passou por misteriosos saltos evolutivos entre as espécies (o que pode ser demonstrado nas numerosas lacunas nos registros fósseis da história da vida na Terra) que não podem ser explicados pelo acaso. A esse respeito só existem teorias um tanto especulativas, que contam com eventos aleatórios de baixíssima probabilidade, baseadas no materialismo.

Relativamente à complexidade e organização da vida a nível molecular, apenas para exemplificar (haveria muito mais a demonstrar), reproduzimos, na íntegra, o excelente artigo de Daniel Ruy Pereira, professor de Biologia e Ciências, publicado em seu site Considere a Possibilidade... deve haver um relojoeiro... em 18/09/2009, sobre uma assombrosa enzima, essencial à vida, a ATP sintase:



A vida depende de uma incrível enzima chamada ATP sintase, o menor motor giratório do mundo (1). Este pequeno complexo de proteínas produz um composto rico em energia, o ATP (adenosina trifosfato). Cada uma das 14 trilhões de células do corpo humano conduz esta reação cerca de um milhão de vezes por minuto. Mais da metade do peso corporal do ATP é feito e consumido no mesmo dia!
Todos os seres vivos precisam produzir ATP, muitas vezes chamada de “moeda energética da vida”. É uma molécula pequena, mas tem um grande trabalho: prover energia imediatamente disponível para a maquinaria celular. As maquinarias protéicas abastecidas por ATP energizam quase tudo o que está dentro de uma célula viva, incluindo a fabricação de DNA, RNA e proteínas, a limpeza do lixo, e o transporte de produtos químicos para dentro, para fora e no interior das células. Outras fontes de combustível não fornecem energia a estas maquinas protéicas celulares, do mesmo jeito que o diesel, a energia eólica ou a solar não fornecem energia a uma motor à gasolina.
O pensamento lógico a respeito do motor automobilístico leva-nos a pensar que somente uma pessoa inteligente (com mente e vontade) poderia criar uma máquina que converte energia de uma forma a outra com o propósito de mover um carro (2). A máquina demonstra ordem, proporções não-randômicas e uso inteligente de partes independentes, que são do tamanho, forma e força exatos para trabalhar juntas em um propósito absoluto. Essa inferência que fazemos, da máquina ao criador, é válida para as máquinas encontradas na “natureza” até o seu Criador (3). Todos sabem que uma pintura é feita por um pintor, porque a pintura mostra uma complexidade especificada, ou um padrão complexo e reconhecível, que não é próprio da pintura. Isto é, as moléculas da pintura não se organizam espontaneamente para formar um retrato da Mona Lisa, por exemplo.
Podemos encontrar a ATP sintase na parte interna das membranas das células bacterianas, e no espaço intermembranoso das mitocôndrias e coloroplastos, que são organelas membranosas dentro das células animais e vegetais.
A ATP sintase produz o ATP a partir de dois produtos químicos menores, o ADP e o fosfato. Essa enzima é tão pequena que é capaz de manipular essas pequenas moléculas, uma de cada vez. Ela precisa converter algumas outras formas de energia em novos ATPs. Energia esta que aparece na forma de um gradiente de íon de hidrogênio (H+), que é gerado por um sistema protéico inteiramente diferente da ATP sintase (5). Íons de hidrogênio passam através da ATP sintase como o vento por um moinho. Isso compreende uma corrente elétrica de carga positiva, diferente dos nossos motores elétricos, que usam uma corrente negativa de elétrons.
Um motor complexo como a ATP sintase precisa de figuras para podermos descrevê-lo. Cientistas usam técnicas engenhosas para descobrir as exatas localizações de cada um dos muitos milhares de átomos que constituem grandes moléculas como a ATP sintase .
Esse complexo protéico contém pelo menos 29 subunidades, produzidas separadamente, que encaixam-se em duas grandes porções: a cabeça (Figura 2) e a base (Figura 3) (7). A base é ancorada em uma membrana plana (Figura 1), como o botão em uma camisa (exceto que os botões são fixados em um único lugar, e a ATP sintase pode migrar para qualquer lugar no plano de sua membrana). A cabeça da ATP sintase forma um tubo (Figura 2). Compreende seis unidades, em três pares. Estes formam três conjuntos de estações de encaixe, cada qual com a capacidade de reter um ADP e um fosfato. A ATP sintase inclui um estator (parte estacionária), que curva-se sobre o exterior da estrutura a fim de ajudar a ancorar a cabeça à base.
Agora vejamos o modo eficiente e maravilhoso pelo qual esta maravilhosa micro-máquina funciona. Veja que, na figura 1, um eixo espiral, chamado “γ” está no meio da ATP sintase. Este eixo percorre o centro tanto da cabeça como da base, como uma caneta dentro do tubo de papelão de um rolo de papel higiênico.
Aqui está a “mágica”: quando um fluxo de minúsculos íons de hidrogênio (prótons) flui através da base e para fora da ATP sintase, passando através da membrana, eles forçam o eixo e a base a girar. O forte eixo central pressiona as paredes internas das seis proteínas da cabeça, que tornam-se ligeiramente deformadas e reformadas alternadamente. Cada uma das trilhões de células do seu corpo tem milhares destas máquinas girando a mais de 9.000 rpm.
O eixo giratório causa movimentos de compressão da cabeça a fim de alinhar um ADP a um fosfato, formando ATP… aos montes. Muitas outras máquinas protéicas da célula usam ATP,  quebrando-o em ADP e fosfato de novo. Isso é então, novamente reciclado em ATP pela ATP sintase. Lubert Stryer, autor de Bioquímica diz: “a enzima parece operar com uma eficiência próxima de 100%…”.
Este motor tem um incrível design de alta tecnologia a um tamanho nanoscópico.
Cientistas evolucionistas sugerem que a porção da cabeça da ATP sintase evoluiu de uma classe de proteínas usadas para desenrolar o DNA durante a sua replicação.
Contudo, como a ATP sintase poderia “evoluir” de algo que precisa de ATP, sintetizado por ela, para funcionar? Essa sugestão bizarra pretende dizer no que precisamos acreditar para entender nossas origens. Os evolucionistas são muitas vezes guiados por um tendência que eles não admitem: o naturalismo metodológico.  Essa é a suposição de que os processos que explicam a operação dos fenômenos são tudo o que podemos usar para descrever a origem destes fenômenos. Essa filosofia exclui Deus, por decreto (não por ciência ou razão).
Cientistas criacionistas, olhando para o mesmo “fenômeno” da ATP sintase também têm uma tendência: a origem sobrenatural é possível em um universo teísta. A grande pergunta é: que tendência está correta? Eu afirmo que uma tendência criacionista é claramente verdadeira, porque faz sentido de acordo com os princípios da causalidade, bem como da Palavra revelada do Próprio Criador.
Nós  devemos também  considerar que a ATP sintase é produzida por processos que (todos eles) precisam de ATP – tais como o desenrolamento da dupla hélice de DNA pela helicase, o que permite a transcrição e tradução da informação codificada nas proteínas que fabricam a ATP sintase. E fabricar mais de cem enzimas/máquinas necessárias para alcançar esse objetivo necessita de ATP! A produção das membranas nas quais a ATP sintase está situada é um processo que precisa de ATP, mas sem as membranas isso não funcionaria. Este é realmente um círculo vicioso para os evolucionistas explicarem.
E quanto às características Daquele que projetou as maravilhosas habilidades do nano-motor da ATP sintase? Tenha em mente que, quanto menor uma máquina for, mais engenhosos serão os esforços necessários para construí-la.
A ATP sintase fala da sabedoria, inteligência, capacidade ou racionalidade do seu criador, alguns dos exatos atributos de Deus como revelado na Bíblia! Quando investigamos a obra de Suas mãos, somos compelidos a obedecer Seu mandamento de fazer o que for necessário para “dominar a terra” (Gênesis 1:28), e temos ainda mais razão para louvá-Lo e alegrarmo-nos Nele, por Sua providência e genialidade.”

A ATP sintase em ação
            Outro fator, relativamente à vida, é digno de ser citado: A física nos diz que o Universo tende a um estado de maior para menor organização, ou seja, para maior Entropia ou desordem do sistema. Contudo, a vida vai na contramão desse processo, pois seu surgimento criou a ordem a partir da desordem.
            Assim, apesar das opiniões tendenciosas dos crentes materialistas e ateístas, Deus nos aparece através de Sua obra, do micro ao macrocosmo. Criou o Universo material e a vida, através dos seus engenheiros Espirituais, para que os Espíritos nela pudessem passar pelas experiências necessárias à sua evolução intelecto-moral.   

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: princípios da doutrina espírita. 76. ed. Rio de Janeiro: FEB, [1995].
2 KAKU, Michio. Mundos paralelos. Rio de Janeiro: Rocco, 2008;

3 BURGOS, Pedro. Não estamos sozinhos. Superinteressante, São Paulo: Abril, ed. 255, ago. 2008.

4 GOSWAMI, Amit. A evolução criativa das espécies: uma resposta da nova ciência para as limitações da teoria de Darwin. São Paulo: Aleph, 2009. (Série Novo Pensamento).
         
ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:




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